CSHG VERDE AM GLOBAL EQUITIES FIM IE Relatório de Gestão Setembro de 2015



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Transcrição:

Relatório de Gestão Setembro de 2015 Desempenho Setembro 2015 Acumulado 2015 Global Equities 5,67% 41,74% MSCI ACWI em BRL 6,21% 39,93% Para mais informações relevantes à análise da rentabilidade deste Fundo - tais como taxa de administração, taxa de performance, rentabilidade mês a mês ou PL médio, consulte o Resumo Gerencial ao final deste material. O fundo CSHG Verde AM Global Equities FIM IE teve rentabilidade de 5,67% em setembro e acumula rentabilidade de 41,74% no ano. A Estratégia de Ações em dólar teve um impacto negativo de 4,04% e o câmbio teve um efeito positivo de 9,77%. Custos no mês acumularam um efeito negativo de 0,07%. Be careful what you wish for Durante esse ano, a falta de volatilidade era uma queixa que ouvíamos constantemente de alguns participantes do mercado. Pois durante o terceiro trimestre, começando em agosto, a volatilidade fez seu retorno. 45 VIX 40 35 30 25 20 15 10 5 0 set-14 nov-14 jan-15 mar-15 mai-15 jul-15 set-15 Fonte: Bloomberg, Verde AM Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros; fundos de investimento não são garantidos pelo administrador do fundo, gestor da carteira, por qualquer mecanismo de seguro, ou ainda, pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC); ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e do regulamento do fundo de investimento, antes de efetuar qualquer decisão de investimento. Este boletim tem caráter meramente informativo, não podendo ser distribuído, reproduzido ou copiado sem a expressa concordância da Verde Asset Management. A Verde Asset Management não se responsabiliza por erros de avaliação ou omissões. Os investidores têm de tomar suas próprias decisões de investimento. Este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em perdas patrimoniais para seus quotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a consequente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do fundo. A liquidação financeira e a conversão dos pedidos de resgate deste fundo ocorrem em data diversa do respectivo pedido. Para mais informações acerca das taxas de administração, cotização e público-alvo de cada um dos fundos, consulte os prospectos e os regulamentos disponíveis no site verdeasset.com.br. Este material não pode ser copiado, reproduzido ou distribuído sem a prévia e expressa concordância da Verde Asset Management.

Vários motivos podem ser indicados como causa. A expectativa de mercado até meados de Agosto era que com a normalização da economia norteamericana existia a possibilidade do FED sair já em Setembro do juro zero. O medo desse primeiro passo foi um dos causadores iniciais de inquietação. De forma alguma, porém ele foi o único motivo. Agosto viu uma mudança importante na política cambial chinesa que ajudou a aumentar as tensões. Além disso, ao longo do tempo vimos um claro aumento da preocupação com o crescimento global e de uma possível crise em alguns países emergentes só lembrando que emergentes hoje correspondem a cerca de 40% do PIB mundial. Interessante: começamos o trimestre com algum receio em relação a um aumento de juros do FED e terminamos com alguns players advogando a implementação de uma nova rodada de afrouxamento quantitativo (QE4) (Maníaco-depressivo é um adjetivo que já foi amplamente utilizado para descrever mercados financeiros). Estados Unidos A economia norte-americana mostrou ao longo do trimestre alguns sinais de uma desaceleração. A grande questão é se estamos diante de uma desaceleração normal de uma economia que cresceu 3,9% no segundo trimestre, ou se isso é o início de um processo recessivo. Desaceleração vs. recessão é o debate que preocupará o mercado durante o quarto trimestre. Observando os fundamentos, não nos parece claro que estamos inexoravelmente diante de um quadro recessivo. A massa salarial (produto do emprego x salário) continua crescendo a taxas bastante razoáveis. Mesmo assumindo que o consumidor americano mantenha uma taxa de poupança mais elevada do que seu padrão histórico, isso deve se transformar em taxas de crescimento de consumo ainda saudáveis. Setembro de 2015 2

Massa Salarial Real Payroll, Média semanal (a/a %) 6 5 4 3 2 1 0-1 -2-3 -4-5 -6 Payroll Média semanal Média móvel jun-06 abr-07 fev-08 dez-08 out-09 ago-10 jun-11 abr-12 fev-13 dez-13 out-14 ago-15 Fonte: BLS, Verde AM Outra preocupação do mercado tem sido a performance do investimento. Os mais pessimistas apontam para uma formação bruta de capital fixo muito aquém do desejado. No agregado isso é verdade, mas aqui, nos parece razoável assumir que o problema é mais microeconômico. Olhando a quebra por segmentos, vemos um impacto desproporcional do setor de energia puxando os agregados para baixo. Os outros componentes, incluindo o setor imobiliário, continuam numa trajetória de expansão. Private Fixed Investment (2007Q4=100) 150 140 130 120 110 100 90 80 70 60 Energia Tecnologia Non Residential Housing Ex-Energia e Tecnologia 50 dez-07 jun-09 dez-10 jun-12 dez-13 jun-15 Fonte: BEA, Verde AM Setembro de 2015 3

Nos Estados Unidos, um problema que nos parece merecer mais atenção é a performance do mercado de high yield. Desde o começo do ano temos observado uma abertura de spread, processo esse que se exacerbou recentemente. O início se deu basicamente devido a uma piora nos spreads das empresas do setor de energia, mas atualmente vemos o impacto em todos os demais setores de forma geral. Aqui, acho que podemos encontrar um dos efeitos colaterais de um período excessivamente longo de juros zero. A verdade é que um custo de capital baixo provavelmente viabilizou uma série de projetos que não sairiam do papel em outro ambiente de juros. O reconhecimento desse fato terá como consequência quase que necessária a destruição de capital em alguns desses projetos. Nos parece razoável esperar um aumento do nível de inadimplência e a piora dos indicadores nesse segmento. Não está claro que isso será o suficiente para afetar o restante do mercado mas certamente é necessário observar de perto. 600 High Yield Spread 550 500 450 400 350 300 250 ago-12 jan-13 jun-13 nov-13 abr-14 set-14 fev-15 jul-15 Fonte: Bloomberg, Verde AM Setembro de 2015 4

China A economia chinesa tem sido um dos pontos focais do nervosismo do mercado. A desaceleração de atividade econômica já está clara há algum tempo. No entanto, o mercado passou a questionar de forma mais veemente se estamos diante de um evento potencialmente mais perigoso do que uma simples redução da taxa de crescimento. Aqui vale a pena tecer algumas considerações em relação ao tema. Primeiro, parece claro que a economia chinesa opera atualmente com duas velocidades: uma para o setor imobiliário e uma parte do setor industrial e outra para o consumo. Investimentos em Real Estate e Retail Sales (a/a %) 45 40 Investmento em Real Estate 35 30 25 20 15 10 5 Retail Sales 0-5 jun-05 fev-07 out-08 jun-10 fev-12 out-13 jun-15 Fonte: CEIC, Verde AM Acredito não ser novidade o fato da China ter passado por uma bolha imobiliária. As políticas anticíclicas adotadas pós-crise em 2008/09, incluindo o crescimento exponencial do crédito, criaram as condições para um boom imobiliário de grandes proporções. O que estamos observando agora é o início da correção desses excessos. O problema é que dada a magnitude da expansão e os elevados níveis de estoque de imóveis, é razoável esperar que este ajuste não seja rápido durando pelo menos até 2016. Por outro lado, os dados de consumo, apesar de também mostrarem uma desaceleração, estão longe de sinalizar um ajuste tão drástico quanto os dados do setor imobiliário. As vendas no varejo continuam crescendo acima de 10% ao ano. Setembro de 2015 5

Essa dicotomia dá origem a visões distintas sobre a economia chinesa. Do ponto de vista de um produtor de cobre, ou minério de ferro, o ajuste pelo qual passa a economia é muito mais profundo. Já para as empresas do setor de consumo, não existe a visão de um hard landing, mas sim de um ajuste mais suave. De modo geral, parece ser razoável assumir que o crescimento potencial da economia chinesa é menor ao longo do tempo. Assumindo isso como verdade, temos uma questão relevante: serão os fluxos de caixa gerados por esse crescimento mais baixo suficientes para honrar as dívidas incorridas nesse período (lembrando que a economia chinesa é razoavelmente alavancada)? Em outras palavras, veremos a China enfrentando uma crise de crédito? Esse é um dos assuntos que merece maior atenção. A precariedade dos dados faz com que seja difícil uma resposta precisa, mas analisando as informações disponíveis, podemos ver que o maior problema de alavancagem se encontra no setor corporativo, especialmente em empresas estatais. Ou seja, existem empresas estatais tomando dinheiro emprestado de bancos estatais (soa vagamente familiar, não é verdade?). Nesse caso, a solução empregada, dado que o estado é ao mesmo tempo devedor e credor, deve muito provavelmente ser uma prática difundida de extend and pretend ou seja, rolar tais dívidas por um período longo o suficiente, na esperança de que exista uma melhora com o tempo. Por isso, é difícil assumir um credit crunch instantâneo como ocorreria numa economia de mercado. Por outro lado, teremos a digestão (e seus efeitos) desse problema de crédito por um bom tempo. 25 20 Crescimento do PIB nominal 15 10 5 Interest burden implícito em % do PIB 0 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Fonte: UBS Setembro de 2015 6

out-14 nov-14 dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 jul-15 ago-15 set-15 CSHG VERDE AM GLOBAL EQUITIES FIM IE Renminbi Junto com o aumento da volatilidade dos mercados e sendo uma de suas principais causas um dos eventos mais relevantes do ano foi a mudança de paradigma na política cambial chinesa. As autoridades monetárias surpreenderam os mercados ao promover uma desvalorização abrupta da moeda nos dias 11 e 12 de Agosto. O montante de tal desvalorização não pode ser considerado excessivo, mas claramente foi uma mudança frente ao padrão adotado até então. $6,45 CNY $6,40 $6,35 $6,30 $6,25 $6,20 $6,15 $6,10 Fonte: Bloomberg, Verde AM A justificativa dada foi a de que esse é mais um passo na flexibilização do sistema cambial. Lembrando que a China tem um pleito de que o Renminbi seja incluído na cesta de moedas do FMI (SDR). A narrativa oficial é que esse seria mais um passo nessa direção. Se é esse o caso, porque então tanto nervosismo por parte do mercado? Porque não se tem certeza, apesar da negativa do governo chinês, se essa é realmente a razão ou se estamos vendo a China se juntar à chamada Guerra Cambial. Tudo o que o mundo não precisa nesse momento é uma nova série de desvalorizações competitivas vinda da Ásia. Uma desvalorização mais rápida do Renminbi colocaria mais pressão sobre outros governos que seriam instados a agir de forma mais agressiva, a ponto de não permitir uma valorização excessiva de suas moedas e a consequente perda de competitividade. Setembro de 2015 7

Nossa visão é de que é razoável esperar uma desvalorização gradual (algo em torno de 4% a.a.) do Renminbi. Aqueles que acompanham moedas por algum tempo logo dirão que desvalorização gradual é um fenômeno muito raro, especialmente em moedas emergentes, onde os movimentos tendem a ser bem mais não-lineares. É verdade, mas devemos considerar duas coisas: 1. A China não possui uma conta de capital totalmente aberta (apesar de que os fluxos de saída recentes indicam que ela é bem mais porosa do que se imaginava; 2. O nível de reservas atuais ainda excede USD 3,5 tri; All in all, nos parece que (1) + (2) garantem ao governo uma capacidade maior de implementar a política desejada. Sendo esse o caso uma desvalorização gradual diminui um pouco a nossa preocupação em relação a seus efeitos colaterais. Esse permanece, no entanto, sendo um dos pontos que merece monitoramento constante (além disso permanecemos vendidos em Renminbi como proteção nos portfolios multimercado). Lucros Já não deveria ser novidade aos nossos investidores a preocupação quase que obsessiva que temos com o nível de rentabilidade das empresas nas quais investimos. Lembrando uma identidade matemática simples à qual já fizemos alusão várias vezes: Retorno (R) = (+D/P + B) + (i + g) + ( PE) Dividendos + Buybacks Crescimento de Lucro Variação do PE Setembro de 2015 8

Ou seja, o retorno para um investidor vem de dividendos mais ganhos de capital. O ganho de capital, por sua vez, pode ser dividido entre crescimento de lucro e variação do múltiplo pago. Uma narrativa que tem sido amplamente discutida pelos mais pessimistas é que a excessiva impressão de dinheiro por parte dos bancos centrais, gerou um aumento grande do múltiplo pago pelo mercado. Logo, com o fim do QE pelo FED, geraria uma reversão desse prêmio. Certamente, essa nos parece uma hipótese possível. O contra-argumento, no entanto é que os múltiplos atuais se encontram muito próximo da média histórica. Prever qual o múltiplo de equilíbrio de mercado, se torna em algumas esferas uma discussão que se equipara a futebol e política pela animosidade que causa. Uma vez que temos múltiplos muito próximos à média histórica, o que nos parece mais sensível é supor que sua variação não seja uma fonte importante de retornos futuros. Dessa forma, contaremos com dividendos mais a variação de lucro como os principais drivers. Tomando o S&P como exemplo: a visão pessimista é que os lucros devem se contrair esse ano. Novamente, uma análise mais detalhada demostra um impacto desproporcional do setor de energia cujos lucros devem cair quase 60% esse ano. Olhando para o restante do S&P, vemos que a taxa de crescimento de lucros esperada se encontra ligeiramente abaixo de 7%. Isso certamente é abaixo do crescimento recente, mas longe de poder ser considerado ruim. O ponto aqui é relativamente simples: enquanto tivermos o suporte de níveis saudáveis de crescimento de lucro, fica mais difícil ficar pessimistas com o retorno de longo prazo de ações. Setembro de 2015 9

Earnings Estimates 2015 EPS ($) % Crescimento S&P 500 118,8-0,4 S&P 500 Ex Energy 113,5 6,8 Telecom Services 3,7 15,4 Health Care 17,5 12,5 Financials 24,9 10,5 Consumer Discretionary 12,9 9,1 Industrials 12,8 5,2 Info Tech 24,5 4,1 Utilities 3,8 1,4 Consumer Staples 9,7-2,3 Materials 3,5-3,7 Energy 5,3-59,3 Setembro de 2015 10

set-12 dez-12 mar-13 jun-13 set-13 dez-13 mar-14 jun-14 set-14 dez-14 mar-15 jun-15 set-15 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 jul-13 out-13 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 abr-15 jul-15 CSHG VERDE AM GLOBAL EQUITIES FIM - IE Resumo Gerencial 30/set/2015 Estratégia de ações global, com foco em análise 100% fundamentalista. O produto é local, denominado em Reais e aplica a expertise em gestão de ativos internacionais desenvolvida in house desde 2002. Público-alvo Fundo destinado exclusivamente a aplicações de determinados investidores, todos eles qualificados, nos termos da regulamentação em vigor. A descrição acima não pode ser considerada como objetivo do Fundo. Todas as informações legais estão disponíveis no regulamento, lâmina ou prospecto, disponíveis no site verdeasset.com.br Características Data de início 16/jul/2012 Performance Retorno anualizado Aplicação mínima Saldo mínimo R$ 1.000.000,00 R$ 500.000,00 Desvio padrão anualizado **** Índice de sharpe **** Movimentação mínima Cota R$ 50.000,00 Fechamento Rentabilidade em 12 meses Número de meses positivos Cota de aplicação ** Cota de resgate ** D+1 D+4 Número de meses negativos Número de meses acima de 100% do M1WD Liquidação de resgate ** Taxa de saída antecipada D+7 Não há Número de meses abaixo de 100% do M1WD Maior rentabilidade mensal Taxa de administração *** Taxa de performance 1,50% a.a. 10% que exceder a 100% do M1WD Menor rentabilidade mensal Patrimônio líquido R$ ** Serão considerados dias úteis, em conjunto, na Capital do Estado de São Paulo, da Cidade de Nova York, NY, EUA e em Patrimônio médio em 12 meses R$ Bermudas. *** O Fundo pagará, a título de taxa de performance, 10 % (dez por cento) sobre a valorização da cota do FUNDO que **** Calculado desde sua constituição até 30/set/2015 exceder 100% (cem por cento) da variação do índice MSCI All Country World Index (M1WD Index Bloomberg ), convertido em Reais pela Taxa de Câmbio Referencial divulgada pela BMFBovespa (www.bmfbovespa.com.br Indicadores Financeiros. Taxa de Câmbio Referencial com liquidação em 2 dias úteis). Fundo M1WD 35,08% 34,50% 14,43% 14,02% 1,74 1,75 58,70% 52,42% 26 27 12 11 22-16 - 13,46% 12,42% -4,74% -4,87% 694.384.132,76 609.120.773,52 Aberto para novas aplicações Classificação ANBIMA: Multimercados Multiestratégia Admite Alavancagem: Sim Gestor: Verde Asset Management S.A Administrador: Credit Suisse Hedging-Griffo Corretora De Valores S.A. Volatilidade anualizada (Desvio padrão - média 40 dias) 25% CSHG VERDE AM GLOBAL EQUITIES FIM - IE 20% M1WD 15% 10% 5% 0% CSHG VERDE AM GLOBAL EQUITIES FIM - IE x M1WD* 200% CSHG VERDE AM GLOBAL EQUITIES FIM - IE 180% 160% 140% 120% 100% 80% 60% 40% 20% 0% M1WD *O ticker M1WD corresponde ao índice MSCI ACWI. Calculado até 30/set/2015. Rentabilidades (%)* Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano M1WD Acum. Fdo. Acum. M1WD 2012 2013 2,59-0,19 4,03 2014-2,07 1,54-2,28 2015-1,48 13,01 10,65 1,58 7,78 1,37 2,10 6,18 0,88 2,77 3,47-3,85-0,39 4,44 5,01 7,21-1,54 3,13 9,76 43,20 11,30 41,80 9,76 57,17 11,30 57,82-2,33 2,68-0,54 0,52 1,08 6,89 1,83 7,11 2,66 17,87 17,27 85,26 85,07-4,74 5,89-4,72 13,46-0,15 5,67 41,74 39,93 162,60 158,97 * Rentabilidade líquida de administração e performance e bruta de impostos. Rentabilidade obtida no passado não representa garantia de resultados futuros. Fundos de Investimento não são garantidos pelo administrador do fundo, gestor da carteira, de qualquer mecanismo de seguro, ou ainda, do fundo garantidor de crédito (FGC). Ao investidor é recomendada a leitura cuidadosa do prospecto e o regulamento do fundo de investimento antes de efetuar qualquer decisão de investimento. Caso o índice comparativo de rentabilidade utilizado neste material, não seja o parâmetro objetivo do fundo (benchmark oficial), tal indicador é meramente utilizado como referência econômica. Para obter informações sobre o uso de derivativos, conversão de cotas, objetivo e público alvo, consulte o prospecto e o regulamento do fundo. Verifique a data de início das atividades deste fundo. Para avaliação da performance de fundos de investimento, é recomendável uma análise de, no mínimo, 12 meses. Verifique se este fundo utiliza estratégias com derivativos como parte integrante de sua política de investimento. Tais estratégias, da forma como são adotadas, podem resultar em perdas patrimoniais para seus cotistas, podendo inclusive acarretar perdas superiores ao capital aplicado e a consequente obrigação do cotista de aportar recursos adicionais para cobrir o prejuízo do fundo. Verifique se este fundo está autorizado a realizar aplicações em ativos financeiros no exterior. Este fundo pode estar exposto a significativa concentração em ativos de renda variável de poucos emissores. Para fundos que perseguem a manutenção de uma carteira de longo prazo, não há garantia de que o fundo terá o tratamento tributário para fundos de longo prazo. Verifique se a liquidação financeira e conversão dos pedidos de resgate deste fundo ocorrem em data diversa do respectivo pedido. A partir de 02/05/2008, todos os fundos de investimento que utilizam ativos de renda variável em suas carteiras deixam de apurar sua rentabilidade com base na cotação média das ações e passam a fazê-lo com base na cotação de fechamento destes ativos. Desta forma comparações de rentabilidade destes fundos com índices de ações devem utilizar, para períodos anteriores a 02/05/2008, a cotação média destes índices e, para períodos posteriores a esta data, a cotação de fechamento.