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Transcrição:

RELATÓRIO & CONTAS 08 BANIF, SA BANIF SA ANNUAL REPORT 08 FORÇAS DA NATUREZA As forças elementares da natureza como o fogo, a água, a terra e o ar estão sujeitas a outras forças fundamentais como a gravidade, o electromagnetismo e até mesmo às forças nucleares ao nível das partículas. A forma como estas forças naturais se manifestam é uma verdadeira inspiração. A natureza tem um conjunto notável de capacidades cria, adapta e regenera, inova, muda e evolui, protege e respeita, interage e comunica, vive e dá vida. Estas capacidades estão também na natureza do Banif, onde a maior força é a Força de Acreditar. ACREDITAMOS NAS FORÇAS DA NATUREZA FORCES OF NATURE The elementary forces of nature, such as fire, water, earth and air are subject to other fundamental forces, such as gravity, electromagnetism and even nuclear forces at particle level. The way in which these natural forces manifest themselves is truly inspirational. Nature has a remarkable set of strengths she creates, adapts and regenerates, innovates, changes and evolves, protects and respects, interacts and communicates, lives and offers the gift of life. These capabilities are already built into the nature of Banif, whose greatest strength is the Power of Believing. WE BELIEVE IN THE POWER OF NATURE

02 ÍNDICE CONTENTS Índice Contents 04 06 07 10 13 14 18 20 27 28 30 30 31 32 33 35 36 37 39 39 41 41 42 43 44 44 46 49 52 54 56 58 59 59 63 69 69 70 73 73 73 76 77 79 81 85 95 99 103 Órgãos Sociais Nota Mensagem do Presidente do Conselho de Administração e do Presidente da Comissão Executiva Diagrama de Participações do Banif Grupo Financeiro em 31122008 01 Enquadramento Macroeconómico 1. Conjuntura Internacional 2. Conjuntura Nacional 3. Sistema Financeiro 02 Actividade do Banif Banco Internacional do Funchal, SA em 2008 1. Actividade na Região Autónoma na Madeira 2. Actividade no Continente 2.1 Negócio no Segmento de Empresas e Médio/Alto de Particulares 2.1.1 Negócio no Segmento de Empresas 2.1.2 Negócio no Segmento de Particulares de Médio/Alto Rendimento 2.2 Negócio no Segmento de Retalho 2.2.1 Contas de Depósitos e Produtos de Poupança 2.2.2 Crédito Imobiliário 2.2.3 Crédito ao Consumo 2.2.4 Crédito Especializado 2.3 Recuperação de Crédito Vencido e em Contencioso 2.4 Novos Canais de Distribuição e de Apoio às Áreas de Negócio 2.4.1 Actividade de Call Center e Banca Electrónica 2.4.2 Canais Agenciados 2.4.3 Canais e Meios de Pagamento Electrónicos 2.4.4 Protocolos e CrossSelling 3. Actividade Financeira 4. Actividade Internacional 5. Comunicação e Imagem 6. Marketing Estratégico 7. Recursos Humanos 8. Operativa, Sistemas e Tecnologias de Informação 9. Controlo dos Riscos da Actividade 9.1 Risco de Crédito 9.1.1 Gestão de Risco de Crédito 9.1.2 Análise do Risco de Crédito 9.2 Risco de Mercado 9.2.1 Gestão do Risco de Mercado 9.2.2 Análise do Risco de Mercado 9.3 Risco de Liquidez 9.3.1 Gestão do Risco de Liquidez 9.3.2 Análise dos Riscos de Liquidez 9.4 Risco Operacional 10. Compliance 11. Auditoria 12. Provedoria do Cliente 03 Análise às Contas 04 Aplicação de Resultados 05 Nota Final 06 Demonstrações Financeiras 104 108 110 112 117 118 118 119 120 123 124 126 143 1. Balanço 2. Demonstração de Resultados 3. Demonstração de Variações em Capitais Próprios 4. Demonstração de Fluxos de Caixa 07 Informações Adicionais 1. Informação nos Termos do Artº 448º do Código das Sociedades Comerciais 2. Acções Próprias e Participações Sociais Qualificadas 3. Relatório e Parecer do Conselho Fiscal 4. Certificação Legal das Contas 08 Anexos Órgãos de Direcção Implantação Geográfica Índice de Abreviaturas Utilizadas

03 04 06 07 10 13 14 18 20 27 28 30 30 31 32 33 35 36 37 39 39 41 41 42 43 44 44 46 49 52 54 56 58 59 59 63 69 69 70 73 73 73 76 77 79 81 85 95 99 103 Corporate Bodies Note Message from the Chairman of the Board of Directors and the Chairman of the Executive Board Diagram of Banif Financial Group Holdings as at 31122008 01 Economic Background 1. The International Economy 2. The Portuguese Economy 3. The Financial System 02 Business Operations of Banif Banco Internacional do Funchal, SA in 2008 1. Business in Madeira 2. Operations in Mainland Portugal 2.1 Business in the Corporate and Medium/High Income Segment 2.1.1 Business in the Corporate Segment 2.1.2 Business in the Medium/High Income Segment 2.2 Business in the Retail Segment 2.2.1 Current Accounts and Savings Products 2.2.2 Mortgage Lending 2.2.3 Consumer Credit 2.2.4 Specialized Lending 2.3 Overdue Credit and Legal 2.4 New Distribution and Business Support Channels 2.4.1 Call Centre and EBanking 2.4.2 Agency Channels 2.4.3 Electronic Channels and Means of Payment 2.4.4 Protocols and CrossSelling 3. Financial Operations 4. International Operations 5. Communication and Image 6. Strategic Marketing 7. Human Resources 8. Operational, Systems and Information Technology 9. Control of Operating Risks 9.1 Credit Risk 9.1.1 Management of Credit Risk 9.1.2 Analysis of Credit Risk 9.2 Market Risk 9.2.1 Management of Market Risk 9.2.2 Analysis of Market Risk 9.3 Liquidity Risk 9.3.1 Management of Liquidity Risk 9.3.2 Analysis of Liquidity Risk 9.4 Operating Risk 10. Compliance 11. Audit 12. Customer Complaints 03 Analysis of the Financial Statements 04 Allocation of Profits 05 Acknowledgments 06 Financial Statements 106 109 111 114 117 118 118 119 120 123 124 126 145 1. Balance Sheet 2. Income Statement 3. Statement of Changes in Shareholders Funds 4. Cash Flow Statement 07 Additional Disclosures 1. Disclosure required by Article 448 of the Companies Code 2. Own Shares and Qualifying Holdings 3. Report and Opinion of the Audit Board 4. Legal Accounts Certificate 08 Annexes Management Head and Branch Offices List of Abbreviations

04 ÓRGÃOS SOCIAIS CORPORATE BODIES Órgãos Sociais Corporate Bodies ASSEMBLEIA GERAL GENERAL MEETING Presidente Chairman Prof. Doutor Luís Manuel Moreira de Campos e Cunha Secretários Secretaries Dr. Miguel José Luis de Sousa CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO BOARD OF DIRECTORS Presidente Chairman Comendador Horácio da Silva Roque VicePresidentes Vice Chairmen Dr. Joaquim Filipe Marques dos Santos Dr. Carlos David Duarte de Almeida Vogais Full Members Dr. António Manuel Rocha Moreira Dr. Manuel Isidoro Martins Vaz Dr. José Marques de Almeida Dr. João Manuel da Silva Machado dos Santos Dr. José António Machado de Andrade Engº Diogo António Rodrigues da Silveira Dr. João Paulo Pereira Marques de Almeida CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO BOARD OF DIRECTORS Dr. Machado dos Santos, Dr. Marques de Almeida, Dr. Rocha Moreira, Dr. Marques dos Santos, Comendador Horácio Roque, Dr. Duarte de Almeida, Dr. Manuel Vaz, Dr. Machado Andrade, Engº Diogo da Silveira e Dr. João Paulo Almeida

05 CONSELHO FISCAL AUDIT BOARD Presidente Chairman Prof. Doutor Fernando Mário Teixeira de Almeida Vogais Efectivos Efective Full Members Dr. António Ernesto Neto da Silva Dr. José Lino Tranquada Gomes Vogais Suplentes Alternate Full Members Dr. José Pedro Lopes Trindade COMISSÃO EXECUTIVA EXECUTIVE BOARD Presidente Chairman Dr. Joaquim Filipe Marques dos Santos Dr. Carlos David Duarte de Almeida Dr. António Manuel Rocha Moreira Dr. Manuel Isidoro Martins Vaz Dr. João Manuel da Silva Machado dos Santos Dr. José António Machado de Andrade Dr. João Paulo Pereira Marques de Almeida Revisor Oficial de Contas Official Audit Ernst & Young Audit & Associados SROC, SA, representada por: represented by: Dr. João Carlos Miguel Alves (ROC nº 896) Secretário da Sociedade Secretary Company Dr. Bruno Miguel dos Santos de Jesus Secretário Suplente Alternate Company Secretary Dra. Vanda Maria Marcelino de Melo

06 NOTA NOTE Nota Note Esta publicação contém uma versão sintetizada do Relatório e Contas de 2008 da sociedade Banif Banco Internacional do Funchal, SA, nela se incluindo os elementos que foram considerados de maior interesse informativo para o público em geral. This publication contains an abridged version of the Report and Accounts for 2008 of the company Banif Banco Internacional do Funchal, SA, including the information considered to be of greatest interest to the general public. A versão integral dos referidos documentos, além de publicada, nos termos legais, consta ainda de um CD ROM promocional editado pelo Banif Banco Internacional do Funchal, SA, para além de se encontrar disponibilizada no site www.banif.pt. The full version of the said documents is published, in accordance with the law, and is also contained in the promotional CD ROM published by Banif Banco Internacional do Funchal, SA, as well as being available online at www.banif.pt. The CD ROM also contains an abridged English language version of the Report and Accounts for 2008 of Banif Banco Internacional do Funchal, SA.

07 Mensagem do Presidente do Conselho de Administração e do Presidente da Comissão Executiva Message from the Chairman of the Board of Directors and the Chairman of the Executive Board O exercício de 2008 decorreu num contexto económico e financeiro particularmente turbulento, caracterizado pela redução abrupta dos níveis de confiança dos investidores e agentes económicos, a qual se traduziu em quedas generalizadas em todos os mercados financeiros e na paralização dos mercados monetários interbancários. Esta conjuntura teve um impacto particularmente forte no sector financeiro, chegando mesmo a colocar em causa a viabilidade de diversas instituições bancárias em todo o mundo, algumas delas verdadeiras referências, pelo seu passado, pela sua dimensão e pelo seu prestígio no mercado internacional. Os resultados referentes ao exercício de 2008, apesar de influenciados por este contexto macroeconómico extraordinariamente adverso e por investimentos de montante significativo, onde se incluem a mudança de imagem institucional, a expansão da rede de Agências e o prémio extraordinário aos Colaboradores, comemorativo do 20.º aniversário, refletem a solidez e o dinamismo do Banif, que veio a gerar um cash flow de 80,53 milhões de euros e um resultado do exercício em base IAS/IFRS de 23,58 milhões de euros. Em base das NCA s (Normas de Contabilidade Ajustadas) o resultado do exercício cifrouse em 15,27 milhões de euros. Durante o ano de 2008, o Banif mantevese na senda dos seus grandes objectivos para o triénio 20082010, consolidando o seu crescimento orgânico e o crescimento da sua quota de mercado, aumentando a sua notoriedade e a sua base de Clientes, racionalizando serviços e procedimentos, afirmando se cada vez mais como uma das mais estáveis e reputadas instituições bancárias a operar em Portugal, com uma presença internacional cada vez mais assinalável, alinhado com as principais tendências de desenvolvimento sustentado a nível mundial. No sentido de adequar e optimizar a sua estrutura perante as cada vez maiores exigências da actividade bancária, o Banif concretizou importantes processos de reorganização e racionalização de recursos, entre os quais se destaca a incorporação, por fusão, do Banco Banif e Comercial dos Açores, SA, por via da qual se espera criar importantes sinergias, sem prejuízo do fortalecimento da marca Banif Açores, que representa o compromisso do Banco em manter a sua especial ligação àquela Região Autónoma, onde é líder de mercado. A abertura de 51 novas Agências durante o exercício de 2008, num movimento de expansão que deverá ter continuidade este ano, representou o maior crescimento orgânico de sempre e, conjuntamente com os pontos de venda incorporados em resultado da fusão, permite ao Banco iniciar o exercício de 2009 dispondo dede 324 Agências no Continente e Regiões Autónomas, The economic and financial turmoil experienced during the financial year of 2008 was characterized by an abrupt reduction in level of investor and business confidence, leading to widespread falls in all financial markets and paralysis of the interbank money markets. This situation had a particularly strong impact on the financial sector, going so far as to cast doubt on the viability of various banking institutions around the world, some of them big names boasting a strong track record as well as considerable prestige on the international market. Although influenced by the extreme adversity of the economic environment and by significant capital outlay on investment projects, including a fresh institutional image, expansion of the branch network and the extraordinary bonus for employees, marking the bank s 20 th anniversary, Banif s results reflect the institution s sound and dynamic business position, with cash flow of 80.53 million euros and profits for the period of 23.58 million euros on an IAS/IFRS basis. On the basis of the AAC (Adjusted Accounting Standards), the annual profits stand at 15.27 million euros. During 2008 Banif kept its focus on its major objectives for the threeyear period 20082010, consolidating its organic growth and expansion of its market share, raising its market profile and growing its customer base, streamlining services and procedures, and affirming itself increasingly as one of the most stable and wellreputed banking institutions operating in Portugal, with an ever increasing international presence, in tune with leading trends in sustainable development worldwide. In order to adapt and optimize its organizational structure to rise to the growing challenges of the banking industry, Banif has pressed ahead with broadranging measures to reorganize and streamline its resources. The single most important step in this direction was the merger into the bank, with effect from 1 January 2009, of Banco Banif e Comercial dos Açores, SA. This merger is expected to yield considerable synergies whilst still helping to build up the Banif Açores brand, reflecting the bank s commitment to maintaining its special connection with the Azores region, where it is market leader. The opening of 51 new branches in 2008 represents a record level of organizational growth. Including also the points of sale added to the network due to the merger, the Bank has started the financial year of 2009 with 324 branches in mainland Portugal and the

08 MENSAGEM DO PRESIDENTE DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO E DO PRESIDENTE DA COMISSÃO EXECUTIVA MESSAGE FROM THE CHAIRMAN OF THE BOARD OF DIRECTORS AND THE CHAIRMAN OF THE EXECUTIVE BOARD às quais acrescem outros 53 pontos de venda, designadamente Centros de Empresas, Centros Banif Privado e Lojas Habitação. autonomous regions, as well as 53 other points of sale, in the form of business centres, Banif Privado centres and Home Loan Shops. Também em 2008, o Banif implementou uma nova abordagem estratégica aos Clientes empresariais, consubstanciada na transformação do modelo de funcionamento dos Centros de Empresas, numa nova segmentação da carteira e na constituição de uma Rede de Empresas e Empresários dotada de uma estrutura própria. Estas medidas, a par do lançamento de novos produtos e do forte empenho das redes comerciais, permitiram o aumento da base de Clientes activos e a colocação de um maior número de produtos por Cliente. A esta maior fidelização dos seus Clientes, o Banif correspondeu alcançando níveis de qualidade de serviço cada vez mais elevados. Depois da Certificação da Qualidade da Banca Electrónica, do Call Center, do Gabinete de Provedoria do Cliente e do Crédito à Habitação, em 2008 foi reconhecida a Certificação da Qualidade do Atendimento ao Cliente e do Crédito Pessoal. No mesmo sentido os inquéritos Mystery Shopping e Mystery Calls, realizados por uma entidade independente e referente à qualidade do atendimento nas Agências e no Call Center, onde o Banif teve o melhor desempenho de sempre, tendo sido considerado, quanto à qualidade de atendimento nas Agências, o primeiro entre os Bancos portugueses e o primeiro entre os sete maiores Bancos a operar em Portugal, e, quanto à qualidade de atendimento do Call Center, o primeiro de todos os Bancos com actividade no nosso país. Esta qualidade, certificada e reconhecida, tem tornado o Banif uma referência na qualidade de serviço percebida pelo Cliente e reflete a grande importância que o Banco atribui aos seus Colaboradores. Neste contexto, assinalase o estudo de clima social realizado durante o ano de 2008, que permitiu observar a evolução positiva do índice de satisfação global dos Trabalhadores do Banco e identificar os aspectos a desenvolver para aumentar a sua motivação e a sua realização e o Acordo de Empresa celebrado entre o Banif e os sindicatos do sector, o qual possibilitou, entre outras medidas, a transformação do Fundo de Pensões, assegurandolhe melhores condições de sustentabilidade e de equidade. O Banco conta, no final de 2008, com 2.160 Trabalhadores, com uma média etária de 37 anos e em que mais de 50% possuem habilitações académicas de nível superior. Tratase de uma equipa jovem e dinâmica, na qual o Banco tem o maior orgulho e na qual deposita toda a confiança para manter a sua trajectória de crescimento sólido e sustentado. Also in 2008, Banif implemented a new strategic approach to corporate customers, reflected in a new working model for the business centres, resegmentation of the portfolio and creation of a corporate and business network with its own structure. These measures, combined with the launch of new products and energetic commitment from sales staff, have made it possible to increase the base of active customers and to place a larger number of products per customer. As customer loyalty indicators improved further, Banif has also pushed to achieve ever higher standards of customer service. After quality certification of its ebanking service, the call centre, the customer complaints office and its home loans, in 2008 Banif successfully obtained quality certification for customer service and personal loans. Quality levels were also borne out by the Mystery Shopping and Mystery Calls surveys, conducted by an independent entity, on the quality of service at branches and the call centre, with Banif achieving its best ever performance. For service quality at branches it was considered the best of the Portuguese banks and first amongst the seven largest banks operating in Portugal, and for service quality at the call centre it was placed first out of all banks operating in the country. These high standards, duly certified and recognized, have made Banif a benchmark for service quality as perceived by the customer, reflecting the importance which the bank attaches to its employees. In this field, the working environment study conducted during 2008 identified a positive evolution in the overall job satisfaction of the bank s staff, as well as pinpointing aspects for improvement in order to increase motivation and performance levels. Another major development was the signing of a Company Agreement between Banif and the unions in the sector, which amongst other things allowed for reorganization of the Pension Fund, assuring its future sustainability and fairness. At yearend 2008 the bank had 2160 employees, with an average age of 37 years. More than 50% of employees have higher education qualifications.

09 No início de 2008, o Banif celebrou 20 anos de existência, assinalando o aniversário com uma ambiciosa iniciativa de rebranding, no âmbito da qual promoveu a maior campanha publicitária alguma vez levada a cabo pelo Banco, a par de um impressionante esforço, conjunto e coordenado, para a simultânea reconversão do layout de todos os seus pontos de venda e de todos os seus meios de comunicação. Esta nova imagem encontrase hoje perfeitamente consolidada e é já indissociável dos valores do Banco e do Banif Grupo Financeiro, sublinhando a identidade e a convergência todas as empresas que o integram e colocando o Banif em níveis de visibilidade e notoriedade absolutamente sem precedentes. Todo o trabalho desenvolvido no Banif tem merecido o reconhecimento do mercado, não só por parte de entidades especializadas, como as Agências de rating, as quais, não obstante a actual conjuntura económica e a generalizada falta de confiança dos mercados, mantiveram todas as notações atribuídas ao Banco, mas também por parte da opinião pública, assinalandose neste sentido o resultado da sondagem da Aximage, divulgada pela comunicação social no início de Dezembro, que posicionou o Banif como o quarto Banco nacional com maior capacidade para resistir à crise financeira internacional. É conhecido que os próximos anos apresentarão dificuldades para a economia em geral e para o sector financeiro em particular. Sabemos que das dificuldades resultam grandes oportunidades que podem e devem ser assumidas pelas instituições mais ágeis, mais rigorosas, mais aptas. Hoje, como ontem, confiamos no valor e na força de acreditar das nossas pessoas, Clientes e Colaboradores, como factores decisivos para o sucesso daquele que é o nosso projecto comum. This provides us with a young and dynamic team of which Banif can be proud and which it is confident will be able to keep the bank on the road to sound and sustained growth. In early 2008 Banif celebrated its twentieth anniversary, marking the event with an ambitious rebranding, accompanied by the largest advertising campaign event undertaken by the bank. This was also complemented by impressive concerted efforts to overhaul the layout of all its points of sale and the format of all its means of communication. The new image is already firmly established and inseparable from the values of the bank and the Banif Financial Group, underlining the identity and convergence between all the companies in the group and resulting in completely unprecedented levels of brand visibility and recognition. All Banif s efforts and achievements have been recognized by the market, not only by specialist market observers, such as the ratings agencies, but also the general public, as revealed in a survey by Aximage published in the press in early December, in which Banif is regarded as the fourth Portuguese bank best positioned to withstand the international financial crisis. It is no secret that the coming years will be difficult for the economy as a whole and for the financial sector in particular. We are aware that these difficulties will yield great opportunities which can and should be seized by institutions with the necessary high standards of flexibility, rigour and expertise. Today, as in the past, we trust in the value and strength of believing in our customers and employees, as critical factors for the success of our shared project and our common aspirations. Joaquim Filipe Marques dos Santos Presidente da Comissão Executiva Chairman of the Executive Board Horácio da Silva Roque Presidente do Conselho de Administração Chairman of the Board of Directors Comendador Horácio da Silva Roque e Dr. Marques dos Santos

10 DIAGRAMA DE PARTICIPAÇÕES DO BANIF GRUPO FINANCEIRO EM 31122008 DIAGRAM OF BANIF FINANCIAL GROUP HOLDINGS AS AT 31122008 Diagrama de Participações do Banif Grupo Financeiro em 31122008 Diagram of Banif Financial Group Holdings as at 31122008 Banif Imobiliária, SA Cap. Social / Share C: 750.000 100% Soc. Imobiliária Piedade, SA Cap. Social / Share C: 50.000 84,80% Banif Comercial SGPS, SA Cap. Social / Share C: 280.000.000 15,20% 100% Banif Banco Internacional do Funchal, SA Cap. Social / Share C: 290.000.000 100% Banif Finance, Ltd Cap. Social / Share C: c) 51,69% 72,00% Banco Caboverdiano de Negócios, SA Cap. Social / Share C: 900.000.000$00 Banif Bank (Malta) Cap. Social / Share C: 15.000.000,00 14,07% 33,62% Companhia de Seguros Açoreana, SA Cap. Social / Share C: 57.250.000 33,32% Banca Pueyo, SA (Espanha) Cap. Social / Share C: 4.800.000 100% Banif (Açores) SGPS, SA Cap. Social / Share C: 20.084.915 100% Banif Açores, Inc San José b) Cap. Social / Share C: USD 1.000.000 27,5% Bankpime (Espanha) Cap. Social / Share C: 91.523.768 100% Banco Banif e Comercial dos Açores, SA Cap. Social / Share C: 51.892.365 100% Banif Açores, Inc Fall River Cap. Social / Share C: USD 100.000 33,33% Inmobiliaria Vegas Altas (Espanha) Cap. Social / Share C: 60.330,42 59,195% Investaçor SGPS, SA Cap. Social / Share C: 10.000.000 Eur 99,9% Banif Holding (Malta), Ltd Cap. Social / Share C: 2.000 0,1% 100% Banif Go, Instituição Financeira de Crédito, SA Cap. Social / Share C: 20.000.000 100% Banif Rent, SA Cap. Social / Share C: 300.000 90% Banif Banco Internacional do Funchal (Brasil), SA Cap. Social / Share C: R $ 128.273.354,75 10% a) Em virtude de ser um ACE, a sua localização no diagrama pode ser reequacionada face à legislação dos ACE. b) Capital Social Realizado USD 100. c) A percentagem de controlo de capital votante é de 100%, sendo o capital social constituído por: 1.000 acções ordinárias de valor nominal unitário de USD 1 e acções preferenciais sem voto: 35.000 acçõesusd 0,01/acção e 145.000 acçõeseur 0,01/acção. d) A percentagem de controlo de capital votante é de 100%, sendo o capital social constituído por: 26.000.000 de acções ordinárias de valor nominal USD 1 e 16.000.000 de acções preferenciais sem voto, de valor nominal de USD 1. e) Capital Social Realizado USD 100. f) A percentagem de controlo de capital votante, por parte da Banif SGPS, é de 100%, sendo o capital social constituído por: 1.998.000 acções ordinárias de valor nominal unitário de EUR 5,00 e 2.000 acções preferenciais sem voto de valor nominal unitário de EUR 5,00.

11 Banif SGPS, SA Cap. Social / Share C: 350.000.000 100% BanifServ a) 99,9% Banif Investimentos f) SGPS, SA Cap. Social / Share C: 10.000.000 0,1% 100% Banif Banco de Investimento, SA Cap. Social / Share C: 40.000.000 100% Banif Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd d) Cap. Social / Share C: USD 42.000.000 100% Banif Financial Services Inc Cap. Social / Share C: USD 371.000 100% 29,19% 51,08% 10,81% 80% Banif Gestão de Activos Cap. Social / Share C: 2.000.000 Banif Açor Pensões Cap. Social / Share C: 1.850.000 Banif Capital Soc. de Capital de Risco Cap. Social / Share C: 750.000 85% 60% Banif International Holdings, Ltd Cap. Social / Share C: USD 12.135.384 FINAB Cap. Social / Share C: USD 35.000 100% 100% 100% Banif Financing (USA) Corp. Cap. Social / Share C: USD 6.280.105,09 Banif Forfaiting Company Cap. Social / Share C: USD 250.000 Banif Trading Inc Cap. Social / Share C: USD 350.000 51% Centro Venture Soc Capital de Risco, SA Cap. Social / Share C: 750.000 100% Banif Securities Holdings, Ltd Cap. Social / Share C: USD 2.108.000 100% Banif Securities Inc Cap. Social / Share C: USD 5.620.100 100% Gamma Soc. Titularização de Créditos Cap. Social / Share C: 250.000 20% 80% Banif (Brasil), Ltd Cap. Social / Share C: R $ 150.000 100% Econofinance, SA Cap. Social / Share C: BRL: 2.817.750 100% Numberone SGPS, Lda. Cap. Social / Share C: 5.000 0,1% 99,9% Banif International Bank, Ltd Cap. Social / Share C: 25.000.000 100% Banif International Asset Management Cap. Social / Share C: USD 50.000 100% 75% Banif Banco de Investimento (Brasil), SA Cap. Social / Share C: R $ 37.500.000 25% Banif Multi Fund e) Cap. Social / Share C: USD 50.000 a) Due to being an ACE ("Complementary Company Grouping"), its position in the diagram may have to be reviewed in the light of the relevant legislation. b) Paid up share capital USD 100. c) The percentage of capital control is 100%, and the share capital comprises: 1,000 ordinary shares with a nominal value of USD 1 each and nonvoting preference shares: 35,000 shares USD 0.01/share and 145,000 shares USD 0.01/share. d) 100% control of voting stock, the share capital comprising: 26,000,000 ordinary shares with a nominal value of USD 1 and 16,000,000 nonvoting preference shares with a nominal value of USD 1. e) Paid up share capital USD 100. f) Banif SGPS controls 100% of the voting capital, and the share capital comprises: 1,998,000 ordinary shares with a nominal value of EUR 5.00 each and 2,000 nonvoting preference shares with a nominal value of EUR 5.00 each. 100% 100% 100% Banif Corretora de Valores e Câmbio Cap. Social / Share C: R $ 11.090.048 Banif Nitor Asset Management Cap. Social / Share C: R $ 3.858.811,06 Banif Private Equity, SA Cap. Social / Share C: R $ 250.000

ACREDITAMOS NAS FORÇAS QUE SE SUPERAM Acreditamos nas nossas capacidades para superar um desafio ambicioso, mas elementar e indissociável do nosso negócio: crescer de forma equilibrada e sustentável.

01 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO ECONOMIC BACKGROUND WE BELIEVE IN THE POWER THAT OVERCOMES We believe in our ability to rise to an ambitious but elementary challenge posed intrinsically by our business: to achieve balanced and sustainable growth.

14 01 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO ECONOMIC BACKGROUND Enquadramento Macroeconómico Economic Background 1. CONJUNTURA INTERNACIONAL O ano de 2008 ficou marcado pela eclosão daquela que é já considerada a mais grave crise financeira e económica desde meados do século XX. Apesar de um início de ano ainda relativamente robusto em termos de crescimento, os sinais de debilidade no sector financeiro apareceram logo em Março, quando a Reserva Federal americana foi obrigada a intervir no banco de investimento Bear Stearns, forçando a sua compra pelo banco J.P. Morgan. A deterioração já visível nos mercados financeiros o FMI estimou em cerca de 2,200 mil milhões de dólares o total de perdas associadas à crise do subprime viria a atingir um pico crítico em Setembro, na sequência da falência do banco de investimento Lehman Brothers. Este evento provocou uma redução abrupta nos níveis de confiança dos investidores, que se viria a traduzir em quedas generalizadas nos mercados financeiros 2008 terá sido o pior ano para os mercados americanos desde 1931 e na total paralisação dos mercados monetários interbancários. A partir daí, a sucessão de eventos foi vertiginosa: nos Estados Unidos, o Governo apresentou um plano de intervenção no sistema financeiro, centrado na compra de activos problemáticos mas que rapidamente evoluiu para intervenções directas nos capitais dos bancos; além das várias injecções de liquidez por parte de vários bancos centrais, registouse um corte de taxa inédito, concertado entre seis bancos centrais, incluindo a Reserva Federal e o Banco Central Europeu (BCE), em Outubro; montaramse programas de apoio público à recapitalização de alguns bancos europeus, nomeadamente no Reino Unido e no Benelux. A intensidade da crise não tardou em reflectirse na economia real, assistindo se a uma deterioração significativa dos níveis de confiança para mínimos históricos nos dois lados do Atlântico; nos Estados Unidos, a economia perdeu cerca de 1,9 milhões de empregos apenas no 4.º trimestre. As crescentes preocupações com um potencial cenário de deflação, provocado primeiro pela forte queda dos preços das matériasprimas e agravado pela contracção da procura, levaram a Reserva Federal a reduzir a sua taxa de 2,00% em Setembro para um intervalo entre 0,00% e 0,25% em Dezembro e a optar por medidas de política monetária alternativas, focadas na expansão do seu balanço através da compra de activos. Na Europa, o BCE viria igualmente a cortar a refi rate de 4,25% para 2,50% no mesmo período, um movimento acompanhado por várias outras autoridades monetárias, nomeadamente o Reino Unido. Neste contexto, as perspectivas para o andamento da economia global foram revistas em baixa com bastante frequência, sobretudo a partir de Setembro. O FMI considera que a economia global registou um forte abrandamento, sincronizado pela primeira vez em 2008 desde a 2.ª Grande Guerra Mundial, estimando um crescimento de 3,75% face a 5,00% em 2007. Neste contexto, foram anunciados vários pacotes fiscais em todo o mundo, destacandose aquele apresentado pela União Europeia, estimado em 200 mil milhões de euros, equivalente a cerca de 1,5% do PIB da União Europeia. 1. THE INTERNATIONAL ECONOMY The financial year of 2008 was marked by eruption of what is already regarded as the most serious financial and economic crisis since the midtwentieth century. Although the year started relatively robustly in terms of growth, the first cracks appeared in the financial sector in March, when the US Federal Reserve was obliged to step in to save the Bear Stearns investment bank, forcing an acquisition by J.P. Morgan. The financial markets were under visible strain the IMF estimated total losses relating to the subprime crisis at approximately 2,200 thousand million dollars and a fresh critical point was reached in September, in the wake of the Lehmann Brothers bankruptcy. The failure of this investment bank triggered an abrupt drop in investor confidence, leading to widespread falls on the financial markets (2008 was the worst year for American markets since 1931) and complete paralysis in the interbank money markets. Events then moved at dizzying speed: in the United States, the government presented a plan for intervention in the financial sector, centred on buying up problematic assets, but this rapidly evolved into direct intervention in the capital of banks. In addition to various injections of liquidity by several central banks, there was an unprecedented rate cut in October, coordinated between six central banks, including the Federal Reserve and the European Central Bank (ECB), and public programmes were put together to recapitalize a number of European banks, in particular in the United Kingdom and the Benelux countries. The intensity of the crisis was not slow to be felt in the real economy, with a significant deterioration in confidence levels to record lows on both sides of the Atlantic. In the United States, the economy shed approximately 1.9 million jobs in the fourth quarter alone. Growing concerns as to a possible deflation scenario, caused in the first place by the sharp drop in commodity prices and then aggravated by the contraction of demand, led the Federal Reserve to cut its rate from 2.00% in September to a band between 0.00% and 0.25% in December and to opt for alternative monetary policy measures, focussed on expanding its balance sheet by buying up assets. In Europe, the ECB also cut its refi rate from 4.25% to 2.50% over the same period, with other monetary authorities, including those in the United Kingdom, following suit. In this context, the prospects for the global economy were revised downwards at frequent intervals, especially from September onwards. The IMF considers that the world economy has experienced a significant downturn, synchronized for the first time in 2008 since World War II, estimating growth at 3.75%, as compared to 5.00% in 2007. In this context, fiscal packages were announced around the world, with the European Union presenting a package estimated at 200 thousand million euros, equivalent to approximately 1.5% of the GDP of the European Union.

15 O comportamento das matériasprimas foi outro factor marcante de 2008, com o petróleo a atingir máximos históricos ligeiramente acima dos 140 dólares por barril, em Junho, mas registando uma inversão abrupta a partir do Verão até fechar o ano perto dos 40 dólares. A implosão da crise financeira, que obrigou muitos investidores a desfazer as suas carteiras pressionando os preços dos activos, e as expectativas de um forte abrandamento na procura do lado da economia real justificaram o extremismo desta inversão de tendência. Outro aspecto a reter de 2008 foi a acentuada depreciação do Dólar durante a primeira metade do ano, atingindo um mínimo de 1,5991 contra o Euro, justificada pela divergência de expectativas quanto ao andamento das políticas monetárias dos dois blocos, mas também por alguma correlação com o preço do petróleo. The behaviour of commodity prices was another striking feature of 2008, with the oil price climbing to alltime highs at more than 140 dollars a barrel in June, only to slump from the summer onwards, ending the year at close to 40 dollars. The implosion of the financial crisis, forcing many investors to break up their portfolios, which had put pressure on asset prices, and expectations of a sudden downturn on the demand side of the economy were the two main causes of this turnaround. Another important factor was that the US dollar had depreciated sharply over the first half of the year, dropping to 1.5991 against the euro, due to diverging expectations as to the pursuit of monetary policies in the two blocks, but due also to a degree of correlation with the oil price. As economias emergentes não permaneceram imunes à crise, embora a persistência de elevados preços das matériasprimas, das quais muitas são exportadoras, durante a primeira metade do ano, por um lado, e a pouca exposição dos seus sistemas financeiros à crise do subprime, por outro, tenham contribuído para alguma resiliência. Setembro marcou o ponto de inversão, já que a subida repentina nos níveis de aversão ao risco levou a generalidade dos investidores a refugiarse em activos de baixo risco o yield da obrigação do Tesouro americano na maturidade a 10 anos caiu para 2,08% no fim do ano em detrimento das classes de activos de maior risco. Este fenómeno traduziuse em correcções generalizadas dos respectivos mercados de capitais e acentuadas depreciações cambiais. The emerging economies were not immune to the crisis, although the persistence during the first half of the year of high prices for commodities, of which many of them are exporters combined with the fact that their financial systems are not greatly exposed to the subprime crisis provided them with a degree of resilience. September was the turning point, as the sudden surge in risk aversion led most investors to take shelter in low risk assets yields on US 10 year treasury bills dropped to 2.08% at the end of the year and to flee from higher risk assets. This led to widespread adjustments in the respective capital markets and sharp drops in exchange rates. Crescimento do PIB (Taxa de variação real) Growth in GDP (Real Variation Rate) 3,5% 3,0% 2,5% 2,0% 1,5% 1,0% 0,5% U.E. / EU E.U.A. / USA Japão / Japan 0,0% 0,5% 2006 2007 2008 Fonte: FMI Source: IMF Estimase que a economia americana tenha registado um crescimento de 1,1% em 2008, ligeiramente abaixo do nível de 2,0% observado em 2007. No entanto, esse diferencial esconde um perfil intraanual muito distinto, já que a economia fechou a primeira metade do ano a crescer cerca de 2,8% em termos homólogos mas terá registado, de acordo com o consenso de mercado, uma queda de 4,35% no último trimestre do ano. Até meados do ano, a evolução do mercado imobiliário mantinhase como o grande foco de preocupação, devido ao elevado stock de casas por vender e à queda persistente dos preços, que se reflectiu em maus desempenhos de todos os indicadores associados, nomeadamente os do sector da construção. Growth in the US economy is estimated at 1.1% in 2008, slightly down from the figure of 2.0% recorded in 2007. However, this differential conceals a very different intraannual pattern, as the economy closed the first half with yearonyear growth of 2.8% but then contracted by 4.35%, according to the market consensus, in the second half of the year. Up to the midyear point, the property market remained the main focus of concern, due to large stocks of unsold houses and the persistent downward trend in prices, reflected in poor performance in all associated indicators, in particular those for the construction sector. In this context,

16 01 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO ECONOMIC BACKGROUND Neste contexto, a Reserva Federal cortou a sua taxa de referência em 3 pontos percentuais até Abril, incluindo um corte extraordinário entre reuniões de 75 pontos base logo em Janeiro. the Federal Reserve cut its reference rate by 3 percentage points in April, including an extraordinary cut between meetings of 75 base points in January. Com o agravamento da crise financeira a partir de Setembro, os principais índices de confiança, quer de consumidores, quer das empresas, atingiram mínimos históricos (desde o início das respectivas séries estatísticas, em meados do século XX) e acentuouse a subida da taxa de desemprego, que chegou a 7,2% em Dezembro face a 4,9% em Janeiro. Do lado dos preços, a taxa de inflação homóloga atingiu um pico em 5,7% em Julho, que reflectiu essencialmente a subida do preço do petróleo, mas inverteu rapidamente a tendência, fechando o ano em 0,1%. With the worsening of the financial crisis from September onwards, the main consumer and business confidence indexes reached new historic lows (since the start of the respective statistical series, in the midtwentieth century), whilst unemployment climbed faster, reaching 7.2% in December, as compared to 4.9% in January. In terms of prices, the annual inflation rate reached a peak of 5.7% in July, essentially reflecting the rise in oil prices, but quickly turned around and closed the year at 0.1%. Índices de confiança Confidence Indexes 120 100 80 60 40 20 0 May / Mai 07 Aug / Ago 07 Nov / Nov 07 Feb / Fev 08 May / Mai 08 Aug / Ago 08 Nov / Nov 08 ISM (EUA) ISM (USA) Confiança dos consumidores (E.U.A.) Consumer confidence (USA) IFO (Alemanha) IFO (Germany) Para a Zona Euro, o FMI estima um crescimento de 1,0% em 2008, implicando uma forte desaceleração face ao ritmo de 2,6% registado em 2007. Embora o padrão de abrandamento tenha sido generalizado, as economias espanhola e irlandesa iniciaram o ano já em clara trajectória descendente, devido aos problemas estruturais nos sectores de imobiliário e construção. A França, a Itália e a Alemanha seriam as seguintes a dar sinais de abrandamento, levando o bloco europeu a desacelerar de um ritmo de crescimento homólogo de 2,1% no 1.º trimestre para 0,6% no 3.º trimestre, ao mesmo tempo que a taxa de desemprego foi subindo gradualmente, de 7,2% para 7,7% (dados de Outubro). Apesar deste contexto, a taxa de inflação harmonizada da União Europeia elevouse substancialmente acima do objectivo de 2% estabelecido pelo BCE 4,0% em Junho devido à subida dos preços das matériasprimas, levando o banco central a manter um discurso muito conservador, que viria a resultar numa subida de 25 pontos base da refi rate em Julho. O agravamento das condições no sector financeiro a partir de Setembro ditou uma deterioração substancial do ambiente macroeconómico na parte final do ano, com a maioria dos indicadores de confiança a cair para mínimos históricos o índice IFO, que mede a confiança dos empresários alemães, desceu aos níveis de início dos anos 90, por altura da reunificação alemã. For the Euro Zone, the IMF estimates growth in 2008 of 1.0%, representing an abrupt slowdown from the rate of 2.6% recorded in 2007. Although the downturn has been widespread, the Spanish and Irish economies started the year on a clear downwards course, due to structural problems in the real estate and construction sectors. France, Italy and Germany were the next to show signs of a slowdown, causing the European bloc to see growth drop from 2.1% in the first quarter to 0.6% in the third quarter, whilst unemployment crept up, from 7.2% to 7.9% (figures for October). Despite this context, the harmonized inflation rate for the European Union stood at substantially above the target of 2% set by the ECB 4.0% in June due to rising commodity prices, leading the central bank to maintain a highly conservative discourse, resulting in a hike of 25 base points in the refi rate in July. Worsening conditions in the financial sector from September onwards led to a substantial deterioration in the economic environment in the final part of the year, with most confidence indexes falling to alltime lows the IFO index, which measures German business confidence, fell to the levels recorded in the early nineties, at the time of reunification. Retail sales and

17 As vendas a retalho e a produção industrial aceleraram igualmente o ritmo de queda homóloga que já vinham registando desde meados do ano. Com este enquadramento, o BCE viria a inverter a trajectória das taxas, reduzindo a refi rate em três momentos, um dos quais um corte extraordinário entre reuniões em concertação com outros bancos centrais em Outubro, para 2,5%. De referir que, para lá das movimentações na taxa de referência, o BCE mantevese presente nos mercados monetários interbancários ao longo de todo o ano, actuando como contraparte preferencial dos bancos nos seus processos de financiamento, já que o mercado de obrigações de médio prazo se manteve praticamente encerrado durante 2008. Os crescentes sinais de recessão levariam também a maioria dos governos europeus a apresentar planos de estímulo fiscal, ao consumo e ao investimento, enquadrados numa proposta da Comissão Europeia que previu o dispêndio de 200 mil milhões de euros, equivalente a cerca de 1,5% do PIB da União Europeia. industrial output also pointed to the gathering pace of the downturn. In this context, the ECB turned around its policy on rates, making three cuts in the refi rate, one of them, in October, an extraordinary reduction between meetings, in concert with other central banks, bringing the rate down to 2.5%. In addition to making changes in leading rates, the ECB kept up its presence in the interbank money markets over the year, acting as preferential counterparty to banks in their funding processes, as the medium term bond market was practically closed during 2008. Growing signs of a recession also led most European governments to present plans for a fiscal stimulus for consumer spending and investment, within the framework of a proposal from the European Union, providing for spending of 200 thousand million euros, equivalent to approximately 1.5% of European Union GDP. Mercado de Trabalho Zona Euro (Taxa de Desemprego) Employment Market Euro Zone (Unemployment Rate) 8,0% 7,8% 7,6% 7,4% 7,2% 7,0% Mai / May 07 Ago / Aug 07 Nov / Nov 07 Fev / Feb 08 Mai / May 08 Ago / Aug 08 Nov /Nov 08 Fonte: FMI / Source: IMF Taxa de desemprego (Zona euro) Unemployment rate (Euro Zone) Estimase que a economia japonesa tenha registado uma contracção de 0,3% em 2008, que compara com um crescimento de 2,4% em 2007, embora o padrão intraanual denote uma desaceleração muito acentuada na 2.ª metade do ano. Com efeito, o PIB chegou a crescer acima de 3% em termos homólogos no 1.º trimestre, suportado pelo consumo privado e pelas exportações. No entanto, a forte apreciação do Iene face ao Dólar durante a primeira metade do ano, que reduziu a atractividade das exportações japonesas, e a eclosão da crise financeira internacional durante o Verão, acabariam por levar a economia à recessão na parte final de 2008. Neste contexto, vários indicadores económicos, com destaque para os índices de confiança e de produção industrial, registaram comportamentos semelhantes aos da recessão de 2001, levando o Banco do Japão a cortar a sua taxa de referência em 20 pontos base, de 0,5% para 0,3%, apesar de a inflação ter batido um máximo de 15 anos (2,2%) durante o 3.º trimestre. As principais economias asiáticas terão registado um crescimento de 7,8% em 2008, ligeiramente abaixo do ritmo registado no ano anterior (10,0%), reflectindo a desaceleração quer da China estimase que o PIB tenha crescido 9,0%, abaixo do nível de 13,0% registado em 2007 quer da Índia, cuja economia terá crescido cerca de 7,3% face a 9,3% em 2007. A desaceleração do comércio global o FMI estima que o ritmo de crescimento das trocas globais tenha abrandado de 7,2% para 4,2% e que o crescimento das Estimates point to contraction in the Japanese economy of 0.3% in 2008, as compared with growth of 2.4% in 2007, although the intraannual pattern reveals a very sharp slowdown in the second half of the year. In effect, GDP was up 3%, year on year, in the first half, on the strength of consumer spending and exports. However, a storing yen gained ground on the dollar over the first half of the year, making Japanese exports less attractive, and the eruption of the international financial crisis in the summer tipped the economy into recession in the final part of 2008. In this context, various economic indicators, and especially confidence indexes and those for industrial output, recorded performance similar to that in the recession of 2001, leading the Bank of Japan to cut its leading rate by 20 base points, from 0.5% to 0.3%, despite inflation reaching a 15year high (2.2%) in the third quarter. The leading Asian economies are thought to have grown by 7.8% in 2008, slightly down from the level of growth recorded in the previous year (10.0%), reflecting the slowdown both in China, where growth in GDP is estimated at 9% as compared to 13% in 2007, and in India, where growth in GDP is thought to have slowed from 9.3% in 2007 to 7.3% in 2008. The slowdown in world trade the IMF estimates that the rate of growth in global trade slowed

18 01 ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO ECONOMIC BACKGROUND exportações das economias emergentes e em desenvolvimento tenha desacelerado de 9,6% para 5,6% afectou o desempenho daquelas economias. Deve ser sublinhado, contudo, que o menor grau de sofisticação dos respectivos sistemas financeiros contribuiu para mitigar o impacto da crise financeira internacional e que a reacção atempada das autoridades o Governo chinês apresentou um ambicioso plano de estímulo orçamental no 4.º trimestre deverá dar algum suporte à procura interna. Estimase que a América Latina tenha registado um crescimento de 3,8% em 2008, o que compara com 5,0% em 2007, com a taxa de inflação a atingir 5,7% face a 5,4% em 2007. A procura doméstica continuou a ser o grande motor de crescimento do bloco latinoamericano, beneficiando do baixo nível de taxas de juro e do aumento do crédito ao consumo, enquanto que o crescimento económico mundial, especialmente da procura da China, assim como o comportamento favorável dos preços das matériasprimas, beneficiaram o sector exportador. A economia brasileira terá crescido a uma taxa anualizada de 4,8% em 2008, abaixo dos 5,7% registados no ano anterior, mas ainda assim um nível robusto. A economia beneficiou da forte expansão da procura interna (consumo das famílias, investimento e gastos do governo) estimulada pelo crescimento do rendimento disponível, pelo baixo nível de desemprego e pela expansão do crédito ao consumo. O dinamismo das componentes do investimento, resultado do baixo nível de taxas de juro no ano anterior, e o forte crescimento das exportações explicam igualmente a boa performance da economia brasileira. O bom andamento da economia e a melhoria estrutural nas contas externas acabariam por levar a agência de rating Standard&Poors a subir a notação de risco da dívida de longo prazo em moeda externa do país para a categoria de Investment Grade em Maio, uma decisão há muito desejada pelas autoridades brasileiras. No que diz respeito ao índice de preços no consumidor, a inflação subiu 5,9%, ficando acima dos 4,5% registados em 2007. Perante um cenário de crescimento económico acima do potencial, o Banco Central do Brasil decidiu iniciar um ciclo de subida de taxas, aumentando a taxa SELIC para 13,75%, 250 pontos base acima do nível observado no início do ano. Contudo, a forte deterioração das condições externas e incertezas quanto à recuperação económica, a partir da crise financeira mundial deflagrada em Setembro de 2008, levariam o Banco Central a interromper essa estratégia. Neste contexto, o Real inverteu o movimento de apreciação face ao Dólar que vinha apresentando até meados do 3.º trimestre de 2008 e acabou por registar uma desvalorização de quase 40%, encerrando o ano em R$ 2,32/US$ face a R$ 1,79/US$ no início do ano e R$ 1,59/US$ em Julho de 2008. O forte incremento nos níveis de aversão ao risco por parte dos investidores internacionais reflectiuse também no alargamento do spread do principal referencial de risco Brasil (o índice EMBI+) para um nível idêntico ao registado em finais de 2003: 428 pontos base face a 220 pontos base no início de 2008. from 7.2% to 4.2% and the growth in exports from emerging and developing economies slowed from 9.6% to 5.6% affected the performance of these economies. However, we should stress that the lower degree of sophistication in the respective financial systems helped to mitigate the impact of the international financial crisis and that prompt reaction by the authorities the Chinese government presented an ambitious budgetary stimulus plan in the 4 th quarter is expected to help prop up internal demand. Growth in Latin America is estimated at 3.8% in 2008, as compared with 5.0% in 2007, with inflation standing at 5.7%, up from 5.4% in the previous year. Domestic demand continues to be the main engine of growth in the Latin American bloc, benefitting from low interest rates and the increase in consumer credit, whilst world economic growth, especially demand from China, together with the favourable behaviour of commodity prices have benefitted the export sector. The Brazilian economy is thought to have grown at an annualized rate of 4.8% in 2008, down from the figure of 5.7% recorded in the previous year, but still at a robust level. The economy benefitted from significant expansion in internal demand (household spending, investment and government spending), stimulated by the growth in disposable income, by the low level of unemployment and the expansion of consumer credit. Dynamic performance in investment, resulting from low interest rates in the previous year, combined with substantial growth in exports, also accounts for the strong performance of the Brazilian economy. Sound economic performance and the structural improvement in the country s foreign account led Standard & Poors to upgrade its rating for Brazilian long term foreign currency debt to investment grade in May, in line with the longheld ambitions of the Brazilian authorities. In terms of the retail price index, inflation rose to 5.9%, higher than the figure of 4.5% recorded in 2007. In view of a scenario of abovepotential economic growth, the Brazilian central bank decided to start raising interest rates, increasing the SELIC rate to 13.75%, 250 base points above the level at the start of the year. However, the sudden deterioration in the international economy and uncertainties as to an economic upturn, due to the world financial crisis which broke out in September 2008, led the central bank to abandon this strategy. In this context, the Real, after gaining against the dollar through to the middle of the third quarter of 2008, started to lose value and ended the year down by almost 40%, closing at R$ 2.32/US$ as compared to R$ 1.79/US$ at the start of the year, and R$ 1.59/US$ in July 2008. The sharp increase in risk aversion levels amongst international investors was also reflected in a widening of the spread for the main benchmark for Brazilian risk (the EMBI+ index) to a level identical to that recorded in late 2003: 428 base points, as compared to 220 base points at the start of 2008. 2. CONJUNTURA NACIONAL De acordo com o Banco de Portugal, a economia portuguesa terá crescido cerca de 0,3% em 2008, bastante abaixo do nível de 1,9% registado em 2007 e interrompendo o ciclo de aceleração observado desde meados de 2006. À semelhança da envolvente externa, as condições económicas terseão agravado particularmente no último trimestre do ano, levando o Banco de Portugal a rever em baixa para 0,3% uma estimativa que se situava em 1,2% a meio de Junho. 2. THE PORTUGUESE ECONOMY According to the Bank of Portugal figures, growth in the Portuguese economy stood at approximately 0.3% in 2008, well down on the level of 1.9% recorded in 2007 and interrupting the cycle of acceleration which had been observed since 2006. As in the world economy, conditions worsened particularly in the final quarter of the year, leading the Bank of Portugal to revise its estimate of growth to 0.3%, down from a figure of 1.2% in midjune.

19 Crescimento do PIB Taxa de variação real Growth in GDP / Real Variation Rate 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% Portugal / Portugal U.E. / EU 0,0% 1,0% 2,0% 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008E Fonte: Dados de Portugal pelo Banco de Portugal e da União Europeia pelo FMI Source: Data for Portugal from the Bank of Portugal and for the European Union from the IMF. O comportamento ligeiramente positivo da economia portuguesa ao longo de 2008 terseá ficado a dever à procura doméstica, sobretudo à rubrica de consumo privado, que terá aumentado cerca de 1,4%, enquanto o consumo público se manteve praticamente inalterado, registando uma taxa de variação homóloga de 0,2%. A formação bruta de capital fixo terá caído 0,8% em 2008, reflectindo uma forte desaceleração da procura externa na segunda metade do ano e uma deterioração acentuada nos níveis de confiança das empresas, sobretudo no segmento da indústria transformadora. Do lado da procura externa, as exportações líquidas apresentaram um contributo para o crescimento da economia negativo em 0,8%, que reflecte o maior crescimento das importações (2,4%) face ao das exportações (0,6%). Em resultado, o saldo da balança comercial terseá deteriorado para 8,0% do PIB face a 6,9% em 2007, embora deva ser sublinhado que o agravamento é parcialmente explicado pelo saldo da balança energética, devido ao aumento dos preços do petróleo em 2008 (o valor médio do ano subiu de 73 dólares para 99 dólares). The modestly positive performance of the Portuguese economy over the course of 2008 appears to be due to internal demand, and especially to consumer spending, for which growth is estimated at 1.4%, whilst public spending remained practically unchanged, with a yearonyear variation of 0.2%. Gross fixed capital formation is estimated to be down by 0.8% in 2008, reflecting a sharp slowdown in external demand in the second half of the year, and significant worsening in business confidence, especially in the manufacturing sector. On the side of external demand, net exports made a negative net contribution to economic growth of 0.8%, reflecting the fact that imports grew faster (2.4%) than exports (0.6%). As a result, the trade deficit worsened to 8.0% of GDP. as compared to 6.9% in 2007, although it should be noted that the worsening was partially due to the energy balance and soaring oil prices in 2008 (the average price for the year rose from 73 dollars to 99 dollars). Confiança dos Consumidores (Índice) Consumer Confidence (Index) 0 120 10 100 20 80 30 60 40 50 60 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 40 20 0 Portugal (Esc. Esquerda) Portugal (lefthand scale) U.E. (Esc. Direita) EU (righthand scale)