IBRI e FIPECAFI divulgam resultado de Pesquisa do Profissional e Área de RI Levantamento traça atual estágio das Relações com Investidores no Brasil A 6ª Pesquisa sobre a área e os profissionais de Relações com Investidores no Brasil, produzida pelo IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) com a FIPECAFI (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), identificou reconhecimento da Alta Administração e elevada satisfação pessoal com as atividades dos profissionais de RI, maior percentual de profissionais no intervalo de idade entre 30 anos e 45 anos, necessidade de atualização em questões contábeis e crescente participação feminina na atividade. O levantamento foi realizado junto a 106 profissionais de RI de 70 companhias e traça o perfil das Relações com Investidores com base em dados como área de atuação, nível de satisfação, número de reuniões individuais e roadshows internacionais, formação e demais qualificações do profissional, bem como as ferramentas utilizadas pelas companhias. O critério utilizado para a segregação das companhias em categorias foi de acordo com o faturamento: superior a R$ 10 bilhões; de R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões; de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão e por fim até R$ 500 milhões. A maioria das empresas encontrase nas três primeiras categorias com 28%, 15% e 21%, respectivamente. As empresas foram analisadas sob o segmento de listagem de Governança Corporativa na BM&FBOVESPA. Segundo os resultados, 36% estão no Novo Mercado; 7% no Nível 2; 20% no Nível 1. Dos respondentes 15% estão no tradicional / Bovespa Mais e 16% não são listadas na BM&FBOVESPA. As respostas apontam mudanças com relação à edição de 2010, onde 46% estavam no Novo Mercado; 24% no Nível 1; o
Nível 2 recebeu 9%; 14% no mercado tradicional/bovespa Mais e 7% afirmaram não serem listadas na BM&FBOVESPA. Do total de participantes 31% das empresas fazem parte do IBovespa e 73% afirmaram participar de outro índice que não o Ibovespa e o IBrX-100. Principais características dos RI s Cresce participação feminina - A 6ª edição da pesquisa (2012) identificou que 53% dos respondentes são homens e 47%, mulheres. Em 2010, 61% dos participantes eram do sexo masculino e 39%, feminino. Ao longo dos anos, a pesquisa tem registrado aumento na participação feminina na área de RI. Em 2003, 32% dos profissionais de Relações com Investidores eram do sexo feminino. Profissionais têm em geral idade entre 30 anos e 45 anos A pesquisa em 2003 registrava que 8% dos respondentes tinham até 29 anos, em 2010, chegou a 29% da amostra e na atual versão 28%. Em 2003, os profissionais com mais de 45 anos representavam 41% da amostra e em 2010 a participação caiu para 23% no período de comparação. O estudo demonstra que continua a concentração de profissionais entre 30 anos e 45 anos. A participação do intervalo de idade entre 30 anos e 45 anos era de 51% em 2003, passando para 48%, em 2010, chegando a 51% em 2012. Demanda maior por conhecimentos de Contabilidade Os profissionais entrevistados elencaram em quais áreas necessitam de conhecimento/formação adicional para melhorar seu desempenho na função, são: contabilidade (60%), valuation (55%), legislação nacional (45%), finanças (38%), inglês aplicado e comunicação (34%), dentre outros assuntos que fazem parte do dia a dia da profissão. Formação e Experiência do profissional de RI
A prática das Relações com Investidores tem exigido que os profissionais sejam cada vez mais multidisciplinares. A pesquisa IBRI FIPECAFI detectou, desde a primeira edição (2003), que os demandantes de cursos para a área de RI partem de graduações em áreas como Administração, Comunicação, Contabilidade, Economia e Engenharia. Essas áreas na atual edição, 86 participantes (81% do total). No ano de 2010, 67% dos respondentes afirmaram possuir pós-graduação e no atual levantamento o número de profissionais pós-graduados atingiu 81%. Dos que cursaram pós-graduação, na 6ª edição da pesquisa (2012), 11% afirmaram ter curso de especialização no exterior. Importância da fluência em inglês O domínio de idiomas é primordial para os profissionais de Relações com Investidores, especialmente os que participam de roadshows (apresentações) e/ou reuniões (one-onone) no exterior. Ao serem solicitados a dar uma nota de 0 a 5 para medir a fluência na língua inglesa, 48% afirmaram ter pleno domínio (5), seguidos por 25% com nível 4; 15% com nível 3; 4% deram nota 2; 6% nota 1 e apenas 2% afirmaram não possuir conhecimento nenhum da língua. Ao se comparar com os resultados anteriores demonstra-se a importância da língua inglesa, visto que em 2010, do total de respondentes 44,64% alegaram possuir fluência plena na língua inglesa. O percentual de respondentes que não possuíam qualquer domínio do inglês era de 0,89% em 2010. Diferentemente do inglês, a fluência no espanhol mostrou que apenas 8% tem fluência na língua, sendo que 19% deram nota zero. Dos entrevistados, 21% afirmaram não ter muito conhecimento do idioma (nota 1), seguidos de 18% nota 2; 21% nota 3 e 5% nível 4. Em 2010, na pergunta sobre a habilidade de se comunicar em espanhol, 41% atestaram ter algum domínio do idioma. A pesquisa constatou que apenas 14,95% dos respondentes falam um terceiro idioma, sendo o francês o mais votado com 50%, seguido por alemão 31% e o italiano recebeu 6% dos votos. Importância da educação continuada
A formação continuada é fundamental na área de Relação com Investidores, dadas as sensíveis mudanças nos últimos anos, especificamente nos temas de regulação e autorregulação. Para estar atualizado é preciso participar de cursos, palestras e seminários. Em sua missão de formar e valorizar o RI, o IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) desde sua fundação promove atividades para atualizar os profissionais. A entidade também oferece cursos de curta, média e longa duração, bem como elearning Relações com Investidores: Contexto e Conceitos. Ao serem questionados se participariam ou indicariam alguém da equipe para cursos em RI, os respondentes informaram: 54% curso de média duração (com aproximadamente 100 horas), 49% curso de curta duração (com cerca de 20 horas), 35% longa duração (MBA com 360 horas), 30% dos entrevistados indicariam o e-learning e apenas 3% não indicariam nenhum dos cursos. Experiência profissional Na atual edição, 38% responderam estar há mais de cinco anos na área; 26% disseram que a experiência na área varia de dois a cinco anos e 34% menos de dois anos. Em 2010, 46% dos respondentes estavam na categoria de mais de cinco anos, 36% entre dois e cinco anos e 18% há menos de dois anos. Acompanhe no gráfico - quanto tempo a área de RI foi formalmente criada: Antes de atuar na área de Relações com Investidores, os profissionais tinham experiência nas seguintes áreas: 22% Controladoria / Contabilidade / Auditoria; 18% Analista de Investimento e outras funções do mercado de capitais; 22% Tesouraria /
outras áreas financeiras; 17% Planejamento e Novos Negócios; 9% Comunicação / Marketing / Comercial; 1% Produção / Engenharia e 20% atuaram em áreas diversas. No que diz respeito ao acúmulo de cargos, 66% afirmaram não acumular cargo com o de RI, ante 79% da edição anterior. Daqueles que responderem positivamente, 23% informaram que acumulam outra função que não as listadas a seguir: Vice-Presidente ou Diretor Financeiro (1%); Gerente Financeiro (5%), Atividades ligadas ao mercado de capitais (3%); e Controller (2%). Remuneração do RI Na atual edição (2012) da pesquisa, os participantes foram indagados se acreditam que o salário está situado comparativamente à média de mercado, 62% informaram estar na média, 29% abaixo e 7% acima. Do total de respondentes 54% acreditam que seu salário está compatível com as suas atribuições e responsabilidades. No quadro a seguir é possível verificar a faixa salarial do analista de RI: A pesquisa verificou que a faixa salarial para o cargo de analista pleno de RI segue a distribuição: até R$ 3,5 mil (7%), entre 3,5 mil e R$ 4 mil (15%), entre R$ 4 mil e R$ 5 mil (19%), acima de R$ 5 mil (7%) e não possue a informação (30%). Para a função de analista sênior de RI acompanhe a faixa salarial no gráfico a seguir.
Para o cargo de supervisor/coordenador os respondentes informaram que o salário é de até R$ 8 mil (11%), entre R$ 8 e R$ 10 mil (12%), entre R$ 10 e R$ 12 mil (7%), acima de R$ 12 mil (3%) e a porcentagem dos que não possuem a informação é de 37%. Os participantes da 6ª edição da pesquisa informaram que para o cargo de gerente de RI a faixa salarial é composta da seguinte maneira: até R$ 11 mil (8%), entre R$ 11 mil e R$ 14 mil (10%), entre R$ 14 e R$ 17 mil (17%), acima de R$ 17 mil (13%) e não possue a informação (33%). A faixa salarial do diretor/superintendente de RI ficou distribuída da seguinte maneira: de R$ 18 mil (6%), entre R$ 18 e R$ 22 mil (2%), entre R$ 22 e R$ 26 mil (8%), acima de R$ 26 mil (20%) e não disponibilizou a informação (50%). Dentre os benefícios que fazem parte da remuneração dos diretores/superintendentes de RI das empresas, destacam-se: bônus (77%), participação nos lucros (62%), cursos no Brasil (59%), stock options e automóvel receberam 48% das respostas, dentre outros benefícios. Na edição anterior houve dispersão nas remunerações, sendo que 25% dos respondentes afirmaram que a remuneração está acima de R$ 16 mil; 29% não divulgaram a informação; 18% relataram estar entre R$ 13 e 16 mil; 16% entre R$ 10 e 13 mil e 13% até R$ 10 mil. Estrutura da área de RI Dos profissionais que participaram do levantamento, 90% informaram que não gostariam de mudar de área, ou seja, estão satisfeitos em atuar em RI. O departamento de RI das empresas é composto por estagiários (37%), analistas/assistentes (82%),
coordenadores/supervisores (40%), chefes/gerentes (74%) e superintendentes / diretores não estatutários (36%). Nesta resposta, os participantes puderam assinalar mais de uma resposta. Com base no que foi informado na 5ª pesquisa, das pessoas que trabalham nas áreas de RI, 53% eram analistas; 19% eram Gerentes ou Chefes; 11% eram Coordenadores ou Supervisores; 7% eram Estagiários e 10% eram Superintendentes ou Diretores não estatutários. No quadro a seguir acompanhe a quem a área de RI dos respondentes é subordinada: No comparativo com 2010, os resultados foram: 21,6% dos casos ao Presidente; em 62,2% ao Diretor Financeiro e/ou ao Vice-Presidente; em 13,5% à Diretoria Estatutária Exclusiva de RI e os 9,66% restantes subordinam-se a outras Diretorias Executivas. No que diz respeito ao porta-voz da companhia, o gráfico a seguir informa as respostas dos participantes:
No levantamento anterior constatou-se que o Diretor Estatutário Exclusivo de RI era o principal porta-voz (24,8%), seguido pelo Presidente (16,2%). Presidente Executivo 16,2% Diretor Estatutário Exclusivo de RI 24,8% Diretor de RI (não estatutário) 6,7% Gerente de RI (ou equivalente) 7,6% Outro 6,7% Não temos porta-voz formalmente designado 1,0% Planejamento e Orçamento da Área No levantamento da atual edição, 55% dos respondentes disseram que o Diretor de RI é quem aprova o planejamento periódico de RI. Já 42% informaram ser o Diretor Executivo, 11% a aprovação é pelo Conselho de Administração e 10% todas as respostas anteriores. Em 2010, das empresas respondentes apenas 1,22% afirmaram que a empresa não realiza planejamento periódico de RI. Nas que o fazem, este deve ser aprovado pelo Conselho de Administração (8,54%); Diretoria Executiva (25,61%); Diretor de RI (32%) e por todas as citadas anteriormente (7,32%). Verificou-se, também na 6ª pesquisa, que 57,33% da amostra têm orçamento de até R$ 1 milhão para gastos da área, excluindo os investimentos internos e 8,00% responderam não ter a informação. Já 8,47% não responderam a questão. Para a 6ª edição da pesquisa, o resultado pode ser acompanhado no quadro a seguir:
Atividades desenvolvidas pelo Departamento de RI Dos entrevistados, 68% informaram ser consultados por mídia especializada. No que diz respeito à frequência das reuniões com investidores, foi possível identificar que 33% das empresas realizam mais de três reuniões individuais por semana com investidores, enquanto 24% das companhias não realizam reuniões. 17% dos respondentes disseram promover três reuniões com a comunidade de investidores, 12% fazem duas reuniões e 11% promovem um encontro. Apresentações No exterior 40% das apresentações são conduzidas pelo Diretor Financeiro ou Vice- Presidente e 36% Diretor de RI. Quando as reuniões são realizadas no Brasil, 48%
informaram que essas são conduzidas pelo Diretor Financeiro ou o Vice-Presidente, 38% pelo Presidente Executivo e 29% pelo Diretor de RI. Ao serem solicitados a informar em quais países suas empresas se apresentam 99% disseram Estados Unidos; 74% Europa (excluindo Reino Unido); 61% Reino Unido; 23% Ásia; 25% América do Sul e 14% Oriente Médio. Nessa questão foi possível marcar mais de uma opção. Redes sociais A pesquisa mostra também que 99% dos entrevistados alegaram possuir site de RI e 96% disponibilizam-no na língua inglesa. Twitter e Facebook são as redes sociais mais utilizadas pelos Departamentos de RI, com 45% e 30%, respectivamente. Consultorias Dos respondentes, 76% utilizam, anualmente, os serviços de consultorias especializadas na área de RI, com ênfase para 70% em criação/manutenção do site de RI; 67% organização de teleconferências; 51% estudos de percepção e 48% produção do relatório anual. Os resultados da 5ª edição apontaram: 9,3% alegaram possuir contrato com empresas de consultoria especializada para a área de RI, destacando-se que 49,23% terceirizam a confecção do Relatório Anual e 46%, os relatórios trimestrais. Sustentabilidade A preocupação com a sustentabilidade já faz parte, há alguns anos, da agenda do profissional de RI, conforme as respostas da maioria dos entrevistados. 76% dos
respondentes estão envolvidos na temática de sustentabilidade e responsabilidade corporativa dentro da empresa. Aqueles que responderam afirmativamente disseram estar envolvidos da seguinte maneira: 50% participam de Comitê / Comissão / grupo que estabelece políticas sobre o tema; 42% centralizando informações para a produção de relatórios; 24% principal responsável pelo assunto na empresa e 8% de outras formas. A percepção dos RI s é que os investidores locais e estrangeiros ainda não demandam muitas informações sobre o tema. 21% dos entrevistados afirmaram que os investidores europeus possuem amplo domínio e demanda sobre o tema. A percepção de 44% dos respondentes é de que na América do Norte a percepção é baixa, assim como no Brasil (52%) e na Ásia (54%). Satisfação com a Atividade de RI O reconhecimento da Alta Administração e outros profissionais da empresa é um dos termômetros de como a atividade está sendo desempenhada. Em 2010, 86,61% dos respondentes disseram estar plenamente satisfeitos com a atividade de RI. A área de RI considera-se prestigiada pelas demais áreas da companhia em 91,1%; esse percentual já chegou a mais de 95,6% nos outros anos. Do outro lado, a recíproca também é verdadeira, as empresas conferem importância à área de RI, sendo de 73,87% o percentual de satisfação. Constatou-se também que 66,07% acreditam que os benefícios das atividades de RI são percebidos pelo Presidente e Diretor imediato, enquanto que apenas 5,36% consideram não serem percebidos. Na 6ª edição da pesquisa, os participantes foram indagados que notas dariam para a importância que a empresa confere à atividade de RI; os valores variavam de 0 a 5. Do total, 36% deram nota máxima, seguidos por 35% com nota quatro, 20% nota três, 6%
nota dois e 4% nota um. Além disso, a maioria dos respondentes informou que o grau de prestígio da área de RI junto aos profissionais de outras áreas da empresa é alto. No quesito satisfação pessoal/realização profissional com a atividade de RI, 80% dos participantes indicaram as notas mais altas quatro e cinco- para expressar como se sentem. Conhecer o Código de Conduta do Profissional de RI e filiação ao IBRI Do total de respondentes, 92% conhecem o IBRI e 64%, o Código de Conduta e Princípios Éticos elaborado pela entidade em 2006. No que diz respeito à filiação, a outras entidades do mercado, 79% dos entrevistados disseram estar ligados ao IBRI, mantendo a porcentagem da última edição da pesquisa. Na edição de 2008, o percentual de respostas foi de 31%. As outras entidades que receberam votos Na atual edição foram: ABRASCA (Associação Brasileira das Companhias Abertas) com 67%; APIMEC (Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais) com 49%; IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) com 29% e IBEF (Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças) com 14%. Assessoria de Comunicação do IBRI (Instituto Brasileiro de Relações com Investidores) Digital Assessoria-Comunicação Integrada Rodney Vergili / Jennifer Almeida Fones (11) 5081-6064 / (11) 9 9123-5962 rodney@digitalassessoria.com.br