Ivan Fadel, Credit Suisse: Bom dia a todos. Obrigado pela explicação inicial. Tenho duas perguntas, a primeira seria em relação ao CAPEX. Ele foi revisado, mas eu gostaria que os senhores pudessem entrar em mais detalhes de o que foi reduzido, quais foram as razões pelas quais o CAPEX foi reduzido. E se pudessem abrir o CAPEX entre o Terminal de Santos, Convicon e Imbituba. E a segunda pergunta seria em relação aos volumes do ano que vem. Também considero que os senhores prevêem uma queda de volume, talvez, e quais são os fatores que levaram a essa mudança de guidance. São essas duas perguntas. Obrigado. Bom dia. O guidance do CAPEX agora, para 2009, R$150 milhões, o breakdown dele, basicamente R$90 milhões para Santos Brasil S/A, R$50 milhões para o Tecon Imbituba, R$8 milhões para o Convicon e R$2 milhões para a Mesquita. É uma redução de mais ou menos R$200 milhões em relação ao realizado em 2008. Vale destacar que em 2008, o grosso do investimento em 2008 foi relativo ao T4, que está praticamente concluído. Com relação ao guidance de volume para 2009, nossa expectativa, como vocês puderam perceber no guidance, é de uma queda de aproximadamente 6% no volume total de todos os terminais de contêineres. Na Santos Brasil S/A, no Tecon de Santos, nós estamos estimando uma queda de volume de 10%, basicamente afetada, no nosso entender, em nossa previsão para 2009, por uma queda de importação que nós estamos estimando em algo em torno de 18%, de importação de contêineres cheios, e uma queda de exportação de contêiner cheio ao redor de 5%. Isso daria uma queda total de 6%, mais uma vez, e de 10% para o Tecon de Santos. Armazenagem, consequentemente, termina sofrendo em função da queda do volume de contêiner cheio de exportação, que deve ser em linha com o que nós estamos prevendo para importação, ou seja, entre 18% e 19% de queda de volume de armazenagem. Isso a leva ao guidance de R$248 milhões para o nosso EBITDA em 2009, uma redução de 8% em relação ao EBITDA real apresentado em 2008. Ivan Fadel: Está ótimo. Perfeito, Marcos. E só se você pudesse lembrar, na visão de vocês, ou na modelagem de vocês, qual é o CAPEX de manutenção que vocês trabalham. Se vocês não fossem crescer o negócio, mas simplesmente manter a atual operação, quanto vocês acreditam que seria gasto com investimentos de manutenção por ano? Nosso CAPEX de manutenção é relativamente baixo. Nós estimamos em torno de R$30 milhões para todas as operações. Ou seja, dos R$150 milhões, R$120 milhões nós estamos investindo em expansão. Ivan Fadel: Perfeito. 1
Rodrigo Góes, UBS Pactual: Bom dia a todos. Pergunta rápida sobre o SG&A, que acho que mesmo expurgando o impacto do expense accounting para o stock options, acabou vindo relativamente uns R$10 milhões acima do que tínhamos estimado para o trimestre. Não sei se houve alguma coisa extraordinária aí. O que devemos esperar para 2009 como run rate? O SG&A, na verdade, se você excluir os efeitos das aquisições, para conseguir comparar com 2007, por exemplo, na verdade ele trouxe um aumento, que esses 6,5%, 7% estão mais ou menos em linha, um pouco abaixo talvez da inflação medida pelo IGP-M, que ficou um pouco acima de 9%. Referente às aquisições, como foi um ano de transição, de maturação, principalmente na Mesquita, o start up basicamente de Imbituba e Convicon, realmente os custos referentes a essas aquisições, especificamente para o SG&A, foram um pouco mais elevados do que a expectativa geral, inclusive a nossa. Para 2009, esperamos um crescimento em linha com a inflação. É isso que estamos projetando no nosso orçamento, nesse guidance que apresentamos.ou seja, um crescimento ao redor de 5% a 6%. Rodrigo Góes: OK. Mas o run rate trimestral, expurgando, mais uma vez, o efeito de stock options, pelo menos nos meus números, foi quase R$40 milhões. Então, levando isso para um full year em 2009, estamos falando de um SG&A de quanto? Uns R$150 milhões? É isso? Um pouco abaixo disso, Rodrigo. Isso já considerando todas as companhias, falando do consolidado. Rodrigo Góes: Exatamente, o consolidado. Estamos um pouco abaixo disso. O 4T concentra alguns itens que são maiores se você comparar com os trimestres anteriores, mas se você for considerar o ano todo, deve ser um pouco abaixo disso. 2
Vanessa Ferraz, HSBC: Bom dia a todos. Eu queria entender um pouco como é que está volume de movimentação agora, no 1T, e como vocês estão vendo as perspectivas para esse próximo mês. E eu tenho uma outra pergunta, que é referente ao guidance de margem EBITDA de 2009. Queria entender se ele já está englobando uma melhoria no operacional do Convicon de Imbituba e como é que vai ser essa melhora de margem e de volume; vocês esperam uma melhora no 4T09, ou no 2T09? Eu queria entender um pouco melhor como é que vocês estão vendo esses dois outros terminais. Bom dia. Acho que o 1T09 estará em linha com o nosso guidance de orçamento. Está muito volátil, o 1T normalmente é muito volátil, e este ano, com essa crise, está mais volátil ainda. Mas eu acho que ele será em linha com o que o Marcos Tourinho falou anteriormente, acho que no Porto de Santos a queda será por volta de 10%. Com relação ao Convicon e com relação a Imbituba, o Convicon já vai apresentar uma melhora de resultado este ano, já tem dois serviços novos, um já começou, no 4T08, outro serviço começará agora, nas próximas semanas. Existem novas cargas de projetos chegando ao porto, inclusive receberemos mais um guindaste, e com isso o Convicon vai apresentar um resultado melhor, vai inclusive gerar EBITDA. Imbituba ainda demora um pouco mais, porque a estratégia em Imbituba aposta no aumento do tamanho dos navios, e o porto não está preparado para receber os navios grandes, ainda. Temos um CAPEX este ano de R$50 milhões, para a construção de um berço novo, com profundidade de 15 metros. E existe um fator também que vai contribuir para o aumento do tamanho dos navios, que é a dragagem do Porto de Santos, que está em andamento. Então, Santos continua hoje com um calado de 12,10 metros, e isso não acrescenta muita coisa para o comércio exterior, para o aumento de tamanho dos navios. Mas assim que Santos chegue por volta dos 13 metros de calado, e esperamos que isso aconteça no final deste ano, e isso vai combinar com a conclusão do nosso berço, com calado de 15 metros, acho que aí Imbituba ganha uma expressão maior na nossa composição de resultados. Vanessa Ferraz: OK. Mas aí, então, o que vocês estão falando é que Convicon já começa a apresentar margem EBITDA positiva em 2009, mas Imbituba só em 2010 ou mais para frente? Exatamente. O Convicon passou quase o ano de 2008 todo com apenas um serviço para a América. Ele agora já tem um serviço para a Ásia e está começando, nas próximas semanas, um serviço para a Europa. Com esses três serviços e com a armazenagem das cargas de projeto 3
que estão chegando ao porto, este ano ele realmente apresentará EBITDA positivo e passará a contribuir. Vanessa Ferraz: OK. Obrigada. Sara Delfim, Merrill Lynch: Bom dia. Na verdade, tenho aqui três perguntas rápidas. A primeira, em relação ao guidance de EBITDA e margem, que câmbio médio vocês estão usando no budget de vocês? Vocês podem falar? Para nosso orçamento, estamos usando um câmbio médio de R$2,10. OK. A segunda pergunta é só para ter uma geral de como é que foram as negociações com os armadores agora em janeiro, se houve alguma alteração significativa do que já era previsto. E a terceira pergunta, eu tinha mais ou menos a mesma posição de endividamento para o período, e a despesa veio uns 70% acima do que eu estava esperando. Então, eu só queria confirmar o breakdown, o que está em Reais, o que está em USD e o custo médio de cada item, se vocês puderem abrir. Seria isso. Bom dia, Sara. Na verdade, as negociações com os armadores aconteceram em 2007. A maioria dos contratos é de dois anos, e este ano, realmente, nós estamos recebendo pressão para que facilitemos algumas coisas, mas o tom da negociação agora é aguardar um pouco para ver o que acontece. Mas a pressão é muito forte para que o preço seja alterado. Por enquanto, os contratos estão sendo mantidos, nós estamos aguardando o 1T para ver que direção começar a tomar. Mas eu devo considerar o preço estável, ou pode haver algum repasse de inflação já previsto nesse contrato? O que acontece é que nós temos uma faixa, e o preço flutua com o USD, dentro dessa faixa. Estamos exatamente dentro dessa faixa. Então, o que está acontecendo é que estamos tendo uma reposição das perdas da inflação em Real. 4
OK. Por conta da situação do USD. O USD agora está na faixa de R$2,25, que está acima do nosso PIB. OK. Entendi. Obrigada. Carlos Lucato, Santander: Bom dia. Minha pergunta é com relação a essa provisão trabalhista que vocês fizeram, se ainda tem alguma pendência com isso e se devemos esperar alguma provisão a mais para frente, ou sinalizou pelas aquisições, com essa provisão vocês acham que já devem ter terminado com isso. E a outra coisa é indo em linha com o que a Sara perguntou antes, é um breakdown melhor da dívida, para entendermos o efeito cambial, se tiveram resultado financeiro. Com relação a essa parte de provisionamento, a parte trabalhista, não há mais nada. Esse foi um caso que vinha sendo discutido há algum tempo e este ano resolvemos deixar provisionado. É um caso específico e não há mais nenhuma pendência em relação a esse item. Foi tomada uma atitude mais conservadora e encerrado este assunto nesse momento. Com relação à dívida, e isso foi a resposta que ficamos devendo para a Sara também, a taxa média está em torno de 75% do CDI, a média da nossa dívida. E dessa dívida, metade é em moeda estrangeira, metade em moeda nacional. É mais ou menos essa a estrutura que temos hoje. Carlos Lucato: OK. E vocês pretendem manter isso? Porque agora vocês tiveram um aumento de endividamento, e isso já era uma coisa que vocês tinham e deve continuar assim, nesse rate de meio a meio? Em princípio, possíveis aumentos em moeda estrangeira, se ocorrerem, serão somente nos casos em que é inevitável, quando se tratar de equipamento importado. Nossa linha política está sendo seguida, de endividamento, sempre que possível, em moeda nacional. Essa é a linha. 5
Carlos Lucato: OK. Obrigado. Augusto Ensiki, Morgan Stanley: Bom dia. Desculpe se for repetido, mas sobre o guidance da margem EBITDA, o que está por trás da queda entre 2008 e 2009? Na verdade, nós temos um reflexo dessa queda do volume que estamos prevendo para o Tecon de Santos, que estamos prevendo de forma mais significativa, e nas operações como um todo, isso traz uma margem menor por estarmos prevendo pelo aspecto escala nas operações de Santos. E as operações de Imbituba e Convicon, Convicon já estará positivo, mas as margens ainda não são as mesmas que temos em Santos, ainda há um longo caminho a percorrer. A Mesquita é que vai apresentar uma melhora nesse aspecto mas, no conjunto, por esses efeitos, deveremos apresentar uma margem EBITDA menor neste ano. A grande influência é do Tecon de Santos. Augusto Ensiki: OK. E sobre os volumes de 2009, vocês têm alguma expectativa do mix? Mix de cheios e vazio, esperamos que fique na faixa de 75% - 25%. Essa é a nossa expectativa. Augusto Ensiki: OK. E a última pergunta: sobre o 4T08, o mix deteriorou mais perto de dezembro ou foi durante o trimestre inteiro? O mix do último trimestre foi mais ou menos em linha com o do ano, ficou em 78% de cheio. Augusto Ensiki: OK. Muito obrigado. Operadora: Encerramos neste momento a sessão de perguntas e respostas. Agora gostaria de passar a palavra para o Sr. Washington Kato para suas considerações finais. 6
Agradecemos a todos e esperamos revê-los na apresentação de resultados do 1T09. Obrigado a todos novamente. Operadora: O conference call da Santos Brasil Participações está encerrado. Agradecemos a participação de todos, e tenham um bom dia. "Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição. 7