Planilha Eletrônica de Fluxo de Caixa



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Transcrição:

Planilha Eletrônica de Fluxo de Caixa Jacsson Massing (ULBRA-SM) jacsson@vigitech.com.br Jader Tomazetti da Cunha (ULBRA-SM) grapiamarmadeiras@terra.com.br Carlos Otávio Zamberlan (ULBRA-SM) otaviozamberlan@terra.com.br Ísis Samara Ruchel Pasquali (UFSM) isis.bio@oi.com.br Alexandre de Melo Abicht (ULBRA-SM) alex.abicht@gmail.com Resumo: O presente trabalho tem como objeto demonstrar a criação e a utilização de uma Planilha Eletrônica de fluxo de caixa, utilizada em uma micro-empresa, a qual serviu de estudo no período de maio de 2004 a novembro de 2005. É exposto no início deste estudo, o que é o fluxo de caixa, como funciona o capital de giro, a Planilha Eletrônica, sua criação e implantação. Também é mostrado como a planilha eletrônica é utilizada como ferramenta de gestão aliando a tomada de decisões do gestor da empresa com as informações pertinentes do fluxo de caixa. Por fim as conclusões que podem ser tiradas com a execução da planilha em uma micro-empresa. Palavras-chave: 1. Fluxo de Caixa; 2. Capital de Giro; 3. Planilha Eletrônica; 4. Resultados. 1. Introdução O seguinte trabalho buscou apresentar o desenvolvimento, a análise e as metas alcançadas com a aplicação de uma Planilha Eletrônica de fluxo de caixa, criada a partir da disciplina de Estágio II, que foi implantada em uma micro-empresa a partir do ano de 2004 e segue até o presente momento, servindo como objeto de estudo do Estágio Curricular Complementar II e III. Estudo esse que tem como objetivo principal, verificar se a Planilha Eletrônica pode servir de suporte para a tomada de decisões a médio e longo prazo, no que diz respeito a investimentos que a empresa almeja realizar futuramente com recursos próprios. Para realizar essa análise, a Planilha Eletrônica passa a ser uma ferramenta de gestão financeira, por se apresentar de modo simples, de fácil operação e por demonstrar excelente visualização de resultados, ao permitir a visualização geral do fluxo de caixa, que mostra, se a empresa alcançou o objetivo financeiro mensal que se esperava, de acordo com os resultados dos meses anteriores. Os resultados esperados com esse estudo, de acordo com a análise que será realizada ao longo do trabalho, servem não somente ao investimento material na empresa, mas também assegura que esses investimentos passarão a contribuir também com as pessoas que fazem parte dela, pois as melhorias que forem alcançadas ao longo do tempo irão influenciar de maneira positiva as pessoas que nela trabalham, pois investimentos em melhorias do local de trabalho, investimento em tecnologia e treinamento com certeza trarão resultados importantes para alcançar os objetivos esperados por essa empresa e relevantes a ponto de ser objeto de outro estudo de caso, o que agora ainda não se faz oportuno. O estudo da Planilha Eletrônica de fluxo de caixa visa, também, melhorar toda a saúde financeira da empresa através do seu capital de giro que está diretamente ligada ao lucro e as despesas que a mesma possui ao longo dos meses de operação, que por sua vez também pode servir para se medir a sua eficiência financeira. Pode também aplicar investimentos próprios para um aumento de produção e captação de clientes, sem que haja grandes perdas, podendo com isso buscar uma competitividade ainda maior no mercado em que atua. A necessidade de se apurar uma decisão segura de investimentos a partir de seu próprio capital não se deve apenas ao fato de não se querer realizar investimentos financeiros de risco, mas sim se deve principalmente ao fato de melhorar o local de trabalho, tanto em espaço, quanto em desenvolvimento de um novo layout, devido a vários fatores, como o do aumento 1

da produção interna de alimentos, através da captação externa de novos clientes, a qual foi iniciada em meados do ano de 2004, pelo processo de remodelação de Gestão Financeira que a empresa realizou nos anos de 2004 e 2005, e também pela conscientização e sensibilização dos sócios-proprietários em melhorar o espaço e as condições de trabalho de seus colaboradores, sem deixar de lado a busca constante por novas tecnologias, aprimoramento das máquinas, treinamento de pessoal e o aumento dos lucros futuros. 2. O Fluxo de Caixa A contabilidade é a linguagem dos negócios. Mede os resultados das empresas, avalia o desempenho dos negócios, dando diretrizes para a tomada de decisões. (MARION, 2003). O fluxo de caixa, por exemplo, é uma excelente ferramenta de gestão, que está diretamente ligado à competitividade da empresa com relação aos concorrentes, pois visa a melhoria de suas finanças para que se possam realizar investimentos na área de produção, compra de equipamentos e treinamento de pessoal. É importante planejar corretamente o fluxo de caixa da empresa; é preciso saber exatamente quanto dinheiro ela poderá ter disponível e se esses recursos serão suficientes para cumprir suas obrigações (pagar contas diversas, considerando os custos fixos, como aluguel de imóvel e salários de empregados, e os custos variáveis, como impostos, taxas e contas de luz, água, aquecimento, etc). Para Ross (2002) grande parte das informações que obtemos provém de demonstrações financeiras, e boa parte do trabalho de análise financeira consiste em extrair informações sob a forma de fluxo de caixa. O fluxo de caixa opera em ciclos, desde a compra dos estoques até o recebimento do dinheiro decorrente da venda de seus produtos a prazo. A análise do fluxo de caixa basicamente mostrará a relação entre a despesa (outflow), decorrente do cumprimento das obrigações e a receita (inflow), obtida pela venda de seus produtos. A combinação da entrada e saída de dinheiro pode resultar em saldo positivo ou negativo. É conveniente que no final do mês a empresa tenha saldo em dinheiro suficiente para pagar suas obrigações do mês seguinte. Um dos desafios do dia-a-dia da pequena empresa é lidar com o paradoxo abundância - escassez. E não me refiro apenas ao fluxo de negócios, mas também ao fluxo de caixa da empresa diz Joseph Anthony (2003). A projeção mensal do fluxo de caixa ajuda a identificar e eliminar déficits e mesmo superávits. Se o fluxo de caixa for deficitário, a empresa precisará alterar seus planos financeiros para conseguir mais dinheiro. Por outro lado, um fluxo de caixa superavitário pode indicar que a empresa pediu dinheiro emprestado em excesso ou que os recursos que estão sobrando poderiam ser investidos. O objetivo é desenvolver um plano que proporcione um fluxo de caixa equilibrado. Caso o fluxo de caixa esteja deficitário, existem várias formas pelas quais a empresa pode buscar aumentar suas reservas, a mais conhecida é o aumento de vendas. Porém, caso grande parte de suas vendas seja feita a crédito, o aumento de vendas não resultará necessariamente em incremento imediato dos recursos à sua disposição, além disso, o estoque ficará desfalcado e precisará ser reposto, o que aumentará as despesas. Deverá ser cobrado dos clientes todo o pagamento em atraso, se a empresa não for eficiente na cobrança de seus créditos, tenderá a perder recursos, quanto mais tempo os clientes levarem para pagar, mais difícil será para recuperar a totalidade de seus créditos. Para Blatt (2001), a habilidade de uma empresa em pagar suas contas e expandir sua posição no mercado está nas mãos dos empregados que administram seus ativos. Ainda existe o fator da eficiência com que o setor financeiro da empresa consiga ver e tomar decisões com respeito a cobrança desses clientes como medida a aumentar o seu desempenho financeiro, pois segundo Blatt (2001) o departamento de cobrança administra o arquivo de contas a receber e, portanto, diretamente, o 2

fluxo de caixa da empresa. Sendo assim se torna o principal responsável por manter a situação atualizada do caixa. A empresa também poderá aumentar suas reservas restringindo suas vendas a crédito. Quanto mais os clientes pagarem à vista, mais recursos ela terá disponível e menor será o custo de cobrança e de inadimplência. No entanto, a restrição de crédito poderá também implicar uma redução das vendas, para que isso não ocorra, a empresa precisará avaliar a conveniência de manter, no longo prazo, uma política de crédito mais ou menos restrita, ou seja, irá escolher de forma racional qual cliente poderá ou não levar o seu produto ou serviço no crediário. Outra opção de aumento de recursos para cobrir déficits temporários em seu fluxo de caixa é a tomada de empréstimos de curto prazo, que segundo Sanvicente (1987) esses empréstimos são destinados à sustentação de aplicações em créditos a clientes e estoques, ou mesmo à substituição do financiamento aos clientes, como ocorre com o crédito direto ao consumidor. Essa breve introdução acima evidencia o que ocorre geralmente com as empresas dentro do seu âmbito financeiro, as entradas e saídas de recursos tendem a ser cada vez mais controladas em virtude da necessidade de informação que o gestor demanda para que o gerenciamento tente ser o mais adequado possível. Brasil (2002) ressalta que ao empresário, interessa ter em mãos um instrumental que lhe permita conduzir o barco ao porto. Além disso, as tomadas de decisão que devem ser constantes, contínuas e voltadas sempre em primeiro momento ao âmbito interno da organização, pois dela dependem as medidas que serão voltadas ao ambiente em que a mesma atua, ou seja, seus fornecedores, parceiros e clientes. Segundo Brasil (2002) a importância com que a empresa na sociedade moderna faz com que sua sobrevivência interesse a todos os seus parceiros: acionistas, financiadores, empregadores, fornecedores, clientes e governo. Fica claro que a saúde financeira da empresa depende não somente do seu gestor, mas também da qualidade das informações com que o setor financeiro trabalha e que ferramentas de gestão o mesmo utiliza, nesse caso o objeto em estudo é o fluxo de caixa. Para Weaver (2002) o fluxo de caixa é que determina o sucesso de uma decisão econômica, pois a operação do fluxo de caixa nada mais é que uma ferramenta bastante simples que deve ser utilizada diariamente para que se possam obter informações de quanto dinheiro entrou na empresa, em virtude de suas vendas, e de quanto dinheiro saiu, para que a empresa se mantenha em funcionamento, e o resultado disso passa então a ser o saldo de caixa. Essa pode ser a maneira mais simples de controlar o dinheiro em uma micro, e até mesmo de uma grande empresa, pois necessariamente todos os lançamentos de crédito (venda) de produtos ou serviços que a empresa realiza diariamente são lançados na entrada e todas as despesas como compra de matéria prima, salários, água, luz, etc...devem ser lançados na saída. A diferença de valores entre a entrada e a saída, irá resultar no saldo, que pode ser positivo, se caso o valor da entrada supere o valor da saída, ou negativo, caso o valor da saída supere o valor da entrada. Para Ross (2000) por fluxo de caixa, queremos simplesmente dizer a diferença de dinheiro que entrou e que saiu. 3. O Capital de Giro O capital de giro da empresa com relação a sua administração envolve sempre um processo contínuo de tomadas de decisões que afetam a maioria das vezes a preservação da liquidez da empresa, e que também pode afetar a sua rentabilidade, em conseqüência disso a análise do fluxo de caixa torna-se relevante em virtude do mesmo ser transparente em suas características e os resultados a sua volta podem ser analisados com clareza e precisão diária se necessário. 3

O capital de giro corresponde nesse estudo em particular aos estoques, contas a receber e disponibilidades, segundo Braga (1989) uma característica dos ativos é a freqüente mutação ocorrida entre seus elementos, o que pode ser explicado na atual atividade da empresa já que a mesma processa a matéria prima em alimentos preparados para que sejam depois vendidos aos clientes, nessa etapa a empresa já onerou o seu capital por disponibilizar os recursos para a compra dessa matéria prima, ou até mesmo a adquiriu para que fosse paga futuramente, os clientes por sua vez, recebem a matéria prima transformada em produto final (alimento) o qual irá realizar o pagamento na maioria dos casos, somente semanalmente ou até mesmo ao final do mês, e caso o cliente não pague como a empresa deve reagir nesse caso? Essa é a mutação que pode ocorrer, e saber reagir a ela é vital para que esse processo não pare, pois um número considerável de clientes ficará sem produto ao meio dia. De acordo com Braga (1989), a compra de produtos a prazo deve ocorrer como forma de captar grande lucratividade, mas para que isso se torne viável o giro do estoque deve ser baixíssimo. Com isso a empresa pode novamente comprar a prazo e vender aos seus clientes com um preço diferenciado da concorrência, sendo essa uma estratégia de mercado muito usada nos dias de hoje. Oliveira e Perez Jr. (2005) citam que o executivo pode considerar que é uma estratégia bem-sucedida quando influencia a posição financeira da empresa com o nível de financiamento. O termo giro se refere aos recursos correntes da empresa, geralmente identificados como aqueles capazes de serem convertidos em caixa. Diante dessa definição, verificamos que os elementos do giro estão identificados na entrada como contas a receber ou produtos vendidos; num sentido mais amplo, o capital de giro representa os recursos demandados por uma empresa para financiar suas necessidades operacionais identificadas desde a aquisição de matérias-primas até o recebimento pela venda do produto acabado, como, por exemplo, os alimentos que são preparados e distribuídos para os clientes. Os elementos do ativo circulante não costumam apresentar sincronização temporal equilibrada em seus níveis de atividade. Obviamente, se as atividades de seus elementos ocorressem de forma perfeitamente sincronizada, não haveria a necessidade de se manter recursos aplicados em capital de giro. Se todas as vendas fossem realizadas à vista, inexistiriam investimentos em créditos a receber. Da mesma forma, se as vendas fossem perfeitamente sincronizadas com as atividades produtivas, não haveria necessidades de investimento em estoque de produtos acabados, o que não é o caso da empresa no estudo em questão das empresas fornecedoras de refeições prontas, pois toda a sua produção está voltada somente ao consumo diário que os clientes demandam, ou seja, o estoque de produtos acabados inexiste. Para Ross (2000) o planejamento das necessidades e a gestão just-in-time são dois métodos voltados à administração de estoques determinados pela demanda. O capital de giro pode ser segmentado em fixo e variável. O fixo refere-se ao volume mínimo de ativo circulante necessário para manter a empresa em condições normais de funcionamento, e o variável é definido pelas necessidades adicionais e temporais de recursos, verificadas em determinados períodos e motivadas, principalmente, por compras antecipadas de estoque, maior morosidade no recebimento de clientes, maiores vendas em determinado período do ano, entre outros. Os elementos que compõe o capital de giro podem ser exemplificados aqui como sendo o caixa, o saldo do dia anterior e as contas a receber relativas as vendas efetuadas no dia, na semana, na quinzena ou até mesmo do mês, isso leva a uma conclusão que algumas atividades naturalmente aumentam o saldo como a venda à vista e a venda de algum bem material da empresa. Porém outras atividades diminuem o saldo do caixa, como a liquidação de um empréstimo de longo prazo, o pagamento de um empréstimo de curto prazo, a compra de matéria-prima a vista e a compra de algum bem material. Como podemos observar o capital 4

de giro é muito flexível em virtude das entradas e saídas que o mesmo apresenta diariamente no ciclo de caixa. Em uma empresa certas decisões, como a compra de matéria-prima, a forma de pagamento, a venda da produção e a sua forma de cobrança, geram uma série de entradas e saídas de caixa, ou seja, é gerado a partir disso um ciclo de caixa, que são fluxos não sincronizados e incertos. Não são sincronizados porque o pagamento da matéria-prima não ocorre ao mesmo tempo em que o recebimento pela venda do produto. Incertos porque as vendas e os custos futuros não podem ser previstos com exatidão. O ciclo de caixa determina a quantidade de dias desde a aquisição da matéria prima, seu pagamento pela empresa, até a saída dessa matéria prima transformada em produto acabado e o pagamento desse produto pelo cliente. Para que isso ocorra a empresa estará lançando créditos para seus clientes, pois os mesmos não irão, em muitos casos, pagar pelo produto à vista e sim a prazo, nesse meio tempo a matéria prima deverá ser paga sem que para isso os clientes já tenham pago pelos produtos ou serviços adquiridos Para que esse saldo seja honrado pela empresa faz-se necessário ter capital de giro, ou dinheiro em caixa, para cobrir essas despesas sem que afete a operacionalidade da empresa mantendo-a em pleno funcionamento. Numa situação ideal, em que uma empresa tenha o controle total sobre sua liquidez, seu saldo de caixa seria zero. Obviamente, esta é uma posição de caixa inexistente, embora seja ótima. Fatores como o alto custo do dinheiro, inflação, incerteza do fluxo de caixa, entre outros, fazem com que qualquer empreendimento precise manter, em magnitudes diferentes, um nível mínimo de caixa. Segundo Keynes (1983), existem três motivos para que uma empresa mantenha um valor mínimo no seu caixa. O primeiro é denominado transação. Uma empresa precisa ter os recursos aplicados no caixa para poder honrar os compromissos assumidos, pois se existisse uma sincronia perfeita entre os recebimentos e os pagamentos, a demanda de caixa para a transação seria desnecessária. O segundo motivo de existência de um nível de caixa, refere-se à precaução. Como existem fluxos de pagamento futuros, nem sempre previsíveis e em face da atitude do administrador financeiro em relação ao risco, uma empresa deve manter uma quantidade de recursos para estas eventualidades. Em geral, quanto mais propensa ao risco se mostra a empresa, menor a quantidade de dinheiro mantido no caixa pelo motivo de precaução. E o terceiro motivo refere-se à especulação. Neste caso, a existência de recursos em caixa decorre da perspectiva de uma oportunidade futura para fazer negócios. Observando a movimentação do caixa entre as entradas e saídas, Ross (2000) destaca que o orçamento de caixa é uma ferramenta básica do planejamento financeiro a curto prazo, pois ela permite ao administrador financeiro a identificação de necessidades e oportunidades financeiras a curto prazo. Porém, mais importante é o fato de que o orçamento de caixa ajuda o administrador a explorar as necessidades de financiamento a curto prazo. A idéia do orçamento de caixa é simples, pois ele registra as estimativas de entradas e saídas de caixa, sendo que o resultado é uma estimativa de superávits ou déficits de caixa. 4. Planilha Eletrônica de Fluxo de Caixa Os lançamentos na planilha ocorreram diariamente em todas as compras efetuadas no dia e também todas as vendas realizadas, ao final do dia é fechado o balanço com saldo positivo ou negativo e o mesmo saldo abrirá as contas no dia seguinte. Com a implantação do fluxo de caixa simples, tudo o que a empresa recebe e tudo o que a empresa gasta diariamente fica registrado no programa, salvo dia a dia. Todos os recebimentos ou pagamentos que a empresa possui de direito será lançado na Origem como: venda de produtos, e seu respectivo valor em Reais na Entrada, devendo gerar um valor Subtotal para todas as entradas do dia. 5

Todas as contas, como: compras no mercado, feira, salários, material de expediente, pagamento de terceirizadas, água, energia elétrica, gás, telefone, etc..., devem fazer parte dos lançamentos diários na Origem e o valor correspondente na Saída, devendo gerar um Subtotal para todas as Saídas diárias. O Total geral será a diferença ( - ) entre o Subtotal da Entrada versus o Subtotal da Saída, gerando dessa forma o Saldo para o dia seguinte a assim sucessivamente. 5. Resultados da Execução da Planilha Eletrônica Com a implantação da Planilha Eletrônica de fluxo de caixa no mês de junho de 2004, a empresa em estudo surpreendentemente chegou ao final do mês com saldo positivo em suas contas, superando em 100% a sua expectativa para a não captação de recursos de terceiros (problemática proposta no Estágio II), que no princípio do projeto seria de 50%. Essa superação de 100% foi devido aos fatores relacionados abaixo, que ajudaram a continuação do estudo: - a implantação da Planilha Eletrônica de fluxo de caixa foi devidamente planejada, organizada e controlada diariamente, tendo em vista que todos os lançamentos foram rigorosamente anotados em uma caderneta (livro de caixa) e lançados após isso no programa Excel; - o aumento de 25% dos clientes (de 150 iniciais no começo do mês de maio para 185 ao final do mesmo mês); - melhoria do sistema de cobrança, pois se verificou logo na primeira semana da implantação da Planilha Eletrônica que havia uma grande inadimplência por parte dos clientes; 6

- para isso foi implantado um sistema de banco de dados dos clientes, com nome, telefone, endereço, quantidade de viandas que foram fornecidas e o seu respectivo valor, data do pagamento e qual a forma do pagamento (cheque ou dinheiro); - com a implantação do banco de dados que foi à parte no projeto, obteve-se uma melhora no sistema de cobrança em torno de 35% do valor das vendas do mês anterior, ou seja, além dos resultados positivos da Planilha Eletrônica que demonstrou um aumento do lucro liquido em torno de 19%, a cobrança obteve também um fator fundamental para que a meta alcançasse 100% de êxito, não sendo necessário a obtenção de recursos externos para o capital de giro da empresa. Posteriormente ao que foi descrito acima, a Planilha Eletrônica passou a ser utilizado como ferramenta de gestão para a tomada de decisões futuras que pudessem dar a empresa resultados operacionais melhores dos que ela estava acostumada a ter. Esses resultados fazem parte da tomada de decisões estratégicas no ano de 2006, visando um aumento da produção em virtude da demanda gerada pelos clientes e abertura de novos segmentos de produtos. Observou-se o seguinte desempenho: - com a utilização diária da Planilha Eletrônica o gestor incorporou essa ferramenta na tomada de decisões pertinentes a pequenos investimentos necessários para manter o setor produtivo operacionalmente funcionando, como a compra de uma nova bancada de saída de produtos, equipamentos novos, remodelação do sistema de gás e instalação de internet com banda larga; - aumento das receitas em virtude das vendas alcançarem mais de 220 clientes mês e também pelo conhecimento pleno das entradas e saídas que o fluxo de caixa proporciona, indicando ao gestor todos os recursos disponíveis diariamente; - foi realizada uma renegociação direta com os fornecedores fixos, o que possibilitou um aumento do número de dias para realizar o pagamento das mercadorias adquiridas para o processo de produção; - aumento do capital de giro proporcionado pela utilização da Planilha Eletrônica de fluxo de caixa, que pode ser observado na Tabela 1; - aumento do lucro líquido proporcionado pela utilização da Planilha Eletrônica de fluxo de caixa, que pode ser observado na Tabela 1. TABELA 1 Tabela de resultado da análise do Capital de Giro nos 18 meses do estudo. Mês Contas a receber Estoque e Contas a Pagar Total do Giro Lucro obtido no período Junho 04 R$ 56.865,58 R$ 26.062,38 R$ 30.803,20 R$ 1.026,77 Julho 04 R$ 82.145,39 R$ 28.771,89 R$ 53.373,50 R$ 1.779,12 Agosto 04 R$ 95.617,69 R$ 28.487,42 R$ 67.130,27 R$ 2.165,49 Setembro 04 R$ 104.623,61 R$ 28.166,58 R$ 76.509,20 R$ 2.550,31 Outubro 04 R$ 123.583,10 R$ 27.275,60 R$ 96.307,50 R$ 3.035,99 Novembro 04 R$ 112.363,84 R$ 24.844,22 R$ 87.519,62 R$ 2.950,00 Dezembro 04 R$ 147.832,60 R$ 28.801,92 R$ 119.030,68 R$ 3.839,70 Janeiro 05 R$ 146.662,36 R$ 24.871,18 R$ 121.791,18 R$ 4.510,77 Fevereiro 05 R$ 72.064,75 R$ 22.551,17 R$ 49.513,58 R$ 1.768,34 Março 05 R$ 124.946,12 R$ 26.907,34 R$ 98.038,78 R$ 2.929,16 Abril 05 R$ 145.505,99 R$ 31.458,58 R$ 114.047,41 R$ 3.933,29 Maio 05 R$ 127.810,37 R$ 30.474,28 R$ 97.336,09 R$ 3.139,87 7

Junho 05 R$ 168.981,49 R$ 31.302,84 R$ 137.678,65 R$ 4.589,29 Julho 05 R$ 211.502,45 R$ 31.697,00 R$ 179.805,45 R$ 5.993,52 Agosto 05 R$ 243.902,54 R$ 31.306,14 R$ 212.596,40 R$ 6.857,95 Setembro 05 R$ 133.605,85 R$ 24.231,80 R$ 109.374,05 R$ 3.645,80 Outubro 05 R$ 146.789,04 R$ 27.625,10 R$ 119.163,94 R$ 4.253,97 Novembro 05 R$ 135.765,05 R$ 24.876,00 R$ 110.889,05 R$ 2.976,31 Fonte: MASSING, Jacsson. Trabalho de Conclusão de Curso, 2006. A Planilha Eletrônica de fluxo de caixa mostrou-se eficiente na demonstração das entradas e saídas de recursos e essa ferramenta pode e deve ser utilizada diariamente pelo gestor se o mesmo necessita de informações pertinentes ao seu negócio, e também por mostrar onde estão os recursos financeiros disponíveis quando o mesmo necessita tomar alguma decisão de curto a médio prazo, pois assim dessa maneira o seu capital de giro está se mostrando suficiente por enquanto para serem efetuados investimentos na empresa, em tecnologia, nas pessoas e em máquinas. Seria de grande valia que o gestor realizasse a execução de todos os investimentos necessários a aumentar a sua produção em curto prazo e que o pagamento dessas execuções se mantivesse no longo prazo, mas como sugestão ele pode realizar de pouco em pouco esses investimentos de acordo a manter o seu fluxo de recursos do capital de giro estável sem comprometer a sua operacionalidade, pois a Planilha Eletrônica permite isso de acordo com a visualização que o mesmo pode oferecer ao gestor. Como ferramenta de gestão o fluxo de caixa se manteve viável como qualquer outro software de finanças, pois pode agregar a ele as tomadas de decisões do gestor de curto a médio prazo com relação a investimentos na empresa, podendo com isso futuramente servir como ferramental básico para a tomada de decisões estratégicas que podem realmente mudar o cenário onde a empresa está operando. 6. Conclusão De acordo com o estudo proposto, bem como a sua execução desde o ano de 2004, tanto as análises bem como a estrutura montada com base em relatórios e estudos mais a fundo dos elementos que constituem a cadeia financeira de uma empresa, a qual se deve levar em conta sua atividade, sua produção sua capacidade de operação, sua cultura e seu lucro preponderante, se pode concluir que nas análises da Planilha Eletrônica de fluxo de caixa ela pode e deve ser usada como ferramenta de gestão financeira, pois demonstrou ao gestor uma eficiente arma de informação atualizada e de acordo com a literatura a qual foi exposta. De grande importância para a gestão da empresa, pôde ser comprovado que a análise das demonstrações financeiras enriquecem a cultura das pessoas envolvidas e também agilizam o processo de tomada de decisão, o que se fará em um futuro próximo já que a empresa possui condições de alavancar fundos de terceiros para as alterações propostas para o aumento do setor de produção contribuindo dessa forma com o aumento da capacidade instalada, bem como a procura de novos mercados a serem explorados e para prestar um melhor atendimento aos clientes que aumentam diariamente, e que antes não haveria condições de atendê-los. 8

8. Bibliografia ANTHONY, Joseph. Fluxo de Caixa das Empresas. Disponível em: <http//www.wisdom.weismann.ac.il> Acesso em: 04 de setembro de 2004. BLATT, Adriano. Análise de Balanço. São Paulo: Makron Books, 2001. BRAGA, Gilberto. Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1989. BRASIL, Haroldo V.; BRASIL, Haroldo G. Gestão financeira das Empresas: Um Modelo Dinâmico. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. KEYNES, J.M. Teoria Geral do Emprego, Juro e do Dinheiro. São Paulo: Abril Cultural, 1983. MASSING, Jacsson. Planilha Eletrônica de Fluxo de Caixa. Trabalho de Conclusão de Curso de Administração. Universidade Luterana do Brasil. Santa Maria, 2006. MARION, J. C. Contabilidade Empresarial. São Paulo: Atlas, 2003. OLIVEIRA, Luís M. de, PEREZ Jr, José H. Contabilidade Avançada. São Paulo: Atlas, 2005. ROSS, Stephen A. Princípios de Administração Financeira. Stephen Ross, Randolph W. Westerfield, Bradford D. Jordan; tradução Andréia Maria Accioly Fonseca Mainardi; revisão técnica de Antonio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas, 2000. ROSS, Stephen A. Administração Financeira. Stephen Ross, Randolph W. Westerfield, Jefrey F. Jaffe; tradução Antonio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas, 2002. SANVICENTE, Antonio Z. Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1987. WEAVER, Samuel C. Importância do Fluxo de Caixa. Artigo publicado no livro Administração Financeira. Stephen Ross, Randolph W. Westerfield, Jefrey F. Jaffe; tradução Antonio Zoratto Sanvicente. São Paulo: Atlas, 2002. 9

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