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Transcrição:

14 de julho de 2015 Moore Stephens Auditores e Consultores ÍNDICE LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA... 2 MP cria findos para a reforma do ICMS (Fenacon)... 2 Importação de remédio por pessoa física ficará isenta de impostos (G1.globo.com)... 3 Natura ganha liminar favorável da Justiça contra cobrança de IPI (dcomercio.com.br)... 4 Definido o conceito de commodities para efeito de aplicação dos preços de transferência pelos métodos PCI e Pecex (IOB Online)... 5 RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA... 6 Líderes que devem ser evitados (Fenacon)... 6 Surgem novas profissões que serão as últimas a terem cortes (Otempo.com.br)... 7 CONTABILIDADE / AUDITORIA... 8 IFAC inicia campanha Accountability Now (Comunicação Ibracon)......8 Como estabelecer seus honorários contábeis? (contábeis.com.br)... 9 OUTROS ASSUNTOS... 10 Governo sinaliza mais aumentos de impostos como parte dos ajustes (Fenacon)... 10 Queda de arrecadação nos principais setores é tendência para longo prazo (Fenacon)... 12 Conceitos estrangeiros em fusões e aquisições (Valor Econômico)... 14 Commodities Agrícolas (Valor Econômico)... 16 SOBRE A MOORE STEPHENS AUDITORES E CONSULTORES A Moore Stephens é uma das maiores redes de auditoria, consultoria e outsourcing contábil do mundo (Top 10). Está presente em 105 países, com mais de 660 escritórios e cerca de 27.000 colaboradores. No Brasil, em expansão, há mais de 300 profissionais e 40 sócios nas firmas-membro sediadas em: Belo Horizonte - msbh@msbrasil.com.br Cuiabá - mscb@msbrasil.com.br Curitiba - msct@msbrasil.com.br Florianópolis - msfl@msbrasil.com.br Fortaleza - msfor@msbrasil.com.br Joinville - msjl@msbrasil.com.br Porto Alegre - mspoa@msbrasil.com.br Ribeirão Preto - msrp@msbrasil.com.br Rio de Janeiro - msrj@msbrasil.com.br Santa Maria - mssm@msbrasil.com.br Campinas - mscamp@msbrasil.com.br São Paulo - mssp@msbrasil.com.br São Luís - mssl@msbrasil.com.br (correspondente) Página 1

LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA MP cria fundos para a reforma do ICMS Tributação para regularizar recurso enviado ilegalmente ao exterior vai financiar fundos BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff assinou nesta segunda-feira à noite medida provisória que trata da criação de dois fundos fundamentais para a implantação da reforma do ICMS - principal tributo cobrado pelos Estados. A MP será publicada hoje no Diário Oficial da União. Os dois fundos serão abastecidos com a tributação sobre recursos repatriados de brasileiros ou empresas nacionais no exterior que não tenham sido declarados à Receita Federal. A Receita Federal terá prazo de 90 dias para regulamentar o projeto que regulariza o dinheiro não declarado ao Fisco por empresas e pessoas físicas. A janela para adesão ao programa será de 120 dias, conforme minuta do projeto que está sendo negociado pelo Ministério da Fazenda e a qual o Estado teve acesso. O prazo de adesão foi encurtado de 180 dias para 120 dias para garantir rapidez no ingresso dos recursos no caixa do governo. O governo conta com esses recursos para reforçar o superávit primário e bancar a reforma do ICMS. A previsão é recolher até R$ 25 bilhões. O assunto foi discutido em reunião nesta segunda-feira entre os ministros Joaquim Levy (Fazenda) e Aloizio Mercadante (Casa Civil) com o vice-presidente Michel Temer e líderes da base aliada no Senado Federal. A regularização só será permitida para o patrimônio verificado até dezembro de 2013. A proposta atinge não apenas depósitos bancários, mas também imóveis, veículos, ações, entre outros ativos. Com o aval do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o governo negocia a aprovação rápida da proposta. A articulação visa a levar diretamente para o plenário a proposta do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) que foi adaptada em negociação com os técnicos do Ministério da Fazenda. O dinheiro arrecadado será usado para financiar os dois fundos - de auxílio financeiro e infraestrutura - para compensar os Estados de perdas com a reforma do ICMS. Pedágio. Pela proposta, quem quiser repatriar o dinheiro terá de pagar um pedágio na forma de tributação de 17,5% de impostos e 100% de multa, totalizando 35% sobre o patrimônio que for regularizado. A tributação, no entanto, está sendo considerada extremamente elevada para atrair os interessados na legalização do patrimônio. O projeto tem uma linha boa, mas ela está espantando as pessoas. Elas terão que pagar o imposto e a multa, avalia Wilson de Faria, advogado especialista em direito internacional do escritório WFaria Advogados. Segundo ele, a proposta do governo chegou em bom momento, mas será preciso reduzir a multa para dar certo. Pagando o imposto à Receita, as empresas e as pessoas físicas terão a segurança da sua regularização num momento em que foram apertadas as regras internacionais dos bancos em relação à origem do dinheiro dos seus correntistas. Não será obrigatório ingressar com os recursos regularizados no País. Para entrar no regime, será preciso demonstrar a origem do dinheiro. Em troca, o contribuinte que regularizar o dinheiro enviado ao exterior receberá uma anistia penal para uma série de delitos, como crimes contra a ordem tributária, falsidade ideológica, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Para Heleno Torres, professor da Universidade de São Paulo, que participa da costura do texto final do projeto, essa é uma chance única para as pessoas e empresas aproveitarem a janela de regularização. O brasileiro, por mais sério que seja, se tem uma situação como essa, nunca mais terá chance de regularização, diz. Segundo ele, o dinheiro não declarado no exterior é o único caso em que o contribuinte não tem como se regularizar perante a Receita. Se fosse no Brasil, ele faria um declaração retificadora, afirma. Estudo do Banco Mundial aponta que brasileiros têm cerca de US$ 500 bilhões no exterior não declarados. Para Torres, mesmo que US$ 300 bilhões sejam oriundos de atividade ilícita, que não poderão ser regularizados, há pelo menos uma margem de US$ 200 bilhões com potencial de atenderem as regras do programa. Uma das preocupações de senadores é com o eventual vazamento da identidade das pessoas jurídicas ou físicas que recorram à lei. Levy garantiu aos aliados que a Receita Federal possui um sistema totalmente seguro, descartando a possibilidade de vazamentos. Fonte: Fenacon (14/07/2015) Página 2

Importação de remédio por pessoa física ficará isenta de impostos Medida facilita entrada de medicamentos sem registro, como o canabidiol. No entanto, CBD e outras drogas prescritas precisam de aval da Anvisa. A partir desta segunda-feira (13) a Receita Federal passará a isentar de cobrança de impostos medicamentos importados por pessoas físicas do Brasil e que não têm registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa. A medida facilita o tratamento com drogas não comercializadas no país e que são prescritas por médicos para doenças crônicas. Entre os remédios que devem ser beneficiados está o canabidiol (CBD), substância derivada da maconha. A Receita Federal alterou a portaria 156, de 1999, mudança publicada no Diário Oficial desta segunda. A nova regra se estende a encomendas aéreas internacionais, transportadas por empresa de entrega expressa. Na prática, o medicamento será entregue no domicílio do importador sem o recolhimento de tributos federais. Apenas quem cadastrar o laudo médico e a prescrição do medicamento na Anvisa é que se beneficiará com a medida No entanto, apenas quem tiver o cadastro na Anvisa é que poderá ser beneficiado. Segundo o órgão, ligado ao Ministério da Saúde, para importar medicamentos sem registro no país é preciso realizar um cadastro na agência, apresentando laudo médico, documento que explica a necessidade do remédio pelo paciente, e a prescrição, a famosa "receita", contendo a posologia e a quantidade de medicamentos a ser importada. Para saber mais detalhes, a Anvisa pede que um e-mail seja enviado para o endereço med.controlados@anvisa.gov.br. No caso do canabidiol, uma página especial foi criada para facilitar a importação. A aprovação do cadastro pode levar até quatro dias. Novas regras do Canabidiol Desde o dia 7 deste mês começaram a valer as novas regras e procedimentos específicos para importação de produtos à base do CBD. O regulamento complementa as ações já tomadas pela agência para que os pacientes tenham acesso ao produto. Em janeiro, a Diretoria Colegiada da Anvisa decidiu retirar o canabidiol da lista de substâncias de uso proibido (proscrito), abrindo o caminho para que a comercialização de medicamentos com a substância seja facilitada no país. Antes, a venda era vetada. Agora, empresas interessadas poderão produzir e vender derivados de CBD após a obtenção de um registro da Anvisa. No fim de 2014, uma empresa europeia entrou com um pedido para comercializar medicamentos com a substância. A aquisição do produto deverá ocorrer de forma controlada, com a exigência de receita médica de duas vias. Fonte: G1.globo.com (13/07/2015) Página 3

Natura ganha liminar favorável da Justiça contra cobrança de IPI Fabricantes de cosméticos como a Natura, que possuem braços de distribuição, passaram a sofrer aumento da carga tributária devido a pacote de elevação de impostos do governo A Natura, fabricante de cosméticos, obteve uma nova decisão favorável na Justiça para impedir a cobrança de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a distribuição de cosméticos. Decisão assinada pelo desembargador federal Cândido Ribeiro, presidente do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, manteve uma liminar obtida anteriormente pela companhia. Em abril, a Natura já havia obtido uma liminar em primeira instância suspendendo o efeito da cobrança de IPI para a distribuição de cosméticos. A União pediu a suspensão, mas na última semana foi publicada a decisão do TRF da 1ª Região contra a União, mantendo, portanto, a liminar a favor da Natura. O decreto 8.393 da Receita Federal, de 2015, equipara o atacadista à indústria quando ambos fizerem parte do grupo empresarial. A medida fez parte de um pacote de elevação de tributos anunciado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Essa cobrança de IPI nas distribuidoras de cosméticos está em vigor desde 1º de maio, mas vem sendo questionada pelas empresas na Justiça. No setor, é comum que as fabricantes, como a Natura, tenham braços de distribuição, portanto a medida aumenta a carga tributária para elas. O argumento da Fazenda Nacional no processo foi de que a suspensão da cobrança tem um "efeito multiplicativo", uma vez que o fundamento da decisão a favor da Natura pode ser estendido a outros estabelecimentos. Segundo o argumento usado, a ausência de cobrança "acarreta lesão à ordem econômica", porque a União deixa de arrecadar cerca de R$ 653,85 milhões por ano sem a medida. Já o desembargador considerou que "foram incluídos (na cobrança) produtos prontos para o consumidor final, quando o entendimento da Corte Superior de Justiça é o de que não incide IPI na venda de produto a consumidor final ou a estabelecimento não industrial". "Ademais, a Poder Público possui eficazes instrumentos de cobrança, caso ao final a exação (cobrança) seja considerada legítima", concluiu Fonte: dcomercio.com.br (13/07/2015) Página 4

Definido o conceito de commodities para efeito de aplicação dos preços de transferência pelos métodos PCI e Pecex A norma em referência esclareceu que, para fins de aplicação do método do Preço sob Cotação na Importação (PCI) e do método Preço sob Cotação na Exportação (Pecex), se consideram commodities os produtos negociados nas bolsas de mercadorias e futuros listadas no Anexo II e os produtos relacionados no Anexo I que estejam sujeitos a preços públicos nas instituições de pesquisa setoriais arroladas no Anexo III, ambos da IN RFB 1.312/2012. (Solução de Consulta Cosit nº 176/2015 - DOU 1 de 14.07.2015) Fonte: IOB Online (14/07/2015) Página 5

RECURSOS HUMANOS / TRABALHISTA Líderes que devem ser evitados Alguns tipos no mercado acabam "estragando" o ambiente corporativo Existem muitos tipos de líderes no mercado e, claro, algumas características são mais eminentes em algumas áreas do que em outras. Isso já sabemos, a grande questão é que muitos deles acabam "estragando" o ambiente corporativo. Pensando em ajudá-los, listo abaixo cinco perfis de líderes que são estratégicos evitar: O primeiro perfil é o "sabe tudo", ou seja, aquele que simplesmente não sabe ouvir seus companheiros de trabalho por acreditar que sabe todas as respostas e soluções. Esse comportamento acaba fazendo com que os colaboradores tenham receio de opinar sobre algum projeto, pois já esperam que suas ideias não sejam aceitas. Já o "escravo das mensagens" não abre mão de e-mails e mensagens de texto. Ao invés de conversar com seus colaboradores, envia mensagens escritas, gerando ruídos de comunicação que poderiam ser evitados. O que se prega em um ambiente de trabalho é que as regras valham igualmente para todos. Mas, no dia a dia de muitas organizações, não é isso que encontramos. O líder "dois pesos e duas medidas" muda sua posição diante de situações semelhantes, dependendo da sua relação com o colaborador, ou a consequência da ação, causando desmotivação. Há os que usam de linguagem abusiva - fazem uso de palavras rudes, ofensivas ou que diminuam as pessoas, causando frustração geral. Por fim, o "eterno insatisfeito". Para esse líder o desempenho de sua equipe nunca é bom o suficiente. É preciso tomar cuidado com esse tipo de atitude para que os colaboradores não acabem acreditando que não importa o quanto façam, nunca serão bons o bastante; Caso você seja líder e se enquadre em um ou mais dos exemplos acima, acredito que seja o momento de repensar alguns posicionamentos e comportamentos, visando se tornar um melhor profissional para si mesmo e para a empresa como um todo. Fonte: Fenacon (14/07/2015) Página 6

Surgem novas profissões que serão as últimas a terem cortes Controller, diretor de complience e business intelligence manager. Muita gente pode nunca ter ouvido falar dessas profissões, mas hoje, em plena crise, elas estão em alta. E em uma lista de cortes, provavelmente estariam entre os últimos a serem mandados embora. São funções que vão em linha com a redução de custos e a otimização de receita, portanto, têm menos chances de serem cortadas agora, analisa André Nolasco, diretor da Michel Page, consultoria especializada em recrutamento. Na área da controladoria, Nolasco destaca os cargos que monitoram os indicadores internacionais, buscam alternativas tributárias e fazem a empresa funcionar melhor. Eficiência e produtividade são palavras de ordem, principalmente na crise, ressalta. Ele afirma que é preciso redobrar a atenção em relação aos custos. Será que é eficiente, por exemplo, uma reunião improdutiva? Uma videoconferência pode cortar despesas de viagem e, naquele tempo em que a pessoa estaria se deslocando, ela pode estar produzindo mais, afirma. Formada em contabilidade, Márcia Elisa Antunes é gerente de controladoria da Forno de Minas. Ela é responsável pelas áreas de planejamento fiscal, financeiro, custos e orçamento. São áreas estratégicas e minha função é identificar o que pode ser melhorado e analisar cada situação para embasar as tomadas de decisões. Com um bom planejamento tributário, é possível buscar brechas para recolher menos tributos, sem descumprir as leis, explica. Outras profissões menos suscetíveis à crise são as ligadas ao desenvolvimento de processos e negócios, engenharia de produção e ao business intelligence. São importantes porque ajudam a desenvolver novos produtos e dão suporte com informações de mercado para ajudar no avanço sobre a concorrência ou em direção a um nicho onde a demanda esteja maior, diz Nolasco. O cargo de diretor de e-commerce também tem uma certa blindagem. O professor de comércio eletrônico do Cotemig, Bruno da Costa Pedra, explica que esse é um profissional muito completo, que concentra tanto conhecimento de mercado e tem um olhar para tecnologia e para estratégia. Ele está à frente deste cargo na Empório Veredas, distribuidora de cervejas artesanais que conta tanto com atacado como com vendas online. Nessa hora de crise, o e-commerce é o setor que não deve ser cortado. Pelo contrário, deve até receber investimentos, pois se as vendas do comércio estão em queda, o e-commerce rompe barreiras físicas porque permite vender para vários lugares, avalia. Cenário dobra tempo médio de recolocação O tempo médio de recolocação no mercado de trabalho praticamente dobrou em relação ao ano passado. Antes, para as posições de média e alta direção, víamos executivos demorando cinco meses e, hoje, a demora chega a um ano. Para média gerência, antes demorava três meses e agora demora, em média, seis, avalia o diretor da Michel Page, André Nolasco. O que podemos afirmar com certeza é que, se antes muita gente tinha intenção de trocar de emprego, buscando uma vaga melhor, agora a preocupação mais comum é se manter no atual cargo, destaca Nolasco. Fonte: Otempo.com.br (12/07/2015) Página 7

CONTABILIDADE / AUDITORIA Ifac inicia campanha Accountability. Now. O objetivo da campanha é melhorar o padrão de informações financeiras oferecidas por governos de todo o mundo A Federação Internacional dos Contadores (Ifac) iniciou nesta semana, a campanha Accountability. Now. O objetivo da campanha é melhorar o padrão de informações financeiras oferecidas por governos de todo o mundo, pois acredita-se que informações mais sólidas contribuem para uma política mais sustentável e para minimizar os efeitos da crise econômica mundial atual. Governos de todo o mundo recebem a confiança dos cidadãos para gerir os recursos financeiros de uma maneira sensata e eficaz. Eles recolhem receitas, em grande parte através de impostos, e em troca espera-se que ofereçam uma ampla gama de serviços públicos, tais como educação, saúde e infraestrutura para o benefício das gerações atuais e futuras. Essa relação representa um contrato social entre governos e seus cidadãos. O governo é responsável perante os cidadãos para a supervisão adequada e a utilização eficaz dos recursos públicos. Por isso o governo precisa contar com informações precisas e confiáveis. Claro que a passagem para um sistema mais robusto da gestão financeira é um longo processo. Decisões difíceis serão necessárias ao longo do caminho, mas é uma viagem que tem que ser feita por todos os governos - é por isso que a campanha Prestação de contas. Agora. (em tradução livre) foi criada. A campanha inclui as seguintes iniciativas: A construção de uma aliança global Sensibilização Desenvolver parcerias para efetuar a mudança Construção de capacidade a nível de país Ao acrescentar a sua voz à Campanha, é possível encorajar os governos a trabalhar em direção a sistemas mais robustos e transparentes de gestão financeira, em benefício dos seus cidadãos. Para saber mais e participar, envie e-mail para: vincenttophoff@ifac.org Para saber mais sobre a campanha, clique aqui. Fonte: Portal Ifac Fonte:Comunicação Ibracon (08/07/2015) Página 8

Como estabelecer seus honorários contábeis? Em que coisas você precisa se basear para estabelecer seus honorários contábeis? De que maneira se pode fazer isso adequadamente? Um profissional autônomo é aquele que presta seus serviços no mercado por sua conta e risco, o que quer dizer que é responsável por sua atuação. E quando esses profissionais vão fixar seu preço, eles não devem pensar só na quantia de que precisam para atender às demandas familiares e de seu orçamento doméstico; na verdade, há diversos fatores que influenciam a cobrança dos honorários devidos, como a preparação do agente contábil, quanto tempo foi gasto naquele serviço e a complexidade das operações, por exemplo. Então, em que coisas você precisa se basear para estabelecer seus honorários contábeis? De que maneira se pode fazer isso adequadamente? Leia o post e saiba quanto cobrar pelo seu trabalho daqui para frente! Vale a pena ter uma tabela fixa de honorários contábeis? Existem categorias de profissionais autônomos, como os advogados, designers e dentistas, que se baseiam em tabelas como referência para estabelecer os preços pelos seus serviços. Existe, inclusive, o cuidado de organizações, como a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e Adegraf (Associação dos Designers Gráficos), por exemplo, em ajudar seus associados com a amarração dessas listas de serviços e preços cobrados. No caso dos contadores, os serviços são bem diferenciados para cada cliente. A declaração de Imposto de Renda para um contribuinte que é assalariado comum será muito menos trabalhosa do que aquela feita para outro contribuinte que tem operações financeiras complexas, como ações na Bolsa de Valores, ganhos no exterior e transações imobiliárias, por exemplo. O profissional de contabilidade pode até se basear em uma tabela pessoal de valores, mas eles serão muito mais flexíveis e mutáveis, de acordo com o contexto. Como avaliar o valor a ser cobrado do cliente? A princípio, a tarefa de precificação do serviço contábil prestado pode dar um breve (e chato) trabalho, mas é um passo importantíssimo para que a cobrança seja justa. Deve-se levar em conta, sobretudo, a proporção das atividades envolvidas em cada caso, o que inclui fatores tão diversos quanto a quantidade de horas trabalhadas, o tempo dedicado para que a preparação e atualização legal tenha sido feita, até gastos com energia elétrica ou a adoção de novos softwares e computadores. O que mais deve ser levado em consideração? Além da mediação dos afazeres relacionados diretamente aos trabalhos prestados, que são intrínsecos ao serviço a ser executado, os honorários contábeis ainda devem considerar todo o investimento que é feito no escritório. Ou seja, a renda mensal deve ser capaz de cobrir os treinamentos e a infraestrutura de seu local de trabalho, bem como o pagamento dos tributos e demais despesas para custear o escritório contábil. Além disso, é importante ter um lucro e a arrecadação de capital de reserva para situações emergenciais. Essas estimativas devem fazer parte da repartição futura entre os honorários a serem cobrados da clientela. O profissional é livre para determinar seus honorários, porém, deve possuir bons fundamentos para que não venha a cobrar preços incompatíveis com o trabalho, nem para o cliente e nem para si mesmo. Para fugir dessas pressões, o agente contábil pode, inclusive, ter uma planilha orientadora. Os contabilistas são profissionais que trabalham diariamente com cálculos, mas chegar a esse nível de qualidade na hora de estabelecer os honorários pode ser um pouco mais difícil do que se imagina. Procure observar as demandas específicas de cada cliente e o tempo ou desgaste do serviço que lhe será oferecido, além da avaliação adequada dos demais fatores do negócio, a fim de fixar da maneira mais sensata o valor do seu trabalho. Fonte: contábeis.com.br (14/07/2015) Página 9

OUTROS ASSUNTOS Governo sinaliza mais aumentos de impostos como parte dos ajustes Por outro lado, equipe econômica de Dilma Rousseff evita falar sobre a possibilidade de uma alteração na meta do superávit primário ou na criação de banda flexível para o cumprimento O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, sinalizou nesta segunda, 13, que o governo estuda novas medidas de aumento de receita, o que pode representar elevação de tributos. A indicação foi feita após reunião do Conselho Político realizada ontem. "A equipe fiscal está avaliando todos os cenários, medidas de aumento de receita, medidas de gasto e isso vai ser divulgado na semana que vem", afirmou. Questionado sobre a possibilidade de uma alteração na meta ou na criação de uma banda flexível para o cumprimento, Barbosa respondeu que "não foi discutido nessa reunião". O ministro ponderou, entretanto, que o governo tem obrigação de atualizar os dados e expectativas relativas ao cenário fiscal. "A receita vem sendo menor do que se esperava", disse Barbosa. "O governo vai atualizar o cenário fiscal", completou, ressaltando que de dois em dois meses é elaborado o relatório de programação fiscal com novos parâmetros. "Estamos sempre avaliando o cenário fiscal, temos por obrigação analisar, revisar", disse. Porém, o ministro afirmou que manter a meta de economia para pagamento de juros da dívida pública deste ano, equivalente a 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB) - equivalente a R$ 66,3 bilhões -, é uma "hipótese factível". O setor público brasileiro acumula déficit primário equivalente a 0,68% do PIB nos 12 meses até maio, último dado disponível pelo Banco Central. Medidas Sobre o projeto que reduz a desoneração da folha de pagamentos, na parte da manhã desta segunda-feira, Barbosa afirmou que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está empenhado para tentar fazer com que seja aprovado no Congresso ainda neste mês. E na tarde de ontem, Levy confirmou a afirmação do ministro do Planejamento e defendeu que o projeto seja aprovado pelo Congresso com celeridade. Segundo ele, o governo não quer que o ajuste fiscal e aumento de preços se alonguem até 2016. O apelo foi um recado ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que pode deixar a votação para o mês de agosto. "Celeridade é importante. A principal questão de não atrasar a votação é que a gente não quer que o assunto ajuste e aumento de preços contamine 2016", disse. "O objetivo do governo é fazer o dever de casa agora". De acordo com o ministro, a proposta do governo para reduzir a desoneração foi pensada para que "ninguém ficasse pior que no sistema tradicional." Levy fez os comentários após reunião no gabinete do vice-presidente e articulador político Michel Temer, onde discutiu a reforma do ICMS com líderes do Senado. Sobre essa reforma, ele comentou que "um ponto fundamental", é definir bem a origem dos recursos. "Tem que haver consenso no Congresso para se conseguir chegar nessa equação para destravar o investimento e possibilitar aumento da arrecadação em diversos estados", disse, ao acrescentar que a medida buscará incorporar "todos os sentimentos" e sugestões em torno da mudança Página 10

O ministro afirmou ainda que o projeto que unifica PIS e Cofins, promessa da presidente Dilma Rousseff, será encaminhado ao Congresso. "O projeto que unifica PIS Cofins deve ser apresentado brevemente. Esse também é um compromisso, está também na categoria dos que estão preparando o Brasil para crescer." Ainda mais cedo, o ministro do Planejamento disseque o reajuste entre 53% e 78% para servidores do Judiciário, aprovado no Congresso no fim do mês passado, é incompatível com a situação fiscal do País. "A presidente já se manifestou sobre isso. Da forma que está colocado, o reajuste não é compatível com a estabilidade fiscal" disse. Segundo Barbosa, o governo já vinha trabalhando com negociações para chegar a um acordo que gerasse menor impacto ao orçamento, como reajustes plurianuais. Juntamente às negociações com o Judiciário, o governo prepara uma proposta para o reajuste dos servidores do Executivo. "Estamos seguindo um cronograma para enviar ao Congresso uma proposta de reajuste para o Executivo até o fim de agosto", disse. Pedaladas fiscais Ainda ontem, Barbosa e o advogado-geral da União, Luis Inácio Adams, apresentaram na reunião com a coordenação política do governo, as linhas gerais da defesa que o governo apresentará ao Tribunal de Contas da União (TCU), no processo das chamadas "pedaladas fiscais". De acordo com Adams, o ponto central da defesa é mostrar que, no passado, a sistemática adotada pelo governo federal para repasses a bancos públicos era a mesma e não foi questionada pelo TCU. "O núcleo do nosso posicionamento está pautado pela regularidade reconhecida em relação à sistemática adotada até o momento", afirmou. Adams disse ainda que o governo não vê problemas em aperfeiçoamentos que poderão ser feitos a partir da análise do TCU, mas que tem que ser a partir de agora e nunca "com conteúdo punitivo". O ministro Nelson Barbosa acrescentou que o governo federal entregará formalmente a defesa ao TCU na próxima semana e reiterou que o governo sempre seguiu a legislação em vigor. /Agências DCI Fonte: Fenacon (14/07/2015) Página 11

Queda de arrecadação nos principais setores é tendência para longo prazo De 2013 a 2014, a maior retração no recolhimento foi na extração de minerais metálicos, de 39%, para R$ 6,8 bilhões. Neste ano até maio, o segmento já registra queda de 40%, para R$ 2,1 bilhões Dados da Receita Federal mostram que de 99 divisões econômicas analisadas, 11 apresentaram queda na arrecadação de impostos de 2013 para 2014. E pelos resultados deste ano, a tendência é de que esse número aumente, com reflexos mais a longo prazo. Com relação ao peso na arrecadação federal, a maior retração no período foi na extração de minerais metálicos, de 39%, ao passar de R$ 11,296 bilhões no acumulado de 2013, para R$ 6,831 bilhões no total do ano passado. Neste ano até maio, o segmento também é destaque negativo, ao apresentar queda de 40%, para R$ 2,173 bilhões, comparado a igual período de 2014. De acordo com especialistas entrevistados pelo DCI, as quedas nos outros anos dependem de fatores específicos, que no caso de extração de minerais metálicos tem a ver com a diminuição nos preços das commodities no mercado internacional. Contudo, neste ano, com a crise econômica a tendência é de que todos os segmentos sejam afetados. "A renda do brasileiro está em queda e com, isso, o consumo. Mas os setores mais prejudicados serão aqueles que dependem diretamente dessa renda. Como serviços financeiros, relacionados ao lazer, até mesmo o setor automotivo, eletrônico, imóveis, entre outros", esclarece Daniel Sousa, coordenador dos cursos de extensão e professor de Economia do Ibmec no Rio de Janeiro. De fato, tanto em 2014, quanto nos cinco primeiros meses deste ano, os setores apontados por Souza aparecem no contexto negativo da arrecadação federal. Nisso, os destaques no ano passado foram fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias (-7%, para R$ 15,899 bilhões) e atividades artísticas, criativas e de espetáculos (-1%, para R$ 569 milhões). Em 2015 até o quinto mês, a Receita revelou também queda na fabricação de veículos automotores (-5,45%, para R$ 13,776 bilhões). E até mesmo o recolhimento no comércio atacadista caiu 6,26%, para R$ 28,619 bilhões. "Alguns setores podem até mostrar aumento da arrecadação no decorrer do ano devido ao aumento de impostos, como a volta do IPI, para a indústria. Mas a queda da atividade econômica, que já está gerando demissões [diminuição do consumo], faz com que o resultado final dessa equação esteja claro somente no final do ano. Por outro lado, os resultados até agora demonstram que as coisas não vão bem de qualquer forma", avalia Marcelo Cambria, professor de finanças da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap). Segundo ele, este contexto prejudica a previsibilidade do governo federal com relação às suas finanças. Isto é, quais deveriam ser as próximas medidas a serem adotadas para o cumprimento fiscal e qual o nível de impacto na economia. "O relatório Focus do Banco Central, que apesar de não falar da arrecadação, ao apontar as previsões para os demais indicadores, como inflação e juros, já aponta toda essa dificuldade de se traçar previsões neste ano. Todas as semanas as expectativas são revistas. O problema é que as revisões feitas são sempre para baixo, o que gera uma maior necessidade de elevar a arrecadação", entende o professor. Infraestrutura Ao mesmo tempo, outro sinalização negativa para a atividade econômica e, consequentemente, para aumentar os recursos do governo, é que a arrecadação em obras de infraestrutura neste ano está em queda. Conforme os dados da Receita, de janeiro a maio o segmento apresenta queda de 19,84%, para R$ 3,110 bilhões. No ano passado, porém, fechou em alta de 14%, para R$ 15,313 bilhões, ante 2013. "Os investimentos em infraestrutura são importantes para elevar a capacidade de produção. Esses recursos determinam se a situação econômica vai ter crescimento em ritmo mais forte ou mais lento no longo prazo. As sinalizações deste ano não são positivas neste sentido", analisa o professor do Ibmec-RJ. Página 12

Marcelo Cambria afirma também que a falta de investimento em obras de infraestrutura farão com que o esforço do governo em reduzir os gastos seja muito maior. "O governo vai ser obrigado a sair de sua zona de conforto. E ainda essas operações envolvendo construtoras e empreiteiras estão sob juízo, de qualquer forma, não será um bom momento para o setor", disse. Por outro lado, Souza comenta que o governo deve ainda ter recursos com arrecadação de impostos em setores que ganham mais destaque em épocas de crise econômico, como o de Transporte Urbano. "As pessoas deixam de utilizar carro, ou até o vendem para economizar e passam a usar mais ônibus", explica. Fonte: Fenacon (14/07/2015) Página 13

Conceitos estrangeiros em fusões e aquisições Historicamente, as operações de fusões e aquisições no Brasil têm sido influenciadas em grande parte pelo direito norte americano e, em menor escala, pelo britânico. Isso se deve a basicamente três fatores diferentes. Primeiramente, essas são jurisdições cujas economias se encontram em avançado estágio de desenvolvimento, especialmente quando comparadas à economia brasileira, o que faz com que operações de fusões e aquisições tenham sido realizadas em maior número, complexidade e volume financeiro. Em segundo lugar, os operadores brasileiros do direito que se especializam ou buscam conhecimentos acerca da matéria acabam invariavelmente recorrendo às universidades desses países, por terem iniciado os investimentos em capacitação acadêmica na área anteriormente a quaisquer outras instituições. Por fim, o desenvolvimento econômico vivenciado pelo Brasil nas duas últimas décadas, aliado à crescente globalização das economias modernas, fez com que ocorresse um número considerável de aquisições de empresas nacionais por grupos estrangeiros, dentre eles os norte americanos em maior número. Com isso, o setor de fusões e aquisições no Brasil experimentou a "importação" de práticas e institutos jurídicos típicos do direito anglo saxão e de outros países que adotam o sistema da common law, aplicados por vezes indiscriminadamente às operações ocorridas em território nacional, sem que tenham sido postos a prova, principalmente perante as autoridades judiciárias brasileiras, cuja jurisprudência sobre a matéria ainda é esparsa. Em função de práticas "importadas", algumas operações de M&A no Brasil podem acabar gerando resultados negativos inesperados, chegando até mesmo a resultar em disputas societárias acerca de conceitos e estruturas não previstas na legislação pátria. Exemplos de institutos originários da prática norte americana que constantemente são introduzidos em contratos de aquisições societárias no Brasil são as indenizações por danos punitivos (punitive damages) ou consequentes (consequential damages). Apesar da discussão doutrinária, é pacífico que esses conceitos não são exequíveis no Brasil, pelo que a definição de perda ou dano em um contrato regido pela lei brasileira deve fazer menção expressa sobre os danos abarcados pelas cláusulas de indenização, sob pena das partes terem entendimentos distintos sobre a extensão de suas coberturas. Outro exemplo emblemático recai sobre conceitos contábeis/financeiros que são extremamente comuns em contratos desse tipo para fins de cálculo de valores que devem ser extraídos das demonstrações financeiras de uma companhia, tais como preço de aquisição, ajuste de preço, "earnout", preço de exercício de opções etc. A ciência contábil por si só não é propriamente exata, de modo que há situações limítrofes que comportam interpretações diferentes e até mesmo contrárias. O que dizer das diferenças existentes entre partes acostumadas, de um lado, a USGAAP e, de outro, a BRGAAP (e não ainda IFRS) na forma de cálculo do Ebitda de uma empresa, por exemplo. É, portanto, de vital importância que se estabeleça com clareza em contrato todas as rubricas contábeis que farão parte da fórmula de cálculo de valores nas operações de M&A. Por fim, apenas para demonstrar mais um exemplo dentre as possíveis controvérsias quando da introdução de temas recorrentes para outras jurisdições em negócios regidos pela lei nacional (não que não haja muitos outros), podemos falar do conceito de trust ou trustee, da prática estrangeira. É comum que operações que envolvam financiamento por instituições estrangeiras sejam estruturadas com base na figura do trustee ou trust company, que possui relação fiduciária com os financiadores, tendo os recursos sob sua gestão para fins de concessão das operações de empréstimo. Dada a experiência bem sucedida desse modelo no exterior, bancos procuram replicá-la no Brasil utilizando-se de conceitos jurídicos que se assemelham ao do trustee, pois o mesmo não existe em nosso ordenamento jurídico. Ocorre que também essa importação, como outras do mesmo tipo, não ocorre sem as necessárias adaptações para definição de responsabilidades e garantias entre as partes envolvidas. Página 14

Assim é que a prática de mercados mais modernos e desenvolvidos podem ajudar em muito o fortalecimento do direito empresarial no Brasil, em especial as operações de fusões e aquisições. Entretanto, é de elevada importância a análise detalhada e adequação dos efeitos decorrentes do uso de institutos jurídicos e estruturas de negócios originários de outros ordenamentos. Daniella Tavares e Caio Ferreira são, respectivamente, sócia e advogado do Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados Este artigo reflete as opiniões do autor, e não do jornal Valor Econômico. O jornal não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações Fonte: Valor Econômico (14/07/2015) Página 15

Commodities Agrícolas Oferta menor: As cotações do açúcar demerara fecharam ontem no campo positivo pelo segundo pregão consecutivo na bolsa de Nova York. Os lotes para março de 2016 encerraram a sessão em alta de 15 pontos, a 13,80 centavos de dólar por libra-peso. Na sexta-feira, a consultoria Datagro cortou sua estimativa para a produção de açúcar no Centro Sul do Brasil, principal região produtora do mundo, para 30,7 milhões de toneladas. A previsão anterior era de 32,2 milhões de toneladas. Ainda assim, o forte avanço da colheita de cana de açúcar no Brasil na semana passada e sinais de enfraquecimento da demanda na Ásia contribuem para conter a pressão altista sobre a commodity. No mercado interno, o indicador Cepea/Esalq para a saca de 50 quilos do açúcar cristal ficou em R$ 48,49, alta de 0,75%. Quarta alta seguida: O café arábica subiu ontem pelo quarto pregão seguido em Nova York, diante do maior otimismo com a situação da Grécia, questões cambiais no Brasil e influências climáticas na Ásia. Os papéis para setembro encerraram com ganhos de 255 pontos, a US$ 1,2880 por libra-peso. A desaceleração do movimento de alta do dólar sobre o real no fim da semana passada ajudou a sustentar o café, uma vez que o enfraquecimento da moeda brasileira desestimula as vendas pelos produtores do país por reduzir a rentabilidade das exportações. Do lado dos fundamentos, chuvas motivadas pelo El Niño no Vietnã e na Indonésia aumentaram o temor de que a produção local seja prejudicada. No mercado interno, a saca de 60,5 quilos do café de boa qualidade oscilou entre R$ 440 e R$ 450, segundo o Escritório Carvalhaes. Mais chuvas: O preço do milho permaneceu no maior nível em um ano em Chicago, ainda sob os efeitos do relatório divulgado na sexta feira pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que reduziu as projeções para a oferta do grão em 2015/16. Os lotes com entrega em setembro fecharam ontem em alta de 6,25 centavos, a US$ 4,4075 por bushel. Previsões que indicam mais umidade no Meio Oeste americano colaboraram para sustentar as cotações, já que as chuvas têm aumentado os temores em relação à qualidade das lavouras. Os fundos também ampliaram suas posições compradas de milho nos últimos dias, o que serve como fator adicional para a alta dos preços. No mercado interno, o indicador Esalq/BM&FBovespa para a saca de 60 quilos ficou em R$ 25,61, baixa de 1,65%. Estoques cheios: Os preços do trigo voltaram a recuar nas bolsas americanas ontem, pressionados pela previsão feita pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) de estoques globais recorde em 2015/16. Em Chicago, os lotes para setembro fecharam em ligeira baixa de 0,50 centavos, a US$ 5,7575 por bushel. Em Kansas, os papéis de mesmo vencimento recuaram 5,75 centavos, a US$ 5,6725 por bushel. Em relatório divulgado na sexta feira, o USDA elevou suas projeções para o estoque mundial do trigo ao fim da atual temporada devido ao forte aumento do volume estocado na China, onde o uso da commodity na ração animal deverá diminuir em função da menor competitividade em relação ao milho. No Paraná, a saca do cereal ficou estável, em R$ 33,63, segundo o Deral/Seab. Fonte: Valor Econômico (14/07/2015) ********************************* Página 16