VISÃO ESTRATÉGICA DA TERCEIRIZAÇÃO DE TI NO SERVIÇO PÚBLICO: ESTUDO COMPARADO DA GPSIG



Documentos relacionados
TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD VAGA

MASTER IN PROJECT MANAGEMENT

Trilhas Técnicas SBSI

Oficina de Gestão de Portifólio

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Programa do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu MBA em Gestão de Projetos

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

POLÍTICA DE LOGÍSTICA DE SUPRIMENTO DO SISTEMA ELETROBRÁS. Sistema. Eletrobrás

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Disciplina: Projeto de Implementação de Sistemas Arquivísticos Profa.

ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL

Gerenciamento de Projetos

Política de Logística de Suprimento

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO

1 INTRODUÇÃO. 1.1 Motivação e Justificativa

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Pesquisa realizada com os participantes do 16º Seminário Nacional de Gestão de Projetos APRESENTAÇÃO

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Curso de Arquivologia Profa. Lillian Alvares

Oficinas de Integração 3

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que

Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso

Avaliação dos Resultados do Planejamento de TI anterior

Gestão por Processos. Gestão por Processos Gestão por Projetos. Metodologias Aplicadas à Gestão de Processos

PMI-SP PMI-SC PMI-RS PMI PMI-PR PMI-PE

Programa do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu MBA em Gestão Estratégica de Marketing

Programa de Capacitação

MANUAL DE GESTÃO DE PROJETOS: Guia de referência do sistema de gestão de projetos do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

11 de maio de Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

Portaria Inep nº 249, de 02 de junho de Publicada no Diário Oficial da União em 04 de junho de 2014.

RESULTADOS FINAIS DO ENCONTRO NACIONAL - ÁREA MEIO - ESTRATÉGIA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Estrutura do Trabalho: Fazer um resumo descrevendo o que será visto em cada capítulo do trabalho.

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA - CONSULTOR POR PRODUTO

Implantação do Sistema de Divulgação de Melhores Práticas de Gestão na Administração Pública

Análise do Ambiente estudo aprofundado

Programa de Capacitação em Gestão do PPA Curso PPA: Elaboração e Gestão Ciclo Básico. Elaboração de Planos Gerenciais dos Programas do PPA

Como vai a Governança de TI no Brasil? Resultados de pesquisa com 652 profissionais

GERÊNCIA DE INTEGRAÇÃO DO PROJETO

F.1 Gerenciamento da integração do projeto

Ementários. Disciplina: Gestão Estratégica

Gestão Plano de Trabalho. Colaboração, Renovação e Integração. Eduardo Simões de Albuquerque Diretor

PMI-SP PMI-SC PMI-RS PMI PMI-PR PMI-PE

Estratégias para a implantação do T&V

1. Escopo ou finalidade da iniciativa

Profa. Gislaine Stachissini. Unidade III GOVERNANÇA DE TI

Lista de verificação (Check list) para planejamento e execução de Projetos

Política de Sustentabilidade das empresas Eletrobras

Gerenciamento de Serviços de TI ITIL v2 Módulo 1 Conceitos básicos

Implementação utilizando as melhores práticas em Gestão de Projetos

Estratégia de TI. Posicionamento Estratégico da TI: como atingir o alinhamento com o negócio. Conhecimento em Tecnologia da Informação

Ana Sofia Gavina MCI FLUP/FEUP 4 de outubro de 2014

Sistema de Gestão da Qualidade

MECANISMOS PARA GOVERNANÇA DE T.I. IMPLEMENTAÇÃO DA. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc.

Liziane Castilhos de Oliveira Freitas Departamento de Planejamento, Orçamento e Gestão Escritório de Soluções em Comportamento Organizacional

Desafio Profissional PÓS-GRADUAÇÃO Gestão de Projetos - Módulo C Prof. Me. Valter Castelhano de Oliveira

14 de dezembro de 2012 MONITORAMENTO DO PROGRAMA APRENDIZ LEGAL/ FUNDAÇÃO ROBERTO MARINHO

INDICADORES ETHOS PARA NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS E RESPONSÁVEIS. Conteúdo

QUALIDADE E EXCELÊNCIA NA SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO Faculdade de Letras Universidade do Porto

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Unidade I FINANÇAS EM PROJETOS DE TI. Prof. Fernando Rodrigues

IMPLANTAÇÃO DE UM SISTEMA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO NA UFG

Poder Judiciário TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ. Estudos Preliminares. Descrição sucinta, precisa, clara e suficiente da STIC escolhida.

Gestão e estratégia de TI Conhecimento do negócio aliado à excelência em serviços de tecnologia

TI Aplicada. Aula 02 Áreas e Profissionais de TI. Prof. MSc. Edilberto Silva prof.edilberto.silva@gmail.com

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

GERENCIAMENTO DE PROJETOS

Cursos a Distância com Tutoria Turmas com mínimo de 60 participantes

TERMO DE REFERÊNCIA SE-001/2011

49 o CONSELHO DIRETOR 61 a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Secretaria de Estado da Administração e da Previdência Departamento de Recursos Humanos Escola de Governo do Paraná SÍNTESE DAS EMENTAS PROPOSTAS

Apresentação, xix Prefácio à 8a edição, xxi Prefácio à 1a edição, xxiii. Parte I - Empresa e Sistemas, 1

NÚCLEOS DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

O SISTEMA DE PARCERIAS COM O TERCEIRO SETOR NA CIDADE DE SÃO PAULO

Curso Balanced Scorecard como ferramenta de Gestão por Indicadores

RELATÓRIO SOBRE A GESTÃO DE RISCO OPERACIONAL NO BANCO BMG

CRIAÇÃO DA DISCIPLINA SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL NO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

Política de Gerenciamento do Risco Operacional Banco Opportunity e Opportunity DTVM Março/2015

Empresas Familiares aprimoramento da governança corporativa para o sucesso do negócio

GESTÃO E OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS. Vanice Ferreira

Resumo do BABok 2.0 O Guia de Referência de Análise de Negócio Curso de Analista de Negócio 3.0

Transformação para uma TI empresarial Criando uma plataforma de geração de valor. Garanta a eficiência e a competitividade da sua empresa

Introdução. AULA 2 A Organização empresarial e a gestão de projetos. Tema relevante em diversas áreas

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO RADIAL DE SÃO PAULO SÍNTESE DO PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO 1

ELABORAÇÃO DO PLANO DE TRABALHO

GESTÃO DE PROJETOS. Prof. WAGNER RABELLO JR CONCEITO DE PROJETO GERENCIAMENTO DE PROJETO

Aplicando Avaliações de Contextualização em Processos de Software Alinhados ao nível F do MR-MPS V1.2

TI em Números Como identificar e mostrar o real valor da TI

Gerenciamento de Projetos

Processos de gerenciamento de projetos em um projeto

Etapas para a Elaboração de Planos de Mobilidade Participativos. Nívea Oppermann Peixoto, Ms Coordenadora Desenvolvimento Urbano EMBARQ Brasil

Transcrição:

VISÃO ESTRATÉGICA DA TERCEIRIZAÇÃO DE TI NO SERVIÇO PÚBLICO: ESTUDO COMPARADO DA GPSIG Luiz Lustosa Vieira

II Congresso Consad de Gestão Pública Painel 17: Terceirização: solução ou problema? VISÃO ESTRATÉGICA DA TERCEIRIZAÇÃO DE TI NO SERVIÇO PÚBLICO: ESTUDO COMPARADO DA GPSIG RESUMO Luiz Lustosa Vieira Este artigo, além de apresentar um diagnóstico da crise do Estado (crise fiscal, crise no modo de intervenção no mercado e crise do próprio aparelho do Estado), delineará as suas funções necessárias num contexto de globalização econômica, para viabilizar o atendimento das demandas sociais e a inserção competitiva do País nos mercados internacionais. Nesse sentido, aconselhamos: A revisão da estrutura, ajustando-a ao papel de promotor e regulador do desenvolvimento social e econômico e fortalecendo sua capacidade de formulação e avaliação de políticas públicas; O aumento de sua governança, ou seja, sua capacidade de implementação de políticas públicas, sob a ótica de eficiência, eficácia e efetividade, mediante a introdução de novos modelos organizacionais e novas parcerias com a sociedade civil, o estabelecimento de contratos de gestão/termos de compromisso de gestão/termos de parceria e, finalmente, a modernização da gestão. Devemos ressaltar o entendimento que faz o Plano Diretor sobre a modernização da gestão. Trataremos também do advento governo na web e sua integração com ferramentas e métodos da tecnologia da informação (TI) fomentaram a criação de serviços oferecidos pela internet. Estas iniciativas compõem uma forma de aproximação de cidadãos e governo por meio da web (Gordon-Murnane, 2002). O Governo Eletrônico contempla três das sete linhas de ação do Programa Sociedade da Informação: Universalização de serviços, Governo ao alcance de todos e Infraestrutura avançada. E por ultimo o Sistema de Integração e Inteligência em Informações de Governo o i3-gov, desenvolvido em plataforma abertas. Assim, são contemplados novas tendências de gestão compartilhada e interinstitucional que envolvem o setor público, o setor produtivo e o crescente setor voluntário ou terceiro setor (Frey, 2002). Enceraremos nosso artigo com uma proposta para desenvolvimento de um estudo comparado da situação da gestão dos projetos de sistemas de informação entre o Brasil e França, apresentando uma proposta se prováveis soluções e implementação de políticas publica mais adequadas para um Brasil moderno. Demonstrando a ligação entre práticas de gestão do conhecimento e gestão de projetos é fundamental para aquelas empresas que buscam incremento no nível de sucesso dos projetos e, principalmente, para aquelas que almejam a inovação. Todavia, haverá orientações nos principais guias de certificações, metodologias e ERP Enterprise Resourcse Planning (Planejamento de Recursos empresariais) para auxiliar os que seja reutilizado a cada novo projeto. Palavras-chave: Parcerias e terceirização. Novas tecnologias e serviço publico. Governo. Sistemas de informação.

SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 03 1.1 O advento governo na web... 05 1.2 Governo Eletrônico no Brasil... 07 1.3 O i3-gov... 07 2 OBJETIVO E DEFINIÇÃO... 10 3 METODOLOGIA... 12 3.1 Definição... 12 3.2 Etapas de pesquisa... 12 3.3 Delineamentos da pesquisa... 13 3.4 Project Management Body of Knowledge (PMBoK)... 15 4 CONCLUSÃO... 17 5 REFERÊNCIAS... 18

3 1 INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA No início do Governo FHC, em 1995, o então Ministro da Administração Federal e Reforma do Estado, Luiz Carlos Bresser Pereira, elabora o Plano Diretor da Reforma do Estado (PDRAE), que é aprovado pela Câmara da Reforma do Estado, vinculada ao Conselho de Governo da Presidência da República. Essa pesquisa, além de apresentar um diagnóstico da crise do Estado (crise fiscal, crise no modo de intervenção no mercado e crise do próprio aparelho do Estado), delineara as suas funções necessárias num contexto de globalização econômica, para viabilizar o atendimento das demandas sociais e a inserção competitiva do País nos mercados internacionais. (VIEIRA, 2007). Nesse sentido, aconselhamos: a revisão da estrutura, ajustando-a ao papel de promotor e regulador do desenvolvimento social e econômico e fortalecendo sua capacidade de formulação e avaliação de políticas públicas; o aumento de sua governança, ou seja, sua capacidade de implementação de políticas públicas, sob a ótica de eficiência, eficácia e efetividade, mediante a introdução de novos modelos organizacionais e novas parcerias com a sociedade civil, o estabelecimento de contratos de gestão/termos de compromisso de gestão/termos de parceria e, finalmente, a modernização da gestão. Devemos ressaltar o entendimento que faz o Plano Diretor sobre a modernização da gestão. Assim, o objetivo da proposta é aumentar sua efetividade mediante: introdução de uma cultura gerencial, baseada na avaliação de desempenho; implantação de uma política de profissionalização do serviço público (carreiras, salários, concursos públicos anuais, educação continuada); consolidação e convergência de sistemas de informações para instrumentalizar o núcleo estratégico na sua função de formulação e avaliação de políticas públicas; capacitação gerencial para definição e supervisão de contratos de gestão/termos de compromisso de gestão/termos de parcerias.

4 Nos segmentos Atividades Exclusivas e Serviços Não-Exclusivos do Estado, o objetivo é aumentar a eficiência e eficácia na prestação de serviços. Dessa forma, nas Atividades Exclusivas, setor responsável por regulação, regulamentação, fiscalização, fomento, segurança pública, certificação etc., ou seja, atividades em que o poder extroverso do Estado é exercido, é proposta a implantação de Agências Autônomas, entendidas como Agências Executivas e Agências Reguladoras. Nos serviços não-exclusivos, setor que abrange atividades que garantem os direitos humanos e o atendimento à demandas sociais, é proposta a sua execução, com financiamento do Estado, por intermédio de entidades públicas nãoestatais, ou seja, as organizações sociais e organizações não-governamentais. Finalmente, o último segmento, voltado para a produção de bens e serviços para o mercado, é constituído de empresas estatais. Os fatores relevantes foram identificados para efeito de análise das informações levantadas, efetuada sob o âmbito de duas dimensões: âmbito estratégico: que considera a Organização e a implementação da metodologia de Gerência de Projetos como uma nova opção de gerenciamento, âmbito tático: que relaciona os elementos a serem considerados na implementação de tal metodologia. Assim, os fatores de âmbito estratégico, foram assim discriminados: a) vontade política dos envolvidos, b) adequação da estrutura organizacional, c) aproveitamento das abordagens existentes, d) implementações frustradas e, e) objetivos e planejamento de projetos. Os fatores de âmbito tático referem-se à gerência de: a) recursos, b) custo, c) prazo, d) habilidades pessoais, e) cliente/equipe, f) comunicação, g) técnica e h) sistematização das atividades.

5 Os fatores identificados certamente têm um nível bastante alto de relacionamento e foram assim agrupados para efeito de análise na pesquisa. Os fracassos em implementações de projetos da natureza de uma Organização governamental acontecem quando a alta administração está ausente, principalmente no que concerne às questões de mudanças, que são muitas e geram conflitos de várias dimensões. Administrá-las requer uma participação ativa e constante. A estrutura da Organização é um outro fator que merece atenção, uma vez que apresenta acentuada característica departamental e hierarquizada, constituída de cinco níveis. Estas duas características são classicamente inibidoras da gestão por projetos, pois reduz de forma significativa a autonomia dos gerentes e das equipes de projeto. Desta forma pode-se caracterizar a estrutura como matricial fraca, uma vez que está mais parecida com a estrutura funcional e os gerentes funcionais possuem um maior poder em comparação aos gerentes de projeto. O planejamento da implementação de um sistema de gerência de projetos e seus objetivos foi identificado como um fator amplo composto de três fatores relacionados: a) aproveitamento das experiências existentes, b) implementações frustradas e c) do fator tático: sistematização das atividades. O planejamento em si é justificado pela existência, verificada, de experiências frustradas de implementação de programas de gerência de projetos. A inexistência desta etapa, segundo vários autores (KERZNER, 1992), (KING, 1983), (STHUB, et al., 1994), implica em fracasso certo. Após planejamento e implementação da metodologia de gerência de projetos, através do uso de programas de computador já consolidados no mercado, é possível elaborar facilmente o nivelamento de recursos em projetos. 1.1 O advento governo na web O advento governo na web e sua integração com ferramentas e métodos da tecnologia da informação (TI) fomentaram a criação de serviços oferecidos pela internet. O impulso inicial veio do setor privado, com o comércio

6 eletrônico (e-commerce), mas atualmente as aplicações governamentais (egovernment) já não são novidade. Portais governamentais são provedores de informações e serviços aos cidadãos, bem como a variadas esferas de governo, catalisando a demanda por mais informações e serviços. Estas iniciativas compõem uma forma de aproximação de cidadãos e governo por meio da web (Gordon-Murnane, 2002). Aldricha et al. (2002) observam que, em julho de 2001, o total de iniciativas de governo eletrônico nos Estados Unidos era de 1371. Na Europa, praticamente todos os países já possuem sítios integrados de governo na web (e.g., Reino Unido, França e Alemanha) ou estão em fase de implantação. Dentre os países em desenvolvimento, o Brasil tem posição de destaque. Projetos brasileiros têm sido considerados referências internacionais em áreas como cobrança on-line de impostos (Shaw, 2002) e gestão de sistemas de informação em Ciência e Tecnologia (Sabbatini, 2001). As metodologias propostas para o desenvolvimento de projetos de governo eletrônico inicialmente centraram-se mais na visão de integração de componentes tecnológicos (Inmon e Caplan, 1992). Mais recentemente, alguns trabalhos propõem a reformulação de processos de criação e instrumentalização de formulários on-line para minimizar custos (Liao et al., 2002), o estabelecimento de diretrizes para projetos (Cook et al., 2002) e a elaboração de metodologias de especificação da arquitetura dos sistemas que devem compor uma plataforma de governo (Sowell, 2000). Sistemas de informação governamentais, na web ou fora dela, freqüentemente sofrem de falta de integração e baixa qualidade da informação. Neste projeto de pesquisa os problemas citados são abordados com ênfase numa visão que, por considerar uma vasta gama de interessados e não somente as agências provedoras de serviços ou informações específicas, tem demonstrado vigor suficiente para impulsionar o incremento do volume e qualidade da informação, bem como do interesse e do volume de acessos. Os conceitos são discutidos com foco em um exemplo na área de ciência, tecnologia e inovação (CT&I), a Plataforma Lattes. Além desses aspectos, deve-se ressaltar a ausência de políticas informacionais no Estado brasileiro. Esta situação leva à produção, sem critérios, de volumosos estoques informacionais que, insuficientemente gerenciados, comprometem a qualidade do processo político-decisório governamental e o direito

7 do cidadão às informações. A exclusão informacional que se faz presente em muitos guichês reais, reflete-se na qualidade e quantidade de serviços públicos na Internet. A infra-estrutura dos serviços informatizados do Governo Federal está baseada na operação de uma malha de múltiplas e diversas redes isoladas. Assim, os serviços não obedecem a padrões de desempenho e de interatividade, as interfaces com o usuário nem sempre são amigáveis e constata-se um descompasso entre os diversos órgãos governamentais no ritmo de assimilação das tecnologias da informação. A capacidade de intercomunicação entre os sistemas é ainda muito limitada, uma vez que foram concebidos sob um paradigma tecnológico já obsoleto. Dessa forma, os sistemas corporativos da administração pública federal são desnecessariamente centralizados, pouco integrados entre si e estruturados com o seu foco na gestão de processos e não de funções. (Pinto, 2002) 1.2 Governo Eletrônico no Brasil Uma das principais ações governamentais no campo da informação no Brasil, o Governo Eletrônico contempla três das sete linhas de ação do Programa Sociedade da Informação: Universalização de serviços, Governo ao alcance de todos e Infra-estrutura avançada. Seu estabelecimento na Administração Pública Federal, a partir de março de 2000 tem levado à arquitetura de uma estrutura organizacional e informacional com ênfase nas "iniciativas do Governo Federal voltadas para o uso da Internet no exercício da cidadania". Isso compreende os meios, as informações e os serviços necessários para o usufruto de direitos e o cumprimento de obrigações. Os serviços mencionados devem ser entendidos como 'serviços públicos mais públicos': aqueles que podem ser usufruídos em casa, no trabalho, ou em local de acesso público à Internet, sem a necessidade da presença do cidadão numa representação do governo. (http://www.governoeletronico.gov.br). 1.3 O i3-gov Trata-se do Sistema de Integração e Inteligência em Informações de Governo o i3-gov, desenvolvido em plataforma aberta. O i3-gov permite conectar os dados, informações e processos armazenados nos oitos sistemas estruturados do governo federal que armazenam milhares de dados. Entre eles, informações sobre compras governamentais, recursos patrimoniais, orçamentários, dados sobre servidores públicos, entre outros.

8 O i3gov entrou em plena operação no início de 2006. Temos o desalinhamento dos sistemas porque eles foram desenvolvidos em épocas diferentes, explicou o titular da SLTI, Rogério Santanna. As informações integradas foram disponibilizadas para a sociedade via internet. O objetivo do governo é aprimorar a produção de informações referentes aos sistemas estruturadores de Governo e organizar o conhecimento sobre os processos de tratamento das informações. Uma estimativa aponta que a integração dos sistemas é capaz de reduzir em até 75% dos custos gastos no tráfego de dados de cadastros e tabelas entre os sistemas estruturadores, que hoje ocorre de forma aleatória e repetitiva. Para dar suporte a este nível de inteligência, o i3gov possui uma infraestrutura operacional de integração e gestão, via webservice, que envia e recebe dados trocados entre os diferentes sistemas estruturadores. O i3-gov foi desenvolvido num ambiente permanente de desenvolvimento de documentação e de análise de informações em tempo real que garante a atualização constante das bases de dados. As informações são interligadas por meio dos Padrões de Interoperabilidade de Governo Eletrônico (e-ping) que permitem a convivência entre antigos e novos sistemas de informação Principais sistemas estruturadores do Governo Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg) Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape) Sistema de Informações Gerenciais e Planejamento (Sigplan) Sistema de Informações Organizacionais do Governo Federal (Siorg) Sistema Integrado de Dados Orçamentários (Sidor) Sistema Integrado de Administração Patrimonial (Siapa) Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi) Sistema de Integração de Estatais (Siest) Governança pública e política (GPP) do terceiro setor O entendimento e as aplicações dos conceitos de GPP (Marques, Cunha & Meirelles, 2002) podem contribuir no alinhamento proposto. Apesar das concepções teóricas de governança serem multifacetadas, estão ocorrendo mudanças substanciais dos conceitos tradicionais baseados no princípio da

9 autoridade estatal para abordagens de governança. Assim, são contemplados novas tendências de gestão compartilhada e interinstitucional que envolvem o setor público, o setor produtivo e o crescente setor voluntário ou terceiro setor (Frey, 2002). A nova governança pública também pode ser chamada de new public management (NPM) que pressupõe aplicar nas organizações públicas os modelos de gestão originalmente oriundos da iniciativa privada e os conceitos de administração estratégica, de competitividade e de empreendedorismo (Osborne & Gaebler, 1992). Também tem como princípios: reestruturação, reengenharia, reinvenção, realinhamento e reconceituação (Jones & Thompson, 2000). Apesar de tudo aplicamos os conceitos de e-governança, que podem ser entendidos como a aplicação dos recursos da TI na gestão das organizações públicas e do terceiro setor. Esse conceito, juntamente com o de NPM, está contemplado no modelo proposto de alinhamento entre o PEI e o PE.

10 2 OBJETIVO E DEFINIÇÃO O objetivo desta pesquisa é fazer um estudo comparado da situação da gestão dos projetos de sistemas de informação e inovações tecnológicas entre o Brasil e a Europa, apresentando uma proposta se prováveis soluções e implementação de políticas públicas mais adequada para uma Europa moderna assim como no Brasil e Portugal. A ligação entre práticas de gestão do conhecimento e gestão de projetos é fundamental para aquelas empresas que buscam incremento no nível de sucesso dos projetos e, principalmente, para aquelas que almejam a inovação. Todavia, não há orientações nos principais guias de certificações, metodologias e ERP Enterprise Resourcse Planning (Planejamento de Recursos empresariais) para auxiliar os que seja reutilizado a cada novo projeto. Os projetos reúnem muitos conhecimentos, mas, o desafio está na transformação desta expertise individual dos colaboradores em conhecimento para que os gestores de projetos tenham condições de aplicarem às melhores práticas de gestão. A Gestão de Projetos não evidencia preocupação com o conhecimento que os projetos geram. Os novos projetos perdem, tanto em ganho de tempo como de qualidade, quando desconsideram os portfólios dos projetos passados. A incorporação de ferramentas de Gestão do Conhecimento pode, contribuir para a criação, recuperação e disseminação do conhecimento através das lições apreendidas entre os diversos projetos em uma organização. O projeto será dividido em (três) grandes partes: apresentação do conteúdo apresentação da organização; e o desenvolvimento. A terceira parte descreve todas as fases e subfases, nas quais são gerados e aprovados os respectivos produtos. As fases são mostradas de forma seqüencial e didática, nas chamadas partes. As subfases de cada parte serão elaboradas concomitantemente e de forma integrada e complementar. Os níveis de detalhamento de cada subfase serão

11 determinados pela equipe multidisciplinar do projeto, de acordo com o grau de necessidade da organização e do momento em que ela se encontra. Para a elaboração de algumas fases, recomenda-se a criação de formulários para documentar as respectivas atividades. A metodologia de Planejamento Estratégico de Informações (PEI) aplicadas ao estudo será composta de 09 (nove) partes. Pode-se elaborar o projeto pela seqüência das partes sugeridas ou com as subfases agrupadas por finalidade, tais como: organizar o projeto, identificar, avaliar, propor ou planejar determinados itens, executar o planejamento de outras subfases, se considerar necessário. As fases e tarefas podem ser adequadas, complementadas ou suprimidas. Foram elaboradas as seguintes fases e subfases: FASES SUBFASES Parte I. Planejar o PEI a) Organizar o projeto b) Capacitar a equipe de trabalho Parte II. Revisar o planejamento estratégico c) Identificar estratégias e ações organizacionais Parte III. Planejar informações e conhecimentos Parte IV. Avaliar e planejar sistemas de informação e de conhecimentos Parte V. Avaliar e planejar tecnologia da informação. Parte VI. Avaliar e planejar recursos humanos Parte VII. Priorizar e custear PEI Parte VIII. Executar PEI Parte IX. Gerir PEI d) Identificar informações e conhecimentos organizacionais (elaborar o modelo de informações). e) Avaliar sistemas de informação e de conhecimentos atuais f) Planejar sistemas de informação e de conhecimentos g) Avaliar tecnologia de informação h) Planejar tecnologia de informação software, hardware, sistemas de telecomunicações, gestão de dados e informação. i) Avaliar infra-estrutura paralela j) Planejar infra-estrutura k) Organizar a unidade da tecnologia da informação l) Avaliar recursos humanos m) Planejar recursos humanos gestores e não gestores n) Estabelecer prioridades e necessidades o) Avaliar impactos p) Elaborar plano econômico-financeiro q) Elaborar planos de ação r) Gestionar, divulgar, documentar e aprovar o projeto. Quadro 1: Demonstrativo de fases e subfases

12 3 METODOLOGIA 3.1 Definição Simplificadamente, pesquisa pode ser definida como procedimento racional, estruturado e sistêmico para investigar problemas científicos e tecnológicos determinados e objetivos (Gil, 2002). É importante salientar que problemas e objetivos propostos devem ser válidos do ponto de vista da pesquisa científica e, portanto, potencialmente passíveis de solução. Além disso, esses problemas e objetivos devem ser construídos e confrontados com o conhecimento prévio do campo multidisciplinar em questão e devem estar ao alcance do pesquisador do ponto de vista da sua experiência em pesquisa, dos recursos temporais, materiais, laboratoriais, de acesso à pesquisa de campo etc. 3.2 Etapas de pesquisa Como um procedimento racional e estruturado a pesquisa deve ser desenvolvida em etapas mutuamente complementares e, em alguns casos, interdependentes. Assim, o planejamento de pesquisa deve conter minimamente as seguintes etapas: delimitação teórica conceitual da pesquisa, envolvendo a seleção e estudo preliminar (exploratório) da bibliografia disponível para caracterizar da problemática de pesquisa (campo do conhecimento); delimitação e recorte do(s) objetivo(s) da pesquisa, ou seja, as questões e indagações para as quais se deseja aprofundar o conhecimento existente (escopo de pesquisa); a partir dos objetivos de pesquisa é possível construir hipóteses, que se constituem em proposição de respostas às questões formuladas que devem ser verificadas pelos procedimentos de pesquisa; em pesquisas de cunho exploratório nem sempre é necessário lançar hipóteses em respostas aos problemas formulados, nestes casos podese estar justamente buscando uma melhor compreensão e delimitação do problema e dos objetivos relevantes a serem abordados em pesquisas futuras.

13 com base nos objetivo(s) e hipótese(s) deve se delinear os procedimentos metodológicos de pesquisa bibliográfica e pesquisa empírica; pesquisa bibliográfica, a fim de desenvolver o estudo minucioso da bibliografia disponível sobre o tema, envolvendo as etapas seleção e classificação do material, análise e interpretação das referências selecionadas; pesquisa empírica trata-se aqui de buscar evidências práticas provenientes de conforme o caso, diferentes estratégias metodológicas (experimentos, levantamentos ou surveys, estudos de caso, pesquisa ação, etc.) capazes de elucidar os objetivos e corroborarem ou refutarem as hipóteses; as evidências bibliográficas e empíricas devem ser classificadas, sistematizadas, arquivadas e, com base nestas evidências, deve-se redigir o relatório de pesquisa (artigo, tese, dissertação, etc.) de forma a responder os objetivos apresentados e validar e refutar as hipóteses lançadas; por fim, o relatório de pesquisa, seus dados, procedimentos, resultados e conclusões devem ser validados por pares (membros de bancas examinadoras, de comitês científico de eventos e revistas, etc.) responsáveis pala análise e critica sobre o trabalho. 3.3 Delineamentos da pesquisa No estudo do processo de projeto, os tipos de pesquisa mais usuais podem ser classificados como: Pesquisa exploratória, pesquisas explicativas e pesquisas descritivas. Do ponto de vistas metodológico, os delineamentos mais freqüentes são os de pesquisa bibliográficas, estudos de caso e levantamentos ou surveys. Além desses, podem ser encontrados na literatura delineamentos quaseexperimentais e de pesquisa-ação. As pesquisas exploratórias visam propiciar uma aproximação com a problemática estudada. Pesquisas exploratórias são realizadas quando não se tem clareza dos objetivos e indagações pertinentes a um determinado tema e servem justamente para propiciar uma melhor compreensão de um problema de pesquisa.

14 Os desenvolvimentos de pesquisas exploratórias assumem, geralmente, o delineamento de pesquisa bibliográfica e/ou de estudos de caso exploratório. As pesquisas descritivas têm como principal objetivo caracterizar um dado fenômeno através de estudos de caso ou a caracterização de populações e freqüências (para o que se sobressai os delineamentos tipo surveys ou mesmo estudos de caso descritivos). Os delineamentos tipo surveys estarão associados a técnicas de observação sistemática e questionários aplicados com critérios estatísticos de validação de amostras de forma a permitir a generalização dos resultados para um dado universo. Os estudos de caso descritivos buscarão caracterizar o funcionamento de dada realidade ou organização. Por fim, o terceiro tipo de pesquisa são aqueles com finalidade explicativa que buscam determinar fatores que determinam ou contribuem para determinado fenômeno ou desempenho ou para traçar relações de causa e efeito. Com relação ao delineamento da pesquisa, o mais utilizado pelos pesquisadores de processo de projeto é a realização de estudos de caso, cuja principal vantagem é permitir a exploração flexível e criteriosa de fenômenos sociais complexos e a abordagem de múltiplas variáveis através da conjunção de diferentes técnicas de pesquisa empírica, entrevistas, observações em campo, análise de documentos, etc. Outro delineamento pertinente ao estudo do processo de projeto é o de levantamentos ou surveys baseados em coleta de informações junto a grupos de pessoas ou empresas através de amostragens estatísticas. Em geral, os levantamentos tratam um conjunto mais restrito e rígido de variáveis de forma a garantir generalizações estatísticas. A principal técnica de coleta de dados utilizada nestes casos é a de questionários estruturados aplicados junto a uma amostra prédeterminada na pesquisa. A escolha do tipo de delineamento a ser utilizado dependerá fundamentalmente do tipo de questão colocada, das características e do objeto da pesquisa. Aliada a este fato, destaca-se a grande preocupação com a formação de competências em gestão de projetos e com o autodesenvolvimento, tendo em vista, o desenvolvimento de habilidades nas nove áreas de conhecimento desta disciplina, conforme sugerido por PMBoK (2004), itens necessários para se atingir a maturidade.

15 3.4 Project Management Body of Knowledge (PMBoK) É um guia para o gerenciamento de projetos, reconhecido mundialmente, aprovado como um padrão nacional americano, ANS American National Standard pela ANSI American National Standard Institute (Barros, 2003). O objetivo principal do PMBOK é identificar e condensar os conhecimentos, visões e práticas aplicáveis à maioria dos projetos na maior parte do tempo, de forma que a Aplicação correta dessas habilidades, ferramentas e técnicas contribuam para o aumento das chances de sucesso de uma série de projetos diferentes. A metodologia do PMBOK divide o processo de gerenciamento de projetos em cinco etapas principais (quadro 2): Processo Iniciação Planejamento Execução Controle Encerramentos Descrição Obter o comprometimento e a autorização para o inicio do projeto ou fase; Definir objetivos do projeto e os meios ótimos para o cumprimento dos mesmos Coordenar pessoas e recursos para o cumprimento do planejado Monitorar o progresso de projeto, identificando variações para tomada de ações corretivas, assim, assegurando o cumprimento dos objetivos. Formalizar a aceitação do projeto ou fase e encerrá-lo Quadro 2: Processos de gerenciamento de projetos. Fonte: PMBOK (2004) Somadas as etapas principais a Gerência de Projetos é organizada em nove Áreas de Conhecimento, as quais descrevem as praticas dos processos que a compõe (Figura 1). Rec. Humanos do Projeto - Planej. Organizacional - Montagem da equipe - Desenvolvimento da equipe Custo do Projeto - Planejamento dos recursos - Estimativa do custo - Orçamento dos custos - Controle dos custos Qualidade do Projeto - Planejamento da qualidade - Garantia de qualidade - Controle de qualidade Comunicação do Projeto - Planejamento da Comunicação - Distribuição das informações - Relato do desempenho - Encerramento administrativo Gerência de Projetos Suprimentos do Projeto Planejamento das aquisições Preparação das aquisições Obtenção das propostas Seleção de fornecedores Administração de contratos Encerramento do contrato Prazo do Projeto - Definição das atividades - Sequenciamento das atividades - Estimativa de duração das atividades - Desenvolvimento do cronograma - Controle do cronograma Escopo do Projeto - Iniciação - Planejamento do Escopo - Detalhamento do Escopo - Verificação do Escopo - Controle de mudanças do Escopo Integração do Projeto - Desenvolvimento do plano de projeto - Execução do plano de projeto - Controle integrado de mudanças Risco do Projeto - Planejamento da gerencia de risco - Identificação dos riscos - Análise qualitativa dos riscos - Análise quantitativa dos riscos - Desenvolvimento das respostas - Controle e monitoramento Figura 1 Visão geral das áreas de conhecimento e dos processos de gerência de projetos. Fonte: PMBOK (2004)

16 Segundo PMBOK (2004) um projeto é: Um empreendimento temporário com o objetivo de criar um produto ou serviço único. Temporário significa que cada projeto tem um começo e um fim bem definidos. Único significa que o produto ou serviço produzido é de alguma forma diferente de todos os outros produtos ou serviços semelhantes.

17 4 CONCLUSÃO Esta pesquisa encontra-se em fase de levantamento de dados, não temos ainda as análises prontas. Mas nos levantamentos e observações iniciais podemos concluir que: um dos problemas da gestão de sistemas governamentais é a terceirização da máquina administrativa por empresas prestadoras de serviços; nos paises consultados o serviço de desenvolvimento de sistemas e gestão de projetos governamentais estão na mão exclusiva dos servidores do estado; no Brasil logo após a troca do primeiro escalão os projetos e sistemas em desenvolvimento são paralisadas para substituição da prestadora de serviço assim como a mudança no projeto em desenvolvimento; nos países analisados este tipo de pratica não acontece; existe uma grande necessidade desenvolvimento de políticas publicas no que se diz respeito a gestão dos projetos de sistemas de informação governamentais; Entre estas e outras formas a necessidade de políticas publicas mais adequadas para a geração dos controles da gestão dos sistemas de informação se fazem necessárias. Esta pesquisa dará ênfase nestas necessidades e apresentará em breve uma serie de recomendações governamentais assim como a formulação das políticas publicas necessárias para o engrandecimento do nosso País.

18 5 REFERÊNCIAS AGUIAR, A. C. Informação e atividades de desenvolvimento científico, tecnológico e industrial: tipologia proposta com base em análise funcional. Ciência da Informação, v. 20, n. 1, p. 7-15, 1991. BARRETO, A. de A. A oferta e a demanda de informação: condições técnicas, econômicas e políticas. Ciência da Informação, v. 28, n. 2, p. 167-177, 1999. BAX, M. P.; LEAL, J. Serviços Web e a evolução dos serviços em TI. DataGramaZero, v.2, n.2, abr. 2001. Disponível em: <http://www.dgz.org.br/abr01/ Art_02.htm>. Acesso em 13 de abril de 2007. BITTENCOURT, J. C. M. de. Diretrizes para o governo eletrônico no mundo em desenvolvimento 10 perguntas que os líderes do governo eletrônico devem fazer a si mesmos. In: CONIP CONGRESSO DE INFORMATICA PUBLICA, 8, 2002. Anais eletrônicos..., 2002. Disponível em: <http://www.conip.com.br/palestras2002/ 12dejunho/sala5/jorgecalmon/diretrizesegov.zip>. Acesso em: 23 mai. 2007. BRAGA, E. Compras eletrônicas no setor público: o desafio da mudança. In: CONIP CONGRESSO DE INFORMATICA PUBLICA, 8, 2002. Anais eletrônicos..., 2002. Disponível em: <http://www.conip.com.br/palestras2002/13dejunho/sala2/elisabeth braga/comprasnet.zip>. Acesso em :23 mai. 2007. CARDOSO, S.; GERENT, C.; PRADO, M. Editais de licitação via internet. In: CONIP CONGRESSO DE INFORMATICA PUBLICA, 8, 2002. Anais eletrônicos..., 2002. Disponível em: <http://www.conip.com.br/palestras2002/12dejunho/sala2/samuele maristela/licitacao.zip>. Acesso em: 15 mai. 2007. COMAN Jr., Edwin F. Business literature. In: KENT, Allen, LANCOUR, Harold (Eds.) Encyclopedia of library and information science. New York: M.Dekker, 1970. v. 3, p.554-573. COOK; M. E. et al. Making a case for local e-government. University at Albany, Center for Technology in Government, July 2002. Disponível em: <http://www.ctg. albany.edu/egov/making_a_case.pdf>. Acesso em : 3 abr. 2007. CROPLEY, J. Business information online. In: OPPENHEIM, Charles et ai. Perspectives in information management. London: Butterworths, 1989. P. 273-302.

19 DE LOS RÍOS, R.; SANTANA, P. H. de A. El espacio virtual de intercambio de información sobre recursos humanos en Ciencia y Tecnología de América Latina y el Caribe Del CV Lattes al CvLAC. Ciência da Informação, v. 30, n. 3, p. 42-47, 2001. DINIZ, D. Z. F. Informação para negócios. Belo Horizonte: Núcleo Especializado em Capacitação de Pessoal em Informação Tecnológica e industrial, 1994. (Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Gerência de Recursos de Informação para Indústria). GORDON-MURNANE, L. Digital government: digital tools for electronic dissemination of government information. Searcher: The Magazine for Database Professionals, v. 10, n. 2, Feb. 2002. Disponível em: <http://www.infotoday.com/ searcher/feb02/gordon-murnane.htm>. Acesso em: 5 jan. 2003. GOVERNO Eletrônico: os serviços públicos que se destacam na Internet". Tema. ano. 26, edição. 159. jan. 2002. Disponível em: <htpp://www.serpro.gov.br/ publicacoes/tema/159/materia07.htm>acesso em: 23 jul. 2002. JARDIM, José Maria. A face oculta do Leviatã: gestão da informação e transparência administrativa. Revista do Serviço Público, n. 119/1. Brasília. ENAP, 1995. KLIKSBERG, B. Cómo reformar el Estado para enfrentar los desafíos sociales del 2000. Disponível em: <http://www.iigov.org/iigov/pnud/revista/prevista6.htm>. Acesso em: 21 mai. 2007. LAVIN, M. R. Business information: how to find it, how to use it. Phoenix: Oryx, 1992. LEAL, N. G. Quiosque Rede Governo. In: CONIP CONGRESSO DE INFORMATICA PUBLICA, 8, 2002. Anais eletrônicos..., 2002. Disponível em: <http://www.conip.com.br/palestras2002/11dejunho/sala5/ney_gilberto_leal/ney_leal. zip>. Acesso em 22 mai. 2007. MARCONDES, C. H.; SAYÃO, L. F.. Integração e interoperabilidade no acesso a recursos informacionais eletrônicos em C&T: a proposta da Biblioteca Digital Brasileira. Ciência da Informação, v. 30, n. 3, p. 24-33, 2001.

20 MAROS, L. C. P. Sistema integrado de licitações e compras. In: SECOP Seminário Nacional de Informática Publica,29., 2001. Anais eletrônicos..., 2002. Disponível em: <http://www.abep.sp.gov.br/download29secop/scsistemaintegradode LicitacoeseCompras.PDF>. Acesso em: 17 mai. 2007. MONTALLI, K. M. L. Informação na indústria de bens de capital no Brasil. Ciência da Informação, v. 20, n. 1, p. 45-50, 1991.. Informação para negócios no Brasil: reflexões. In: SEMINÁRIO NACIONAL DE INFORMAÇÃO PARA INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR, 1, 1993, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: UFMG/EB, 1994. p.165-173. NASSUNO, M. Atendimento ao usuário-cidadão: iniciativas no Governo Federal. In: CONIP CONGRESSO DE INFORMATICA PUBLICA, 8., 2002. Anais eletrônicos..., 2002. Disponível em: <http://www.conip.com.br/palestras2002/ 13dejunho/sala7/mariannenassuno/conipatendimentoaousuariocidadao.zip>. Acesso em: 23 mai. 2007 NOGUEIRA FILHO, D. Governo Eletrônico. In: SECOP Seminário Nacional de Informática Publica, 29, 2001. Anais eletrônicos..., 2002. Disponível em: <http:// www.abep.sp.gov.br/download 29secopSP/governo>. Acesso em: 23 mai. 2007. NOGUEIRA, M. A. Governos Eletrônicos. Disponível em:<http://geocities. com/maisbrasil/goveletron.htm>. Acesso em: 23 mai. 2007. NÚCLEO Especializado em Capacitação de Pessoal em Informação Tecnológica Industrial, 1994. p. 165-173. PACHECO, R. C. S. Uma metodologia de desenvolvimento de plataformas de governo para geração e divulgação de informações e de conhecimento. Artigo apresentado em cumprimento a requisito parcial de concurso para professor no INE/UFSC. 35 p. Florianópolis, 14 de janeiro de 2003. PACHECO, R. C. S.; KERN, V. M. Uma ontologia comum para a integração de bases de informações e conhecimento sobre ciência e tecnologia. Ciência da Informação, v. 30, n. 3, p. 56-63, 2001. PACHECO, R. C. S.; KERN, V. M. e BERMEJO, P. H. S. Interoperability and information integration in a digital library of theses and dissertations: the case of BTD. The International Information & Library Review, 2003 (to appear).

21 PAULA JUNIOR, J. L. de; AX, R.; SOARES, C. F. Compras públicas via internet. In: CONIP CONGRESSO DE INFORMATICA PUBLICA, 8., 2002. Anais eletrônicos..., 2002. Disponível em: <http://www.conip.com.br/palestras2002/ 13dejunho/sala2/cilenefernandessoares/ax_pmf.zip>. Acesso em: 23 mai. 2007. PMBOK Um Guia para o Corpo de Conhecimento em Projetos, Project Management Institute, 2004. PINTO, S. L. Governo eletrônico no Brasil. Disponível em: <http://www. governoeletronico.gov.br>. Acesso em: 23 mai. 2007. SANTOS, R. S. dos. Infovia da Prefeitura de Porto Alegre. In: CONIP CONGRESSO DE INFORMATICA PUBLICA, 8., 2002. Anais eletrônicos..., 2002. SAUR, R. Um novo modelo de prefeitura eletrônica: regionalidade e integração modular. In: CONIP CONGRESSO DE INFORMATICA PUBLICA, 8., 2002. Anais eletrônicos..., 2002. SEMINÁRIO GOVERNO NA INTERNET.1., 2000, Brasília. Anais eletrônicos... Brasília, 2000. Disponível em: <http://www.redegoverno.gov.br/e_gov/index.htm>. Acesso em: 23 mai. 2007. SHAW, R. Creating Trust in Critical Network Infrasctructures: the case of Brazil. In: ITU Workshop on Creating Trust in Critical Network Infrasctructures, 2002, Seoul, Republic of Korea, ITU, 2002. Disponível em: <http://www.itu.int/osg/spu/ ni/security/docs/cni.06.pdf>. Acesso em : 3 jan. 2003. SILVEIRA, H. R. F. da. Internet, governo e cidadania. Ci. Inf., v.30, n. 2, p.80-90, maio/ago. 2001. Disponível em: <http://www.ibict.br/cionline/300201/index.htm> Acesso em: 20 abr. 2007. SOUZA, T. de F. C.; BORGES, M. E. N. Instituições provedoras de informação tecnológica no Brasil: análise do potencial para atuação com informação para negócios. Ciência da Informação, Brasília, v. 25, n.1, p. 52-58, 1996. TSICHRITZIS, D.; KLUG, A. The ANSI/X3/SPARC DBMS framework report of the study group on database management systems. Information Systems, v. 3, p. 173-191, 1978.

22 VALENTIM, M. L. P. Informação em ciência e tecnologia: políticas, programas e ações governamentais: uma revisão de literatura. Ciência da Informação, v. 31, n. 3, p. 92-102, 2002. VERNON, K. D. C. (Ed.) Information sources in management and business. London: Butterworths, 1984. VIEIRA, A. da S. Redes de Ict e a participação brasileira. Brasília: IBICT, 1994. VIEIRA, L. L. Estudo comparado da gestão dos projetos de sistemas informações governamentais: uma Proposta. IV Conferência Internacional de Integração de Sistemas. Brasília/DF, 2 a 5 de dezembro de 2007. VIEIRA, L. L. Gerência dos projetos de sistemas informações governamentais: um estudo comparado. I InfoBrasil TI & Telecon. Fortaleza Ceará Brasil Maio 2008. WAINWRIGHT, E. Convergence, information and records management: observations from an australian government information management perspective. Disponível em: <http://www.nla.gov.au/>. WEINSTEIN, P. C. Ontology-based metadata: transforming the MARC legacy. Digital Libraries, Pittsburg, p. 254-263. 1998. ZWEERS, K.; PLANQUE, K. Electronic government. From a organizational based perspective towards a client oriented approach. In: PRINS, J. E. J. (Ed.). Designing E- Government. [S. l.]: Kluwer Law International, 2001, p. 92 AUTORIA Luiz Lustosa Vieira Coordenação de Orçamentos e Finanças da Secretária Nacional de Justiça/MJ. Endereço eletrônico: luiz.vieira@mj.gov.br