INTRODUÇÃO DOENÇA DE NEWCASTLE A doença de Newcastle (DNC) é uma enfermidade viral, aguda, altamente contagiosa, que acomete aves silvestres e comerciais, com sinais respiratórios, freqüentemente seguidos por manifestações nervosas, diarréia e edema da cabeça. A manifestação clínica e a mortalidade variam segundo a patogenicidade da cepa viral. Essa patogenicidade pode variar de muito alta (amostra velogênica), para intermediária (amostra mesogênica) até muito baixa (amostra lentogênica). O agente viral pertence à Família Paramyxoviridae, Gênero Avulavirus. A DNC é considerada uma doença de distribuição mundial (figura 1). Figura 1: Distribuição da doença de Newcastle. Julho a Dezembro de 2010. Fonte: OIE. EPIDEMIOLOGIA O vírus da doença de Newcastle infecta diferentes espécies de aves domésticas tais como galinhas e perus, assim como aves silvestres e ornamentais, mas os sintomas e gravidade da doença podem variar entre uma espécie e outra. Portanto, não pode ser descartado o risco de que o vírus, apesar de não patogênico em uma espécie, venha a causar doença grave em outra. O Paramyxovirus aviário do sorotipo 1 (APMV-1) infecta aproximadamente 236 espécies de pássaros selvagens e ornamentais, além de espécies de aves domésticas, incluindo pombos, os quais podem transmitir o vírus.
O potencial para transportar e disseminar certos microrganismos patogênicos pelas aves é um consenso. Aves migratórias podem estar envolvidas na dispersão dos microrganismos como seu carreador biológico, mecânico ou carreador de ectoparasitos hematófagos infectados. A introdução do VDN em lotes de aves comerciais por aves migratórias e aves silvestres tem sido documentada. Aves nativas ou aves silvestres de vida livre podem ser responsáveis pela difusão direta ou indireta de agentes infecciosos para aves comerciais susceptíveis. A infecção pode ocorrer através da inalação ou ingestão, sendo que o vírus está presente no ar exalado pelas aves, nas fezes e em toda parte da carcaça da ave durante a infecção aguda e na morte. A contaminação de outras aves pode ocorrer por meio de aerossóis e pela ingestão de água ou comida contaminada. Há controvérsias quanto à transmissão vertical do vírus. PATOTIPOS E SINAIS CLÍNICOS Dependendo da virulência da cepa viral, a doença pode manifestar-se em diferentes graus de severidade, que variam desde uma infecção subclínica, onde os sinais são inaparentes ou discretos, até uma doença fatal, que aparece repentinamente e resulta em alta mortalidade das aves. Testes de inoculação em pintos de 1 dia permitem caracterizar e classificar o vírus da doença de Newcastle em 5 patótipos. Por patótipo, entende-se o grau de patogenicidade do vírus e, portanto, a severidade da doença causada por determinada cepa do vírus. Cepas altamente patogênicas do VDN pertencem aos patótipos denominados: 1) viscerotrópico e velogênico ou também conhecido como forma de Doyle, que causa doença severa e fatal, com alta mortalidade em galinhas (figura 2). Os principais sinais são apatia, diarréia esverdeada e lesões hemorrágicas, principalmente nos intestinos; Figura 2: Alta mortalidade em uma granja com NDV. Fonte: FortDodge. 2) neurotrópico e velogênico ou forma de Beach, que provoca problemas respiratórios como espirros e corrimento nasal ou ruído dos pulmões, inchamento da cabeça e face, fraqueza, sinais nervosos como torcicolo (figura 3), paralisia das pernas e tremores musculares e finalmente ocorre mortalidade, que pode chegar até 100% das aves;
Figura 3: Sintomatologia Nervosa em aves com NDV. Fonte: FortDodge. 3) outros patótipos já menos patogênicos são os vírus classificados como mesogênicos, ou forma de Beaudette, que podem causar apenas leves sinais respiratórios nas aves, queda de postura em poedeiras e, eventualmente, podem ocorrer também sintomas nervosos. A mortalidade das aves é normalmente baixa e mais comum em aves jovens; ) lentogênicos, ou forma de Hitchner são comumente usadas como cepas vacinais e podem causar sinais respiratórios brandos em aves jovens, dependendo da cepa vacinal utilizada; 5) há ainda um último tipo, não patogênico, conhecido como entérico assintomático, que não causa sinais ou lesões nas aves e também tem sido utilizado como cepa vacinal. Portanto, nem todas as cepas do vírus de Newcastle causam doença. DIAGNÓSTICO Viral) (Histopatologia/Sorologia/Isolamento Lesões microscópicas podem variar consideravelmente e também podem apresentar pequeno valor no diagnóstico da DN, não existe lesões patognomônicas para qualquer uma das formas da doença de Newcastle. Vírus que apresentam baixa patogenicidade produzem infeções clinicamente inaparentes com ausência ou o mínimo de lesões, enquanto que outros patotipos produzem sinais clínicos variados da doença. A confirmação do isolamento viral é feita por testes de inibição da hemaglutinação (HI), que permitem também o diagnóstico diferencial do vírus de influenza aviária. O diagnóstico do vírus pode ser realizado ainda pela inoculação de macerados de órgãos de aves suspeitas em ovos embrionados ou por testes moleculares, como RT-PCR. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Os principais diagnósticos diferencias são: Bronquite Infecciosa, Pneumovirose, Laringotraqueíte, Influenza Aviária, Encefalomielite, Doença de Marek (apenas pela paralisia) e Coriza Aviária. PREVENÇÃO
O controle da DNC se baseia em biossegurança (rígida seguridade), uso de vacinas e detecção precoce de lotes infectados (monitoria laboratorial para vigilância). Esta enfermidade pode ser controlada pelo sacrifício das aves infectadas ou vacinando somente reprodutoras e poedeiras comerciais, sem vacinar os frangos de corte ou, ainda, vacinando toda a população avícola. Em muitos países, incluindo o Brasil, a doença vem sendo controlada em plantéis comerciais através da vacinação, com vacinas aprovadas e com controle de qualidade. Em alguns estados brasileiros são vacinadas apenas as matrizes, para transferência de imunidade passiva às progênies. A queda completa do nível de anticorpos, que ocorre até a idade de abate de frangos de corte, tem sido utilizada como uma forma de verificar se há vírus circulando em determinada região. Dica baseada no Plano de Contingência para Influenza e Newcastle, MAPA. CODIGO A06 A6 A7 A60 A62 EXAMES NEWCASTLE NDV - HI Material: Sangue total ou soro. PACOTE CHECK UP BASICO FRANGO DE CORTE Exames: IBD- ELISA, IBV- ELISA, NDV- H.I., MG-S.A.R., MS- S.A.R., PUL - S.A.R. Material: 25 amostras de Sangue Total ou Soro SOROPERFIL DE FRANGO DE CORTE (Avaliação de desafios da Granja e Plano Vacinal) Exames: IBD- ELISA, IBV- ELISA, NDV- H.I., MG- S.A.R., MS- S.A.R., PUL - S.A.R. Material: Amostras de soro em 3 fases. MONITORIA SANITÁRIA CONTRATADA DE FRANGO DE CORTE Exames: IBD, IBV, NDV. Material: Amostras de soro MONITORIA SANITÁRIA CONTRATADA DE MATRIZES- PESADAS Exames: MG, MS, PUL + IBD, IBV, NDV + Análise Microbiológica de Água Material: Amostras de soro + Amostra de água PRAZO DIAS EQUIPE DE VETERINÁRIOS - TECSA Laboratórios Primeiro Lab. Veterinário certificado ISO9001 da América Latina. Credenciado no MAPA. PABX: (31) 3281-0500 ou 0300 313-008 FAX: (31) 3287-30 tecsa@tecsa.com.br RT - Dr. Luiz Eduardo Ristow CRMV MG 3708
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