Tributação Autónoma Novas regras

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Lei nº 7/2009, de 12 de Fevereiro [1] Códigos Tributários ª Edição. Atualização nº 1

Transcrição:

Tributação Autónoma Novas regras 1. Em sede de IRC 1.1. Tributação autónoma sobre viaturas São tributados autonomamente os encargos efetuados ou suportados por sujeitos passivos que não beneficiem de isenções subjetivas e que exerçam, a título principal, atividade de natureza comercial, industrial ou agrícola, relacionados com viaturas ligeiras de passageiros, viaturas ligeiras de mercadorias referidas na alínea b) do n.º 1 do artigo 7.º do Código do Imposto sobre Veículos, motos ou motociclos, excluindo os veículos movidos exclusivamente a energia elétrica. São considerados encargos relacionados com viaturas ligeiras de passageiros, motos e motociclos, nomeadamente, depreciações, rendas ou alugueres, seguros, manutenção e conservação, combustíveis e impostos incidentes sobre a sua posse ou utilização. Assim, temos: Custo de aquisição Taxas Lucro Fiscal Prejuízo Fiscal Viaturas ligeiras passageiros e de mercadorias Inferior a 25 000 10% 20% Igual ou superior a 25 000 e inferior a 35 000 27,5% 37,5% Igual ou superior a 35 000 35% 45% Viaturas ligeiras de passageiros híbridas plug-in Inferior a 25 000 5% 15% Igual ou superior a 25 000 e inferior a 35 000 10% 20% Igual ou superior a 35 000 17,5% 27,5% Viaturas ligeiras de passageiros movidas a GPL ou GNV Inferior a 25 000 7,5% 17,5% Igual ou superior a 25 000 e inferior a 35 000 15% 25% Igual ou superior a 35 000 27,5% 37,5% 1

A alteração provocada pela Lei n.º 82-C/2014, de 31 de dezembro, ao n.º 3 do art.º 88.º do CIRC, relativo à tributação autónoma, passou a incluir as viaturas ligeiras de mercadorias referidas na alínea b) do n.º 1 do art.º 7.º do CISV, aplicável aos períodos de tributação que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2015. Significa que, também é aplicável a tributação autónoma às viaturas ligeiras de mercadorias que não sejam tributados pela taxa intermédia ou pelas taxas reduzidas previstas, respetivamente, nos art.ºs 8.º, n.º 3 e 9.º, n.º 1, alínea b) e n.º 2 do CISV. Existe informação vinculativa por parte da Autoridade Tributária, esclarecendo o seguinte: Trata-se de veículos que, embora sejam homologados tecnicamente pela entidade competente (Instituto da Mobilidade e dos Transportes, I.P.) como ligeiros de mercadorias (considerados da categoria N1 veículos concebidos e construídos para o transporte de mercadorias com massa máxima não superior a 3,5 t), assemelham-se pelas características específicas com que se apresentam (de que se destaca desde logo a carroçaria e a lotação de 4 ou 5 lugares) como ligeiros de passageiros, razão pela qual são tributados em sede de ISV pela taxa normal da tabela A, sendo-lhes aplicável idêntico tratamento ao previsto para os automóveis de passageiros vide art.º 7.º, n.º 1, alínea a) do CISV. É necessário proceder à sua classificação fiscal à luz dos critérios constantes do CISV (tomando em consideração designadamente, o tipo de caixa, a lotação, o número de eixos motores, etc..) por forma a aquilatar se o mesmo reúne ou não as características que o enquadrem no âmbito da previsão das citadas normas, ou seja, é determinante saber se o mesmo está ou não sujeito à taxa intermédia ou taxas reduzidas. Caso o veículo seja tributado pela taxa intermédia prevista no artigo 8.º, n.º 3 ou por uma das taxas reduzidas a que se refere o art.º 9.º, n.º 1, alínea b) e n.º 2 (ambos do CISV), estará desde logo afastado da tributação autónoma prevista no art.º 88.º, n.º 3 do CIRC. No que respeita aos veículos ligeiros de mercadorias a que se refere o n.º 2 do art.º 7.º do CISV, aos quais é aplicável a taxa normal da tabela B (100%) e ainda que a estes não se aplique nem a taxa intermédia nem as taxas reduzidas, não estão abrangidos pela tributação autónoma, dado que o legislador nesta última disposição legal expressamente remeteu apenas para a alínea b) do n.º 1 do art.º 7.º do CISV. Estão sujeitos à tributação autónoma prevista no n.º 3 do art.º 88.º do CIRC as viaturas ligeiras de mercadorias que para efeitos de ISV sejam tributadas às taxas normais deste imposto, ou seja, as previstas na tabela A constante do n.º 1 do art.º 7.º do respetivo código. Para além da tributação autónoma, As depreciações das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, incluindo os veículos elétricos, na parte correspondente ao custo de aquisição ou ao valor revalorizado excedente ao montante a definir por portaria do membro do Governo responsável pela área das finanças, bem como dos barcos de recreio e aviões de turismo A portaria referida é a nº 467/2010, de 10 de julho, que define o custo de aquisição ou o valor de reavaliação das viaturas ligeiras de passageiros, para efeitos de IRC: Viaturas adquiridas nos períodos de tributação que se iniciem em 01/01/2015 ou após essa data: 62 500 - Veículos movidos exclusivamente a energia elétrica 50 000 - Veículos híbridos plug-in 37 500 - Veículos movidos a gases de petróleo liquefeito (GPL) ou gás natural veicular (GNV) 25 000 - Restantes viaturas Adquiridas nos períodos de tributação que se iniciem entre 01/01/2012 e 31/12/2014: 50 000 - Veículos movidos exclusivamente a energia elétrica 25 000 - Restantes viaturas Adquiridas no período de tributação iniciado em 01/01/2011: 45 000 - Veículos movidos exclusivamente a energia elétrica 30 000 - Restantes viaturas Adquiridas no período de tributação iniciado em 01/01/2010: 40 000 2

Ficam excluídas da aplicação da tributação autónoma: - As viaturas movidas exclusivamente a energia elétrica; - Viaturas ligeiras de passageiros, motos e motociclos, afetos à exploração de serviço público de transportes, destinados a serem alugados no exercício da atividade normal do sujeito passivo; - Viaturas automóveis relativamente às quais tenha sido celebrado o acordo previsto no n.º 9) da alínea b) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS. Isto é, a utilização da viatura por trabalhadores ou órgãos sociais seja considerada rendimento de trabalho dependente (Categoria A), correspondente a 0,75% do custo de aquisição por mês de utilização (n.º 5 do art.º 24º do CIRS). 3

Tributação Autónoma sobre outros encargos As taxas de tributação autónoma aplicáveis a partir de 01 de Janeiro de 2014 são: Artº 88 nº1 nº 2 Lucro Fiscal Prejuízo Fiscal Despesas não documentadas: Sujeitos passivos que exerçam a título principal actividades de natureza comercial, indústrial ou agrícola e sujeitos não isentos 50% 60% Sujeitos passivos total ou parcialmente isentos, ou que não que exerçam a título principal actividades de natureza comercial, indústrial ou agrícola 70% 80% nº 7 Despesas de representação 10% 20% nº 8 Despesas correspondentes a importâncias pagas ou devidas, a qualquer título, a pessoas singulares ou colectivas residentes fora do território português e aí submetidas a um regime fiscal claramente mais favorável, tal como definido nos termos do Código, salvo se o sujeito passivo puder provar que correspondem a Sujeitos passivos que exerçam a título principal actividades de natureza comercial, indústrial ou agrícola e sujeitos não isentos 35% 45% Sujeitos passivos total ou parcialmente isentos, ou que não que exerçam a título principal actividades de natureza comercial, indústrial ou agrícola 55% 65% nº 9 nº 11 nº 13 a) nº 13 b) Ajudas custo/ deslocações viatura própria 5% 15% Encargos não dedutíveis nos termos da alínea f) do n.º 1 do artigo 45.º suportados pelos sujeitos passivos que apresentem prejuízo fiscal no período de tributação a que os mesmos respeitam. 5% 15% Lucros distribuídos por entidades sujeitas a IRC a sujeitos passivos que beneficiam de isenção total ou parcial, abrangendo, neste caso, os rendimentos de capitais, quando as partes sociais a que respeitam os lucros não tenham permanecido na titularidade do mesmo sujeito passivo, demodo ininterrupto, durante o ano anterior à data da sua colocação à disposição e não venham a ser mantidas durante o tempo necessário para completar esse período Indemnizações ou quaisquer compensações devidas não relacionadas com a concretização de objectivos de produtividade previamente definidos na relação contratual, quando se verifique a cessação de funções de gestor, administrador ou gerente, bem como os gastos relativos à parte que exceda o valor das remunerações que seriam auferidas pelo exercício daqueles cargos até ao final do contrato, quando setrate derescisão deum contrato antes do termo, qualquer queseja a modalidade de pagamento, quer este seja efectuado directamente pelo sujeito passivo quer haja transferência das responsabilidades inerentes para uma outra entidade; Gastos ou encargos relativos a bónus e outras remunerações variáveis pagas a gestores, administradores ou gerentes quando estas representem uma parcela superior a 25% da remuneração anual e possuam valor superior a 27 500, salvo se o seu pagamento estiver subordinado ao diferimento de uma parte não inferior a 50% por um período mínimo de três anos e condicionado ao desempenho positivo da sociedade ao longo desse período. Gastos/ despesas Taxas 23% 33% 35% 45% 35% 45% As taxas de tributação autónoma sobre os encargos abaixo indicados não são aplicáveis aos sujeitos passivos a que se aplique o regime simplificado de determinação da matéria coletável: Despesas de representação; Ajudas de custo e deslocações em viatura própria do trabalhador; Lucros distribuídos a sujeitos passivos total ou parcialmente isentos; Indemnizações e gratificações a gestores, administradores ou gerentes. 4

2. Em sede de IRS As tributações autónomas em sede de IRS estão descritas no art.º 73º do CIRS: Art.º 73º Gastos/ despesas Taxa nº 1 Despesas não documentadas 50% Encargos, suportados por sujeitos passivos que possuam ou devam possuir contabilidade organizada no âmbito do exercício de actividades empresariais ou profissionais: nº 2, a) Despesas de representação 10% nº 2, a) e b) Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas: 10% 20% nº 10 Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas híbridas plug-in: 5% 10% nº 11 Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas movidas a GPL ou GNV: 7,5% nº 6 nº 7 15% Despesas relativas a importâncias pagas ou devidas, a qualquer título, a pessoas singulares ou colectivas residentes fora do território português e aí submetidas a um regime fiscal claramente mais favorável, tal como definido para efeitos de IRC, salvo seo sujeito passivo puder provar que tais encargos correspondem a operações efectivamente realizadas e não têm um carácter anormal ou um montante exagerado. 35% Encargos dedutíveis relativos a despesas com ajudas de custo e com compensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador, ao serviço da entidade patronal, não facturadas a clientes, escrituradas a qualquer título, excepto na parte em que haja lugar a tributação em sede de IRS na esfera do respectivo beneficiário, bem como os encargos da mesma natureza, que não sejam dedutíveis nos termos da alínea f) do n.º 1 do artigo 42.º do CIRC, suportados por sujeitos passivos que apresentem prejuízo fiscal no exercício a que os mesmos respeitam. 5% Ficam excluídas da aplicação da tributação autónoma: Veículos movidos exclusivamente a energia elétrica; Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, motos e motociclos, afetos à exploração do serviço público de transportes, destinados a serem alugados no exercício da atividade normal do sujeito passivo; Viaturas automóveis relativamente às quais tenha sido celebrado o acordo previsto no n.º 9) da alínea b) do n.º 3 do artigo 2.º do Código do IRS. São excluídos de tributação autónoma os encargos abaixo indicados relativamente aos sujeitos passivos a quem seja aplicado o regime simplificado de determinação da matéria coletável: Despesas de representação; Viaturas ligeiras de passageiros ou mistas; e Ajudas de custo e compensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador. Este documento é de natureza geral e meramente informativa, não se destinando a qualquer entidade ou situação particular, e não substitui aconselhamento profissional adequado ao caso concreto. A Finaccount não se responsabilizará por qualquer dano ou prejuízo emergente de decisão tomada com base na informação aqui descrita 5