CIÊNCIAS CONTÁBEIS: Contabilidade para Usuários Externos. Modalidade da apresentação: Comunicação oral

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Transcrição:

CIÊNCIAS CONTÁBEIS: Contabilidade para Usuários Externos Modalidade da apresentação: Comunicação oral SISTEMA GERENCIAL: A INFORMAÇÃO COMO FERRAMENTA COMPETITIVA NO CONTROLE DE ESTOQUE Resumo O gerenciamento de estoque é a atividade de planejar e controlar acúmulos de recursos transformados, conforme eles se movem pelas cadeias de suprimentos, operações e processos, neste entendimento este trabalho tem como objetivo identificar os principais sistemas de controle de estoque utilizado em uma empresa de eletrodoméstico na cidade do Recife PE, analisando seus principais benefícios. Com relação aos procedimentos técnicos a metodologia escolhida para a realização deste trabalho, foi a pesquisa bibliográfica e o estudo de caso com uma abordagem qualitativa descritiva. O instrumento de coleta de dados foi utilizado entrevista com os proprietários e funcionários. A movimentação do estoque na empresa em estudo é controlada regularmente através de fichas, livros, registros magnéticos e outros, permitindo a determinação de seu saldo e, consequentemente, o custo das mercadorias vendidas, em qualquer data, por outros critérios tal como custo médio ponderado móvel. Conclui-se que um programa de estoque visa além de tudo, coibir erros de procedimento, que consequentemente levariam a informações imprecisas. Assim, fornece aos usuários de seus vários setores informações úteis e em tempo real, permitindo que estes usuários tomem decisões mais corretas e adequadas e de forma tempestiva, tornando-as muitas vezes preventivas e não reativas. Palavras Chaves: Gerenciamento de estoque, Eficiência operacional, planejamento, Empresas de eletro doméstico. 1. INTRODUÇÃO Os sistemas de controle de estoques surgiram logo após a Revolução Industrial do século XVIII, tendo como objetivo controlar os estoques das indústrias que nasciam. Naquela época, evidentemente, esses sistemas eram manuais e exigiam muito trabalho e paciência para conferência de cada item do sistema produtivo. Com o advento da informática, a evolução dos sistemas foi extremamente rápida. O sistema de gerenciamento e controle de estoques, possui como objetivo principal, o processamento das informações em tempo real de compras e vendas

gerando informações sobre valorização e quantidade adquirida, vendida e saldo médio de estoques. Betts, et. al. (2008, p. 295) afirma que o gerenciamento de estoque é a atividade de planejar e controlar acúmulos de recursos transformados, conforme eles se movem pelas cadeias de suprimentos, operações e processos. Neste contexto o gestor de estoques tem como principais atribuições, colaborar na definição da política comercial da empresa, manter atualizadas as informações, estabelecer objetivos, avaliar e proporcionar meios de trabalho imprescindíveis para uma boa e efetiva política laboral e mantê-las dinâmica e operativa com vistas a conseguir os objetivos necessários. Segundo Iudícibus (1999, pg. 101): Os estoques representam um dos ativos mais importantes do capital circulante e da posição financeira das empresas. Os estoques estão intimamente ligados às principais áreas de operação das empresas e envolvem problemas de administração, controle, contabilização e principalmente de avaliação. Segundo Chambers, et.al. (2002) é também, atribuição do gestor de estoques preparar, antecipadamente, programas e materiais de apoio à tomada de decisão. Existem dois aspectos nesta função: O mais positivo, representa desafios constante e permanente; O menos positivo, representa os fatores pessoais do grupo de trabalho, que devem ser detectados e prevenidos a tempo. Vendrame (2008) conceitua que o objetivo básico do controle de estoques é evitar a falta de material sem que esta diligência resulte em estoques excessivos às reais necessidades da empresa. Muito importante, se não fundamental, é a qualificação e experiência dos operadores, tendo em vista tratar-se de uma atividade questionada, em caráter permanente pelas áreas comercial e de vendas e, até mesmo, pelo fornecedor.

As empresas que quiserem liderar a competição na "sociedade da informação" devem atuar como "organizações inteligentes", transformando os problemas que enfrentam em soluções sobre as bases que elas conheçam ou possam conhecer (PÁEZ URDANETA, 1994). O sistema é um conjunto de elementos que processam (consomem) diversos inputs (energia) com o intuito de obter um resultado específico. Os estoques são bens adquiridos ou produzidos pela empresa com o objetivo de venda ou utilização própria no curso normal de suas atividades. Dentro deste contexto, o sistema de controle de estoques pode ser definido como um sistema aberto que interage com diversas áreas processando informações referentes à movimentação de estoques, com o intuito de gerar informações necessárias à tomada de decisões por parte de seus usuários. Estas decisões podem ser classificadas como a realização de uma compra, a adoção de uma política agressiva de vendas, entre outros. O objetivo do sistema de controle de estoques é gerar uma ferramenta de controle, além de um banco de dados ágil, eficiente e eficaz. Moscove, Simkin e Bagranoff (2002, p.22), os quais entendem que "o sucesso ou fracasso da empresa está ligado à forma como a informação é gerenciada e utilizada". Neste conjunto é importante dizer que a boa implantação depende de um bom planejamento, envolvendo todos os usuários finais na confecção ou idealização dos diversos outputs necessários, assim como uma definição eficiente do controle de acesso e segregação de funções. Neste contexto, este estudo tem como objetivo identificar os principais sistemas de controle de estoque utilizado em uma empresa de eletrodoméstico na cidade do Recife PE, analisando seus principais benefícios. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1. Normas fiscais de estoques

Tofoli (2008) afirma que o estoque representa a quantidade de bens físicos que são mantidos à espera da venda (ou da produção), por um determinado tempo. São considerados como bens em estoques, as matérias-primas, os produtos semiacabados, os produtos acabados e as mercadorias compradas de terceiros. O estoque pode ser avaliado por três métodos: Primeiro que entra primeiro que sai (PEPS), último que entra, primeiro que sai (UEPS) e Custo médio. PEPS é um processo que obedece à ordem das saídas pelo valor da entrada. De acordo com Pozo (2007), este método é baseado na cronologia das entradas e saídas. As mercadorias, matérias-primas e bens em almoxarifado devem ser avaliados pelo custo de aquisição (artigo 185 do Regulamento do Imposto de Renda - RIR/99). Para quem possua inventário permanente, a apuração do custo de aquisição far-se-á considerando o critério do custo médio ponderado móvel, ou, alternativamente, o custo das mercadorias adquiridas mais recentemente (PEPS ou FIFO). Para quem não possua o inventário permanente, somente o critério PEPS é aceito (Parecer Normativo CST nº 06/79, 2.4). A Lei nº 8.541, de 23.12.92, no artigo 55 estabelece que "O valor dos bens existentes no encerramento do período poderá ser o custo médio ou o dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente, admitida ainda, a avaliação com base no preço de venda subtraída a margem de lucro. Os produtos em fabricação e acabados devem ser avaliados pelo custo de produção (artigo 186 do Regulamento do Imposto de Renda). O parágrafo 1º do artigo 186 acrescenta a necessidade de possuir-se sistema de custo integrado e coordenado com a contabilidade, podendo então ser utilizados os custos apurados para avaliação dos estoques de produtos em fabricação e acabados. E no parágrafo 2º define que: "O valor dos bens existentes no encerramento do período-base poderá ser o custo médio ou o dos bens adquiridos ou produzidos mais recentemente". Em nenhuma hipótese o fisco admite a utilização de critério baseado nas aquisições mais antigas UEPS ou LIFO. Quando utilizado o método do custo

médio, é aceitável, do ponto de vista fiscal, que as saídas sejam registradas unicamente no fim de cada mês, desde que avaliadas ao preço médio que se verifica naquele mês, sem considerar o lançamento da baixa. Os lançamentos na escrituração dos custos de produção podem ser feitos mensalmente ou em períodos menores, desde que apoiados em comprovantes e demonstrativos adequados (PARECER NORMATIVO CST Nº 06/79, 2.1). No caso do custo de aquisição ou de produção dos bens existentes na data do balanço está superior ao valor de mercado, deve ser constituída provisão para ajuste a valor de mercado, conforme determina o artigo 189. Entretanto, o artigo 190 não admite efetuar a redução global dos valores inventariados, tampouco a formação de qualquer reserva ou provisão para fazer frente à desvalorização dos estoques, excetuado o caso supramencionado. Por esse artigo não se admite deduções de valor por depreciação estimada ou, ainda, provisão para oscilação de preços. São admitidas as quebras e perdas de estoque como integrantes do custo de produção dos bens ou serviços vendidos, conforme determina o artigo 184 em seu inciso I, desde que sejam razoáveis, de acordo com a natureza do bem e da atividade, e ocorridas na fabricação, no transporte ou no manuseio. Para que possa ser considerado integrado e coordenado com o restante da escrituração, o sistema de custos deve obedecer às normas do Parecer Normativo CST nº 06/79, ou seja: Ser apoiado em valores originados da escrituração contábil (matéria-prima, mão-de-obra direta, custos gerais de fabricação); Permitir a determinação contábil, ao fim de cada mês, do valor dos estoques de matérias-primas, outros materiais, produtos em elaboração e produtos acabados; Ser apoiado em livros auxiliares, fichas, formulários contínuos ou mapas de apropriação ou rateio, desde que mantidos em boa guarda e de registros coincidentes com a escrituração contábil; Permitir que se avaliem os estoques existentes na data de encerramento do período-base de apropriação de resultados, segundo os custos efetivamente incorridos.

No caso do sistema de custos não obedecer a esses critérios, os estoques devem ser avaliados pela sistemática prevista pelo Fisco no artigo 187 do Regulamento do Imposto de Renda/80 e Parecer Normativo CST nº 14/81, a saber: Materiais em processamento - uma vez e meia o maior custo das matérias-primas (sem ICMS) adquiridas no período-base ou 80% do valor dos produtos acabados (com ICMS); Produtos acabados 70% do maior preço de venda praticado no período-base. O fisco permite (Parecer Normativo CST nº 6/79) a utilização do custo-padrão, desde que o mesmo incorpore todos os elementos básicos do custo. Da mesma forma, a avaliação final dos estoques deve ser coincidente com aquela que seria obtida através do custo real. Neste caso, segundo o subitem 3.5 do Parecer Normativo da CST nº 6/79, a distribuição das variações entre os produtos em estoque (em processo e acabados) e o custo dos produtos vendidos, deve ser feita em intervalos não superior a três meses ou em intervalo de maior duração, desde que não excedido qualquer um dos seguintes prazos: O exercício social; o ciclo usual de produção, entendido como tal o tempo normalmente despendido no processo industrial do produto avaliado. Essas variações, aliás, haverão que ser identificadas ao nível de item final de estoque, para permitir verificação do critério de neutralidade do sistema adotado de custos sobre a valoração dos inventários. O artigo 183 do Regulamento do Imposto de Renda/80 trata do custo dos bens: I O custo de aquisição de matérias-primas e quaisquer outros bens ou serviços aplicados ou consumidos na produção, observado o disposto no artigo anterior; II O custo do pessoal aplicado na produção, inclusive de supervisão direta, manutenção e guarda das instalações de produção; III Os custos de locação, manutenção e reparo e os encargos de depreciação dos bens aplicados na produção; IV Os encargos de amortização diretamente relacionados com a produção; V Os encargos de exaustão dos recursos naturais utilizados na produção (BRASIL,1979)

O parágrafo único desse artigo permite o registro direto como custo, do valor de aquisição de bens de consumo eventual, cujo valor não exceda a 5% do custo total dos produtos vendidos no exercício social anterior. 2.2. Normas contábeis de estoque O IBRACON trata da matéria em seu pronunciamento "II - Estoques". De acordo com o parágrafo 1º, o termo "estoques" refere-se a todos os bens tangíveis mantidos para venda ou uso próprio no curso ordinário de negócio, bens em processo de produção para venda ou uso próprio ou que se destinam ao consumo na produção de mercadorias para venda ou uso próprio. Excluem-se da definição produtos e serviços executados sob contrato, bem como bens de desgaste a longo prazo, classificáveis como imobilizado e sujeitos à depreciação. Os bens componentes de almoxarifado de peças de reposição são em geral classificados no Ativo Circulante, embora algumas empresas não adotem essa classificação. Em termos conceituais, diz ainda o parágrafo 3º que os estoques devem representar bens que existam fisicamente e que sejam propriedades da empresa, independentemente de se encontrarem em poder da empresa ou em poder de terceiros. Afirma o parágrafo 5º que o fato de um bem depreciável ser retirado de seu uso regular e destinado para venda não indica que ele deva ser classificado como parte do estoque. Segundo o parágrafo 8º, o principal critério para a avaliação de estoques é o custo (preço de compra e gastos adicionais - parágrafo 9º) histórico, isto é, a soma dos gastos aplicáveis e débitos incorridos direta ou indiretamente para colocar um bem do estoque em sua condição e localização atuais. Entretanto, pode haver exceção no caso de produtos agrícolas, pecuários e extrativos que poderão ser avaliados aos preços correntes de mercado deduzidos das despesas de vendas quando esse critério prevalecer naquele ramo de atividade.

Quaisquer impostos incluídos no preço da mercadoria adquirida, que gerem um direito de crédito tributário, não se constituem efetivamente num custo e, portanto, não devem ser agregados ao valor dos estoques (parágrafo 6º). A alocação de custos e despesas aos itens dos estoques nem sempre é tarefa fácil. Há casos em que a ociosidade das instalações, desperdício excessivo e custos de remanejamento podem ser de tal modo inusitados a ponto de exigirem ser tratados como perdas do período, ao invés de como parte do custo do estoque. Despesas gerais e administrativas só podem constituir-se em parte do custo dos estoques se forem claramente relacionadas com a produção. Caso contrário, devem ser incluídas nas despesas do período. No tocante às despesas de venda e aos custos fixos, o IBRACON afirma: "as despesas de venda não constituem parte do custo do estoque. Deve-se também reconhecer que a exclusão dos custos fixos, diretos ou indiretos, do estoque, não constitui princípio contábil geralmente aceito". Conforme os parágrafos 12 e 13, os gastos gerais de produção compreendem todos os custos incorridos na produção que não sejam os materiais e a mão-de-obra direta, tais como depreciação e manutenção de edifícios, instalações e equipamentos e o custo da direção e administração da fábrica. Tais gastos, sejam fixos ou variáveis, são geralmente alocados aos custos de transformação, tendo como causa o pressuposto de serem incorridos para pôr os estoques em sua condição e localização atuais e, portanto, devem estar contidos no custo do produto vendido ou estocado. Ainda no parágrafo 13, o IBRACON afirma: "As despesas gerais fixas de produção são algumas vezes excluídas, no todo ou em parte, dos custos de transformação, com base em argumentos de que elas, não estando relacionadas diretamente com o volume de produção ou efetiva utilização da capacidade instalada, não são parte das atividades para trazer os estoques à sua condição e localização atuais. Neste caso essas despesas gerais são tratadas como despesas do período e, portanto, não são incluídas nos estoques.

Assim, elas são normalmente debitadas ao resultado do exercício em que foram incorridas, independentemente da venda dos produtos para cuja fabricação contribuíram. Esse procedimento faz com que nem todas as despesas sejam absorvidas pela produção e pelos estoques, contrariando os princípios de contabilidade geralmente aceitos." Perdas excepcionais de materiais, mão-de-obra ou de outras origens que, em condições normais, não seriam necessárias para trazer os estoques a sua condição e localização atuais não devem ser incluídas nos custos de transformação, segundo o parágrafo 15. Como as despesas gerais, administrativas, gastos com pesquisa e desenvolvimento e juros não são geralmente necessários para isso, igualmente são excluídos dos estoques. Fazem parte do custo do estoque também os gastos de projetos de produtos para clientes específicos, mesmo que não incorridos na área de produção. Vários métodos diferentes são usados, na prática, para atribuição de custo aos estoques e destaca como de aceitação generalizada os seguintes: custo médio ponderado, primeiro a entrar, primeiro a sair (PEPS); último a entrar, primeiro a sair (UEPS), identificação específica. Segundo Iudícibus (1999, pg. 11l) se a empresa não mantiver tal registro permanente, com a apuração mensal dos estoques, terá de apurar os estoques no final do exercício com base em contagem física, cuja quantidade serão valorizadas aos preços das compras mais recentes (PEPS). Os dois primeiros são os de aplicação mais frequente no Brasil. O custo por identificação específica é pouco utilizado devido às condições peculiares de sua aplicação e o método UEPS, por não ser aceito pelo fisco, tem uso restrito porque seria necessário outro controle de estoques, em paralelo. Conforme o parágrafo 19, sistemas tais como, o próximo a entrar, primeiro a sair ou como preço da última compra, não se enquadram entre os princípios de contabilidade geralmente aceitos, pois fundamentam-se em preços de reposição que

geralmente levam a uma superavaliação dos estoques pela diferença entre seus preços efetivos de aquisição ou fabricação e os correntes. Segundo o parágrafo 20, o objetivo principal ao selecionar um método deve ser o de escolher aquele que, de acordo com as circunstâncias, se relacione mais adequadamente com a receita do período. O custo vinculado à receita de uma venda nem sempre pode ser identificado com o bem específico que é vendido, principalmente quando mercadorias similares são compradas em diferentes épocas e por preços diferentes. Mesmo quando lotes específicos são claramente identificados desde a época da compra até a época da venda, e os preços podem ser então estabelecidos nesta base, normalmente a identificação de mercadorias é perdida entre a data da aquisição e a da venda (parágrafo 21). Custos-padrão são também aceitáveis se reajustados em intervalos razoáveis para refletir as condições correntes, a fim de que, na data do balanço os custos-padrão aproximem-se de modo razoável dos custos computados sob um dos quatro métodos reconhecidos (parágrafo 22).Quanto às variações entre padrão e real em função de baixa produção ou ociosidade de fábrica, o IBRACON recomenda (parágrafo 23) que os custos-padrão devem ser estabelecidos com base na capacidade das instalações de produção, excluindo-se do custo dos estoques as variações por baixa produção ou ociosidade da fábrica. Recomenda, ainda, no mesmo parágrafo, que a diferença entre o novo custopadrão e o anterior seja lançada às operações (custo das mercadorias vendidas), a não ser que a revisão do custo-padrão seja feita em data próxima à do encerramento do exercício, quando a reavaliação será creditada a uma conta retificadora dos estoques e amortizada na medida e na proporção em que os estoques que lhe deram origem forem vendidos. Quanto à utilização dos métodos de custo, é ressaltado no parágrafo 24 que, embora a seleção do método de custo deva ser feita com base nas circunstâncias particulares, para que as demonstrações contábeis sejam adequadas, tais métodos

devem ser adotados de modo uniforme e devem ser devidamente identificados naquelas demonstrações. A avaliação dos estoques é diferente quando há evidência de que o valor de realização das mercadorias por sua venda durante o curso normal dos negócios será inferior ao de custo. Deve ser reconhecida uma perda no exercício corrente, reduzindo-se o valor das mercadorias ao de mercado mediante provisão em conta específica. Essa regra não se aplica aos bens de almoxarifado que se refiram a equipamentos em operação e cuja utilização não resulte em perdas significativas, mesmo que esse almoxarifado esteja classificado como estoque (parágrafo 25). A análise, custo ou mercado, deve ser feita por itens individuais ou grupos de itens similares, conforme for mais apropriado (parágrafo 28). As estimativas de valor líquido realizável devem basear-se não em flutuações temporárias de preços ou custos, mas na evidência mais confiável, disponível na época em que essas estimativas são feitas, do valor que efetivamente se espera na realização dos estoques (parágrafo 29). Aplica-se a regra custo ou mercado mesmo a itens ainda não no estoque, se existirem compromissos firmes, não canceláveis, de compra futura. As perdas daí decorrentes, se não compensáveis por compromissos de venda também firmes ou outras garantias de recuperação, devem ser reconhecidas (parágrafo 30). Quanto à apresentação nas demonstrações contábeis, o parágrafo 32 esclarece que os estoques classificam-se no Ativo Circulante, sendo detalhados no Balanço Patrimonial ou em notas explicativas de maneira apropriada ao tipo específico de atividade, indicando as importâncias mantidas em cada uma das principais categorias. No que se refere às políticas de avaliação dos estoques, o IBRACON recomenda: "33. As políticas contábeis adotadas para avaliação dos estoques, incluindo o método de custo empregado, devem ser reveladas.

Mudança na política contábil relacionada com os estoques, que tenha efeito significativo no exercício corrente, ou possa ter efeito significativo em exercícios subsequentes, deve ser consignada nas demonstrações contábeis e revelada em nota explicativa, juntamente com os seus motivos. As convenções contábeis pressupõem que, sempre que possível, o resultado das operações de um exercício seja apurado de maneira uniforme durante todo o período. Nesse contexto, sempre que houver mudança nos critérios contábeis, a modificação, mesmo se introduzida no fim do exercício, deverá ser contabilizada de forma como se o novo critério contábil já estivesse sendo praticado desde o início do exercício. Assim, é necessário que o efeito atribuível ao exercício ou exercícios anteriores ao da mudança, calculado na data do balanço de abertura, correspondente ao efeito retroativo da mudança até aquela data, seja contabilizado como ajuste de exercícios anteriores (efeito da mudança na prática contábil), diretamente na conta de lucros ou prejuízos acumulados. O custo das mercadorias vendidas deve conter, além do custo total dos estoques vendidos ou usados, o valor de quaisquer ajustes dos custos dos estoques ao valor de mercado ou valor líquido realizável. Se os estoques estiverem sujeitos a penhor ou garantias de financiamentos, tal fato deve ser revelado em notas explicativas, conforme consta do parágrafo 35. A Interpretação Técnica nº 02/91 trata do Reconhecimento dos Efeitos da Inflação nas Demonstrações Financeiras, inclusive nas Informações Trimestrais (ITR) e outros assuntos. Os parágrafos 19, 20 e 21 abordam o problema da atualização monetária dos estoques, esclarecendo que o entendimento do IBRACON é no sentido de que os estoques devem ser atualizados monetariamente, independentemente do prazo de sua formação. Estabelece ainda esta Interpretação Técnica que o critério de atualização dos estoques deve ser o mesmo utilizado para correção do ativo permanente, reforçando, ainda, a necessidade de redução ao valor de realização caso este seja inferior ao custo corrigido. Segundo a NPC 2 os estoques devem ser classificados no ativo

circulante, e devem conter detalhes no balanço patrimonial ou em notas explicativas; às demonstrações contábeis, numa maneira apropriada ao tipo específico de atividade ou negócio, de modo a indicar as importâncias mantidas em cada uma das categorias principais. De forma geral, devem ser divulgados os valores para produtos acabados, produtos em processo, matérias-primas, materiais auxiliares, importações em andamento e adiantamento a fornecedores (CRUZ, 2006). 2.3 Atributos e funções do sistema de estoque nas organizações Gerar um sistema de codificação de produtos por código de barras, além de uma codificação numérica; Calcular o estoque mínimo necessário de cada produto para cada loja; Emitir um pedido de compra automático para os fornecedores previamente cadastrados via EDI (Eletronic Data Interchange); Gerar um relatório de crítica entre NF e pedido de compra. Relatório para inventário periódico; Etiquetas; Tabela de preço; Código de barras; organização e controle dos materiais do almoxarifado por locais de armazenagem identificados através de depósitos e endereços de estoque; Substituição de documentos internos para requisições de materiais ao almoxarifado por requisições eletrônicas automatizadas; Informatização do processo de fornecimentos de materiais aos departamentos, assim como do controle de devoluções ao almoxarifado (VIANA, 2000). Informatização do setor de recepção de materiais envolvendo o cadastramento de notas fiscais de entrada, conhecimentos de frete, e outros documentos fiscais; Informatização dos processos de cotação e coleta de preços de fornecedores, permitindo análise do melhor preço, prazos de entrega e planos de pagamentos; Controle de pedidos emitidos a fornecedor que estão pendentes ou em atraso (VIANA, 2000).

Transferência de materiais entre depósitos e endereços; Controle eletrônico dos materiais não estocados no almoxarifado, ou seja, de compra esporádica que são requisitados pelos departamentos; Cadastramento de documentos de acertos de estoque, para fins de correções no inventário de estoque, liberados somente a pessoas do setor de auditoria da empresa (VIANA, 2000). Bloqueio automático de requisições que ultrapassem um determinado valor estipulado para cada departamento; Controle das autorizações de usuários, de forma a garantir que o mesmo somente manipule dados do seu departamento ou setor; Acompanhamento das movimentações de estoque efetuadas num determinado período por material, departamento, etc; Demonstração do custo de reposição dos materiais através da consulta das suas últimas compras; Acompanhamento da evolução do custo médio dos materiais do estoque; Integração automática com os aplicativos de Compras, Vendas, Fiscal, Contábil e Contas a Pagar. Desta forma o objetivo pode ser dividido em três áreas principais: Área legal: Gerar informações sobre créditos de impostos através de parametrizações específicas a serem definidas pelos usuários responsáveis. Adicionalmente deve manter registro permanente dos estoques assim como possibilitar a impressão do livro registro de inventário, obrigatório por lei (PADOVEZE, 1998). Área operacional: Fornecer informações sobre estoque mínimo necessário, pedido de compra, realização de consistência entre estes e as notas fiscais recebidas, além de controle sobre estoques de pouco giro ou com prazo de validade a expirar (PADOVEZE, 1998). Área contábil: Gerar informações sobre os lançamentos pertinentes tais como, efeitos na conta de estoques, fornecedores, custo das mercadorias vendidas, impostos a recuperar (PADOVEZE, 1998). 3. METODOLOGIA

Segundo Ribeiro (2005, p. 21), método é o caminho a ser seguido a fim de que as metas sejam atingidas. Portanto, a seleção do instrumental metodológico está diretamente relacionada com o problema a ser estudado. De acordo com Gil (2006) a metodologia é o caminho a ser percorrido para atingir o objetivo proposto. Com relação aos procedimentos técnicos a metodologia escolhida para a realização deste trabalho, foi a pesquisa bibliográfica e o estudo de caso com uma abordagem qualitativa descritiva, no qual consiste em investigações de pesquisa empírica cuja principal finalidade é o delineamento ou análise das características de fatos ou fenômenos Como instrumento de coleta de dados foi utilizado entrevista com os proprietários e funcionários como forma de obter as informações desejadas para a realização deste trabalho. O estudo de caso foi realizado numa empresa de médio porte que distribui eletro doméstico na cidade de Recife Pernambuco. 4.RESULTADO 4.1 Análise do ambiente organizacional quanto a movimentação do seu estoque A movimentação do estoque na empresa em estudo é controlada regularmente através de fichas, livros, registros magnéticos e outros, permitindo a determinação de seu saldo e, consequentemente, o custo das mercadorias vendidas, em qualquer data, por outros critérios tal como custo médio ponderado móvel. No sistema de registro periódico, os estoques são determinados no final do período ou em data específica, através de contagem física. Sua avaliação dá-se à base dos preços das últimas compras (PEPS ou FIFO) ou do valor de mercado, quando aplicável. Essa forma alternativa é também aceita para fins fiscais, todavia, para a empresa em estudo, tal fato caracteriza que a empresa não possui um sistema de contabilidade de custos integrado e coordenado, sendo obrigada, como penalidade a avaliar seus estoques de produtos em processo e acabados por critérios totalmente

arbitrários (produtos acabados: 70% do maior preço de venda do ano; produtos em processo: 80% do valor dos produtos acabados) que não só distorcem totalmente os resultados, mas também a avaliação dos estoques, não sendo, em princípio, aceitável para fins contábeis e gerando, via de regra, maior imposto de renda. 4.1. Suporte de dados de entradas e saídas na empresa Input Fornecedor Dados Cadastrais Proposta Nota Fiscal Conhecimen to de Transporte SISGECOM - 04 Gráficos Relatórios Relatórios Output De acordo com a figura 1. Ter acesso imediato às informações de estoques e de análise de preços e prazos e utilizá-las para a tomada de decisões, fundamentais para garantir a competitividade de nossas empresas nos dias de hoje; Melhorar os

processos de controle de informações de estoques e compras, através da AGILIDADE e FLEXIBILIDADE nas negociações com fornecedores e FACILIDADE na localização e identificação dos produtos. Reduzir custos das empresas, através do aumento da EFICIÊNCIA operacional, adotando critérios padronizados e da eliminação do DESVIO de produtos, Promover maior eficácia empresarial, através da disponibilidade de informações para GERENCIAMENTO e CONTROLE, agilizando o processo de tomada de decisão. 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS Como conclusão pode-se dizer que o sistema de controle de estoques, uma vez bem implementado e bem controlado, através do seu gestor, permite ampliar a fidelidade das informações de todo o processo que envolve o controle de estoques, quer seja físico ou financeiro, para todos os setores que o integrarão. Este programa visa além de tudo, coibir erros de procedimento, que consequentemente levariam a informações imprecisas. Assim, fornece aos usuários de seus vários setores informações úteis e em tempo real, permite que estes usuários tomem decisões mais corretas e adequadas e de forma tempestiva, tornando-as muitas vezes preventivas e não reativas. Em vista do exposto conclui-se, então, que a implantação do sistema de estoques foi altamente benéfica para a empresa em estudo, por permitir uma adequada integração dos diversos elementos que permitem um sistema de controle de estoques de elevada eficiência. REFERÊNCIAS BETTS, A. et. al. Gerenciamento de Operações e de Processos: Princípios e Práticas de Impacto Estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2008, 552 p.

BRASIL Lei nº 8.541, de 23.12.92 Altera a legislação do Imposto de Renda e dá outras providências. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8541.htm CHAMBERS, S; JOHNSTON, R; SLACK, N. Administração da Produção. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2002, 747 p. CRUZ, M. C.; OLIVEIRA, R. B.; SANTOS, M. P. Gestão de estoque. 2006, 71 p. Monografia. (Graduação em Administração). Faculdades Salesianas de Lins, Lins. IBRACON (Instituto dos Auditores Independentes do Brasil) Estoque http://cosif.com.br/publica.asp?arquivo=ibracon-indice IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARTINS, Eliseu; GELBCKE, Ernesto Rubens. Manual de contabilidade das sociedades por ações. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994. MOSCOVE, Stephen; SIMKIN, Mark; BAGRANOFF, Nancy. Sistemas de informações contábeis. São Paulo: Atlas, 2002. PADOVEZE, Clóvis Luís. Sistemas de informações contábeis: Fundamentos e análises. São Paulo: Atlas, 1998. PÁEZ URDANETA, I. Gestión de la inteligencia social. Venezuela, 1994. Postgrado (Estudios de la Información) - Universidad Simón Bolivar. PARECER NORMATIVO CST nº 2 de 23/01/1979 Na aquisição de bens do ativo permanente somente podem ser deduzidos como despesas operacionais os impostos de que a pessoa jurídica seja contribuinte segundo definição do art. 121, parágrafo único, inciso I, do CTN. http://www.normasbrasil.com.br/norma/parecer-normativo-2-1979_92623.html POZO, H. Administração de recursos materiais e patrimoniais: Uma Abordagem Logística. 4º Ed. São Paulo: Atlas, 2007, 210p. TOFOLI, I; Administração Financeira Empresarial: Uma tratativa prática. Lins, Arte Brasil, 2008, 191 p. VENDRAME, F. C. Administração de Recursos Materiais. Arte Brasil, 2008. VIANA, João José. Administração de materiais: Um enfoque prático. São Paulo: Atlas, 2000.