Prazosina.

Documentos relacionados
Archives of Veterinary Science ISSN

Hidroclorotiazida. Diurético - tiazídico.

Obesidade. Estratégias de combate e prevenção.

FÁRMACOS ANTI-HIPERTENSIVOS

DISTÚRBIO URINÁRIO DO TRATO INFERIOR DE FELINOS: CARAC- TERIZAÇÃO DE PREVALÊNCIA E ESTUDO DE CASO-CONTROLE EM FELINOS NO PERÍODO DE 1994 A 2004

HIPERADRENOCORTICISMO CANINO ADRENAL- DEPENDENTE ASSOCIADO A DIABETES MELLITUS EM CÃO - RELATO DE CASO

DOENÇA RENAL CRÔNICA:

Faculdade Maurício de Nassau. Disciplina: Farmacologia

Anais do 38º CBA, p.0882

2017 DIRETRIZ PARA PREVENÇÃO, DETECÇÃO, AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL EM ADULTOS

Programa Analítico de Disciplina VET375 Clínica Médica de Cães e Gatos

PIMOBENDAN INODILATADOR.

Programa Analítico de Disciplina VET362 Laboratório Clínico Veterinário

Medicações do Sistema Cardiovascular. Disciplina Farmacologia Profª Janaína Santos Valente

O INÍCIO DA DOENÇA RENAL NÃO MOSTRA SINAIS CLAROS, MAS A SUA ATITUDE FAZ TODA A DIFERENÇA

HISTOPATOLOGIA E MORFOMETRIA DA BEXIGA DE GATOS COM DOENÇA IDIOPÁTICA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR (DITUI)

VASODILATADORES PERGUNTAS. 1. Para que usar? 1. Para que usar? 2. Quais opções? 3. Cuidados? facilita o esvaziamento do coração. (diminui a pré carga)

ESTADIAMENTO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA EM CÃES E GATOS NA ROTINA CLÍNICA DE UM HOSPITAL VETERINÁRIO. Aline Makiejczuk, médico veterinário autônomo

APROVADO EM INFARMED

Efeitos retinotóxicos, incluindo cegueira, podem ocorrer em gatos quando a dose recomendada é excedida.

SEGUIMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DE PACIENTES IDOSOS HIPERTENSOS COM CAPACIDADE COGNITIVA

PERFIL FARMACOTERAPÊUTICO ENTRE IDOSOS DE UM GRUPO DE VIVÊNCIA

Avaliação/Fluxo Inicial Doença Cardiovascular e Diabetes na Atenção Básica

Pasta para gatos com enrofloxacino

j/d TM Canine auxilia em casos de osteoartrite 8

IDENTIFICAÇÃO DOS PRINCIPAIS CÁLCULOS URINÁRIOS EM EQUINOS

IMIPRAMINA HCL. Antidepressivo Tricíclico

DROGAS VASODILATADORAS E VASOATIVAS. Profª EnfªLuzia Bonfim.

Manejo clínico da ascite

HIPERTENSÃO ARTERIAL PULMONAR

TAMSULON. cloridrato de tansulosina. Cápsulas. 0,4 mg

A FACETA PSICOLÓGICA DA CISTITE INTERSTICIAL DOS GATOS DOMÉSTICOS

Atualidades no Tratamento Medicamentoso da Bexiga Hiperativa. Márcio Augusto Averbeck, MD, M.Sc.

Alterações na Farmacocinética e Farmacodinâmica do Idoso

Tilosina Tartato. Antimicrobiano.

Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp

DOENÇA IDIOPÁTICA DO TRATO URINÁRIO INFERIOR DOS FELINOS

Nos últimos quinze anos, houve um crescente aumento nas

COMORBIDADES MAIS COMUNS EM CÃES GERIÁTRICOS ACOMETIDOS POR DIFERENTES NEOPLASIAS

TRATAMENTO DA DOR PÓS OPERATÓRIA. Vernot Garcia Matabula MD. Interno 3º ano Data 08/11/2017

ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

6/1/2014. Farmacologia- definições FARMACOLOGIA DAS DROGAS VASOATIVAS E VASODILATADORAS DROGAS VASOATIVAS DROGAS VASOATIVAS. DC = Vol.

Doença do trato urinário inferior em gatos...

FEXODANE Cloridrato de fexofenadina

XIV Congresso Paulista de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais - CONPAVEPA - São Paulo-SP

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

INFECÇÃO URINÁRIA EM ADULTO

Pressão Arterial. Pré-carga. Pós-carga. Volume Sistólico. Resistência Vascular Sistêmica

PRESS PLUS. Biolab Sanus Farmacêutica Ltda. Cápsula gelatinosa dura. anlodipino besilato + cloridrato de benazepril

Aspectos clínicos das principais doenças do trato urinário inferior dos felinos. Alexandre G. T. Daniel, MV, Msc.

1. NOME DO MEDICAMENTO VETERINÁRIO. Baytril Palatável 250 mg comprimidos para cães. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA. Cada comprimido contém:

PHARMA SUMMIT BRAZIL 2010

Comumente empregadas nos pacientes graves, as drogas vasoativas são de uso corriqueiro nas unidades de terapia intensiva e o conhecimento exato da

BULA. Minipress SR (cloridrato de prazosina) Minipress SR cápsulas de liberação lenta 1 mg, 2 mg e 4 mg em embalagens contendo 15 cápsulas.

Consensus Statement on Management of Steroid Sensitive Nephrotic Syndrome

mesilato de doxazosina

Programa Analítico de Disciplina VET120 Fundamentos de Farmacologia

Universidade Federal do Paraná. Treinamento em Serviço em Medicina Veterinária. Laboratório de Patologia Clínica Veterinária

PROTOCOLO MÉDICO CÓLICA NEFRÉTICA. Área: Médica Versão: 1ª

Status Epilepticus. Neurologia - FEPAR. Neurofepar Dr. Carlos Caron

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO 1. NOME DO MEDICAMENTO VETERINÁRIO. VETPRIL 5 mg Comprimido revestido por película para cães e gatos

CLORIDRATO DE TANSULOSINA. Geolab Indústria Farmacêutica S/A Cápsula 0,4mg

MESIDOX mesilato de doxazosina Merck S/A Comprimidos 2 & 4 mg

Patologia Clínica e Cirúrgica

Propranolol HCl Material Técnico

1. INTRODUÇÃO. 2. OBJETIVO Os objetivos desse protocolo são:

ANEXO I RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

Programa Analítico de Disciplina VET112 Fisiologia Veterinária

CLÍNICA MÉDICA HIPERTENSÃO ARTERIAL PATRICIA DUPIM UNIVERSO

Glomerulonefrite Membranosa Idiopática: um estudo de caso

Evaluation of the use of whole blood bags or blood components in dogs in veterinary clinics in Ribeirão Preto and region.

Aula 9: Hipertensão arterial sistêmica (HAS)

Bromocriptina mesilato

Tansulosina Baldacci 0,4 mg Cápsulas de libertação prolongada Tansulosina

PROEX PENTOXIFILINA PROEX PENTOXIFILINA

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

HIPERTENSÃO ESCOLHA O CAMINHO MAIS FÁCIL AMLODIPINA ADAPTADA AOS GATOS 1 COMPRIMIDOS PALATÁVEIS, FÁCEIS DE ADMINISTRAR PROTOCOLO TERAPÊUTICO SIMPLES

Status Epilepticus. Neurologia - FEPAR. Neurofepar Dr. Roberto Caron

Programa Analítico de Disciplina VET171 Semiologia Veterinária

Xatral OD 10 mg cloridrato de alfuzosina

Tratamento farmacológico do DM tipo 2: INIBIDORES DE SGLT-2

RESUMO DAS CARATERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

IPV.ESA Volume de Trabalho Total (horas): 132 Total Horas de Contacto: 60 T TP P PL Competências

CAPILARIOSE EM GATOS

TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO DE DIFÍCIL CONTROLE

OVO UM ALIMENTO FUNCIONAL. Gabriel de Carvalho

Curso: Disciplina: Língua Portuguesa

UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA GUILHERME BOHM MILANI

Administração uma vez ao dia

Toxicologia 2001/2002 Aulas práticas

Bufedil. cloridrato de buflomedil APRESENTAÇÕES

MEDICAMENTOS QUE ATUAM NO SISTEMA CIRCULATÓRIO

SEMINÁRIOS DE FARMACOLOGIA I BMF- 310

Tempo de meia vida tramadol

Transcrição:

Prazosina

Índice 1. Definição 2. Mecanismos de ação 3. Indicação 4. Contraindicação 5. Sugestão de fórmula 5.1 Hipertensão Arterial Sistêmica 5.2 Doença Trato Urinário Inferior Felinos 5.3 Hiperplasia prostática benigna 6. Formas 7. Tratamento 7.1 Restabelecer e otimizar função cardiocirculatória 7.2 Restabelecer e otimizar função renal 8. Referências bibliograficas

1. Definição É um fármaco indicado para o controle da hipertensão arterial sistêmica (HAS), doença do trato urinário inferior dos felinos (DTUIF) e hiperplasia prostática benigna (HPB). 2. Mecanismo de ação O cloridrato de prazosina reduz a resistência vascular periférica total ao bloquear os receptores alfa 1 - adrenérgicos pós-sinápticos. O que causa a vasodilatação periférica é resultado do efeito balanceado tanto sobre os vasos de resistência (arteríolas) como sobre os vasos de capacitância (veias). Ao contrário dos agentes alfa - bloqueadores adrenérgicos não seletivos, a ação anti-hipertensiva do cloridrato de prazosina não é acompanhada usualmente por taquicardia reflexa. Após a administração oral, as concentrações plasmáticas alcançam pico em 3-4h com meia vida de 12h. Sua excreção ocorre pela bile e fezes (metabolização hepática).

3. Indicações Indicada no tratamento de todos os graus de hipertensão essencial (primária) e em hipotensão secundária de variada etiologia; Utilizada como coadjuvante no tratamento sintomático da obstrução urinária, nos casos de DTUIF (Cistite Idiopática Felina); Hiperplasia prostatíca benigna; Com o tratamento a longo prazo, os alfa1 bloqueadores desenvolvem taquifilaxia necessitando a adição de outros anti-hipertensivos, especialmente 4. Contraindicação Em animais com histórico de sensibilidade aos bloqueadores alfa 1 adrenérgicos; 5. 5.1 Sugestão de fórmula Hipertensão Arterial Sistêmica Cães: 0,05-0,2 mg/kg VO 8-12h Gatos: 0,5 mg / gato VO 12h

5.2 Doença Trato Urinário Inferior Felinos Gatos: 0,25-0,5 mg / gato VO 12h 5.3 Hiperplasia prostática benigna Cães: 0,05 0,2 mg/ kg VO 8 12h Recomenda-se iniciar o tratamento com a menor dose Indicada como monoterapia ou associada com um diurético (furosemida); Pode ser associada a outras drogas anti-hipertensivas como por exemplo Enalapril, Benazepril, Anlodipina, Hidralazina, Sildenafil, Propanolol, Atenolol. Desde que tenha acompanhamento clinico, mensuração de pressão e caso necessário a associação, iniciar o tratamento com a menor dose de ambos os 6. Formas Cápsula, biscoito, suspensão e pasta oral (não existe restrição técnica para utilizar as diversas formas farmacêuticas palatáveis)

7. Tratamento SUGESTÃO DE NUTRACÊUTICOS PACIENTE CARDIOPAT 7.1 Restabelecer e otimizar função cardiocirculatória COENZIMA Q10 10 mg/kg D RIBOSE 30 mg/kg L CARNITINA 10 mg/kg MAGNÉSIO 2 mg/kg VITAMINA D3 100 UI/kg VITAMINA K2 2 mcg/kg FOSFOLIPIDEO DE CAVIAR 3 mg/kg TAURINA 10 mg/kg Posologia: Uma dose a cada 24 horas, ou a critério do Médico Veterinário Formas Farmacêuticas: Biscoito, Cápsula ou pasta oral (cães e gatos). 7.2 Restabelecer e otimizar função renal COMPLEXO E 7 UI/kg SÊLENIO 3 mcg/kg BETACAROTENO 100 UI/kg ZINCO 300 mcg/kg VITAMINA D3 100 UI/kg ÔMEGA 3 3 mg/kg VITAMINA K2 2 mcg/kg TAURINA 10 mg/kg

Posologia: Uma dose a cada 24 horas, ou a critério do Médico Veterinário Formas Farmacêuticas: Biscoito, Cápsula ou pasta oral (cães e gatos). 8. Referências bibliograficas 1. Achar E, Achar RA, Paiva TB, Campos AH, Schor N. Amitriptyline eliminates calculi through urinary tract smooth muscle relaxation. Kidney International. 2003. 64:1356 1364. 2. Albasan H, Osbore CA, Lulich JP, Koehler L, Carpenter K, Ulrich L, Swanson L, Pederson L, Buettner M. Urolith recurrence in cats. Journal of Veterinary Internal Medicine. 2006. 20. 3. Allen TA, Kruger JM. Enfermedad felina de la vias urinarias bajas (FLUTD) in Hand M Thatcher C, Remillard R, Roudebush P. Nutricion Clínica en Pequeños Animales. Mark Morris Institute. USA. 2000. 811-850. 4. Balbinot PZ, Viana JA, Bevilaqua PD, Silva PS. Distúrbio Urinário do Trato Inferior de Felinos: Caracterização de Prevalência e Estudo de Casos-Controle em Felinos no Período de 1994-2004. Revista Ceres. 2006. 53(310):549-558. 5. Barsanti J, Lees G, Willard M, Green R. Urinary Disorders in Willard M, Tvedten A, Turnwald S. Small Animal Clinical Diagnosis by Lboratory Methods. 3th Ed. W.B. Saunders Company. USA. 1999. 109-137. 6. Barsanti J, Marks A, Reece L, Greene C, Finco D. Relationship of lower urinary tract signs to seropositivity for feline immunodeficiency virus in cats. Journal of Veterinary Internal Medicine. 1996. 10 (1): 34-38. 7. Bartges JW. Revisiting Bacterial Urinary Tract Infection in Consultations in Feline Internal Medicine Vol.5. Elsevier Saunders. USA. 2006. 441-446. 8. Bartges JW, Kirk CA. Interpreting and Managing Crystalluria in Bonagura JD, Twedt DC. Kirk s Current Veterinary Therapy XIV. Saunders Elsevier. USA.

9. Buffington CA. Comorbidity of intersticial cystitis with other unexplained conditions. Journal of Urology. 2004. 172:1242-1248. 10. Buffington CA, Westropp JL, Chew DJ, Bolus RR. Clinical evaluation of multimodal modification (MEMO) in the management with idiopathic cystitis. Journal of Feline Medicine and Surgery. 2006 Feb. 8(4):261-268. 11. Buffington CA, Westropp JL, Chew DJ, Bolus RR. Risk factors associated with clinical signs of lower urinary tract disease in indoor-housed cats. Journal of the American Veterinary Medical Association. 2006 Mar. 228(5):722-5. 12. Cameron, ME, Casey RA, Bradshaw, JS, Warent NK, Gunn-Moore DA. A study of environmental and behavioral factors that may be associated with feline idiopathic cystitis. Journal of Small Animal Practice. 2004. 45;144-147. 13. Cannon AB, Westropp JL, Ruby AL, Kass PH. Evaluation of trends in urolith composition in cats: 5,230 cases (1985-2004). Journal of American Veterinary Medicine Association. 2007 Aug. 231(4):570-6. 14. Drobatz KJ. Urethral Obstruction in Bonagura JD, Twedt DC. Kirk s Current Veterinary Therapy XIV. Saunders Elsevier. USA. 2009. 951-954.