VISION ESCRITÓRIOS FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO

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Transcrição:

VISION ESCRITÓRIOS FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO RELATÓRIO E CONTAS 2005

Senhores Subscritores, É com todo o gosto que apresentamos as contas do VISION ESCRITÓRIOS FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO FECHADO, relativas ao ano de 2005, para vossa apreciação. As contas foram auditadas pela Deloitte & Associados, SROC S.A. 1 INTRODUÇÃO O ano de 2005 foi, como previsto, um ano de consolidação para este fundo. Durante o ano procedeu-se à venda de um imóvel, o Edifício Entrecampos, 28, bem como à realização de um Contrato de Promessa de Compra e Venda para a compra de um novo imóvel para este fundo, sito na Rua Castilho 165. Tal como previsto a actividade do fundo durante o ano de 2005 foi enfocada na administração da carteira existente, num ano em que a evolução do mercado de escritórios de Lisboa reflecte também o actual estado da economia portuguesa, não se tendo verificado a entrada de novas empresas no mercado e sendo raros os casos de excepção. Uma importante parcela da procura de escritórios resulta de políticas de reestruturação e de contenção de custos, bem como de processos de relocalização para espaços com maior qualidade e em zonas de maior prestígio. No dia 15 de Dezembro de 2005 foram distribuídos rendimentos aos participantes, tendo-se pago: uros 0,2066337901600 rendimentos e por Unidade de Participação - correspondentes a uros 0,0641897653146 por Unidade de Participação - correspondentes a IRC retido, que foi distribuído somente às instituições isentas de IRC (que compõe uma razoável percentagem dos participantes no Fundo). Em 31 de Dezembro de 2005 o total de activos do FUNDO era de uros 185.632.219 dos quais uros 139.351.050 em aplicações imobiliárias e o restante em contas a pagar e a receber. Nesta data, o Valor Líquido Global do Fundo era de uros 161.684.506. 2

2 - ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO A economia portuguesa caracterizou-se, no ano de 2005, por um menor crescimento relativamente à média da União Europeia. Esta desaceleração tem sido determinada por um crescimento reduzido da produtividade, pelos desequilíbrios que se acumularam na economia portuguesa e pela consequente perda de competitividade da produção nacional nos mercados interno e externo. A taxa de inflação manteve ao longo de 2005 uma razoável estabilidade, substancialmente suportada por uma inflação também estável na União Europeia. As actuais previsões apontam para uma progressão da taxa de inflação, especialmente no início de 2006, derivada sobretudo do crescimento dos preços dos bens energéticos na segunda metade de 2005. Outro factor que faz aumentar a taxa de inflação do 1º semestre de 2006 é o aumento dos impostos indirectos (em particular o aumento da taxa normal de IVA de 19% para 21% em Julho de 2005), cujo impacto apenas se dissipará na segunda metade de 2006. O Banco Central Europeu subiu em Dezembro de 2005 as taxas directoras, o que fez com que o Euro recuperasse das quedas das semanas anteriores, beneficiando a Europa de uma expectativa de uma fase de maior crescimento económico. Em termos gerais, o ano de 2005 foi marcado por uma continuação do ambiente depressivo, que se traduziu numa continuação da volatilidade dos mercados bolsistas, o que pôs em relevo a oportunidade dos investimentos imobiliários como classe alternativa de activos de rendimento. A actual projecção para a economia portuguesa aponta para uma recuperação bastante moderada da actividade económica ao longo de 2006, confirmando a manutenção da divergência real face à área do Euro que se observa desde 2002. 3

3 PATRIMÓNIO IMOBILIÁRIO Durante o ano de 2005 o Fundo procedeu à venda do Edifício Entrecampos, 28, tendo também efectuado um CPCV referente à futura aquisição (prevista para o início de 2006) de um imóvel sito na Rua Castilho, 165. O Fundo continua, assim, a apostar na boa localização e qualidade dos seus imóveis. Esta alienação resultou numa mais valia de cerca de 700.000 uros, se comparada com o valor contabilístico do imóvel na data de alienação, que se traduziu numa valorização extraordinária de 0,5% na Unidade de Participação. O reinvestimento do produto da venda deste imóvel está assegurado pela aquisição do imóvel sito na Rua castilho, 165 e por outros negócios em fase final de concretização. Foi privilegiada a gestão atenta e preventiva quer dos imóveis quer das relações com inquilinos. O fundo era no final de 2005, composto por 11 imóveis, 6 desses encontrando-se totalmente arrendados e os outros 5, também, substancialmente arrendados. O edifício sito no Alto das Amoreiras, também adquirido no final de 2002, embora seja composto por diversas fracções de menor dimensão (único imóvel com este tipo de características existente no Fundo) encontrava-se 75% arrendado na data da aquisição. Em 31 de Dezembro de 2005 a maioria do edifício encontra-se arrendada a empresas de boa credibilidade. O ano de 2005 revelou-se um ano bastante favorável para o arrendamento do Edifício Almirante Reis, visto que durante este ano se renovou o contrato de arrendamento celebrado com o inquilino Câmara Municipal de Lisboa, facto este que contribuiu fortemente para o incremento das rendas recebidas neste imóvel. Em 31 de Dezembro de 2005 este imóvel encontrava-se em cerca de 75% arrendado. 4

4 PERSPECTIVAS PARA O ANO 2006 Perspectiva-se para o novo ano, o reinicio do crescimento, ainda que moderado da economia, derivado também da recuperação do Euro, devido à subida das taxas de juro, o que impulsionou os mercados, o que faz com que a Europa entre numa fase de maior crescimento económico. Assim, é de prever para o ano de 2006 uma evolução ligeiramente mais positiva do mercado imobiliário. No entanto no que se refere ao mercado de escritórios, a oferta existente e potencial recomendam a manutenção de uma estratégia centrada na prudência. O ano de será um ano de continuada actividade para o Fundo Vision Escritórios, com boas perspectivas relativamente ao arrendamento do novo imóvel. Lisboa, 12 de Janeiro de 2006 5