São Paulo, 6 de agosto de 2010. Lucro líquido da AES Brasil fecha em R$ 681 milhões no segundo trimestre do ano Os investimentos da empresa totalizaram R$ 201 milhões entre abril e junho A AES Brasil encerrou o segundo trimestre deste ano com lucro líquido 43,8% superior ao registrado no mesmo período de 2009, com um total de R$ 681 milhões. Os investimentos realizados pela empresa foram 22,4% maiores que o registrado no segundo trimestre do ano passado, atingindo o montante de R$ 201 milhões. Com receita operacional líquida de R$ 3,1 bilhões, 13,4% maior do que a do segundo trimestre de 2009, o Grupo registrou também um aumento de 52,2% no Ebitda (resultado antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) totalizando R$ 1,2 bilhão A AES Brasil é formada pelas empresas AES Eletropaulo, AES Tietê, AES Uruguaiana, AES Eletropaulo Telecom, AES Com Rio, AES Infoenergy, AES Sul, além das holdings AES Elpa e Brasiliana. AES Eletropaulo fecha 2º trimestre com lucro líquido de R$ 466 milhões A AES Eletropaulo fechou o segundo trimestre de 2010 com receita líquida de R$ 2,2 bilhões, 16,6% a mais se comparado ao mesmo período do ano passado. O lucro líquido da distribuidora foi de R$ 466 milhões, 200,6% maior que o apurado entre abril e junho de 2009. A concessionária registrou aumento no consumo total de 6,8% no período (10.904 GWh), impulsionado pelo crescimento de venda de energia em todos os segmentos em que atua. No mercado cativo, onde está a maior parte dos seus consumidores, a alta foi de 4,7%. Além do bom desempenho do consumo e da economia, os resultados da companhia refletem também os efeitos do reajuste das tarifas a partir de julho de 2009 e de dois itens não recorrentes: venda da AES Eletropaulo Telecom e fim do recurso do Banco Santos.
Com relação à venda da AES Eletropaulo Telecom, foi aprovada, em 2 de junho de 2010, a liquidação financeira e o termo de quitação referentes à aquisição pela Brasiliana das quotas da empresa pertencentes à AES Eletropaulo, gerando um impacto de R$ 175,1 milhões no lucro líquido da distribuidora apurado no trimestre. Essa operação atende às disposições da Lei nº 10.848/04 e às exigências da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), que vedam as distribuidoras de energia elétrica deterem participação em empresas cujo objeto social seja diferente do contrato de concessão de energia elétrica. Sobre o acordo no processo com o Banco Santos, referente a operações de swap contratadas antes do decreto de falência do Banco, a distribuidora reverteu o montante do saldo a pagar remanescente no balanço da Companhia. Isso ocorreu após desistência, por parte do falido, do recurso especial no processo judicial, o que propiciou um efeito positivo no lucro líquido de R$ 70,1 milhões no trimestre.
Consumo O segundo trimestre de 2010 mostrou uma aceleração do crescimento da economia doméstica, favorecendo o setor de energia. O mercado total da AES Eletropaulo considerando cativos e livres somou 10.904 GWh, 6,8% maior que o apurado no mesmo período do ano passado. Os clientes cativos consumiram 8.894 GWh, alta de 4,7%, explicada, principalmente, pelo maior consumo da classe industrial 5,2% superior a igual período de 2009. Para esses clientes foram distribuídos 1.541 GWh. Essa elevação demonstra claramente uma recuperação da atividade econômica, principalmente, porque o segmento industrial foi um dos mais afetados pela crise mundial, destaca Britaldo Soares, presidente da AES Brasil. A classe comercial apresentou elevação de 4,8% e a residencial, de 4,7%. Para os clientes livres foram entregues 2.010 GWh, crescimento de 16,9% em relação ao 2T09 - o que também demonstra a recuperação da economia. Investimentos No segundo trimestre de 2010 a AES Eletropaulo investiu R$ 131 milhões - valor 17,2% superior ao mesmo período de 2009. Os projetos contemplados por estes recursos foram, principalmente, os de manutenção e expansão do sistema e serviços ao consumidor. Entre as ações voltadas para a manutenção do sistema estão iniciativas preventivas e corretivas para as quais foram direcionados R$ 26 milhões, englobando 933 km de redes de distribuição. Foram realizados ainda projetos de automação do sistema elétrico e modernização da subtransmissão e subterrâneo. Neste período, a concessionária destinou R$ 35 milhões em serviços para o consumidor, voltados para a adição de 48,5 mil clientes à rede. Outros R$ 36 milhões foram alocados em obras de expansão, como a da Linha de Transmissão Subterrânea (LTS) Anhanguera Casa Verde e a Linha de Distribuição Subterrânea (LDS) Parque Ibirapuera, o que corresponde ao atendimento de 1,2 milhão de habitantes. A concessionária planeja investir, até o fim do ano, um total de R$ 691 milhões em sua rede de distribuição, sendo que R$ 637 milhões serão financiados com recursos próprios.
Lucro líquido da AES Tietê atinge R$ 172,4 milhões A AES Tietê encerrou o segundo trimestre de 2010 com lucro líquido de R$ 172 milhões e receita líquida de R$ 403 milhões, o que representa, respectivamente, recuo de 13,5% e 2,9% em comparação ao mesmo período de 2009. As variações registradas no período refletem a antecipação para o 1º trimestre de 2010 de parte do volume de energia a ser vendido para a AES Eletropaulo. No acumulado do semestre, a empresa contabilizou um lucro líquido de R$ 411 milhões, praticamente o mesmo registrado nos seis primeiros meses de 2009, e uma receita líquida de R$ 862 milhões, valor 3,7% maior que o primeiro semestre de 2009. A geração de energia da AES Tietê no segundo trimestre de 2010 foi 33,3% superior à garantia física, totalizando 3.582 GWh, volume 3,8% maior que o registrado entre abril e junho de 2009.
A AES Eletropaulo optou pela desistência da ação que movia na justiça desde 2005 sobre o Termo de Aditamento ao contrato bilateral de compra de energia gerada pela AES Tietê, que prorrogava sua vigência até 2028. A opção pela desistência da ação tem como objetivo garantir que a Companhia não seja exposta ao risco de não cumprimento da legislação e regulamentação vigentes. A AES Tietê optou, por sua vez, não entrar com uma ação autônoma com o intuito de fazer valer o aditamento ao contrato. A empresa trabalha na elaboração de uma nova estratégia comercial para definir as melhores alternativas para a recontratação da sua garantia física para entrega a partir de 2016. Desempenho das ações As ações da AES Tietê tiveram desempenho positivo no segundo trimestre de 2010. As ações ordinárias registraram alta de 2,1% e as preferenciais, elevação de 7,5%. O Ibovespa (Índice da Bolsa de Valores de São Paulo) apresentou resultado negativo de 13,4% no período e o IEE (Índice de Energia Elétrica), baixa de 0,6%. Investimentos Os investimentos no 2T10 somaram R$ 16 milhões, montante 73,5% superior ao realizado no 2T09. Esses recursos foram destinados para manutenção e modernização de usinas, num total de R$ 15 milhões. O valor engloba ainda a construção das PCHs Jaguari-Mirim, para a qual foram direcionados R$ 1 milhão, e projetos de meio ambiente, que receberam R$ 200 mil. Resultados das demais empresas do grupo * comparações entre o 2T10 e o 2T09 AES Sul Lucro Líquido: R$ 18 milhões alta de 294,2% Receita Líquida: R$ 378 milhões alta de 7,1% Ebitda: R$ 53 milhões alta de 0,7% Investimentos: R$ 39 milhões alta de 37,5%
AES Telecoms (AES Eletropaulo Telecom e AES Com Rio) Lucro Líquido: R$ 17 milhões queda de 2,4% Receita Líquida: R$ 52 milhões alta de 2,6% Ebitda: R$ 33 milhões alta de 1,8% Investimentos: R$ 16 milhões alta de 3,4% AES Infoenergy Lucro líquido: R$ 1 milhão queda de 334,0% Receita Líquida: R$ 23 milhões alta de 77,8% Ebitda: R$ 1 milhão alta de 200,5% AES Uruguaiana Lucro Líquido: R$ 61 milhões queda de 60,6% Receita Líquida negativa: R$ 173 mil, ante Receita Líquida negativa de R$ 24 milhões Ebitda: R$ 58 milhões alta de 136,3%