GESTÃO EM SISTEMAS E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO EM HOSPITAIS DE BOA VISTA-RR



Documentos relacionados
SISTEMA DE GESTÃO DE PESSOAS SEBRAE/TO UNIDADE: GESTÃO ESTRATÉGICA PROCESSO: TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Introdução a Computação

TI Aplicada. Aula 02 Áreas e Profissionais de TI. Prof. MSc. Edilberto Silva prof.edilberto.silva@gmail.com

Avaliação dos Resultados do Planejamento de TI anterior

Os desafios para a inovação no Brasil. Maximiliano Selistre Carlomagno

Projeto Você pede, eu registro.

GRADUAÇÃO E PÓS-GRADUAÇÃO APRESENTAÇÃO E GRADE CURRICULAR DOS CURSOS

Pesquisa realizada com os participantes do 12º Seminário Nacional de Gestão de Projetos. Apresentação

Gerenciamento de Incidentes

Planejamento Estratégico de Tecnologia da Informação PETI

COMPUTADORES NAS EMPRESAS Cloud Computing Prof. Reginaldo Brito

PMI-SP PMI-SC PMI-RS PMI PMI-PR PMI-PE

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11

Perfil. Nossa estratégia de crescimento reside na excelência operacional, na inovação, no desenvolvimento do produto e no foco no cliente.

Executive Business Process Management

ASSUNTO DA APOSTILA: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

Pesquisa realizada com os participantes do 16º Seminário Nacional de Gestão de Projetos APRESENTAÇÃO

Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 de Junho de ISSN: RELATÓRIO:

Gestão da Inovação no Contexto Brasileiro. Hugo Tadeu e Hérica Righi 2014

RESOLUÇÃO Nº 080/2014, DE 25 DE JUNHO DE 2014 CONSELHO UNIVERSITÁRIO UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALFENAS UNIFAL-MG

Soluções em Documentação

Publicado nos Anais do VI Workshop GESITI e Evento Acoplado II GESITI/Saúde. 17/18 Juno de ISSN: Relatório:

EDITAL PROGRAMA DE EMPREENDEDORISMO JOVEM DA UFPE

BPM Uma abordagem prática para o sucesso em Gestão de Processos

Material de Apoio. Sistema de Informação Gerencial (SIG)

Apresentação. I n o v a ç ã o e T e c n o l o g i a a o s e u a l c a n c e.

Tabela 32 Empresas de Serviços que Utilizaram Instrumentos Gerenciais, segundo Tipos de Instrumentos Estado de São Paulo 2001

GESTÃO EM SISTEMAS E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO EM HOSPITAIS DE MARINGÁ-PR

TI em Números Como identificar e mostrar o real valor da TI

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

FEATI - Faculdade de Educação, Administração e Tecnologia de Ibaiti Mantida pela União das Instituições Educacionais do Estado de São Paulo UNIESP

COMPETÊNCIA, CONSCIENTIZAÇÃO E TREINAMENTO

08/03/2009. Como mostra a pirâmide da gestão no slide seguinte... Profª. Kelly Hannel. Fonte: adaptado de Laudon, 2002

A EVOLUÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE TI PARA ATENDER AS NECESSIDADES EMPRESARIAIS

Oficina de Gestão de Portifólio

OS DESAFIOS DO RH BRASILEIRO EM Pantone 294 U

PROPOSTA DE PROJETO DE PESQUISA APLICADA PARA AUXÍLIO FINANCEIRO A CURSOS PROJETO DE TELEFONIA IP

CURSO DE GRADUAÇÃO PRESENCIAL SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

POLÍTICAS DE GESTÃO PROCESSO DE SUSTENTABILIDADE

Pessoas e Negócios em Evolução

Maximize o desempenho das suas instalações. Gerenciamento Integrado de Facilities - Brasil

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD VAGA

Buscamos sempre a solução mais eficaz, de acordo com o avanço tecnológico dos sistemas de Telecomunicações e Tecnologia da Informação.

Módulo 8 Gerenciamento de Nível de Serviço

PORFOLIO DE SERVIÇOS.

Administração de CPD Chief Information Office

MUDANÇAS NA ISO 9001: A VERSÃO 2015

Gerenciamento de Níveis de Serviço

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

Programação com acesso a BD. Prof.: Clayton Maciel Costa clayton.maciel@ifrn.edu.br

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DO PARÁ MPCM CONCURSO PÚBLICO N.º 01/2015

Identificação do Órgão/Unidade:Tribunal Superior Eleitoral/STI/COINF/SEPD Service Desk

PMI-SP PMI-SC PMI-RS PMI PMI-PR PMI-PE

Corporativo. Transformar dados em informações claras e objetivas que. Star Soft.

RESPOSTA AO QUESTIONAMENTO FORMULADO POR EMPRESA INTERESSADA NO CERTAME.

E FOLDER INSTITUCIONAL

Apresentação. Empresarial SOLUÇÕES EM TI

Grupo Seres Adota CA Nimsoft Service Desk para Automatizar e Gerenciar Chamados de Service Desk

Programa do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu MBA em Gestão de Projetos

A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO GERENCIAL PARA AS EMPRESAS

Manual de Elaboração do Plano Gerencial dos Programas do PPA

ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET

Ajuda da pesquisa acerca da Governança de TI da Administração Pública Federal

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Grupo Seres Adota CA Cloud Service Management para Automatizar e Gerenciar Chamados de Service Desk

Consultoria em TI End.: Telefones:

Governança de TI. ITIL v.2&3. parte 1

Para a Educação, a Ciência e a Cultura TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA CONSULTOR POR PRODUTO

Tornando acessível a tecnologia e os melhores serviços

Utilização dos processos de RH em algumas empresas da cidade de Bambuí: um estudo multi-caso

Sistemas Integrados de Gestão Empresarial

Certificação ISO/IEC SGSI - Sistema de Gestão de Segurança da Informação. A Experiência da DATAPREV

PUBLICADO EM 01/08/2015 VÁLIDO ATÉ 31/07/2020

PLANO DE ATUALIZAÇÃO E MANUTENÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Nome e contato do responsável pelo preenchimento deste formulário: Allyson Pacelli (83) e Mariana Oliveira.

FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAC GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO GESTÃO DE PESSOAS

Carta para a Preservação do Patrimônio Arquivístico Digital Preservar para garantir o acesso

Existem três categorias básicas de processos empresariais:

Informações sobre oportunidades de trabalho na INTELECTO CONTACT CENTER

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

Apresentação da Empresa

Módulo 4: Gerenciamento de Dados

CRM. Customer Relationship Management

Implantação da Governança a de TI na CGU

Sistemas de Informação I

CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO RADIAL DE SÃO PAULO SÍNTESE DO PROJETO PEDAGÓGICO DE CURSO 1

Pesquisa: Monitoramento de Mercado sobre o uso de recursos de Tecnologia da Informação em Escritórios de Contabilidade

Colaboração nas Empresas SPT SIG Aplicações Empresariais

Sistemas Empresariais. Capítulo 3: Sistemas de Negócios. Colaboração SPT SIG

Case de Sucesso. Integrando CIOs, gerando conhecimento. FERRAMENTA DE BPM TORNA CONTROLE DE FLUXO HOSPITALAR MAIS EFICAZ NO HCFMUSP

Promover um ambiente de trabalho inclusivo que ofereça igualdade de oportunidades;

Fundamentos de Sistemas de Informação Sistemas de Informação

Transcrição:

GESTÃO EM SISTEMAS E TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO EM HOSPITAIS DE BOA VISTA-RR Cleide Maria Fernandes Bezerra1; Jaci Lima da Silva 1 ; Sandra Huzek 1 ; Fábia Micheline Duarte Alves 1 ; Ednalva Castelo 1 ; Leana Gentil 1 ; Adriana Quadros 1 ; Kellen Cristine da Silva 1 ; Antonio José Balloni 2 1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR) Pro-Reitoria de Pesquisa, pós-graduação e Inovação Tecnológica (PROPESQ) 2 Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer/Campinas/SP/Brasil Email: cleide.bezerra@ifrr.edu.br; jaci.lima@ifrr.edu.br; GESITI@cti.gov.br Resumo Este relatório apresenta os resultados obtidos na aplicação do Questionário Prospectivo QP em quatro hospitais da cidade de Boa Vista-RR. As entrevistas foram conduzidas por quatro alunas do curso superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar e por duas servidoras do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR) em parceria com o Projeto GESITI/DGE-CTI - Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer. A metodologia utilizada foi a abordagem qualitativa exploratória, por meio de coleta e análise dos dados, utilizando questionário fornecido pelo Projeto GESITI. O estudo apontou que existem muitas dificuldades em relação a Tecnologia da Informação, em decorrência da burocracia administrativa nos hospitais. Existe uma precariedade de equipamentos e servidores capacitados para atender a demanda e consequentemente as necessidades expostas dificilmente são atendidas. 1

1. Introdução Esse estudo é o resultado de uma pesquisa realizada em quatro hospitais localizados na capital do estado de Roraima, com o objetivo de identificar a gestão da tecnologia da informação. A pesquisa foi realizada por meio de entrevista direta com os representantes de cada hospital objetivando mapear as necessidades e demandas, visando identificar as necessidades na organização das atividades dos profissionais e gestores em saúde. Boa Vista, capital do Estado de Roraima possui 284.313 mil habitantes (Fonte: IBGE 2010) e situa-se geograficamente no Norte do Brasil. Para colaborar com o projeto GESITI/Hospitalar, quatro alunas do curso superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar e duas servidoras do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR) em parceria com o Projeto GESITI/DGE-CTI - Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer participaram como voluntárias na aplicação do Questionário Prospectivo QP (BALLONI, 2012) em quatro hospitais da cidade. Essa pesquisa é uma parceria entre o IFRR e o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer, (CTI/MCTI-Campinas-SP), denominado Projeto GESITI/Hospitalar (Projeto GESITI/Hospitalar 2012), envolvendo dezenas de universidades brasileiras e várias internacionais. O projeto de pesquisa GESITI/Hospitalar busca mapear o conhecimento na área de gestão de sistemas (SI) e tecnologias da informação (TI) em hospitais, visando identificar suas necessidades e demandas, prospectar desdobramentos, realizar publicações e, principalmente, gerar um Relatório de Pesquisa Integrado (RPI) com foco de, também, um Report Research Roadmap (RRR) (GESITI, 2012). Segundo (GESITI, 2012) esse RPI/RRR será uma importante fonte de conhecimento que deverá ser utilizado como suporte às tomadas de decisões pelo gestor público ou privado interessados no tema. 2

2. Metodologia Esta pesquisa se caracteriza como qualitativa e exploratória. Após firmado o Termo de Cooperação voluntário entre o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR) e o Projeto GESITI/DGE do CTI/MCTI, foi realizado um breve estudo do questionário original, denominado Questionário Prospectivo - QP (BALLONI, 2012), contendo mais de 100 questões fechadas e inter-relacionadas. Numa primeira fase foram realizados contatos com gestores e diretores dos hospitais para acesso e permissão para realizar as pesquisas nos hospitais. Entre os quatro hospitais (público e privado) contatados, todos concordaram em participar. Em seguida foi conduzida a aplicação do questionário por entrevista direta aos responsáveis pelos recursos de TI dos hospitais (diretores do hospital, profissionais de informática ou gerentes administrativos relacionados com a área de informática). A pesquisa de campo para coleta de dados na cidade de Boa Vista-RR foi de responsabilidade de quatro alunas do curso superior de Tecnologia em Gestão Hospitalar e por duas servidoras do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima (IFRR) em parceria com o Projeto GESITI/DGE-CTI - Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer. Finalmente, as informações obtidas foram organizadas e analisadas e os resultados são apresentados na próxima seção conforme os seguintes grupos de perguntas do questionário: recursos humanos; gestão estratégica; pesquisa e desenvolvimento; inovação tecnológica; competitividade hospitalar e colaboração para vantagem estratégica; equipamentos de tecnologia da informação nos hospitais; comércio eletrônico; telemedicina; relacionamento com os clientes; prototipagem rápida na saúde; gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. 3

3. Resultados Obtidos e Análise Os hospitais participantes foram identificados pelas letras A, B, C e D. A abrangência dos Hospitais A, B e C é estadual e são públicos, enquanto que o hospital D é regional e é privado. Sobre as manifestações de preocupações do cliente, o Hospital A as atende por meio de ouvidoria. O Hospital B atende de forma a melhorar a parte física o atendimento a sociedade e equipando de acordo com as necessidades da instituição para fornecer melhores condições aos usuários e profissionais. O Hospital C respondeu que faz o que está ao seu alcance e o hospital D não respondeu a esta questão. 3.1. Recursos humanos Hospital A Neste hospital existem quatro diretores (diretor geral, diretor administrativo, diretor clínico e diretor de RH e TI). O hospital A diz oferecer curso de qualificação aos seus funcionários. Os últimos cursos oferecidos foram: Atendimento ao público para os atendentes, legislação previdenciária para os gestores, elaboração de projetos para os diretores e assessores. Os cursos são oferecidos a partir da pesquisa de necessidades junto às lideranças e que a proporção média de colaboradores, de forma geral, que tem sido treinada nos últimos dois anos é acima de 50%. Segundo informações coletadas, mais de onze médicos colaboradores atuam nesse hospital. São adotadas formas para promover a capacitação ou atualização das pessoas no hospital por meio de incentivo a cursos de pós-graduação, tais como mestrado na área, assim como a participação em eventos nacionais. pessoas da organização é feita de forma sistemática. A avaliação de desempenho das 4

Hospital B No Hospital B existem três diretores (diretor geral, diretor administrativo, diretor clínico) e um coordenador de RH e TI. Esse hospital possui 454 funcionários com ensino fundamental, 157 funcionários que possui ensino médio, 203 funcionários com nível superior sendo 1 formado em administração de empresas, 34 médicos, 1 analista de sistemas, 73 enfermeiros e 96 com outras formações. O hospital B diz oferecer curso de qualificação aos seus funcionários e diz existir programa formal de treinamento para os colaboradores. Os últimos cursos oferecidos foram: Curso de Manejo clínico de aleitamento materno, capacitação método canguru e rede cegonha. Os cursos são oferecidos a partir da pesquisa de necessidades junto às lideranças e que a proporção média de colaboradores que tem sido treinada da alta direção é acima de 20%, de cargos gerenciais é de 50%, de profissionais supervisores, da administração e dos principais processos é acima de 20%. Segundo informações coletadas, 1 médico colaborador atua nesse hospital. São adotadas formas para promover a capacitação ou atualização das pessoas no hospital por meio de acesso com restrições a internet, participação em eventos nacionais e cursos de qualificação. A avaliação de desempenho das pessoas da organização é feita de forma sistemática. Hospital C O Hospital C possui quatro diretores (diretor geral, diretor administrativo, diretor clínico e um diretor de enfermagem) e coordenadores nos vários setores do hospital. Os diretores possuem formação na área de administração de empresas, medicina e enfermagem. O Hospital tem em seu quadro funcional 113 médicos. 5

Este hospital oferece cursos de qualificação aos funcionários. As formas adotadas para promover a capacitação ou atualização das pessoas no hospital é através do acesso com restrição à internet. O hospital não promove avaliação de desempenho dos funcionários. Hospital D O Hospital D possui três diretores (diretor geral, diretor administrativo, e um diretor clínico). Esse hospital possui 36 funcionários com ensino fundamental, 150 funcionários possuem ensino médio, 77 funcionários com nível superior sendo 03 formados em administração de empresas, 110 médicos, 1 analista de sistemas e 13 enfermeiros. Este hospital oferece cursos de qualificação aos funcionários. Os últimos cursos oferecidos foram: Treinamento de SOFTWARE, gerencial e administrativo. As formas adotadas para promover a capacitação ou atualização das pessoas no hospital é através dos módulos internos de capacitação com instrutores externos. A proporção média de colaboradores de forma geral que tem sido treinada nos últimos dois anos tem sido acima de 50%. A avaliação de desempenho das pessoas da organização é feita de forma sistemática. 3.2. Gestão estratégica do hospital Hospital A O Hospital A afirmou possuir um plano estratégico em fase de implementação, conhecido pelas diretorias, gerências e supervisão. Este plano é revisado numa periodicidade de 12 e 24 meses. Com relação ao grau de envolvimento da organização no planejamento estratégico, há o envolvimento da liderança executiva e dos líderes de processos. Os elementos a partir dos quais as estratégias são criadas são: análise de cenários, concorrências ameaças e oportunidades, demanda atual e potencial. 6

Na determinação das estratégias, é médio o grau de importância do Cliente e também dos recursos (capacitação, motivação, disponibilidade etc.). O acompanhamento das estratégias formuladas é feito por meio de cada coordenador de área. Não são usadas ferramentas como o balanced scorecard/kpi. É de conhecimento do hospital as novas tecnologias relacionadas ao seu negócio por meio de revistas, participação em feiras, congressos e Internet. Segundo o respondente, a inovação tecnológica poderia ajudar o hospital aumentando a produtividade e melhorando a qualidade. Os planos estratégico e de negócio do hospital prevê investimentos para a introdução de inovação tecnológica de produtos e processos. Hospital B O Hospital B possui um plano estratégico e plano de negócio formalmente definido, conhecido pela diretoria, gerência supervisão e nível operacional. Este plano é revisado numa periodicidade de 6 a 12 meses. Todos participam na organização do planejamento estratégico. Os elementos a partir dos quais as estratégias são criadas são: análise de cenários, grau de satisfação de clientes, demanda atual e potencial e benchmarking. O grau de importância do cliente na determinação das estratégias é alto e em relação aos recursos esse grau também é alto. O acompanhamento das estratégias formuladas é feito por meio de visitas dos setores responsáveis da SESAU e pelo Ministério da Saúde. Não são usadas ferramentas como o balanced scorecard/kpi. É de conhecimento do hospital as novas tecnologias relacionadas ao seu negócio por meio de revistas e Internet. Segundo o respondente, a inovação tecnológica poderia ajudar o hospital aumentando a produtividade, melhorando a qualidade e a imagem do hospital. O entrevistado não soube informar se os planos estratégico e de negócio do hospital prevê investimentos para a introdução de inovação tecnológica de produtos e processos. 7

Hospital C O Hospital C possui um plano estratégico que é de conhecimento das diretorias, gerências e supervisão. A periodicidade desse plano é de 6 a 12 meses, estando envolvidos a liderança executiva e os líderes de processos no planejamento estratégico, onde existe um grupo de planejamento que prepara e a liderança executiva aprova. A estratégias desse plano são criadas a partir da análise de cenários. Hospital D O Hospital D não respondeu nenhum item relacionado ao tópico Gestão estratégica do hospital. 3.3. Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) As questões abordadas neste tópico compreendem o trabalho criativo, empreendido de forma sistemática, com o objetivo de aumentar o acervo de conhecimentos e o uso desses conhecimentos para desenvolver novas aplicações, tais como produtos ou processos novos ou tecnologicamente aprimorados. O período considerado foi de 2010 a 2012. Neste tópico, o Hospital A declarou realizar atividades de pesquisa e desenvolvimento de foma contínua e as considera de média importância, assim quanto a aquisição de conhecimentos externos. O Hospital B também considera de média importância as atividades de P&D e que tais atividades ocorreram de forma contínua. Já os Hospitais C e D não responderam nenhum dos itens relacionados ao tópico pesquisa e desenvolvimento P&D. 8

3.4. Inovação Tecnológica Neste tópico foram abordadas questões referentes a introdução de novas tecnologias que possibilitam melhorar produtos e processos. Foi identificado que nos quatro hospitais a diretoria acredita que o desempenho competitivo melhoraria com o uso intensivo da Tecnologia da Informação e que o uso intensivo de TI é visto como um fator de agregação de valor e disseminação rápida de informação que contribui para melhoria do desempenho do hospital. Todos relataram que apesar da TI agregar valor aos serviços prestados pelo Hospital, encontram dificuldades financeiras para realizar investimentos. O Hospital A destaca como dificuldade a falta de investimento exclusivo para tal, já o B relata as dificuldades por parte da burocracia administrativa, diz existir apenas um servidor responsável pela manutenção de todo hospital e que o setor de tecnologia (coord. de informática) é precária em termos de equipamentos e servidores. O hospital C relatou existir dificuldades financeiras para realizar investimentos em TI, mas não especificou quais as dificuldades. O hospital D não respondeu este item. Em relação à qualificação de pessoas para empreender a implantação de TI, o Hospital A diz que vê o nível de qualificação do seu pessoal e que está qualificando seus servidores para a implantação da T.I./Internet. Já os hospitais B e C dizem não vê o nível de qualificação do seu pessoal e que não estão qualificando seus servidores para a implantação da T.I./Internet. O hospital D não respondeu estes itens. Somente os hospitais B e C responderam que possuem mecanismos de monitoramento de elementos do ambiente externo (novas TI, interesses e estratégias de concorrentes). As formas de monitoramento externo indicadas pelo hospital B foram as seguintes: participação em feiras, congressos e eventos, reuniões com representantes do setor, monitoramento realizado pelo pessoal de TI. Já o hospital C respondeu que os mecanismos de 9

monitoramento de elementos do ambiente externo são através de: reuniões com representantes do setor. Os elementos do ambiente externo monitorados com a utilização de TI pelo hospital B são: interesses e/ou nível de satisfação dos clientes, através do site. Já o hospital C monitora através de tecnologias de interesses e/ou nível de satisfação dos clientes e através de tecnologias de interesse. Eu relação ao item Investimento em Inovação Tecnológica o hospital A não respondeu nenhum item. Já o hospital B respondeu que as áreas onde se prevê mais investimentos para a introdução de inovação tecnológica é a administração e operações, já o hospital C além dessas duas áreas prevê também investimentos na área de sistemas de almoxarifado. O hospital D não respondeu este item. Nos últimos 3 anos, o Hospital B investiu menos de 1% do faturamento em inovação tecnológica porém pretende aumentar o investimento para 2 a 3% no próximo ano, já o hospital C diz ter investido mais de 4% em tecnologia e pretende manter este percentual. O hospital D diz ter investido entre 3 e 4% do faturamento em inovação tecnológica. Os fornecedores de produtos e serviços inovadores são as grandes empresas nacionais privadas (Hospitais B e D) e o hospital C relatou que as pequenas e médias empresas nacionais são seus fornecedores de produtos e serviços inovadores. O hospital C afirmou que a maior dificuldade para inovação tecnológica é falta de verba e baixa qualificação dos funcionários, já o hospital D relatou que os entraves está na visão da diretoria. Os hospitais B, C e D não possuem parceria com entidades públicas para o desenvolvimento de inovação tecnológica, mas estariam dispostos a participar de um esforço conjunto para a inovação com uma entidade pública. Todos afirmaram não 10

conhecer financiamentos, linhas de crédito ou incentivo governamental para investimentos em inovação. O hospital B considera como prioridade automatizar a gestão, assim como também utilizar mapas digitais do hospital, utilização de bases de dados para armazenar informações dos clientes e informatizar como forma de priorizar à inovação tecnológica. O Hospital C coloca como prioridade a informatização e o hospital D tem como prioridade a utilização de bases de dados para armazenar informações dos clientes. Os Hospitais B, C e D não possuem certificação de qualidade baseada na ISO 9000 ou similar. O Hospitais C e D informaram não utilizar metodologia de gestão da qualidade, enquanto B afirmou ter programa de ideias e sugestões. Em relação à cooperação para inovação (período de 2010 e 2012), foi possível observar que o hospital B considerou de média importância e o C considerou de alta importância para o hospital, entretanto apenas os dois Hospitais B e C estiveram envolvidos em arranjos cooperativos com outra organização (Universidade e Instituto de Pesquisa) com vistas a desenvolver atividades de inovação em P&D. A importância dada a cada categoria de parceiro são apresentadas no Quadro 1. CATEGORIA DE PACEIROS Clientes ou consumidores Hospital A Hospital B Hospital C Hospital D Não respondeu Alta Alta Não respondeu Fornecedores Não respondeu Média Média Não respondeu Outra hospital Não respondeu Não respondeu Alta Não respondeu Empresas de consultoria Universidades e institutos de pesquisa Não respondeu Não respondeu Alta Não respondeu Não respondeu Alta Alta Não respondeu Centros de capacitação profissional e assistência técnica Não respondeu Alta Alta Não respondeu Quadro 1. Importância dada a cada categoria de parceiro 11

Já quanto a importância dada aos fatores que prejudicaram as atividades de inovação dos Hospitais, as respostas são apresentadas no Quadro 2. FATORES Hospital A Hospital B Hospital C Hospital D Riscos econômicos excessivos Falta de pessoal qualificado Dificuldade para se adequar a padrões, normas e regulamentações Não respondeu Baixa Baixa Não respondeu Não respondeu Média Alta Não respondeu Não respondeu Média Alta Não respondeu Escassez de fontes apropriadas de financiamento Não respondeu Baixa Não respondeu Não respondeu Falta de informação sobre mercados Não respondeu Não relevante Não relevante Não respondeu Escassez de serviços técnicos externos adequado Não respondeu Baixa Média Não respondeu Elevados custos da inovação Não respondeu Baixa Baixa Não respondeu Falta de informação sobre tecnologia Não respondeu Não relevante Alta Não respondeu Fraca resposta dos consumidores quanto a novos produtos Não respondeu Baixa Baixa Não respondeu Rigidez organizacional Não respondeu Baixa Baixa Não respondeu Escassas possibilidades de cooperação com outras empresas/instituições Não respondeu Média Não relevante Não respondeu Centralização da atividade inovativa em outro hospital Não respondeu Não relevante Baixa Quadro 2. Importância dos fatores que prejudicaram as atividades de inovação do Hospital Não respondeu 12

3.5. Competitividade hospitalar & colaboração para vantagem estratégica Sobre a colaboração nos hospitais, os Hospitais A e D não responderam nenhum item, já o hospital B considerou como fator mais importante as TICs (habilitador guiado por tecnologia e a força de trabalho global (mundo achatado: trabalhos especializados estão disponíveis no mundo devido as TICs) o Hospital C espondeu não saber. O Hospital B considerou a Governança Corporativa dos processos o principal desafio que os hospitais estarão enfrentando no século XXI. Para a mesma questão o Hospital C considerou a questão relacionada a pessoas com talento. Os dois mesmos hospitais responderam que nem sempre os projetos desenvolvidos pelos hospitais estão de fato alinhados à sua estratégia. Para aumentar a competitividade, o Hospital B considerou como importante: reduzir as perdas por ociosidade; aumentar a agilidade e flexibilidade para gerenciar mudanças, utilizar sempre aplicativos de última geração, utilizar benchmarking, aumentar a disponibilidade de recursos financeiros para o core business, contar com recursos ilimitados de processamento e armazenagem. Já o hospital C não respondeu, pois relatou que estas questões estão relacionadas com o aumento da competitividade estariam ligadas aos hospitais privados. 3.6. Equipamentos de tecnologia da informação nos hospitais Este item aborda as questões ligadas a aquisição de máquinas, equipamentos, hardware, especificamente comprados para a implementação de produtos ou processos novos ou tecnologicamente aperfeiçoados. 13

No período de 2010 a 2012, os hospitais A e D consideraram alta a importância da aquisição de máquinas e equipamentos, já o hospital B considerou de média importância e o hospital C considerou de baixa importância. O Quadro 3 apresenta informações sobre equipamentos de TI existentes nos hospitais. Hospital A Hospital B Hospital C Hospital D Computadores 120 40 Não informaram 33 Computadores com acesso a Internet Computadores com acesso a rede local Computadores com multimídia 120 40 Não informaram Não informaram 120 40 Não informaram 33 120 40 20 33 Impressora Laser 60 07 Não informaram Não informaram quantidade Impressora Jato de Tinta 0 10 Não informaram Não informaram quantidade Impressora Matricial 0 0 Não informaram 0 Outro tipo de 0 0 Não informaram 0 Impressora (térmica, cera) Quadro 3. Equipamentos de TI Os aplicativos de escritório utilizados pelo Hospital A são do grupo Libre Office, no Hospital B e C são do grupo Word, Access, Excel, PowerPoint Microsoft Office e no Hospital D se utiliza o pacote BrOffice. Os hospitais A e D responderam que não há aplicativos de manipulação existentes, o hospital C respondeu que possui o Corel draw e o hospital B não respondeu este item. 14

Na área de gestão empresarial e gestão hospitalar, o hospital B respondeu que não possui programas aplicativos (softwares), o hospital C respondeu que possui, porém não descreveu quais são. Já os hospitais A e D responderam que possuem programas aplicativos (softwares) na área de gestão empresarial e gestão hospitalar conforme descritos no Quadro 4. Hospital A Hospital D Nome do Software IS4 WPD Nome da Empresa Desenvolvedora Sotech Agfa health care Número de Módulos 14 10 Terminais Implantados 14 3 (Ts) Número de usuários 370 aproximadamente Não informado Custo Modalidade de aquisição Não informado Não informado Não informado Data de inicio de uso 07/2008 16/06/2012 Sistema de BD e linguagem utilizada POSTGRI, JAVA Oracle Quadro 4. Aplicativos na área de gestão empresarial e gestão hospitalar Na área de gestão integrada os Hospitais A e B responderam que não possuem aplicativos nesta área. Já hospital C respondeu que sim, que possui o Baan e o hospital D não respondeu este item. Para as áreas de Contabilidade, Recursos Humanos e Compra/Venda, o Hospital A respondeu não possuir programas aplicativos (softwares), já o Hospital B respondeu não possuir aplicativos nas áreas de Contabilidade, nem na área de compra/venda, porém relatou possuir na área de Recursos Humanos. Já o hospital C respondeu possuir programa aplicativo somente na área de contabilidade, mas não informou os dados e na área de recursos humanos e o hospital D respondeu que possui programa aplicativo somente na área de Contabilidade conforme apresentados no Quadro 5. 15

APLICATIVOS Hospital B Hospital C Hospital D Contabilidade Nome Pirâmide Empresa Desenvolvedora Procenge Número de Módulos Não informado Terminais Implantados 05 Número de usuários Não informado Custo Não informado Modalidade de aquisição Não informado Data de inicio de uso Não informado Sistema de BD e Linguagem utilizada Não informado Recursos humanos Nome Acess Sistema HSA- Módulo Empresa Desenvolvedora Não informado Não informado Número de Módulos Não informado 01 Terminais Implantados 01 03 Número de usuários 03 06 Custo Não informado Não informado Modalidade de aquisição Desenvolvimento próprio Desenvolvimento próprio Data do início de uso 2010 Não informado Quadro 5. Aplicativos na área de Contabilidade, Recursos Humanos e Compra/Venda Na área de controle de estoques o Hospital A possui o software denominado IS4, o hospital B possui atualmente o Cathos e estão migrando para o IS4-Web, o hospital C diz possuir o Sistema HSA-módulo e o hospital D respondeu não possuir software na área de controle de estoques. Na área de gestão de ativos, todos os Hospitais reponderam não possuir programas aplicativos, assim como também na área de composição de custos e determinação de preços. Os Hospitais A e C afirmaram existir uma base central de dados (Data Warehouse) no próprio hospital, os demais não possuem. Nos dois hospitais que afirmaram existir uma base central de dados (Data Warehouse), eles responderam que a 16

estrutura da base de dados é centralizada e há utilização de um software de Gestão de Base de Dados (DBMS), entre eles: POSIGRI (Hospital A) e PG MYSQL (Hospital C). Os departamentos dos hospitais que utilizam as Bases de Dados são ilustrados no Quadro 6. Hospital A Hospital B Hospital C Administrativo X X X Financeiro X X Fiscal Recursos Humanos X Hotelaria (leitos/admissão/alta) Urgência/Pronto Socorro X X Centro Cirúrgico X Laboratório Clínico X X Comunicação/Marketing Comercial Controle de Estoques X X Registro Médico (software integrado) X Ambulatórios Apoio ancilar (lavanderia, esterilização) Centro diagnóstico Outros Faturamento Direção de ensino e pesquisa, farmácia e SAME Quadro 6. Departamentos que utilizam as Bases de Dados X X Nos hospitais A e B são utilizados os Sistemas Operacionais Windows e Linux, no hospital C além do Windows é utilizado o Sun OS/Solares e no hospital D são utilizados Outros Sistemas Operacionais. Dentre os serviços e outsourcing (terceirização), os hospitais utilizam-se dos seguintes: Datacenter (Hospital A), nenhum dos itens acima (Hospitais B, C e D). Todos os Hospitais responderam que não sabem qual é a previsão (período) dos próximos investimentos para serviços e ourtsourcing. 17

Com relação aos dispositivos de armazenamento, os hospitais B e C utilizam o RAID (Conjunto Redundante de Discos Independentes), os Hospitais A e B responderam não utilizar nenhum dos itens acima. Sobre a previsão (período) dos próximos investimentos para dispositivos de armazenamento, o Hospital A informou que acontecerá até os próximos 6 a 12 meses, os demais não sabiam informar. Para a área de Redes de Computadores e as tecnologias utilizadas, o hospital D não informou, porém os dados dos hospitais A, B e C são ilustradas no Quadro 7. Hospital A Hospital B Hospital C Redes sem fio X LAN X X Redes P2P X Acesso remoto / wi-fi X VPN Serviços de segurança de rede X Sistema de gerenciamento de rede X X Serviços de rede Switches X X Roteadores X X Nenhum dos itens acima Quadro 7. Tecnologias de Redes de Computadores Os Hospitais A e C informaram que os próximos investimentos para tecnologias de redes será de 6 a 12 meses. O Hospital B respondeu que não sabe. As tecnologias de Segurança utilizadas nos hospitais são: Software Antivírus (Hospitais A, B e C), Segurança com logon único (Hospital B), Software de segurança de redes (Hospitais A e C) e o hospital A ainda informou que utiliza o Software de firewall e o sistema de detecção de intruso. Sobre a previsão (período) dos próximos investimentos para Segurança, os Hospitais A e C informaram que acontecerá entre 6 a 12 meses, e o Hospital B respondeu que não soube informar. 18

No Quadro 8 são apresentadas as tecnologias de Telecomunicações que são utilizadas pelos Hospitais A, B e C. Videoconferência / ]Teleconferência / Web conferência Hospital A Hospital B Hospital C IP X X X PBX (PABX IB) X X WAN X Banda Larga / DSL VOIP X Aplicativos móveis Acesso Remoto/ Mobilidade X Outros Nenhum dos itens acima Quadro 8. Tecnologias de Telecomunicações O Hospital A informou que a previsão (período) dos próximos investimentos para telecomunicações acontecerão entre 6 a 12 meses, os demais não sabiam informar. Os Hospitais A e B não elaboram ou possuem alguma política e/ou plano de ação com enfoque em segurança da informação de forma sistemática. O Hospital C elabora eventualmente. Os hospitais A e C utilizam soluções de gestão de TI, tais como Sistema de apoio a decisão, Software de gerenciamento patrimonial, Gerenciamento de banco de dados, Aplicativos suites para PC (hospital A), ERP (hospital C), o hospital B respondeu que nenhum dos itens acima e o hospital D não respondeu este item. Quanto a precisão de investimentos para soluções de gestão de TI, o hospital A informou de 6 a 12 meses e os demais não souberam informar. 19

3.7. Comércio Eletrônico Este grupo de questões abordaram as informações gerais sobre Tecnologia de Comunicação e de Informação (TCI). O hospital A não respondeu nenhum item relacionado a este tópico. O hospital B respondeu que utilizam computadores pessoais, estações de trabalho ou terminais, que na maioria das vezes são equipamentos doados, a maioria em péssimas condições de uso, o hospital C também respondeu que utilizam computadores pessoais, estações de trabalho ou terminais e o Hospital D respondeu que não utiliza. O hospitais B e C utilizam ou planejam utilizar TCI nas seguintes áreas: Hospital B Hospital C Utiliza desde 2001 ou antes Email - Utiliza desde 2008 - E-mail, Intranet, Extranet Utiliza desde 2010 Intranet, Extranet - Planeja utilizar em 2012 - - Planeja utilizar nos próximos 5 anos - - Não planeja utilizar - - Quadro 9. Utilização ou Planejamento de utilização de TCI O próximo grupo de questões abordou o uso da Internet nos hospitais, os três hospitais que responderam estas questões, o hospital B disse possuir site na internet (hmi.rr.gov.br), o hospital C respondeu não possuir e o hospital D respondeu que também possui (www.unimedbv.com.br). 20

O Quadro 10 ilustra o propósito com que os hospitais que responderam este item (B e C) utilizam ou planejam utilizar a Internet nas atividades gerais, atividades relacionadas à compra de bens e/ou serviços e as atividades relacionadas à venda de bens e/ou serviços. Atividades Gerais Hospital B Hospital C Busca de informações Desde 2010 Desde 2001 ou antes Monitorar o mercado Desde 2010 - Comunicação com autoridades públicas Desde 2010 Desde 2008 Banco e serviços financeiros - Utilizar nos próximos 5 anos Informação sobre recrutamento - - Atividades de compra de bens Busca de informações em sites na Internet Desde 2010 Utilizar nos próximos 5 anos Recebimento de produtos digitais - Utilizar nos próximos 5 anos Recebimento de produtos digitais gratuitos - - Obtenção de serviços pós-venda - - Atividades de venda de bens Marketing de produtos do hospital Desde 2010 - Facilidade para enquetes/contato Desde 2010 - Página customizada para clientes - - Fácil acesso a catálogos de produtos - - Entrega de produtos digitais - - Capacidade de prover transações seguras - - Integração com back end systems - - Prover assistência pós-venda - - Quadro 10. Propósito de utilização da Internet No que diz respeito ao comércio eletrônico via Internet, apenas o Hospital B respondeu que não comprou produtos ou contratou serviços via Internet em 2012. Os demais hospitais não responderam esta questão. Sobre as vendas via Internet, os hospitais responderam que não receberam pedidos via Internet em 2012. 21

Com relação aos custos com implantação do sistema de Comércio Eletrônico, nenhum dos quatro hospitais responderam este tópico, assim como também o tópico Barreiras ao uso da Internet e TCI em geral. 3.8 Telemedicina Este grupo de questões abordaram aspectos do uso da Telemedicina. No entanto, somente o Hospital A respondeu que faz uso da telemedicina, através do endereço Medicina Net. Foi respondido pelo hospital A que se realiza videoconferências e que o mesmo possui equipamento para tal finalidade. Utiliza a linha Internet Protocol IP e que a velocidade de conexão em Kbps é de 584. Os periféricos que são utilizados na videoconferência é o Data Show. A marca dos equipamentos de videoconferência é POLICOM e possui ISDN e IIP. 3.9. Relacionamento com o Cliente As estruturas para atendimento ao cliente, recebimento de sugestões e resolução de problemas mantidas pela organização no relacionamento com o cliente são: ouvidoria (Hospitais A e C); pesquisa de satisfação através do site (Hospital B) e suporte remoto via telefone (Hospital D). Os Hospitais (A, B e C) responderam que avaliam e tratam de forma sistemática a satisfação de clientes e usuários, já o Hospital D respondeu que não avalia. Os quatro hospitais responderam que avaliam e tratam de forma sistemática os incidentes de segurança trazidos pelos clientes e usuários. 22

Os hospitais (A e D) acreditam que a qualidade do atendimento aos clientes do hospital é adequada, já os hospitais (B e C) marcaram a opção outra. 3.10. Prototipagem rápida na saúde As questões abordadas neste tópico do Questionário Prospectivo - QP, consideraram o uso de tecnologias tridimensionais por meio de modelos físicos e virtuais para a excelência em planejamento de algumas cirurgias de alta complexidade. Esta tecnologia vem sendo progressivamente aplicado no mundo e sendo oferecido pelo CTI para ser aplicado em uma grande gama de hospitais públicos no Brasil e até alguns da América Latina. O hospital A não respondeu nenhum item relacionado a este tópico. Os hospitais B e D responderam em todas as opções que não sabem, já o hospital C afirmou que se houvesse a possibilidade de uso das tecnologias tridimensionais sem custos para o seu hospital envolvendo pacientes do sistema público de saúde, teriam interesse em utilizar e que há interesse que parte desta infraestrutura e capacitação de pessoal seja oferecida por uma instituição como o CTI. 3.11. Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde As questões abordadas neste tópico compreendem o Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), que se constitui em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando a proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. Além disso, 23

todo gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS), baseado nas características dos resíduos gerados e na sua classificação, estabelecendo as diretrizes de manejo dos RSS. Somente o Hospital A afirmou possuir um Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) e que não sabe se há treinamento para os funcionários do hospital no que diz respeito à coleta seletiva e gerenciamento dos resíduos. Considerações Finais Este relatório final apresentou os resultados obtidos através da coleta de dados em quatro hospitais do município de Boa Vista-RR e sua elaboração teve como referência as orientações da coordenação geral do projeto GESITI, assim como a leitura de outras pesquisas já realizadas no âmbito deste projeto. Para que este trabalho fosse possível ser realizado, contou-se com a colaboração na coleta de dados de duas servidoras e de quatro alunas do curso superior de tecnologia em Gestão Hospitalar do IFRR, que aplicaram o Questionário Prospectivo em três hospitais públicos e um hospital privado da capital do estado de Roraima. Apesar da aceitação das unidades hospitalares em participar da pesquisa, houveram muitos itens sem respostas o que dificultou, um pouco, a análise da verdadeira estrutura que se encontram os hospitais da capital de Roraima. Os nossos agradecimentos a todos que colaboraram, aos gestores e colaboradores hospitalares, que tiveram a disponibilidade de responder aos questionamentos, ao prof. Dr. Antônio José Balloni (CTI/DGE/Projeto GESITI) por ter oportunizado o IFRR participar desta pesquisa e compartilhar desta importante experiência. 24

Referências BALLONI, Antonio José, Questionário Prospectivo Registrado na Biblioteca Nacional como Obra não publicada sob Nr. 570.379, Livro 1088, fiolha 447, Agosto 2012 Disponível em http://www.cti.gov.br/questionário-prospectivo.html último acesso Janeiro 2012. PROJETO PILOTO GESITI/HOSPITALAR. AVALIAÇÃO DA GESTÃO EM SISTEMAS E TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO EM HOSPITAIS. (GESITI/HOSPILAR) 2012 - Disponível em http://www.cti.gov.br/images/stories/cti/atuacao/dtsd/gesiti/hospitalar.pdf. Acessado em fev, 2012. 25