3 Introdução à Transferência de Massa. 7a. Aula

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Transcrição:

3 Introdução à Transferência de Massa 7a. Aula

Transporte Molecular Transporte de Energia (condução) Transporte de Massa (difusão) Exemplo: vidro de perfume aberto numa sala com ar parado

Transporte Molecular Lei de Fick Mistura gasosa não reahva das espécies A e B Para um plano imaginário entre as duas massas, fluxo de massas 1D:

Transporte Molecular Lei de Fick Mistura gasosa não reahva das espécies A e B Para um plano imaginário entre as duas massas, fluxo de massas 1D:

Transporte Molecular Lei de Fick Mistura gasosa não reahva das espécies A e B

Aspectos do Transporte Molecular Conceitos do transporte molecular de massa e energia que resultam nas leis macroscópicas de transferência de energia (Fourier) e massa (Fick) Hipóteses:

Aspectos do Transporte Molecular Considere uma camada estacionária, 1D, de uma mistura binária gasosa A e B de moléculas rígidas

Aspectos do Transporte Molecular Considere uma camada estacionária, 1D, de uma mistura binária gasosa A e B de moléculas rígidas

Aspectos do Transporte Molecular

Aspectos do Transporte Molecular SubsHtuindo- se Eq. 136 em Eq. 135 resulta: Comparando- se Eq. 139 em Eq. 125 idenhfica- se:

Aspectos do Transporte Molecular Difusividade Binária - Dependência da Pressão e Temperatura

Aspectos do Transporte Molecular Transferência de Energia - Condução Lei de Fourier

Aspectos do Transporte Molecular Transferência de Energia - Condução Lei de Fourier SubsHtuindo- se Eqs. 146 e 142 na Eq. 145

Aspectos do Transporte Molecular Lei de Fourier Comparando- se Eqs. 147 Eq. 148

Aspectos do Transporte Molecular ConduHvidade Térmica Dependência da Pressão e Temperatura

Equação de conservação da massa

Equação de conservação da massa

Equação de conservação da massa

Transporte Molecular Problema de Stefan Coluna de líquido A num cilindro, a altura é manhda constante ou se movimenta lentamente (quasi steady state); Mistura gasosa A+B escoa no topo da coluna; Se a concentração na interface liq- vapor for maior que na corrente gasosa, haverá fluxo de massa da coluna para a corrente;

Transporte Molecular Problema de Stefan

Transporte Molecular Problema de Stefan Fluxo mássico na interface é constante (steady state) Fluxo mássico de B é nulo, pois B nao é solúvel no líquido A. Então

Transporte Molecular Problema de Stefan Então a Eq. 154 torna- se Rearranjando, tem- se AdmiHndo- se o produto integrando- se, tem- se constante e

Transporte Molecular Problema de Stefan A constante de integração é obhda de Condição de Contorno na interface A distribuição de A ao longo de x é então: O fluxo mássico de A é obhdo aplicando- se acima em x=l, ou seja, :

Transporte Molecular Problema de Stefan Condição de Contorno na interface Líquido- Vapor; Assumindo Equilíbrio de fases na interface, a pressão de A na fase gasosa é dada pela pressão de saturação à temperatura do líquido: A pressão parcial de A na interface é relacionada à fração molar na interface e à fração mássica por

Transporte Molecular Problema de Stefan Balanço de energia na interface para determinação da temperatura A temperatura na interface é conhnua

Transporte Molecular Problema de Stefan Balanço de energia na interface em regime permanente Assim, o fluxo de calor líquido equilibra a taxa de evaporação:

Transporte Molecular Evaporação de gotas O problema de evaporação de uma gota num ambiente quiescente é similar ao Problema de Stefan em um sistema de coordenadas esférico

Transporte Molecular Evaporação de gotas

Transporte Molecular Evaporação de gotas Energia (calor) é fornecida do ambiente para a gota o suficiente para equilibrar a taxa de evaporação (quasi steady state); Vapor difunde da supericie da gota para o gás ambiente; A perda de massa causa a redução do raio da gota até sua completa evaporação; Obje%vo: calcular a taxa de evaporação de vapor em função do tempo

Evaporação de gotas - Hipóteses 1) Quase estacionário a cada instante é como se eshvesse em regime estacionário; 2) Temperatura da gota constante, uniforme e fixada abaixo do ponto de ebulição do líquido Processo controlado pela difusão; 3) Fração mássica do vapor na supericie da gota dada pelo equilíbrio de fases na temperatura da gota; 4) Propriedades termodinâmicas e de transporte constantes.

Evaporação de gotas Taxa de Evaporação Conservação do fluxo global de massa: A taxa de massa é constante, não o fluxo global de massa.

Evaporação de gotas Taxa de Evaporação Conservação da espécie A em coordenadas esféricas: SubsHtuindo- se a taxa de massa constante,

Evaporação de gotas Taxa de Evaporação Integrando- se e aplicando- se a condição de contorno na supeicie da gota A taxa de evaporação pode ser determinada aplicando- se condição ao longe da gota

Evaporação de gotas Número de Transferência B Y O argumento da expressão anterior pode ser re- escrito em termos no Número de Transferência B Y A taxa de evaporação pode ser escrita como:

Evaporação de gotas Número de Transferência B Y O Número de Transferência B Y é como se fosse a força motriz da difusão (evaporação)

Evaporação de gotas Conservação da massa para a gota Com a massa da gota Com a expressão da taxa de evaporação tem- se

Evaporação de gotas Lei D 2 Assim a taxa de decréscimo de D 2 é constante Constante de Evaporação K

Evaporação de gotas Tempo de vida da gota pode ser obhdo da integração:

Evaporação de gotas Integrando- se a expressão até um tempo t e diametro D, tem- se a Lei D 2 :

Evaporação de gotas