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LINDB - LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO

O Direito e o Pensamento Jurídico. Programa (versão provisória) Rui Pinto Duarte

Transcrição:

Próximo ponto (4a): Fontes do direito Leitura obrigatória: Dimoulis, Cap. 9, pp. 164-189 Perguntas: 1. Qual é a diferença entre fontes formais e materiais? 2. Qual é diferença entre fontes formais diretas e indiretas? 3. Um juiz pode usar mais de uma fonte formal em uma sentença?

Fontes do direito AI Argumentação prática em que o uso de considerações substantivas é limitado por meio de regras e procedimentos estabelecidos em fontes dotadas de autoridade.

Fontes do direito Direito positivo = conjunto de normas de criação humana (por diversos meios: legislação, jurisprudência, doutrina etc.) Obs: a lei é apenas uma das fontes possíveis do DP!

Fontes do direito Fonte do direito = aquilo que dá origem a normas jurídicas Fonte material x fonte formal

Fontes do direito Fontes materiais são fatores (históricos, sociológicos, econômicos) que explicam a existência de uma dada norma jurídica.

Fontes do direito Fontes formais são os critérios que a comunidade jurídica emprega no seu discurso para mostrar que uma dada norma é válida.

Fontes do direito As normas brasileiras sobre união civil resultaram da pressão social pelo reconhecimento dos interesses da comunidade LGBT A norma que reconhece a legalidade da união civil entre pessoas do mesmo sexo foi estabelecida por uma decisão válida do STF

A norma que reconhece a legalidade da união civil entre pessoas do mesmo sexo foi estabelecida por uma decisão válida do STF As normas sobre união civil resultaram da pressão social pelo reconhecimento dos interesses da comunidade LGBT

Fontes do direito

Fontes do direito Fontes escritas: lei, jurisprudência, doutrina Fontes não escritas: costumes, princípios gerais do direito*, vontade dos particulares* *Nesses pontos, a classificação de Dimoulis é duvidosa: > Princípio não é um tipo de norma? > Alguns contratos não são obrigatoriamente escritos?

Fontes do direito Fontes diretas: leis, costumes, princípios, vontade dos particulares. Fontes indiretas: jurisprudência e doutrina. Dúvidas: A distinção entre FD e FI não é de grau? A jurisprudência hoje tem menos peso que costumes?

Fontes do direito Leis dois sentidos: 1. Sentido amplo: documento escrito em linguagem geral e abstrata, criado por meio de decisão de autoridades estatais de acordo com um procedimento fixado em normas superiores, com o objetivo de regular a organização da sociedade.

Fontes do direito Exs: constituição, medida provisória, decreto legislativo, resolução, portaria, súmula vinculante...

Fontes do direito 2. Sentido estrito: produto de decisão majoritária dos integrantes do poder legislativo. Exs: lei ordinária, lei complementar

Fontes do direito Jurisprudência dois sentidos: Uma decisão judicial (precedente) ou uma série de decisões judiciais no mesmo sentido.

Fontes do direito Jurisprudência x lei (sentido amplo)

Fontes do direito (a) documento escrito (b) em linguagem geral e abstrata (c) criado por meio de uma decisão de autoridades estatais com o objetivo de regular a organização da sociedade (d) de acordo com um procedimento fixado em normas superiores.

Fontes do direito Costumes Práticas sociais bem estabelecidas e consideradas obrigatórias pelos praticantes. Obs: Costumes x hábitos sociais Obs2: Costume popular x costume de autoridades

Fontes do direito Lembre-se: pela lei, costumes não são meras fontes opcionais... LINDB Art. 4º, Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.

CC, Art. 441. A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor. Art. 445. [...] 2 o Tratando-se de venda de animais, os prazos de garantia por vícios ocultos serão os estabelecidos em lei especial, ou, na falta desta, pelos usos locais...

Fontes do direito Princípios gerais do direito. (Aguardem.)

Fontes do direito Vontade dos particulares. Costuma ser fonte de normas individuais (v.g. contratos, testamentos). Exceções: convenções coletivas no direito do trabalho.

Fontes do direito Doutrina. (Lembrem-se de Kötz.)

Fontes do direito Uso das fontes FD FI I--------------------------------I

Revisão

Próximo ponto (4b): Precedentes Leitura obrigatória: MacCormick, Cap. 8, pp. 191-195 Perguntas: 1. Que razões há para respeitar precedentes? 2. Qual é a diferença entre um precedente vinculante e um precedente persuasivo?

Precedentes

Precedentes stare decisis et non quieta movere Ou simplesmente: stare decisis => Decisões judiciais são vinculantes em casos futuros

Precedentes Controvérsia em torno do stare decisis: Casos iguais devem ser tratados igualmente Economia de tempo e esforço Separação dos poderes

Precedentes Diferentes tipos de precedente: A) Quanto à originalidade 1. Precedente que cria uma norma inteiramente nova 2. Precedente que apenas torna mais precisa uma norma existente

Precedentes B) Quanto à força: 1. Precedente vinculante 2. Precedente persuasivo

Precedentes C) Quando à direção : 1. Precedente vertical 2. Precedente horizontal

Precedentes Muitas decisões judiciais são longas e complexas. Não contêm dispositivos concisos numerados. Qual é a parte da decisão judicial que vincula?

Precedentes Vincula a norma geral com base na qual a decisão judicial foi tomada. ratio decidendi

Precedentes Riggs v Palmer (1889) Ninguém pode se beneficiar do próprio ato ilícito Palmer matou seu avô pela herança Logo, Palmer não pode receber a herança

Precedentes Casos em que a ratio não é facilmente determinada: > O órgão judicial não formula claramente a norma geral que justifica a decisão > Em um órgão colegiado que admite votos independentes, os juízes baseiam a decisão em diferentes rationes decidendi

Precedentes Regra geral para a determinação da ratio nesses casos: Vale a norma mais estreita que garanta a JI do silogismo usado na decisão.

Precedentes ---------- Palmer matou seu avô pela herança Logo, Palmer não pode receber a herança

Precedentes Candidatos: > Niguém pode se beneficiar do próprio ato ilícito > O herdeiro que trai o testador não pode receber a herança > O herdeiro homicida não pode receber a herança

Precedentes Caso da lagartixa ------ O aparelho foi danificado por uma lagartixa que entrou por um vão que o produtor do produto não lacrou Logo, O fornecedor do aparelho deve ressarcir o dono do aparelho

Precedentes Candidatos: > O fornecedor deve ressarcir o dono por qualquer defeito no produto > O fornecedor deve ressarcir o dono por defeito que decorra de culpa do fornecedor > O fornecedor deve ressarcir o dono do eletrodoméstico por defeito que decorra de culpa do fornecedor

Revisão > Tipos de precedente: vinculante/persuasivo, original/não original, horizontal/vertical > stare decisis (et non quieta movere) > ratio decidendi

Próximo ponto (4c): Analogia Leitura: Schauer, cap. 5 Perguntas: 1. Analogias são argumentos institucionais? 2. Qual é a diferença entre uma analogia feita a partir de uma decisão judicial e a aplicação de um precedente?

Analogia LINDB Art. 4º, Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.

Analogia A analogia é um tipo de argumento...... que defende que uma situação controvertida seja tratada da mesma forma que uma situação semelhante (supostamente) não controvertida.

C.S. Lewis É possível atrair um auditório grande para assistir a um strip-tease. Agora, suponha que você vá a um país onde é possível encher um teatro com pessoas interessadas em ver no palco um prato de comida coberto cujo conteúdo é lentamente revelado até que, antes do apagar das luzes, perceba-se um bife ou um pedaço bacon. Você não acharia que há algo de errado com o apetite dessas pessoas pela comida?

Analogia Trata-se como doentio o gosto pelo desvelamento gradual da comida. (Situação fonte) Então devemos tratar como doentio o caso semelhante do gosto pelo strip-tease. (Situação alvo)

Analogia Esquema geral (1ª versão): 1. A situação S1 é tratada da maneira M 2. S1 e S2 são situações semelhantes Logo, 3. A situação S2 também deve ser tratada da maneira M

Analogia Uma analogia é plausível quando se baseia em semelhanças importantes.

Analogia Motorista esperto: Um carro azul acabou de passar por aqui sem ser multado. Meu carro também é azul. Logo, não mereço ser multado.

Analogia 1. A situação S1 é tratada da maneira M 2. S1 e S2 são semelhantes Logo, 3. A situação S2 também deve ser tratada da maneira M

Analogia Analogia plausível: Fonte: É ilegal impedir o casamento inter-racial. Alvo: Deve ser ilegal impedir o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Analogia Um esquema mais elaborado: 1. A situação S1 é tratada da maneira M. 2. S1 e S2 são semelhantes no que diz respeito às características p, q, r Logo, 3. A situação S2 também deve ser tratada da maneira M

Analogia Uma analogia plausível está sujeita a dois tipos de objeção: 1. A semelhança, embora importante, pode ser menos importante do que alguma diferença.

Analogia National Socialist Party of America v. Village of Skokie (1977) Fonte: Ativistas negros puderam marchar na década de 60. Alvo: Deve-se permitir a marcha de nazistas em uma cidade predominantemente judia.

Analogia Semelhança: direito de manifestação de uma minoria impopular. Diferença: os ativistas dos anos 60 não de-fendiam políticas opressivas em relação à maioria.

Analogia... uma analogia plausível está sujeita a dois tipos de objeção: 2. Apresentação de uma analogia rival.

Analogia Adams v New Jersey Steamboat Co. (NY 1916) Havia duas situações-fonte apontando em sentidos diferentes. O dono de um hotel era responsável, mas não o administrador de um trem.

Analogia 1. A situação S1 é tratada da maneira M. 2. S1 e S2 são semelhantes no que diz respeito às características p, q, r Logo, 3. A situação S2 também deve ser tratada da maneira M

1. A Constituição de SP não permite que o governador assuma outro cargo na administração pública 2. O cargo de governador de SP é semelhante ao cargo de vice-governador de SP. Logo, 3. Não se deve permitir que o vice-governador assuma outro cargo na administração pública.

Analogia Analogias não devem ser confundidas com argumentos baseados em precedentes com ratio decidendi clara.

O casamento interracial está permitido João e Maria, de raças diferentes, pretendem se casar O casamento de João e Maria está permitido (A) (A) decidiu que o casamento interracial está permitido O casamento interracial está permitido José e Joana, de raças diferentes, pretendem se casar O casamento de José e Joana está permitido (B) (A) decidiu que o casamento interracial está permitido A proibição do casamento gay também discrimina por características imutáveis O casamento gay está permitido Manoel e Joaquim, do mesmo sexo, pretendem casar-se (C) O casamento de Manoel e Joaquim está permitido

Revisão > Analogias (=argumentos analógicos) > Analogias plausíveis e implausíveis > Objeções que podem ser opostas a uma analogia plausível > Analogia x aplicação de precedente (com ratio clara)

Revisão Argumentos analógicos - esquema geral 1. A situação S1 é tratada da maneira M. 2. S1 e S2 são semelhantes (no que diz respeito às características p, q, r) Logo, 3. A situação S2 também deve ser tratada da maneira M

Próximo ponto (4d): Princípios Leitura: MacCormick, Cap 10 Perguntas: 1. A palavra princípio admite mais de um sentido? 2. Como é que princípios (implícitos) são identificados? 3. Qual é a relação entre princípio e analogia?*

Princípios Introdução: Direito positivo (DP) = direito de criação humana, isto é, direito legislado, jurisprudencial, costumeiro etc.

Princípios É comum que se fale de princípios como normas de um tipo especial... normas muitos vagas normas implícitas no DP normas muito importantes ou fundamentais

Princípios No decorrer da história, vários princípios foram criados para nortear e estruturar o Estado de Direito. Esses princípios podem ser observados nas constituições existentes no mundo, pois elas são responsáveis por definir a estrutura básica de cada sistema. (http://principios-constitucionais.info)

Princípios LINDB, Art. 4º, Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.

Princípios Sweet v Parsley (1970) Lei de Drogas Perigosas, 1965, seção 5: Se uma pessoa (a) em sendo ocupante de qualquer local, permite que tal local seja usado para o fumo de maconha, ou para o seu comércio...; ou (b) está envolvida com a administração de qualquer local usado para tais propósitos, deve ser culpada por infração a esta Lei.

Princípios Argumentos da Câmara dos Lordes: 1. A cláusula (b) é ambígua. 2. Dois princípios : > nullum crimen > Leis sobre crimes graves não admitem responsabilidade objetiva.

Princípios Princípio implícito como encontrá-lo? É proibida a entrada de veículos, instrumentos musicais, rádios e alto-falantes. Princípio: deve-se preservar o silêncio no parque.

Princípios É proibida a entrada de caminhões, carros e motocicletas no parque. Candidatos: A segurança deve ser preservada. A poluição do ar deve ser evitada. O silêncio deve ser preservado.

Kenneth Vandevelde, Pensando como um advogado

Princípios Outro caso hipotético O direito responsabiliza proprietários de terra por acidentes em: > declives instáveis > poços ocultos > areia movediça

Princípios > O proprietário tem responsabilidade sobre quaisquer condições anormais. > O proprietário tem responsabilidade sobre quaisquer condições perigosas. >... sobre condições ocultas. >... perigosas e ocultas.

Princípios Controvérsias sobre o melhor candidato a princípio implícito costumam envolver considerações substantivas.

Princípios Coerência consistência

Princípios Normas são inconsistentes em três casos: 1. N1 obriga C e N2 proíbe C 2. N1 obriga C e N2 permite a omissão de C 3. N1 proíbe C e N2 permite C

Princípios Normas consistentes podem ser incoerentes. > Carros vermelhos: 60km/h. Carros azuis: 90km/h. > O adultério justifica o divórcio; inseminação artificial sem consentimento do marido, não.

Princípios Analogias e princípios estão relacionados? Ex Fonte: A proibição do casamento interracial é ilegal. Alvo: A proibição do casamento homossexual deve ser ilegal.

Princípios Semelhança: As duas proibições impedem o casamento em virtude de características pessoais imutáveis.

Princípios 1. É ilegal proibir o CI 2. A proibição do CI é semelhante à do CH visto que impedem o C em virtude de características pessoais imutáveis Logo, 3. É ilegal impedir o CH

Princípios 1. É ilegal impedir o CI 2. O impedimento do CI é semelhante ao do CH na medida em que impede o C em virtude de características imutáveis *3. É ilegal impedir o C em virtude de características imutáveis* Logo, 4. É ilegal impedir o CH

Princípios 1. S1 é tratada da maneira M 2. S1 e S2 são semelhantes quanto a p, q, r (3. Toda situação com p, q e r deve ser tratada da maneira M ) Logo, S2 deve ser tratada da maneira M

Revisão > Princípios implícitos (Art. 4º LINDB) > Como identificá-los > Consistência e coerência > Princípio e analogia

Próximo ponto (5a): Interpretação jurídica Leitura obrigatória: Dimoulis, Cap. 8, pp. 143-155 Perguntas: 1. Quais são os principais métodos de interpretação? 2. Os métodos podem entrar em conflito?

Interpretação jurídica É mais simples interpretar leis do que precedentes judiciais?

Interpretação jurídica Definição de interpretação de Dimoulis 1ª parte: "Trata-se de um processo de atribuição de sentido aos enunciados normativos jurídicos (textos de norma)."

Interpretação jurídica 2ª parte: "A finalidade da interpretação jurídica é constatar a vontade do autor da norma, tal como foi fixada em dispositivos jurídicos."

Interpretação jurídica Classificação tradicional dos métodos de interpretação: 1. Gramatical (textual ou literal) 2. Sistemático (lógico) 3. Teleológico subjetivo (histórico) 4. Teleológico objetivo

Interpretação jurídica Método gramatical O texto deve ser entendido literalmente. É proibida a entrada de cães no restaurante É proibido pagar a passagem de um estrangeiro ao país com o propósito de empregá-lo (United States v. Church of Holy Trinity, 1892)

Interpretação jurídica Método sistemático O dispositivos não devem ser lidos individualmente, mas em conjunto, presumindo-se que são harmônicos entre si.

Interpretação jurídica Ex: O valor da indenização deverá ser aquele que o tribunal considere justo tendo sempre em conta a perda sofrida pelo demandante em consequência da demissão, na medida em que essa perda seja atribuível à ação adotada pelo empregador

Interpretação jurídica Método teleológico subjetivo Deve-se buscar evidências dos fins reais do legislador histórico. (Na exposição de motivos da lei, nos debates parlamentares, nos comentários dos juristas da época etc.)

Interpretação jurídica Método teleológico objetivo Deve-se identificar os fins sociais do texto. (os fins que o legislador teria se legislasse hoje e compartilhasse nossa preocupações)

Interpretação jurídica Ex: O valor da indenização deverá ser aquele que o tribunal considere justo tendo sempre em conta a perda sofrida pelo demandante em consequência da demissão, na medida em que essa perda seja atribuível à ação adotada pelo empregador

Interpretação jurídica Dois possíveis argumentos: > Os parlamentares tinham preocupações patrimoniais; não há menção a perda psicológica nos trabalhos preparatórios. > Se perda for entendida em sentido amplo, isso permitirá punições desmesuradas de empregadores e ninguém poderia pensar que o legislador quisesse isso.

Interpretação jurídica Métodos podem ser acumulados.

Interpretação jurídica Mas também podem entrar em conflito.

Quem dorme na estação deve ser expulso > Quem dorme na estação deve ser expulso > Apenas quem usa a estação como abrigo deve ser expulso Obs: o que sugere a tese institucional?

Revisão > Interpretação jurídica > Métodos tradicionais de interpretação Gramatical (textual ou literal) Sistemático (lógico) Teleológico subjetivo (histórico) Teleológico objetivo > Interação entre os métodos (acúmulo e conflito)

Próxima aula: Qual é o melhor método de interpretação? Leitura: pdf no site (ponto 5b) Pergunta: Qual é a maneira mais promissora de defender um método de interpretação jurídica?

Qual é o melhor método? Propósito do texto: Criticar defesas universais e abstratas de métodos de interpretação.

Qual é o melhor método? Universal é a defesa do emprego invariável de um mesmo método. Abstrata é a defesa que apela a ideais como justiça, democracia e estado de direito, sem considerar o contexto em que o método será usado.

Qual é o melhor método? Alguns debates tradicionais: 1. Método gramatical x método histórico 2. Método gramatical x método teleológico objetivo

Qual é o melhor método? 1. Método gramatical x método histórico Ex. de argumento universal e abstrato: Não há nada mais democrático do que fazer valer a vontade do legislador.

Os Legisladores vêm de diferentes comunidades, com ideologias diferentes e perspectivas diferentes. A única coisa que têm em comum é o texto do projeto em consideração no momento.

Qual é o melhor método? Obs: Há quem diga que é impossível aplicar o método histórico quando parlamentos são plurais.

Qual é o melhor método? 2. Método gramatical x método teleológico objetivo Argumentos universais e abstratos em defesa do primeiro: > Previsibilidade (segurança jurídica) > Eficiência

Qual é o melhor método? Argumentos universais e abstratos em defesa do método teleológico objetivo: > Justiça no caso concreto (equidade) > Adaptação do direito a valores sociais

Qual é o melhor método? Todos esses argumentos ignoram as circunstâncias concretas em que os métodos serão aplicados.

Qual é o melhor método? Por exemplo: > Conjuntura histórica. > Peculiaridades da matéria (direito penal, civil, trabalhista, tributário etc.). > Comportamento e habilidades dos criadores e intérpretes das normas.

Qual é o melhor método? Seja qual for o método escolhido, é importante ser sincero. Por quê? Uns são mais institucionais do que outros.

Revisão > Qual é o melhor método de interpretação? > Argumentos universais e abstratos > Considerações contextuais (v.g., limitações das autoridades)

Próxima aula: Interpretação constitucional e teste de proporcionalidade. Leitura obrigatória: 2 arquivos pdf no site (pontos 5c e 5d) Perguntas: 1. O que significa dizer que o direito brasileiro passa por um processo de constitucionalização? 2. Para que serve o teste de proporcionalidade?

Interpretação constitucional Introdução. Todo sistema jurídico tem constituição em um sentido mínimo: Conjunto de normas que define as atribuições dos principais órgãos do governo.

Interpretação constitucional Mas nem todo sistema jurídico tem constituição escrita e rígida.

Interpretação constitucional Outra característica de muitas constituições é a presença de dispositivos que afirmam DFs com linguagem vaga.

Interpretação constitucional A constitucionalização do direito brasileiro. Dois aspectos: 1. A constituição regula um número amplo de assuntos. (não só políticos, mas sociais, econômicos, civis, trabalhistas, tributários etc.)

Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. 1º - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil. 2º - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. [...] Art. 242, Parágrafo 2º. O Colégio Pedro II, localizado na cidade do Rio de Janeiro, será mantido na órbita federal.

Interpretação constitucional 2. Dispositivos infraconstitucionais são interpretados conforme a constituição. Dois cenários possíveis: 1. Recorre-se à CF quando o texto infraconstitucional não é claro; 2. Recorre-se à CF mesmo quando o texto infraconstitucional é claro.

Revisão parcial > Interpretação constitucional > Tende a envolver argumentação mais substantiva por dois motivos: (i) linguagem vaga (ii) rigidez do texto constitucional > Constitucionalização do direito: dois aspectos

Teste de proporcionalidade Técnica frequentemente usada por tribunais para resolver conflitos entre direitos fundamentais (DFs)

Teste de proporcionalidade Exemplo: Caso Ellwanger (HC 82424 2003)

Teste de proporcionalidade M é idônea, adequada, racional para o cumprimento de DF? M é necessária para o cumprimento de DF? Não há outra medida M que também cumpra DF sem interferir tanto em DF? O cumprimento de DF é proporcional à interferência em DF?

Revisão > Teste de proporcionalidade > Etapas: adequação necessidade proporcionalidade em sentido estrito > Uso e abuso

Próxima aula: Sistema jurídico. Leitura obrigatória: Nino, cap. 3, pp. 117-125 (6a) Perguntas: 1. O que significa dizer que um sistema jurídico é institucionalizado? 2. Sistemas jurídicos são necessariamente coercitivos?

Sistema jurídico O que é um sistema jurídico? O que o distingue de outras formas de organização social? SISTEMA JURÍDICO

Sistema jurídico No curso de TD, sistema ordenamento Sistema indica (um certo grau de): > Unidade > Completude > Consistência > Ausência de redundâncias

Sistema jurídico Unidade Compare: 2, 7, 18, 9 x 2, 4, 6, 8 Mosca, carro, caderno x Mosca, pássaro, avião

Sistema jurídico A unidade depende da existência de critérios relativamente claros de inclusão no grupo.

Sistema jurídico Obs: segundo Hart, é a regra de reconhecimento que estabelece os critérios de pertencimento de outras regras ao sistema jurídico.

Sistema jurídico Completude Sistema completo é aquele que não tem lacunas, que não se omite.

Sistema jurídico Obs: o Art. 4º da LINDB reconhece a existência de lacunas na lei, não no ordenamento.

Sistema jurídico Consistência Um sistema é consistente se não contém antinomias ou pelo menos oferece meios institucionais para resolvê-las.

Sistema jurídico Ausência de redundâncias Ex: CP argentino permitia o aborto quando "a gravidez provém de uma violação ou de um atentado ao pudor cometido contra uma mulher deficiente mental"

Sistema jurídico Obs: uma distinção importante: Característica normal característica necessária

Sistema jurídico Característica normal: característica apresentada normalmente pelos membros de uma classe. Exs: aves voam, juízes vestem togas pretas

Sistema jurídico Característica necessária: característica que não pode faltar a cada um dos membros de uma classe.

Sistema jurídico Características do sistema jurídico: 1. Normativo Um sistema jurídico necessariamente contém normas.

Sistema jurídico 2. Coercitivo Um sistema jurídico (necessariamente?) estipula sanções em caso de descumprimento de algumas normas. (sanção = ato de privação de bens)

Sistema jurídico 3. Institucionalizado Num sistema jurídico, necessariamente há órgãos que concentram poder para produzir, alterar e aplicar normas. Obs: aprendemos isso com Hart!

Sistema jurídico 4. Moralmente correto (?) Um sistema jurídico é necessariamente bom do ponto de vista moral? Positivistas e antipositivistas discordam entre si. Obs: Alguns positivistas admitem que todo sistema jurídico afirma ser moralmente correto.

Sistema jurídico 5. Conteúdo mínimo Hart: todo sistema (necessariamente?) tem normas contra o livre uso da violência, roubo e fraude.

Um sistema jurídico é uma forma de organização social que: Contém normas Concentra poder normativo em órgão centrais É moralmente correto ou pelo menos afirma ser* Limita o uso da violência do roubo e da fraude** Estipula sanções** Exibe algum grau de unidade, consistência e completude *Positivistas x não-positivistas ** Características normais ou necessárias? Fábio Perin Shecaira Ph.D Candidate

Sistema jurídico Casos discutíveis: > Ordem internacional > Máfia > Organizações religiosas

Próxima aula: Lacunas (6b) Leitura: Guastini, Cap. 11, pp. 176-184 Perguntas: 1. A palavra lacuna admite mais de um sentido? 2. Por que é que alguém defenderia a ideia de que o direito não tem lacunas?

Lacunas 1. O que são lacunas? 2. Existem lacunas em ordenamentos jurídicos modernos? 3. Como lidar com elas (caso existam)?

Lacunas 1. O que são? Definição geral: há lacuna quando o ordenamento não oferece solução para um dado caso.

Lacunas LINDB, Art. 4º: Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Obs1: omissão = lacuna Obs2: lacuna na lei lacuna no ordenamento

Lacunas Tipos de lacuna: > Lacuna por falta de norma: não há, em relação a um dado caso, qualquer norma pertinente. > Lacuna em virtude de vagueza: há norma pertinente, mas ela não soluciona o caso claramente.

Lacunas Dois outros (supostos) tipos de lacuna: > Lacuna em virtude de antinomia: há normas pertinentes mas incompatíveis entre si. > Lacuna axiológica: há norma pertinente e aplicável, mas o legislador não parece ter previsto o caso.

Lacunas 2. Existem lacunas em ordenamentos modernos? Muitos juízes hesitam em admitir a existência de lacunas em casos concretos. Reconhecer lacuna é reconhecer que se vai tomar uma decisão retroativa.

Lacunas Defesas da completude do ordenamento: a) Todo ordenamento inclui uma norma do tipo tudo o que não é proibido é permitido. b) O ordenamento vai além das fontes explícitas; é composto também de princípios implícitos.

Lacunas 3. Como lidar com lacunas?

Lacunas Código Civil suíço Art 1º O Código se aplica a todas as questões reguladas pelos seus termos ou exposição. Se nenhum comando puder ser derivado da lei, o juiz decidirá de acordo com direito costumeiro e, na falta disso, de acordo com a regra que ele adotaria como legislador.

Revisão Lacunas O que são? Existem em ordenamentos modernos? Como lidar com elas?

Próxima aula: Relações entre ordenamentos (6c) Leitura: Bobbio, cap. 5 Procure exs. de ordenamentos com essas características: 1. Mesmo âmbito de validade espacial e material, mas não temporal. 2. Mesmo âmbito temporal e material, mas não espacial. 3. Mesmo âmbito temporal e espacial, mas não material.

Relações entre ordenamentos Principais teorias 1. Monismo: só há um ordenamento jurídico global. a) Monismo jusnaturalista b) Monismo positivista

Relações entre ordenamentos 2. Pluralismo: há diferentes ordenamentos jurídicos. a) Versão moderada: há diversos ordenamentos jurídicos estatais. b) Versão forte: há diversos ordenamentos jurídicos estatais e não-estatais.

Relações entre ordenamentos Para o pluralista, é possível delimitar os ordenamentos em função do seu âmbito de aplicabilidade temporal, espacial e material.

Relações entre ordenamentos Diferentes tipos de relação entre ordenamentos quanto ao âmbito de aplicabilidade: a) exclusão total b) exclusão parcial c) inclusão total

Relações entre ordenamentos Três situações interessantes: 1. Ordenamentos com coincidência de âmbito espacial e material, mas não temporal.

Relações entre ordenamentos Kelsen: um ordenamento é sucedido por outro quando há uma alteração ilegal da constituição ( revolução ). Obs: como explicar ordenamentos pós-coloniais como os do antigo império britânico?

Relações entre ordenamentos 2. Ordenamentos com coincidência de âmbito temporal e material, mas não espacial. Obs: a exclusão entre ordenamentos estatais não precisa ser total. (DIPri)

Relações entre ordenamentos Ex: LINDB, Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens.

Relações entre ordenamentos 3. Ordenamentos com coincidência de âmbito temporal e espacial, mas não material. Ex: Estado e Igreja. A relação é de exclusão total ou parcial?

Resumo > Pluralismo x monismo > Relações entre ordenamentos no tempo, no espaço e quanto à matéria Revolução DIPri Igreja e Estado