GUIA DE ANÁLISE DE DADOS DO PROGRAMA NACIONAL DE RASTREAMENTO DE EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS POR SATÉLITE



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Transcrição:

GUIA DE ANÁLISE DE DADOS DO PROGRAMA NACIONAL DE RASTREAMENTO DE EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS POR SATÉLITE 2

Sumário O que é o sistema de rastreamento de embarcações?... 4 Quem tem acesso ao PREPS?... 6 Como acessar o sistema?... 6 Como identificar e caracterizar uma infração?... 7 Que dados são transmitidos?... 7 Que dados são disponibilizados no PREPS?... 7 Como proceder a caracterização das atividades desenvolvidas pela embarcação?... 7 Como requisitar os dados do sistema?... 8 I Procedimento Webgis... 9 II Procedimento interface do usuário... 9 Vantagens e desvantagens dos relatórios... 10 Tratamento dos dados do terminal do usuário... 10 Procedimento do tratamento dos dados no programa Microsoft Office Excel... 11 Caracterização de infração... 24 Amparo legal... 26 Descrição geral das atividades de pesca através da velocidade de deslocamento das principais frotas pesqueiras do sudeste e sul... 28 Resumo de um cruzeiro de pesca... 28 Frota de arrasto de fundo... 30 Frota de cerco... 32 Frota de emalhe de fundo... 34 Frota de Espinhel de Fundo... 36 Frota de Espinhel de Superfície... 38 Frota de potes abertos... 40 Frota de vara e isca viva... 43 3

CURSO DE ANÁLISE DE DADOS DO PROGRAMA NACIONAL DE RASTREAMENTO DE EMBARCAÇÕES PESQUEIRAS POR SATÉLITE O que é o sistema de rastreamento de embarcações? Consiste de registros da trajetória de uma embarcação ao longo do tempo por meio de coordenadas geográficas. É composto por uma antena de transmissão, um equipamento de GPS (Global Positioning System) e uma capa de proteção selada e inviolável, que protege todo o conjunto de equipamentos da maresia. O equipamento de rastreamento transmite os dados gerados a bordo para um satélite de telecomunicações que retransmite os dados para uma estação em terra. Essa transmissão de dados ocorre em frações de segundo, podendo-se assumir que ocorre em tempo real (figura 1). Figura 1 Exemplo esquemático da geração e transmissão dos dados de posicionamento geográfico que compõe o rastreamento via satélite. Adaptado de <http://www.afma.gov.au/information/students/methods/vms.htm>. 4

O monitoramento de embarcações pesqueiras com o rastreamento por satélite é uma tendência mundial, diversos países passaram a adotar esta ferramenta como parte fundamental no ordenamento de suas pescarias. Essa tecnologia foi desenvolvida no final dos anos de 1990 e recentemente passou a ser amplamente difundida. No Brasil, o rastreamento por satélite foi utilizado pela primeira vez em 2001, no monitoramento da atividade de embarcações pesqueiras estrangeiras, fazendo parte de um programa, conduzido pelo Governo Federal para a ocupação da zona econômica exclusiva brasileira, exploração de áreas mais profundas que 200 metros e repasse de tecnologia. A partir dos bons resultados obtidos e o potencial benefício para a gestão pesqueira, foi desenvolvido o Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações Pesqueiras por Satélite PREPS, instituído e regulamentado por meio da Instrução Normativa Interministerial n.º 2, de 04 de setembro de 2006 Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca da Presidência da República SEAP/PR, Ministério do Meio Ambiente MMA e Marinha do Brasil. Tem por finalidade o monitoramento, gestão pesqueira e controle das operações da frota pesqueira permissionada pela SEAP/PR, além do potencial em melhorar a segurança dos pescadores embarcados. É obrigatória a participação das seguintes embarcações: Estrangeiras de pesca, sem exceção. Atuantes na pesca de arrasto que operam em águas mais profundas do que 100 metros, sem exceção. Atuantes na pesca de cerco que capturam o bonito listrado, sem exceção. Atuantes na pesca com rede de emalhe que capturam o peixe-sapo, sem exceção. Atuantes na pesca com armadilhas/covos que capturam caranguejos de profundidade, sem exceção. Atuantes na pesca com armadilhas/covos/potes que capturam polvo, sem exceção. Todas as embarcações de pesca com comprimento igual ou superior a 15 metros ou arqueação bruta igual ou superior a 50 (espinhel, linha, vara e isca viva, arrasto de peixes e camarões, espinhel de fundo, linha pargueira, emalhe de deriva, emalhe de fundo, arrasto de piramutaba, armadilha/covos, cerco, entre outras). Todas as embarcações da pesca da lagosta com armadilha/covos com comprimento total igual ou superior a 10 metros. Outras embarcações que venham a ser obrigatorizadas por atos normativos da SEAP/PR ou IBAMA/MMA. 5

O sistema é acessado pela internet, permite a visualização da trajetória e uma ou varias embarcações, emite alertas de invasão de áreas proibidas, mau funcionamento do equipamento e possui um botão de pânico, para casos de emergência (figura 2). Figura 2 Interface gráfica do Programa Nacional de Rastreamento de Embarcações Pesqueiras por Satélite PREPS. Quem tem acesso ao PREPS? Os Responsáveis Legais pelas embarcações integrantes do PREPS poderão obter uma senha de acesso restrito ao Sistema da Central de Rastreamento, para fins de acompanhamento das operações de pesca das embarcações sob sua responsabilidade. Os agentes de fiscalização terão acesso a todas as embarcações para fins de fiscalização do cumprimento das normas estabelecidas para as frotas pesqueiras. Como acessar o sistema? O PREPS é acessado pela internet, no endereço: https://www.preps.gov.br 6

Como identificar e caracterizar uma infração? O sistema emite alarmes quando a embarcação invade uma área indevida, para caracterizar a infração é necessário verificar se a embarcação realizou efetivamente atividade de pesca durante a permanência nesta área. Essa constatação é feita através de indicadores de atividade de pesca. Durante o cruzeiro de pesca a embarcação apresenta diferentes padrões de velocidade de deslocamento de acordo com a atividade realizada (e.g. navegação, pesca, fundeio). Para realizar esse procedimento temos de exportar os dados do sistema e analisar o histórico do deslocamento da embarcação. Que dados são transmitidos? Atualmente são transmitidos dados de data, hora, latitude e longitude. O sistema foi concebido e preparado para transmitir qualquer tipo de dado coletado a bordo, por qualquer sensor instalado na embarcação. A freqüência de envio mínima é de uma transmissão a cada hora. Demais sensores, como profundímetro e termômetros, ainda não foram implementados. Que dados são disponibilizados no PREPS? O PREPS disponibiliza os dados de cada transmissão de rastreamento armazenada em seu banco de dados. Cada transmissão é composta por data, hora, latitude, longitude. Além destes dados, o sistema ainda disponibiliza a diferença de tempo (dt em horas), a distância (dd em milhas náuticas) e a velocidade média (Vel em nós) entre cada transmissão consecutiva de uma mesma embarcação. Como proceder a caracterização das atividades desenvolvidas pela embarcação? Vamos demonstrar através de um exemplo. Escolhemos uma embarcação da frota permissionada para a captura do camarão rosa do sudeste e sul, esta embarcação recebeu uma permissão provisória para operar durante o período de defeso da espécie, em profundidades compreendidas entre 150 e 250 metros, para a captura do camarão cristalino e fauna associada, a permissão 7

ainda inclui 2 áreas de exclusão à pesca dentro da área delimitada pelas batimetrias de 100 e 250 metros (figura 3). Figura 3 Cruzeiro de pesca da embarcação Tal, componente da frota de arrasto de fundo para a captura de camarão rosa do sudeste e sul do Brasil, na ocasião atuando com permissão provisória para a captura de camarão cristalino e fauna associada. A faixa azul claro é a zona destinada à pesca, as áreas em cor violeta representam áreas proibidas. A embarcação permaneceu dentro da área de exclusão durante um período da viagem. Vamos descrever, em termos de velocidade de deslocamento, todo o cruzeiro de pesca e identificar as prováveis atividades desenvolvidas. Para isso é necessário exportar os dados do cruzeiro, vamos demonstrar o procedimento para as duas opções disponíveis. Como requisitar os dados do sistema? Existem 2 procedimentos para requisitar os dados: I Procedimento Webgis II Procedimento interface do usuário 8

I Procedimento Webgis 1) Na aba 4. Filtros das embarcações : fazer uma seleção das embarcações que serão visualizadas. Pode-se escolher as embarcações por nome, tamanho, arqueação bruta, espécie-alvo, modalidade e região de atuação. 2) Feita a seleção, vá na aba 1. Ferramentas, botão Relatórios. Irá abrir uma caixa de diálogo denominada Relatórios, habilite a opção Rastreamento de embarcação, escolha o formato dos dados (Texto não editável PDF Portable Document Format, ou texto editável CSV Comma Separed Value). 3) Clique no botão Gerar relatório, pronto, sua consulta será disponibilizada no próximo dia. II Procedimento interface do usuário 1) Na interface do usuário, em Opções, Embarcação, Exportar dados. 2) Irá aparecer uma tela Exporta dados de rastreamento, nela é possível fazer uma pesquisa por responsável legal, empresa de rastreamento ou nome da embarcação. 3) A seleção é feita logo abaixo em Listagem de embarcações de pesca, onde é possível selecionar a embarcação e o período desejado. 4) Feita a seleção é necessário definir o separador de colunas, feito isso clique no botão Exportar, pronto o sistema irá disponibilizar um arquivo no formato de texto TXT. 9

Vantagens e desvantagens dos relatórios A escolha de qual método de extração de dados do banco vai depender da necessidade do usuário. A primeira opção ( Webgis ) permite uma seleção mais elaborada e com dados completos, porém sendo disponibilizados apenas 24 horas após a requisição. A segunda opção ( interface o usuário ) permite uma seleção mais limitada e com dados incompletos, por outro lado a disponibilização dos dados ocorre no mesmo instante da requisição, mais útil em casos de emergência. Tratamento dos dados do terminal do usuário A saída dos dados nesta opção requer um pequeno tratamento inicial. O arquivo de rastreamento gerado necessita ser convertido para uma planilha eletrônica e calculados os valores de diferença de tempo entre transmissões consecutivas, distância entre posições consecutivas e a velocidade média de deslocamento entre posições consecutivas. A forma mais aconselhada para o delimitador de campos é a vírgula, pois esse é o padrão do formato de arquivos CSV (comma separed value), reconhecido por todos os programas de planilha eletrônica. O separador de casas decimais adotado pelo PREPS é ponto final. que deve ser configurado no momento da conversão do arquivo, do formato texto para numérico. O arquivo gerado traz consigo os dados do nome da empresa de rastreamento, nome da embarcação, latitude, longitude, data, hora, sensor e leitura do sensor, contudo esta opção não possui cabeçalho (tabela 1). Tabela 1 Exemplo da saída de dados de uma consulta feita através da opção Interface do usuário. Onixsat Rastreamento de Veículos Ltda. (Jabursat),Tal,-23.9722,-45.365,01/03/2008,00:23:06,, Onixsat Rastreamento de Veículos Ltda. (Jabursat),Tal,-23.9725,-45.3592,01/03/2008,01:23:11,, Onixsat Rastreamento de Veículos Ltda. (Jabursat),Tal,-23.9764,-45.3211,01/03/2008,02:22:06,, Onixsat Rastreamento de Veículos Ltda. (Jabursat),Tal,-23.9786,-45.2844,01/03/2008,03:22:56,, Onixsat Rastreamento de Veículos Ltda. (Jabursat),Tal,-23.9822,-45.2494,01/03/2008,04:22:33,, Onixsat Rastreamento de Veículos Ltda. (Jabursat),Tal,-24.0311,-45.2206,01/03/2008,06:21:46,, O cabeçalho da planilha gerada segue: Empresa de Rastreamento, Embarcação, Latitude, Longitude, Data, Hora, Sensor, Leitura do Sensor 10

Procedimento do tratamento dos dados no programa Microsoft Office Excel 1 Abrir o arquivo da consulta feita no PREPS no programa Excel Clique em abrir, escolha o tipo de arquivo ( Arquivos de texto... ), clique no botão Abrir. 11

2 Imediatamente abrirá uma caixa de diálogo, denominada Assistente de importação de texto. Selecione Delimitado, clique em Avançar >. 12

3 Próximo passo, escolher o delimitador de colunas, habilite Vírgula, clique em Avançar >. 13

4 Agora, clique no botão Avançado. Abrirá uma caixa de diálogo em que se deve definir o separador de casas decimais e separador de milhar. O separador de casas decimais deve ser ponto final. e o de milhar deve ser em branco, confirme as configurações no botão OK e conclua o assistente de importação no botão Concluir. 14

5 O texto foi convertido para uma planilha eletrônica, porém ainda não possui cabeçalho. 15

6 Edite o cabeçalho na planilha de dados, inserindo uma linha na primeira célula e digitando o nome de cada atributo às colunas. Segue exemplo abaixo: A B C D E F G H Empresa de Rastreamento Embarcação Latitude Longitude Data Hora Sensor Leitura do Sensor 16

7 Agora com o texto convertido em planilha eletrônica e com o cabeçalho editado, salve o arquivo no formato utilizado pelo programa Microsoft Office Excel, extensão.xls. Clique, na barra de menu em Arquivo, depois em Salvar como..., abrirá uma caixa de diálogo. Direcione o local onde será armazenado o arquivo. Depois, escolha o tipo de arquivo que será salvo em Salvar como tipo:, escolha a opção Pasta de Trabalho do Microsoft Office Excel (*.xls), dê um nome ao arquivo e clique em Salvar. Pronto, o arquivo foi convertido para o formato utilizado pelo Microsoft Office Excel. 17

8 Eliminação de dados repetidos. Eventualmente podem ocorrer duplicações na geração dos dados, estes dados irão gerar valores errôneos nos cálculos seguintes (a diferença de tempo será 0, por exemplo), por tanto devem ser eliminados, quando ocorre algum dado duplicado, os valores de todos os campos são repetidos na linha subseqüente, para eliminá-los confira se o valor da hora está repetido, é a forma mais segura de conferir e eliminar tal defeito. Digite a seguinte fórmula na célula I2: =SE(F2=F1;"apagar";""), arraste essa fórmula até o final da planilha. 18

Continuando, selecione a coluna I, copie e cole no modo especial (barra de menu Editar, Colar especial..., Valores ). Organize toda a planilha, classificando em função desta coluna, selecione toda a planilha (da coluna A até I ), vá na barra de menu clique em Dados, Classificar..., abrirá uma caixa de diálogo, escolha a coluna I e Decrescente, clique em OK. As linhas repetidas serão as primeiras e apresentarão a palavra apagar na coluna I. Exclua estas linhas e classifique a tabela por data, seguido de hora, todos em ordem crescente. Agora, toda a coluna I dever excluída. 19

9 Cálculo da diferença de tempo (dt), distância entre pontos (dd) e velocidade média de deslocamento (Vel) entre transmissões consecutivas. Primeiro edite a primeira linha das colunas I, J e K, preenchendo com as siglas dt (diferença de tempo), dd (diferença de distância) e velocidade (velocidade media de deslocamento). Todos os valores resultantes do cálculo entre transmissões consecutivas sempre serão atribuídos ao dado 2 (sendo o dado 1 a transmissão anterior e o dado 2 a transmissão subseqüente), presumindo-se que a embarcação inicia o deslocamento com diferença de tempo, distância e velocidade com valores iguais à 0 (zero). Assim, a primeira linha destas colunas deve ser preenchida por 0 (zero). 20

Diferença de tempo dt O programa Microsoft Office Excel tem uma forma própria de processar informações temporais. As datas não são no formato que conhecemos dia/mês/ano, que é apenas uma visualização. Para o programa, o primeiro dia inicia em 01/01/1900, dia 1 (um), no qual os próximos dias são uma numeração contínua e crescente. As horas são representadas por décimos de dia, variando de 0 (zero) até 1 (um). Para realizar uma contagem que envolva tempo é necessário somar a data com a hora, formando um número que terá a data e os décimos de dia. Somente dessa forma é possível calcular o tempo entre dias diferentes. A diferença de tempo (dt) é o tempo transcorrido entre uma transmissão de dados de rastreamento e outra subseqüente. Para isso, utilize a seguinte formula na célula I3 =((E3+F3)-(E2+F2))*24, aplique está fórmula em todas as linhas, células, da coluna I. Os valores de diferença de tempo serão apresentados em horas. 21

Diferença distância dd A distância entre dois pontos deve ser calculada levando-se em consideração que a superfície da Terra é esférica. É necessário utilizar a equação de Haversine, que permite calcular distâncias em superfícies esféricas com raio conhecido. Para essa estimativa, é adotado o raio médio da Terra (3.438,15 milhas náuticas). Esse raio varia ao longo das latitudes, porém, a influência das diferenças do tamanho do raio da Terra neste cálculo é insignificante. Para isso utilize a seguinte formula na célula J3 =3438,15*2*ASEN(RAIZ(((1-COS(RADIANOS(C3)- RADIANOS(C2)))/2)+COS(RADIANOS(D2))*COS(RADIANOS(D3))*(((1- COS(RADIANOS(D3)-RADIANOS(D2)))/2)))), aplique está fórmula na coluna J, até a última linha que contenha dados. Os valores de distância serão apresentados em milhas náuticas. 22

Velocidade média Vel A velocidade média de deslocamento é calculada pela fórmula da velocidade média convencional Vm=dD/dT Para isso utiliza a seguinte fórmula na célula K3 =J3/I3, aplique está fórmula em todas as linhas, da coluna K. Os valores de velocidade de deslocamento serão apresentados em milhas náuticas por hora (nós). Pronto, cálculos realizados, salve o arquivo. 23

Caracterização de infração No exemplo que está sendo utilizado, a embarcação permaneceu em área proibida pela sua licença, iremos identificar qual é o período de datas em que a embarcação permaneceu na área. Temos que realizar esse procedimento alterando as datas e observar qual o período em que a embarcação permaneceu na área, analisar a velocidade de deslocamento buscando caracterizar qual atividade foi desenvolvida durante o período de permanência na área. No exemplo a embarcação entrou na área às 15:00h do dia 11/03/2008 e permaneceu até as 20:00h do dia 14/03/2008 (figura 4). Figura 4 seleção dos registros de rastreamento da embarcação Tal durante a permanência em área proibida. Área azul representa os locais sem restrições à pesca, as áreas em lilás representam os locais com restrição à pesca. 24

O exemplo utilizado aqui se refere a uma embarcação de arrasto de fundo. As atividades que esta modalidade desenvolve durante um cruzeiro são basicamente, navegação e atracação no porto (velocidade próximas ou iguais a zero), navegação de cruzeiro (velocidade alta), atividade de pesca (velocidade baixa, porém constante). Para evidenciar os padrões de velocidade desenvolvidos durante as diferentes atividades, analisamos todos os registros velocidade de deslocamento desta embarcação por meio de uma distribuição de freqüência percentual, identificando prováveis atividades conforme a concentração de valores em determinadas classes (figura 5). Freqüencia percentual (%) 35 30 25 20 15 10 5 Porto Pesca Navegação 0 0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5 4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5 Velocidade de deslocamento (nós) Figura 5 Distribuição de freqüência percentual das velocidades de deslocamento da embarcação Tal. Período compreendido entre novembro de 2007 e outubro de 2008. Velocidades compreendidas entre 0 e 0,5 nós estão relacionadas a momentos com atividades não relacionadas à pesca (atracação, navegação lenta ou fundeio), velocidades maiores a 1,5 nós e inferiores a 3 nós são relacionadas a atividade de pesca, velocidades superiores a 4 nós estão relacionadas a navegação de cruzeiro (deslocamento não relacionado com a atividade de pesca). 25

Analisando a velocidade de deslocamento da embarcação do exemplo ao longo do cruzeiro, entre 11/03/2008 a 17/03/2008, observamos velocidades maiores que 4 nós no início e final da viagem, refletindo a navegação entre o porto e a área de pesca, enquanto que no restante do cruzeiro a velocidade permaneceu em torno de 2 nós. Durante a permanência da embarcação na área proibida, as velocidades de deslocamento sugerem que ocorreu atividade de pesca (figura 6). Velocidade de deslocamento (nós) 8 7 6 5 4 3 2 1 Período de permanência em área proibida 0 10/03/08 11/03/08 12/03/08 13/03/08 14/03/08 15/03/08 16/03/08 17/03/08 18/03/08 Figura 6 Velocidade de deslocamento desenvolvida pela embarcação Tal ao longo do cruzeiro de pesca no mês de março de 2008. Linhas verticais delimitam o período em que a embarcação permaneceu dentro da área proibida à pesca. Amparo legal Esta infração pode ser enquadrada nos Artigos 35 e 37 do Decreto n 6.514, de 22 de julho de 2008, que dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras providências.... Art. 35. Pescar em período ou local no qual a pesca seja proibida: Multa de R$ 700,00 (setecentos reais) a R$ 100.000,00 (cem mil reais), com acréscimo de R$ 20,00 (vinte reais), por quilo ou fração do produto da pescaria, ou por espécime quando se tratar de produto de pesca para uso ornamental. Parágrafo único. Incorre nas mesmas multas quem: I - pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos; 26

II - pesca quantidades superiores às permitidas ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos; III - transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibida; IV - transporta, conserva, beneficia, descaracteriza, industrializa ou comercializa pescados ou produtos originados da pesca, sem comprovante de origem ou autorização do órgão competente; V - captura, extrai, coleta, transporta, comercializa ou exporta espécimes de espécies ornamentais oriundos da pesca, sem autorização do órgão competente ou em desacordo com a obtida; e VI - deixa de apresentar declaração de estoque. Art. 37. Exercer a pesca sem prévio cadastro, inscrição, autorização, licença, permissão ou registro do órgão competente, ou em desacordo com o obtido: Multa de R$ 300,00 (trezentos reais) a R$ 10.000,00 (dez mil reais), com acréscimo de R$ 20,00 (vinte reais) por quilo ou fração do produto da pesca, ou por espécime quando se tratar de produto de pesca para ornamentação. Parágrafo único. Caso a quantidade ou espécie constatada no ato fiscalizatório esteja em desacordo com o autorizado pela autoridade ambiental competente, o agente autuante promoverá a autuação considerando a totalidade do objeto da fiscalização.... 27

Descrição geral das atividades de pesca através da velocidade de deslocamento das principais frotas pesqueiras do sudeste e sul Este tópico traz uma breve descrição das operações de pesca que uma embarcação desenvolve durante a realização do cruzeiro de pesca. As diferentes atividades são caracterizadas através de padrões velocidade de deslocamento durante sua realização. De forma geral o padrão é similar em uma mesma frota, porém, as diferenças entre as características das embarcações (e.g. potência do motor) de uma mesma frota podem interferir na interpretação a atividade realizada. A velocidade de deslocamento é um indicativo de que operação a embarcação realiza, ressaltamos que a embarcação pode realizar outras atividades, que não a pesca, com velocidades de deslocamento similares àquelas interpretadas como pescaria. A interpretação sobre que atividade a embarcação realiza, ou realizou, cabe ao interpretador, com base em uma série de indícios que o leve a ter tal interpretação. Resumo de um cruzeiro de pesca Todo cruzeiro de pesca inicia no porto, ao deixar o porto a embarcação se desloca para a área de pesca com velocidade de deslocamento rápida e constante (velocidade de cruzeiro), ao chegar na área de pesca a embarcação passa a desenvolver um padrão de velocidade de deslocamento distinto, que irá depender da modalidade utilizada, podendo apresentar velocidades constantes ou períodos regulares de velocidades altas intercaladas por lentas. A maior parte do tempo do cruzeiro de pesca a embarcação irá apresentar esse padrão. No final do cruzeiro a embarcação volta a apresentar velocidade de cruzeiro no retorno ao porto finalizando o cruzeiro de pesca. O porto de chegada pode ser diferente àquele de partida. Existem dois tipos básicos procedimento de captura, (i) ativos (e.g. arrasto) e (ii) passivos (e.g. emalhe). Enquanto que nos métodos ativos a embarcação se desloca continuamente perseguindo seus recursos, os métodos passivos são caracterizados pelo lançamento do petrecho na água e seu posterior 28

recolhimento. Estas diferenças irão refletir em diferentes padrões de operação, que podem ser identificados por padrões de velocidades em determinados horários do dia, caracterizando a assinatura de cada frota. 29

Frota de arrasto de fundo A operação de pesca desta modalidade consiste rebocar uma rede que fica em contato com o leito marinho, esta operação ocorre com a embarcação se deslocando em baixa velocidade. A viagem inicia com a embarcação se deslocando com velocidade de cruzeiro até o pesqueiro, a partir dá passa a desenvolver velocidades lentas, mas constantes, e no final da viagem volta a apresentar velocidades de cruzeiro (figuras 7 e 8). Figura 7 Mapa de um cruzeiro de pesca da modalidade de arrasto de fundo. 30

Figura 8 Distribuição de freqüência da velocidade de deslocamento das embarcações de pesca da modalidade de arrasto de fundo. 31

Frota de cerco A operação de pesca desta frota consiste em deixar o porto com velocidade de cruzeiro e rumar ao pesqueiro, durante todo o deslocamento, a embarcação está procurando cardumes de peixes, desenvolvendo velocidades rápidas, ao encontrar um cardume inicia o cerco, também em velocidades altas, porém durante o transbordo da captura a embarcação permanece parada, caracterizando o lance de pesca (figuras 9 e 10). Figura 9 Mapa de um cruzeiro de pesca da modalidade de cerco. 32

Figura 10 - Distribuição de freqüência da velocidade de deslocamento das embarcações de pesca da modalidade de cerco. 33

Frota de emalhe de fundo A operação de pesca desta modalidade consiste em deixar o porto, se deslocar até o pesqueiro e iniciar o lançamento da rede com velocidade de deslocamento ligeiramente inferior à de cruzeiro. A rede permanece imersa e é recolhida algumas horas depois, o recolhimento se dá com a embarcação desenvolvendo velocidade de deslocamento lenta. No final da viagem a embarcação retorna ao porte com velocidade de cruzeiro (figuras 11 e 12). Figura 11 Mapa de um cruzeiro de pesca da modalidade de emalhe de fundo. 34

Figura 12 - Distribuição de freqüência da velocidade de deslocamento das embarcações de pesca da modalidade de emalhe de fundo. 35

Frota de Espinhel de Fundo A operação de pesca desta modalidade consiste em deixar o porto, se deslocar até o pesqueiro com velocidade de cruzeiro, ao chegar ao pesqueiro inicia o lançamento do espinhel com velocidade de deslocamento ligeiramente inferior à de cruzeiro. O espinhel permanece imerso e é recolhido algumas horas depois, o recolhimento se dá com a embarcação desenvolvendo velocidade de deslocamento lenta. Entre um recolhimento e um lançamento a embarcação permanece parada com velocidades próximas ou iguais a 0 (zero). No final da viagem a embarcação retorna ao porto com velocidade de cruzeiro (figuras 13 e 14). Figura 13 Mapa de um cruzeiro de pesca da modalidade de espinhel de fundo. 36

Figura 14 - Distribuição de freqüência da velocidade de deslocamento das embarcações de pesca da modalidade de espinhel de fundo. 37

Frota de Espinhel de Superfície A operação de pesca desta modalidade consiste em deixar o porto, se deslocar até o pesqueiro com velocidade de cruzeiro, ao chegar ao pesqueiro inicia o lançamento do espinhel com velocidade de deslocamento ligeiramente inferior à de cruzeiro. O espinhel permanece imerso e é recolhido algumas horas depois, o recolhimento se dá com a embarcação desenvolvendo velocidade de deslocamento lenta. Entre um recolhimento e um lançamento a embarcação permanece parada com velocidades próximas ou iguais a 0 (zero). No final da viagem a embarcação retorna ao porto com velocidade de cruzeiro (figuras 15 e 16). Figura 15 Mapa de um cruzeiro de pesca da modalidade de espinhel de superfície. 38

Figura 16 - Distribuição de freqüência da velocidade de deslocamento das embarcações de pesca da modalidade de espinhel de superfície. 39

Frota de potes abertos A operação de pesca desta modalidade consiste em deixar o porto, se deslocar até o pesqueiro e iniciar o recolhimento do espinhel de potes. As embarcações possuem uma série de espinheis de potes dispostos na área de pesca. Estes equipamentos permanecem constantemente imersos, não sendo retirados da água com o retorno da embarcação ao porto. No momento da despesca, o espinhel é recolhido pela proa e retorna a água pela proa, normalmente são recolhidos 2 (dois) espinheis por dia, este procedimento é denominado de repasse. No final do dia a embarcação se desloca para a área onde será recolhido o próximo espinhel e permanece neste local durante a noite. A atividade de pesca pode ser resumida em navegar com velocidade de cruzeiro até a localização do espinhel, iniciar o repasse com velocidade lenta, se deslocar até o próximo espinhel com velocidade de cruzeiro, iniciar o segundo repasse com velocidade lenta novamente, à noite a embarcação permanece fundeada com velocidade próxima ou igual a 0 (zero). 40

Figura 17 Mapa de um cruzeiro de pesca da modalidade de potes abertos. 41

Figura 18 Distribuição de freqüência da velocidade de deslocamento durante os cruzeiros de pesca realizados pela frota de potes abertos. 42

Frota de vara e isca viva Esta modalidade possui uma particularidade, ocorrem duas pescarias distintas, a captura de isca viva junto à costa e a captura de atuns em mar aberto. A embarcação atuneira leva consigo uma segunda embarcação denominada panga que é equipada com uma rede de cerco similar àquela da frota de cerco para sardinha, com menores dimensões, para a captura de isca viva a embarcação se dirige para uma área costeira, permanece parada ou com velocidade próxima a zero, é comum ocorrer mais de um procedimento de captura de isca viva intercalada por captura de atuns. A operação de pesca desta modalidade consiste em deixar o porto, se deslocar com velocidade de cruzeiro até uma área de captura de isca viva, permanecer parada ou com velocidade de deslocamento lenta na área costeira, após, ruma para alto mar com velocidade de cruzeiro onde efetua a procura de cardumes de atuns também com velocidade de cruzeiro, ao abordar um cardume e iniciar a captura a embarcação desenvolve velocidades lentas, próximas a 0 (zero), no termino da viagem retorna ao porto com velocidade de cruzeiro. 43

Figura 19 Mapa de um cruzeiro de pesca da modalidade de vara e isca viva. 44

Figura 20 - Distribuição de freqüência da velocidade de deslocamento das embarcações de pesca da modalidade de vara e isca viva. 45