RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS PARA O ALÍVIO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO

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Transcrição:

90 RECURSOS FISIOTERAPÊUTICOS PARA O ALÍVIO DA DOR NO TRABALHO DE PARTO NUNES, Gezanea da Silva 1 MOREIRA, Pamela Christine de Souza 2 VIAL, Daniela de Souza Vial RESUMO Este artigo tem como objetivo mostrar a importância do profissional fisioterapeuta qualificado durante a gestação e o trabalho de parto para o alívio da dor. Nosso objetivo foi mostrar a eficiência dos recursos da fisioterapia, para promoção do bemestar da mãe. Aplicando métodos como banho de chuveiro, banho de imersão, massagem, bola suíça e auxiliando na respiração, deambulação, mobilidade pélvica. Para o preparo do corpo da mãe. É uma revisão literária feita através de buscas utilizando bibliografias, SciELO, LILACS, estudos acadêmicos, onde são comprovados a eficácia quando aplicado os métodos não-farmacológicos em uma parturiente. ABSTRACT This article aims to show the importance of qualified physiotherapist during pregnancy and labor for pain relief. Our goal was to show the resource efficiency of physiotherapy for promoting the welfare of the mother. By applying methods such as shower, soak, massage, Swiss ball and aiding in breathing, walking, pelvic mobility. For the mother's body preparation. It is a literature review done by searching using bibliographies, SciELO, LILACS, academic studies, which are proven effective when applied to non-pharmacological methods on a woman in labor. Descritores: Parto, Dor, Recurso fisioterapêutico e Fisioterapia INTRODUÇÃO A maternidade é o início de um novo ciclo na vida da mulher, onde todo o seu corpo apresenta mudanças. Mesmo com a modernidade e todo o desenvolvimento dos partos hospitalares, as mulheres de um modo geral, sentem-se 1 Acadêmicas do 8º semestre do curso de Fisioterapia do Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura. 2 Professora Orientadora Instituto Cuiabá de Ensino e Cultura.

91 angustiadas, com medo, e pouco preparadas para tal momento, e o acompanhamento de um fisioterapeuta durante esta fase é importante para trabalhar as alterações musculoesqueléticas que sua gestação apresentará. Os músculos abdominais são alongados, hipermobilidade articular, frouxidão ligamentar, o assoalho pélvico pode ser distendido e em tudo isso há intervenção do fisioterapeuta. ¹, ², ¹³. O sistema respiratório também apresentará alterações; o aumento de 15 à 20% no consumo de oxigênio resultando numa hiperventilação. Algumas patologias podem aparecer, devido a fase de gestação.² O fisioterapeuta além de atuar sobre as mudanças fisiológicas, patológicas atua também no emocional de uma gestante, também com profissional de suporte à parturiente, usando diversos recursos para o controle da dor no trabalho de parto. Com seu auxílio o profissional contribuirá para um ótimo trabalho de parto e o bemestar mãe-filho.¹³ METODOLOGIA O presente estudo trata-se de revisão bibliográfica descritiva de abordagem qualitativa sobre atuação do profissional fisioterapeuta no auxílio a gestante na preparação para o parto e no trabalho de parto. A pesquisa bibliográfica permite ampliar o conhecimento e informações sobre um determinado tema permitindo a utilização de dados de inúmeras publicações, auxiliando na construção e definição de conceitos sobre determinado tema proposto no estudo, e uma pesquisa descritiva com objetivo primordial de descrever as características de determinado fenômeno e estabelecer relações entre variáveis. Foi realizada uma busca sistematizada na Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME), na base de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e no Scientific Electronic Library Online (SCIELO), no período de Maio à Junho de 2015. Foram utilizados os seguintes descritores: parto, dor, recurso fisioterapêutico e Fisioterapia. Como critérios de inclusão consideramos somente os artigos científicos em português, disponíveis eletronicamente e publicados entre

92 2008 e 2012. Sendo excluídos artigos em outros idiomas, Trabalhos de Conclusão de Cursos, Monografias, Dissertações e Textos. FISIOPATOLOGIA DA GESTAÇÃO Durante a gravidez há o afastamento dos músculos retos abdominais, isso ocorre devido ao aumente da pressão intra abdominal, quanto mais o bebê cresce, maior é o espaço entre estes músculos. Os hormônios progesterona e estrogênio também contribuem para o relaxamento muscular durante a gestação. Após o parto, a mulher ainda apresentará uma diástase de aproximadamente 3 cm, que, provavelmente retornará espontaneamente, caso a gestante apresente uma diástase igual ou maior que 3 cm e ainda apresente dores na zona lombar e coxas, ela está com diástase dos músculos retos abdominais (DMRA). 8,14 O Assoalho Pélvico é formado por músculos, fáscias e ligamentos que se localiza entre o osso púbis e o cóccix. A incontinência urinária é uma das disfunções presente neste grupo, devido a modificações dos hormônios e a pressão sofrida pela bexiga em razão do peso do útero gravídico. 15 A frouxidão articular também está presente na gestante devido ao aumento dos hormônios estrogênios, trazendo maior risco de lesões. Outro problema presente no assoalho é a hipertonicidade, onde a grávida pode sentir fortes dores no abdômen inferior, podendo prejudicar as funções sexuais. Em resumo, um dos transtornos que devemos destacar é o desenvolvimento da má postura, mas especificamente a lombalgia, transtorno esse, que vem sendo uma das principais queixas da grávida.²,4 Lombalgia é a presença de dor na região lombar, devido a frouxidão ligamentar e diminuição da função abdominal. Ela é uma das causas de insônia durante a gestação, essa dor pode ser amenizada com repouso. 4 MEDIDAS FISIOTERAPÊUTICAS DURANTE O TRABALHO DE PARTO Banho de chuveiro

93 Durante o trabalho de parto, o banho de chuveiro morno sobre o local reduz a dor por ocasionar relaxamento muscular. No ensaio realizado de setembro de 2005 a fevereiro de 2006, na ESCOLA JANUÁRIO CICCO da Universidade federal do Rio Grande do Norte, com 100 parturientes teve o objetivo de avaliar os efeitos deste método sobre a ação da dor. As parturientes utilizam do chuveiro durante as suas contrações, sendo ela a responsável para cessar o banho. O trabalho pode concluir que o banho de chuveiro é positivo no alívio da intensidade da dor. 7 Banho de imersão O banho de imersão é realizado com a imersão da mulher em uma banheira apropriada para este banho. A água deve estar entre 37 a 38 C, a imersão deve ser o corpo todo, água até os ombros, para um relaxamento completo das musculaturas que nessas horas se apresentam tensas. A banheira tem a vantagem de pôde deitar, diferente do banho de chuveiro que você deve estar sentada em uma cadeira, com inclinação frontal para a água cair sobre as estruturas posteriores. Tanto o banho de chuveiro, quanto o banho de imersão tem o mesmo benefício: relaxar os músculos e diminuir a dor, e também o mesmo método: água morna, 37 a 38 C. 5,6 Massagem A massagem durante o trabalho de parto melhora o fluxo sanguíneo e alonga as fibras musculares, beneficiando a parturiente na hora da expulsão da criança. As massagens podem ser feitas com o auxílio dos massageadores ou com a as mãos. Pode também ser adicionado na hora do banho de chuveiro, a água caindo sobre o ponto da dor e a massagem sendo feita pelo fisioterapeuta. Ela pode ser do tipo: amassamento, deslizamento superficial, pinçamento e outros, pode ser aplicada em qualquer região, mas principalmente na região da lombar e sacral. Os benefícios da massagem é a tranquilidade e reduz a ansiedade vivida pela parturiente, ajudando a ter um parto sem grandes traumas. 3,5,6,10

94

95 Respiração O nosso papel aqui é orientar a melhor forma de oxigenação á parturiente no momento em que mais é exigido a respiração. Antigamente o uso da respiração rápida e superficial era incentivada á parturiente no auxílio à expulsão da criança. Este tipo de respiração acaba por deixar a mulher exausta, reduzindo o fluxo sanguíneo, podendo sofres desmaios. Hoje a respiração utilizada, além de trazer uma melhor oxigenação para a mãe e para o feto, ela é utilizada como um método de desvio de atenção à mulher na hora da dor, ou seja, ela deixa de prestar atenção na dor presente para se concentrar na respiração orientada pelo fisioterapeuta. A respiração profunda, onde a inspiração enche todo o pulmão e a expiração é eliminada lentamente com os lábios franzidos, tipo biquinho, é recomendada junto com a força de expulsão do bebê. Num estudo realizado em uma maternidade pública na cidade de Goiânia, Goiás. Com o objetivo de avaliar os efeitos de técnicas de respiração, comprovou que houve diminuição da ansiedade sentida pelas parturientes, levando a um parto mais seguro. 1,5,11 Deambulação Ficar deitada em uma maca de hospital martirizando as dores sentidas pela contração só aguardando a hora da saída da criança, causa muita angustia e ansiedade na parturiente. Por isso a deambulação deve ser incentivada, ela deixa ativa as estruturas musculoesqueléticas, leva um melhor encaixe da criança no canal do parto. As caminhadas alternadas com agachamentos auxiliam na dilatação e na fase expulsiva. 1,5,6 Mobilidade pélvica A mobilidade pélvica deve ser feita nos intervalos das contrações, as posturas utilizadas devem ser orientadas pelos fisioterapeutas ou adquirir aquelas que a parturiente melhor se identificar. Essas mobilidades e posições assumidas facilita o encaixe do bebê e diminui o tempo do trabalho de parto. Ela também alivia

96 as dores sentidas na lombar e na região sacral. Posições como: sentada, mantendo o movimento pélvico lateral; em pé fazer um balanço lateral da pelve (requebrando) distribuindo o peso do abdômen entre as articulações do quadril; de cócoras, com braços e cabeças apoiadas; sentada, com a coluna levemente flexionada, braços esticados e mãos apoiadas no chão; em pé com as pernas levemente flexionadas, coluna reta e mãos apoiadas no joelho. 3,5,6 Bola suíça A bola suíça é um instrumento muito confortável para a parturiente se sentar e realizar movimentos pélvicos sobre ela. Já é sabido que a movimentação pode diminuir a dor materna, e a bola suíça é um apoio para que a mulher sente sobre ela e ali receba massagens, o banho de chuveiro, o trabalho da respiração e em todo momento ela esteja em movimento sobre a bola. 12 RESULTADOS Na seleção final dos artigos foram selecionados cinco artigos para análise e discussão. O abaixo demonstra os artigos selecionados segundo o autor, título, periódico, ano de publicação e resultado do estudo.

97 CONCLUSÃO A revisão conclui que atuação do profissional fisioterapeuta vai muito além de atuar sobre o alívio da dor atuando também sobre o emocional da gestante. O fisioterapeuta é o profissional que melhor apresenta o suporte à parturiente utilizando de diversos recursos terapêuticos para o controle da dor no trabalho de parto. A escolha de métodos para o alívio da dor durante o parto pelo profissional fisioterapeuta auxilia no melhor progresso do trabalho de parto resultando em parturientes mais confiantes, favorecendo uma experiência, antes vista como sofrida, agora possa ser vista como uma experiência agradável.

98 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 1. Kallyne Vasconcelos Duarte, Dayana Priscila Maia Mejia: FISIOTERAPIA NO TRABALHO DE PARTO: UMA REVISÃO LITERÁRIA- Faculdade Ávila. Maio de 2012 2. Cintia Raque Bim, Aline Lilian Perego, Hugo Pires Jr: FISIOTERAPIA APLICADA À GINECOLOGIA E OBSTRETRÍCIA. Inic. Cienti. CESUMAR- Vol. 04 2002. 3. Elene Raimunda de Souza Santos, Claúdia Oliveira : INFLUÊNCIA DA CINESIOTERAPIA NA FASE ATIVA DO TRABALHO DE PARTO NO CENTRO DE PRÉ-PARTO, PARTO E PÓS-PARTO DO INSTITUTO DA MULHER DONA LINDU- Faculade Ávila- Finalizado em 2014. 4. Ana Carolina Rodarti Pitangui, Cristine Homsi, Jorge Ferreira: AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA E TRATAMENTO DA LOMBALGIA GESTACIONAL Fisioter. Moviment. -2008 5. Gabriela Zanella Bavaresco, Renata Stefânia Olah de Souza, Berta Almeida, José Hugo Sabatino, Mirela Dias: O FISIOTERAPEUTA COMO PROFISSIONAL E SUPORTE À PARTURIENTE.- Temas Livres- 2009. 6. Rubneide Barreto Silva Gallo, Licia Santos Santana, Alessandra Cristina Marcolin, Cristine Honsi Joge Ferreira, Geraldo Duarte, Silvana Maria Quintana : RECURSOS NÃO-FARMACOLÓGICOS NO TRABALHO DE PARTO: PROTOCOLO ASSISTENCIAL. Femina Jan. 2011. Vol. 39. Nº1. 7. Rejane Marie Barbosa Davim, Gilson de Vasconcelos Torres, Janmilli da Costa Dantas, Eva Saldanha de Melo, Cecília Pessoa Paiva, Daniele Vieira, Isabelle Katherinne Fernandes Costa: BANHO DE CHUVEIRO COMO ESTRATÉGIA NÃO FARMACOLÓGICA NO ALÍVIO DA DOR DE PARTURIENES. Revist. Eletrônic. Enfer. 2008. 8. Mariana Tirolli Rett, Nicole de Oliveira Bernardes, Aline Maria dos Santos, Marcela Ribeiro de oliveira, Simony Cristina de Andrade: ATENDIMENTO DE PUÉRPERAS PELA FISIOTERAPIA EM UMA MATERNIDADE PÚBLICA HUMANIZADA.- Fisioter. e Pesq., SP. 2008. 9.Nathalia de Souza Abreu, Marinéa Vicentina da Cruz, Zaqueline Fernandes Guerra, Flávia Ribeira Porto: ATENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NO TRABALHO DE PARTO E PARTO. Revist. Interdiscip. De Estudo Experiment. Vol.5-2013 10. Kariny Fleury Canesin, Waldemar Naves do Amaral : ATUAÇÃ0O FISIOTERAPÊUTICA PARA DIMINUIÇÃO DO TEMPO DO TRABALHO DE PARTO: REVISÃO DE LITERATURA. Femina Agost.2010 11. Tatiane Furtado da Silva, Dayana Priscila Maia Mejia: RELEVÂNCIA DA FISIOTERAPIA NO PERÍODO GESTACIONAL. Faculdade Ávila- 2013.

99 12. Mazzali, Luciana; Nascimento Gonçalves, Ronald: ANÁLISE DO TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO NA DIMINUIÇÃO DA DOR DURANTE O TRABALHO DE PARTO NORMAL. Ensaio e Ciências: C. Biológicas, Agrárias e de Saúde. Vol. 12. 2008 13. Ana Cristina da Nóbrega Marino Torres Leite, Kathlyn Kamoly Barbosa Cavalcanti Araújo: DIÁSTASE DOS RETOS ABDOMINAIS EM PUÉRPERAS E SUA RELAÇÃO COM VARIÁVEIS OBSTÉTRICAS. Fisiot. Mov. Vol.25 nº2. 2012. 14. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticos de Saúde. Área Técnica de Saúde da Mulher. Parto, aborto e puerpério: assistência humanizada à mulher/ Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Área Técnica da Mulher. Brasília: Ministério da Saúde, 2001.