Características físico-químicas de abacaxi submetido à tecnologia de radiação ionizante como método de conservação pós-colheita

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Transcrição:

Universidde de São Pulo Biliotec Digitl d Produção Intelectul - BDPI Deprtmento de Agroindústri, Alimentos e Nutrição - ESALQ/LAN Artigos e Mteriis de Revists Científics - ESALQ/LAN 08 Crcterístics físico-químics de cxi sumetido à tecnologi de rdição ioniznte como método de conservção pós-colheit Ciênci e Tecnologi de Alimentos, v.28, n.1, p.139-145, 08 http://produco.usp.r/hndle/bdpi/4609 Downloded from: Biliotec Digitl d Produção Intelectul - BDPI, Universidde de São Pulo

Ciênci e Tecnologi de Alimentos ISSN 0101-61 Crcterístics físico-químics de cxi sumetido à tecnologi de rdição ioniznte como método de conservção pós-colheit Physico-chemicl chrcteristics of pinepple sumitted to ionizing rdition technology s method of post-hrvest conservtion Josenild Mri d SILVA 1 *, Julin Pizrro SILVA 2, Mrt Helen Fillet SPOTO 2 Resumo A qulidde pós-colheit do cxi d cultivr Smooth Cyenne foi vlid qundo os frutos form irrdidos com doses de 100 e 150 Gy, tendo dose 0 como controle, e os frutos rmzendos durnte os períodos de 10, e 30 dis, à tempertur de 12 C (±1) e 85% (±5) de umidde reltiv. Os frutos form colhidos qundo fisiologicmente desenvolvidos. Análises físico-químics form relizds cd período de rmzenmento com o ojetivo de oter informções dos efeitos d rdição ioniznte sore s crcterístics de qulidde do fruto. As doses de rdição ioniznte plicds tiverm pouc influênci significtiv ns crcterístics físico-químics do cxi, porém, com melhores resultdos qundo comprdos com dose controle. O período de dis de rmzenmento mostrou ser idel pr o desenvolvimento ds principis crcterístics de qulidde pós-colheit do fruto, enqunto que o rmzenmento por 30 dis foi considerdo longo por prejudicr qulidde do cxi. Plvrs-chve: irrdição de frutos; cxi; conservção pós-colheit. Astrct The post-hrvest qulity of pinepple, Smooth Cyenne vriety, ws evluted fter fruits were gmm-irrdited t 100 nd 150 Gy doses. Control smples were non-treted fruits (0 Gy dose). Fruits were stored for 10, nd 30 dys t 12 C (±1), t reltive humidity of 85% (±5). Pinepples were hrvested t the physiologic developmentl stge. Physico-chemicl nlyses were conducted for ech storge period to otin informtion on the effects of the irrdition tretment on fruit qulity. The doses of ionizing rdition pplied hd little significnt influence on the physico-chemicl chrcteristics of the pinepple. However, they exhiited etter results when compred to the control dose. The period of twenty dys of storge ws idel for the development of the min post-hrvest qulity chrcteristics of the fruit, while storge for thirty dys ws considered too long, eing deleterious to pinepple qulity. Keywords: irrdition of fruits; pinepple; post-hrvest conservtion. 1 Introdução O cxi ocup oitv posição mundil em produção e décim primeir em áre colhid, sendo cultivdo em mis de 70 píses. O continente mericno é o segundo mior produtor e o Brsil ocup o terceiro lugr, com plntio distriuído por todo o território. As regiões Nordeste e Sudeste otêm o mior cultivo, porém, plnt encontr excelentes condições pr o seu desenvolvimento e produção em quse todos os territórios rsileiros (BRASIL, 00; MORGADO; AQUINO; TERRA, 04; PONTES THÉ et l., 01). Os frutos, de um form quse gerl, necessitm de cuiddos pós-colheit devido à ocorrênci de váris lterções ioquímics crcterizds por um contínuo processo de modificções metólics que levm o desenvolvimento de importntes crcterístics d qulidde sensoril, que termin com senescênci (FINGER; VIEIRA, 1997). Alterções pós-colheit são cusds por diversos ftores, destcndo-se lt tx respirtóri. Est influenci diretmente ns mudnçs metólics, n iossíntese e ção do etileno e n mudnç composicionl dos frutos. O etileno, hormônio produzido principlmente nos frutos climtéricos, tem su ção fisiológic em quntidde de 0,1 ppm, qul celer respirção, e com isso inici um seqüênci de reções químics. Esss reções não podem ser interrompids, ms podem ser controlds dentro de determindos limites, medinte procedimentos pós-colheit (CHITARRA; CHITARRA, 1990; YANG; HOFFMAN, 1984). No decorrer dos nos, diverss técnics com finlidde de mnter qulidde e umentr vid útil dos frutos vêm sendo pesquisds. Esss técnics podem ser plicds isoldmente Receido pr pulicção em 22/9/06 Aceito pr pulicção em 17/12/07 (001864) 1 Centro de Energi Nucler n Agricultur CENA, Universidde de São Pulo USP, Av. Centenário, 303, CEP 13400-970, Pircic - SP, Brsil, E-mil: jmnild@yhoo.com.r 2 Escol Superior de Agricultur Luiz de Queiroz ESALQ, Universidde de São Pulo USP, Brsil *A quem correspondênci deve ser envid Ciênc. Tecnol. Aliment., Cmpins, 28(1): 139-145, jn.-mr. 08 139

Crcterístics físico-químics de cxi sumetido rdição ioniznte ou em conjunto pr se oter melhores resultdos n qulidde finl do produto. A plicção d rdição ioniznte com ojetivos de desinfestr e iniir rotção nos produtos grícols tem umentdo significtivmente ns últims décds. Ess tecnologi é reconhecid por lguns pesquisdores como um método seguro e econômico, contriuindo pr um mior ceitção e plicção dess técnic nos limentos em todo o mundo, principlmente nos frutos frescos, cuj exportção muits vezes é limitd devido às exigêncis imposts relcionds à segurnç fitossnitári (MARIN- HUACHACA et l., 02; NETO, 1997; PCZCZOLA, 1992). A rdição ioniznte, qundo plicd em doses ixs, tem se mostrdo como um método efetivo pr prolongr vid comercil dos frutos por retrdr os processos de mdurecimento e senescênci. Entretnto, como em qulquer outro trtmento pós-colheit com intuito de conseguir melhor mnutenção d qulidde, pr se oter resultdos stisftórios no uso d rdição ioniznte é necessário que dose plicd não venh prejudicr s principis crcterístics de qulidde do fruto, por isso dequr dose idel constitui um desfio pr todos os pesquisdores d áre, um vez que os resultdos podem sofrer influêncis de diversos ftores intrínsecos e extrínsecos. Tmém, plicção de um dose indequd pode trzer vários resultdos indesejáveis o fruto, como mdurecimento irregulr, escurecimento d polp e d csc, lém de lterções no sor (DEL MASTRO, 1999; MURRAY, 1990; SILVA; DOMARCO, 04). O presente trlho teve como principl ojetivo oservr s lterções ns crcterístics físico-químics de cxi d cultivr Smooth Cyenne qundo sumetid às doses de 100 e 150 Gy, ssocid à tempertur refrigerd de 12 C e 85% de umidde reltiv, durnte os períodos de 10, e 30 dis de rmzenmento. 2 Mteril e métodos Os frutos form colhidos com mturção fisiológic completmente desenvolvid e colorção d csc com região sl d cor verde clr pr verde escur (PY; TISSEAU, 1965). Utilizou-se o rdidor destindo à pesquis, com fonte de Colto-60, tx de dose de 175 Gy/h e tividde mínim de 2.189 x 10 10 Bq. Frutos controle e irrdidos com doses de 100 e 150 Gy, form condiciondos em cixs de ppelão com cpcidde pr seis frutos n horizontl, e rmzendos à tempertur de 12 C (±1) e 85% (±5) de umidde reltiv durnte os períodos de 10, e 30 dis. Totlizndo 9 grupos com 12 frutos cd. Tods s nálises form relizds n rodel extríd d região medin equtoril do fruto, com ±2 cm de espessur, sem o miolo centrl, e depois de triturds em liquidificdor doméstico form congelds pr nálises posteriores. Form relizds três repetições por mostr. 2.1 Firmez d polp (N) Relizd com penetrômetro digitl, mrc TR-Turoni, copldo um suporte e ponteir pln de 8 mm de diâmetro. As leiturs form distriuíds uniformemente n região medin equtoril do fruto pós retird de ±0,2 cm de espessur d csc. 2.2 Percentul de áre com mnchs n polp Foi relizdo imeditmente pós o corte n região medin equtoril do fruto. Um folh de plástico trnsprente foi colocd sore o locl cortdo e fez-se um contorno com um lápis mrcdor sore áre do fruto e áre com mnch. As folhs form depois fotocopids, s áres cortds e pesds em lnç de precisão e plicds n fórmul: A = AP x PX/pp em que: A = áre equtoril do fruto em cm 2 AP = áre totl do ppel ofício em cm 2 PX = peso do ppel ofício correspondente à áre totl equtoril do fruto pp = peso totl do ppel ofício Com os resultdos d áre equtoril do fruto fez-se o mesmo procedimento pr determinção d áre com mnch, em que: A = áre com mnch AP = áre do fruto PX = peso do ppel ofício correspondente à áre com mnch pp = peso d áre totl do fruto 2.3 Cor d polp (L*, * e *) Relizds com o colorímetro Minolt Collor, modelo CR 300, operndo no sistem iluminnte D65 e oservdor pdrão 2º. As leiturs form relizds logo pós o corte do fruto n região medin equtoril, entre extremidde e o miolo centrl. Form relizds dus leiturs em ldos opostos. Seguiu s recomendções especificds por McGuirre (1992). 2.4 Sólidos solúveis totis ( Brix) Os sólidos solúveis totis form determindos no suco. Utilizou-se o refrtômetro d mrc ATAGO, modelo PZO RR11, Nr. 700, 0 35 Brix, com compensção de tempertur C. Form seguids s norms especificds pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL, 1985). 2.5 Acidez totl titulável (% de ácido cítrico) Determind no suco pelo procedimento eletrométrico e titulometri com solução de NOH 0,1 N. A titulção foi efetud té o ph tingir ±8,2. Form seguids s norms especificds pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL, 1985). 2.6 Rzão sólidos solúveis/cidez titulável Determind pel divisão dos vlores encontrdos dos sólidos solúveis e d cidez titulável. 140 Ciênc. Tecnol. Aliment., Cmpins, 28(1): 139-145, jn.-mr. 08

Silv; Silv; Spoto 2.7 Teor de ácido scórico (mg.100 ml 1 ) O teor de ácido scórico foi determindo no suco. Utilizou-se solução do ácido oxálico 0,4% como estilizdor e 2,6-diclorofenolindofenol n titulção. Seguiu metodologi especificd por Crvlho et l. (1990). 2.8 Teores ds clorofils, e totl n csc (µg.g 1 de MF) Utilizou-se o método descrito por Arnon (1949), que present como solução extrtor ceton 80%. Quntidde de 0,5 1 g de csc fresc, com espessur de ±1 mm distriuíd n região medin equtoril do fruto, foi mcerd, e diciondos 10 ml d solução extrtor. A solução ficou em frsco escuro e tmpdo durnte 12 hors em geldeir doméstic, depois foi filtrd em ppel de filtro e relizd leitur 645 e 663 nm no espectrofotômetro. Os vlores otidos ds sorvâncis form colocdos ns Equções 1, 2 e 3: Clorofil = 12,7 x As. (663) 2,69 x As. (645) (1) Frutos fetdos (%) Áre fetd (%) 1 100 80 60 40 0 50 40 30 10 0 Clorofil = 22,9 x As. (645) 4,68 x As. (663) (2) 0 100 150 Gy Clorofil totl = Clorofil + Clorofil (3) Os resultdos encontrdos form multiplicdos pelo totl de diluição com o extrtor. 2.9 Análise dos ddos Utilizou-se o delinemento inteirmente csulizdo, e os vlores otidos form sumetidos à nálise de vriânci pelo teste F e comprção ds médis pelo teste de Tukey, conforme descrito por Gomes (02). 3 Resultdos e discussão 3.1 Percentuis de frutos e áre fetd com mnchs n polp Até dis de rmzenmento nenhum fruto presentv mnch escur n polp, porém, pós este período, mnchs trnsprentes form oservds em 42% dos frutos que receerm doses de 100 e 150 Gy e 25% dos frutos controle. Emor o percentul de frutos controle fetdos tenh sido menor, proporção de áre fetd foi dus vezes mior qundo comprd com os que receerm dose de 150 Gy nesse mesmo período de rmzenmento (Figurs 1 e 1). Oservou-se que com 30 dis de rmzenmento, o número de frutos fetdos com trnsprênci e mnchs escurs er de 100% pr todos os frutos que form irrdidos e pr o controle tmém. Os vlores encontrdos não se mostrrm significtivos entre s doses, no entnto, o tempo de rmzenmento foi um ftor importnte no umento d áre fetd, em que se oservou um umento de seis e nove vezes mior entre os intervlos de e 30 dis nos frutos que receerm doses de 100 e 150 Gy, respectivmente. Pode ser oservdo ind que no finl do rmzenmento rdição ioniznte grvou esse distúrio Figur 1. Vlores médios percentuis de frutos fetdos () e áre fetd () com mnch n polp em cxi sumetido diferentes doses de rdição gm e rmzendos durnte dez, vinte e trint dis so tempertur de 12 C (±1) e 85% (±5) de UR. Esttístic: ) Tempo: F = 48,08**, Dose: F = 0,37 ns; ) Tempo: F = 49,01**, Dose: F = 0, ns. ns = não significtivo; e **= significtivo 1% pelo teste de Tukey. fisiológico, provvelmente pelos miores efeitos do produto d rdiólise devido o lto teor de umidde do cxi. 3.2 Cor d polp Vlores próximos 70, indicndo um o luminosidde d polp (vlor de L*), form encontrdos pr tods s doses estudds com dis de rmzenmento (Figur 2). Por outro ldo, menor luminosidde e, portnto, mior escurecimento d polp foi encontrdo com 30 dis de rmzenmento, com médi gerl significtiv em relção os demis intervlos. Vlores de * nos frutos irrdidos com doses de 100 e 150 Gy form menores nos dois primeiros intervlos de rmzenmento (Figur 2), representdo por um cor menos mreld nesses frutos, o que indic um menor mturção. Entretnto, com 30 dis de rmzenmento os frutos irrdidos com dose de 150 Gy otiverm s miores médis. Esse resultdo pode estr ssocido às presençs ds mnchs, que nesses frutos form miores nesse período. Frutos controle otiverm s miores médis em todos os períodos vlidos pr os vlores de * (Figur 2c), com cor mis mreld, indictivo de um estágio mis vnçdo de mturção, o que só vem corroorr com os resultdos encontrdos pr cor d csc, já que cor d csc desses frutos se mostrv mis mrel (vlores não mostrdos). Ciênc. Tecnol. Aliment., Cmpins, 28(1): 139-145, jn.-mr. 08 141

Crcterístics físico-químics de cxi sumetido rdição ioniznte Vlor L Vlor de * Vlor de * 75 70 65 60 55 2,0 2,5 3,0 3,5 28 26 24 22 18 0 100 150 Gy Figur 2. Vlores médios de L (), * () e * (c) pr cor d polp inteir em cxi sumetido diferentes doses de rdição gm e rmzendos durnte dez, vinte e trint dis so tempertur de 12 C (±1) e 85% (±5) de UR. Esttístic: ) Tempo: F = 25,57**, Dose: F = 0,79 ns: ) Tempo: F = 6,07*, Dose: F = 1,42 ns; c) Tempo: F = 2,57*, Dose: F = 2,62 ns. ns = não significtivo; *= significtivo 5%; e ** = significtivo 1% pelo teste de Tukey. 3.3 Firmez d polp, sólidos solúveis totis, cidez totl titulável e potencil hidrogeniônico Mior firmez d polp foi encontrd nos frutos irrdidos durnte todo período de rmzenmento. A mior diferenç entre s doses plicds foi encontrd com 10 dis, qundo frutos controle presentrm médi de 35,86 N e frutos que receerm dose de 150 Gy com 40,89 N (Figur 3). Resultdos semelhntes form reltdos por Dmynti, Shrm e Kundu (1992), qundo firmrm que cxis irrdidos com dose de 150 Gy e rmzendos so 25 28 C c Firmez (Newton/grm) Sólidos solúveis ( Brix) Acidez titulável (% ác. cítrico) ph 45 41 37 33 29 25 18 16 14 12 10 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 3,8 3,7 3,6 3,5 3,4 3,3 3,2 0 100 150 Gy Figur 3. Vlores médios d firmez d polp (), sólidos solúveis totis (), cidez totl titulável (c) e potencil hidrogeniônico (ph) (d) em cxi sumetido diferentes doses de rdição gm e rmzendo durnte dez, vinte e trint dis so tempertur de 12 C (±1) e 85% (±5) de UR. Esttístic: ) Tempo: F = 13,32*, Dose: F = 0,92ns); ) Tempo: F = 4,37*, Dose: F = 0,63ns ; c) Tempo: F = 8,77*, Dose: F = 0,29 ns; d): Tempo: F = 4,72*, Dose: F = 1,15 ns. ns = não significtivo; e *= significtivo 5% pelo teste de Tukey. mntiverm melhor textur o serem comprdos com frutos controle. Tmém Susheel, Dmynti e Shrm (1997), o processrem cxis com doses de 50 250 Gy so tempertur de 25 29 C, consttrm melhor textur qundo comprdos com os frutos controle. c d 142 Ciênc. Tecnol. Aliment., Cmpins, 28(1): 139-145, jn.-mr. 08

Silv; Silv; Spoto Oserv-se ind um redução grdul d firmez durnte o período de rmzenmento. Perds de 24, 26 e 27% d firmez pr frutos controle e irrdidos com doses de 100 e 150 Gy, respectivmente, form encontrds entre o intervlo de 10 e 30 dis, o que indic influênci do tempo sore ess crcterístic do fruto. Segundo Chitrr e Chitrr (1990), perd n qulidde texturl durnte o mdurecimento é resultdo ds lterções do conteúdo ds pectins e outros polímeros constituintes d prede celulr, lém d ção ds enzims de degrdção d prede celulr, que se tornm mis tuntes com o mdurecimento, conduzindo o fruto de um estdo ceitável pr o consumo, um estdo inceitável. Mior quntidde dos sólidos totis foi encontrd nos frutos controle com 10 dis de rmzenmento (Figur 3), ess mior quntidde está ssocid com o gru de mturção desses frutos, concordndo com o resultdo d cor d polp descrito nteriormente. Oserv-se em tods s doses um umento e depois um redução nos teores dos sólidos totis com o tempo de rmzenmento, podendo estr relciondos com hidrólise dos polisscrídeos insolúveis, principlmente do mido çúcres solúveis, como tmém degrdção dos çúcres em outrs funções metólics do mdurecimento (CHITARRA; CHITARRA, 1990). É importnte ressltr, que os vlores encontrdos pr tods s doses e períodos estuddos, principlmente com dis, form em miores que os exigidos pr o mercdo externo, que exige vlores superiores 12 Brix pr o tipo fruto Fncy (Extr) (GARCIA et l., 1996). Os miores vlores d cidez titulável form otidos com dis de rmzenmento (Figur 3c), porém, não ocorrerm diferençs significtivs entre s diferentes doses estudds. Nos frutos gerlmente ocorre redução dos ácidos com o tempo de rmzenmento, em decorrênci do seu consumo pr s reções própris d mturção e senescênci. Um significtiv redução dos ácidos entre o intervlo de e 30 dis pode ser oservd, n qul pode ter ocorrido seu consumo, portnto, menor quntidde pr síntese de novs reções, um vez que os frutos presentvm-se com mturção stnte vnçd no finl do experimento. Vlores menores encontrdos no ponto de colheit podem ser triuídos o consumo dos ácidos pr correções de pequenos dnos físicos cusdos normlmente durnte o processo de colheit, trnsporte e instlção do experimento, provvelmente por ter ocorrido um umento d respirção durnte esss etps (MEDLICOTT; JEGER, 1987). Pequens vrições nos vlores do potencil hidrogeniônico (ph) pr s diferentes doses plicds durnte o período de rmzenmento form encontrds (Figur 3d). Mesmo pequens vrições ness crcterístic podem cusr lterções centuds no sor do fruto. Vlores menores do ph form encontrdos com dis de rmzenmento, presentndo médi gerl ds doses estudds com 3,40, diferencindo esttisticmente d médi gerl do intervlo de 10 dis com 3,48. Ess redução correspondeu o umento d cidez titulável nesse mesmo período. Souto et l. (04) verificrm que cultivr Pérol rmzend so tempertur de 8 C presentou o mesmo comportmento. 3.4 Rzão sólidos solúveis/cidez titulável e teor de ácido scórico Menores vlores d rzão sólidos solúveis/cidez titulável form encontrdos nos frutos irrdidos com dose 150 Gy com dis de rmzenmento (Figur 4), esse resultdo pode estr ssocido o mior teor dos ácidos encontrdos nesses frutos. Foi encontrd redução considerável entre os intervlos de 10 e dis, com elevção entre os intervlos de e 30 dis, esse último resultdo pode estr ssocido o estdo de mturção no finl do experimento, onde ocorreu o decréscimo dos ácidos. Neto et l. (1996) reltrm que independente d tempertur de rmzenmento ocorreu decréscimo n rzão sólidos solúveis/cidez titulável do cxi durnte o período de rmzenmento. Apens com 10 dis de rmzenmento, os teores de vitmin C, vlidos pelo teor de ácido scórico, form um pouco miores nos frutos irrdidos, qundo presentrm vlores de 14,59 e 14,45 mg.100 ml 1 de suco do que os com doses de 100 e 150 Gy, respectivmente. No entnto, com dis de rmzenmento o fruto controle presentou o mior vlor de Rzão sólidos/cidez Ác. scórico (mg.100 ml 1 ) 28 26 24 22 25 15 10 0 100 150 Gy Figur 4. Vlores médios d rzão sólidos/cidez () e teor de ácido scórico () em cxi sumetido diferentes doses de rdição gm e rmzendo durnte dez, vinte e trint dis so tempertur de 12 C (±1) e 85% (±5) de UR. Esttístic: ) Tempo: F = 2,14 ns, Dose: F = 0,01 ns; ) Tempo x Dose: F = 3,81*. ns = não significtivo; e * = significtivo 5% pelo teste de Tukey. Ciênc. Tecnol. Aliment., Cmpins, 28(1): 139-145, jn.-mr. 08 143

Crcterístics físico-químics de cxi sumetido rdição ioniznte 15,85, sendo significtivmente diferente dos que receerm dose de 150 Gy com 13,51 (Figur 4). Perd considerável ocorreu entre o ponto de colheit e os primeiros 10 dis de rmzenmento, com redução mior que 45% nos frutos controle. Ess perd pode ser triuíd à degrdção ou utilizção desse ácido nos primeiros dis pósmdurecimento fisiológico, podendo tmém estr ssocid o estresse físico do trnsporte, plicção do trtmento e instlção do experimento. A nálise de vriânci mostrou interção entre os ftores estuddos onde o tempo de rmzenmento foi significtivo pr 10 dis em relção os demis períodos, e s doses pr frutos controle em relção os com 150 Gy. Lee e Kder (00) firmm que doses menores de 1 kgy não têm efeito significtivo no índice de vitmin C de diversos frutos e vegetis. Susheel, Dmynti e Shrm (1997), o irrdirem cxis com doses de 50 250 Gy, so tempertur de 25 29 C e UR de 90 97%, não consttrm diferençs significtivs ns perds do ácido scórico. Vlores em miores do ácido scórico form encontrdos por Silv (1997), o trlhr com ess mesm cultivr rmzend por 30 dis so tempertur de 8,5 C, qundo reltou vlores entre 27 30 mg por 100 ml de suco, porém, Gonçlves e Crvlho (03) firmm que, no gerl, em cxi os teores desse ácido ficm em torno de 17 mg.100 ml 1. 3.5 Teores ds clorofils, e totl n csc Frutos irrdidos presentrm miores vlores ds clorofils, e totl com 10 dis de rmzenmento (Figurs 5, 5 e 5c). Os vlores encontrdos pr clorofil totl form de 232,13 e 223,94 µg.g 1 de csc fresc nos frutos que receerm s doses de 100 e 150 Gy, respectivmente, enqunto que nos frutos controle o vlor foi de 152,12 µg.g 1 de csc fresc, com diferenç significtiv entre os que form irrdidos e os frutos controle. Oserv-se um comportmento semelhnte ds clorofils pr tods s doses estudds, qundo presentm degrdção progressiv com o tempo de rmzenmento. Esse resultdo se triui à ção d enzim clorofilse que se torn stnte tunte com o vnço do mdurecimento do fruto (YAMAUCHI; WATADA, 1991). Pr tods s clorofils, prtir de dis de rmzenmento, os vlores nos frutos controle presentrm-se miores, o que pode ser firmdo que rdição ioniznte teve efeito pens de retrdr degrdção ds clorofils. Os vlores tmém revelm um redução centud ns clorofils entre o ponto de colheit té os 10 primeiros dis de rmzenmento, com reduções médis ds clorofils, e totl de 64, 68 e 66% pr os frutos controle, respectivmente. 4 Conclusões Os resultdos encontrdos no presente trlho nos permitirm chegr às seguintes conclusões: Clorofil (µg.g 1 ) Clorofil (µg.g 1 ) Clorofil totl (µg.g 1 ) 230 180 130 80 30 160 110 60 10 450 350 250 150 50 0 100 150 Gy Figur 5. Vlores médios dos teores ds clorofils (), () e totl (c) em cxi sumetido diferentes doses de rdição gm e rmzendo durnte dez, vinte e trint dis so tempertur de 12 C (±1) e 85% (±5) de UR. Esttístic: ) Tempo x Dose: F = 2,98*; ) Tempo x Dose: F = 2,91*; c) Tempo x Dose: F = 2,93*. * = significtivo 5% pelo teste de Tukey. As doses de 100 e 150 Gy tiverm pouc influênci significtiv ns crcterístics físico-químics do cxi, entretnto, frutos irrdidos presentrm os melhores resultdos qunto à conservção ds crcterístics póscolheit; O período de dis de rmzenmento foi idel pr o consumo humno devido os miores vlores dos sólidos solúveis totis e d cidez totl titulável, crcterístics essenciis n determinção do sor dess cultivr; O rmzenmento té 30 dis so s condições estelecids no presente experimento foi considerdo longo c 144 Ciênc. Tecnol. Aliment., Cmpins, 28(1): 139-145, jn.-mr. 08

Silv; Silv; Spoto devido o fto de prejudicr s principis crcterístics de qulidde do fruto; Os frutos irrdidos com dose de 100 Gy otiverm melhores resultdos ns crcterístics físico-químics nlisds qundo comprdos com os resultdos encontrdos nos frutos irrdidos com dose de 150 Gy; e Outrs pesquiss devem ser relizds com o ojetivo de vlir outros ftores externos o fruto pr que se poss chegr um conclusão mis ext qunto à plicilidde dess tecnologi no cxi. Agrdecimentos Os utores grdecem à Fundção de Ampro à Pesquis do Estdo de São Pulo - FAPESP, pelo poio finnceiro pr relizção do presente trlho, o Centro de Energi Nucler n Agricultur CENA/USP e à Escol Superior de Agricultur Luiz de Queiroz ESALQ/ Universidde de São Pulo - USP, pel oportunidde de relizção d pesquis. Referêncis iliográfics ARNON, D. I. Copper enzymes in isolted chloroplsts. Polyphenoloxidse in Bet vulgris. Plnt Physiology, v. 24, n. 1, p. 1-15, 1949. BRASIL. Ministério d Agricultur e do Astecimento. Secretri de Produção e Comercilizção. Deprtmento de Comercilizção. Blnç Comercil do Agronegócio. Brsíli, DF. 00. 25 p. CARVALHO, C. R. L. et l. Análises químics de limentos. Cmpins: ITAL, 1990. 121 p. (Mnul Técnico). CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheit de frutos e hortliçs: fisiologi e mnuseio. Lvrs: ESAL, FAEP, 1990. DAMAYANTI, M.; SHARMA, G. J.; KUNDU, S. C. Gmm rdition influences posthrvest disese incidence of pinepple fruits. HortScience, St. Joseph, v. 27, n. 7, p. 807-808, 1992 DEL MASTRO, N. L. Development of food irrdition in rzil. Progress in Nucler Energy, New York, v. 35, n. 3-4, p. 229-248 1999. FINGER, F.; VIEIRA, G. Introdução à fisiologi pós-colheit de produtos hortícols. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE FISIOLOGIA VEGETAL. 6. 1997, Belém. Resumos... Belém: CENTUR, 1997. p. 83. GARCIA, E. E. C. et l. Acxi pr exportção: Emlgem. Brsíli: MAARA; EMBRAPA, SPI, 1996. 41 p. (Série Pulicções Técnics FRUPEX, 23). GOMES, F. P. Esttístic plicd experimentos gronômicos e florestis. Pircic: FEALQ, 02. GONÇALVES, N. B.; CARVALHO, V. D. Crcterístics do cxi. Tod Frut, Edição de 13 dez. 02. Disponível em: <www.todfrut. com.r/todfrut/mostr_conteudo.sp?conteudo=1060>. Acesso em: dez. 03. IAL. Instituto Adolfo Lutz. Norms nlítics do Instituto Adolfo Lutz. 3. ed. São Pulo, 1985. 533 p. LEE, S. K.; KADER, A. A. Prehrvest nd posthrvest fctors influencing vitmin C content of horticulturl crops. Posthrvest Biology nd Technology, Amsterdm, v., n. 3, p. 7-2, 00. MARIN-HUACHACA, N. S. et l. Detection of irrdited fresh fruits treted y e-em or gmm rys. Rdition Physics nd Chemistry, Oxford, v. 63, n. 3-6, p. 419-422, 02. McGUIRRE, R. G. Reporting of ojective color mesurents. HortScience, St. Joseph, v. 27, n. 12, p. 1254-1255, 1992. MEDLICOTT, A. P.; JEGER, M. J. The development nd ppliction of posthrvest hndling tretment to mnipulte ripening in mngoes. In: PINSLEY, R. T.; TUCKER, R. T. Mngoes: review. London: Commonwelth Science Council, 1987. p. 56-77. MORGADO, I. F.; AQUINO, C. N. P.; TERRA, D. C. T. Aspectos econômicos d cultur do cxi: szonlidde de preços no Estdo do Rio de Jneiro. Revist Brsileir de Fruticultur, Cruz ds Alms, v. 26, n. 1, p. 44-47, 04. MURRAY, D. R. Biology of food irrdition. London: Reserch Studies Press, 1990. 255 p. NETO, J. P. L. Brsil Nucler, Rio de Jneiro, n. 15, p. 4-5, 1997. NETTO, A. G. et l. Acxi pr exportção: procedimentos de colheit e pós-colheit. Brsíli: MAARA, 1996. 41 p. (Série Pulicções Técnics FRUPEX, 23). PCZCZOLA, D. E. Irrdited produce reches Midwest mrket. Food Technology, Chmpign, v. 45, n. 5, p. 89-92, 1992. PONTES THÉ, P. M. et l. Modificções n tividde enzimátic em cxi Smooth Cyenne em função d tempertur de rmzenmento e do estádio de mturção. Ciênci Agrotécnic, Lvrs/MG, v. 25, n. 2, p. 364-370, 01. PY, C.; TISSEAU, M. A. L nns. Pris: Misonneuve et Lrose. 1965. SILVA, J. M. Uso de tmosfer modificd no rmzenmento do cxi Cv. Smooth Cyenne. Lvrs, 1997. 97 p. Dissertção (Mestre em Fisiologi Vegetl) - Universidde Federl de Lvrs (UFLA/MG). SILVA, J. M.; Domrco, R. E. Análise visul dos efeitos d rdição ssocid à tmosfer modificd no rmzenmento do limão Thiti Ensio preliminr. Revist Brsileir de Pesquis e Desenvolvimento, São Pulo, v. 4, n. 3, p. 1518-1523, 04. SOUTO, R. F. et l. Conservção pós-colheit de cxi Pérol colhido no estádio de mturção pintdo ssocindo-se refrigerção e tmosfer modificd. Revist Brsileir de Fruticultur, Cruz ds Alms, v. 26, n. 1, p. 24-28, 04. SUSHEELA, K.; DAMAYANTI, M.; SHARMA, G. J. Irrdition of Anns comosus: shelf life improvement, nutritionl qulity nd ssessment of genotoxicity. Biomedicl Letters, v. 56, p. 223-224, 1997. YAMAUCHI, N.; WATADA, A. E. Regulted chlorophyll degrdtions in spinch leves during storge. Journl of Americn Society of Horiculturl Science, Alexndri, v. 116, n. 1, p. 58-62, 1991. YANG, S. F.; HOFFMAN, N. E. Ethylene iosynthesis nd its regultion in higher plnt. Annul Review of Plnt Physiology, Plo Alto, v. 35, p. 155-189, 1984. Ciênc. Tecnol. Aliment., Cmpins, 28(1): 139-145, jn.-mr. 08 145