USO PEDAGÓGICO DAS LOUSAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO BÁSICA

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Transcrição:

USO PEDAGÓGICO DAS LOUSAS DIGITAIS NA EDUCAÇÃO BÁSICA Resumo Anelice Maria Banhara Figueiredo Uceff Faculdades 1 Mariza de Lurdes Lamaizon Celer Faculdades 2 Aline Fátima Banhara- SMS/PMSJ 3 Grupo de Trabalho Comunicação e Tecnologia Agência Financiadora: não contou com financiamento Os recursos tecnológicos possibilitaram novas formas de ler, de escrever, aprender, pensar e agir. Diante dessa situação, é importante que o professor reflita sobre essa realidade, repensando sua prática para construir novas formas de ação que lhe permita, não só lidar com essa nova realidade, como também modificá-la. Com o objetivo de acelerar o processo de inclusão digital, o Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) promove ações para efetivar o uso pedagógico das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) nas redes públicas da educação básica. O Programa Nacional de Tecnologia Educacional é um programa educacional que leva às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais. Em contrapartida, estados, distrito federal e municípios devem garantir a estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os educadores para uso das máquinas e tecnologias. Enquanto recursos tecnológicos, o Programa oferece laboratórios de informática para as escolas, projetor de multimídia e lousa digital. A Lousa Digital, dotada de uma tecnologia moderna e inovadora, apresenta uma infinidade de recursos que auxiliam na elaboração de novas metodologias de ensino, as quais buscam tornar as aulas mais criativas, dinâmicas, com o intuito de envolver cada vez mais os alunos, facilitando a aprendizagem. Este artigo objetiva fazer um relato sobre como foi organizada a instalação e as formações de professores para o uso pedagógico das lousas digitais na rede municipal de Chapecó, os desafios que as escolas enfrentam para a utilização dessas tecnologias nas práticas educacionais, bem como de situações vivenciadas pelos envolvidos no processo. Palavras-chave: Educação Tecnológica. Formação de professores. Políticas públicas em educação. Lousa digital. Introdução A educação está passando por mudanças de estrutura e de funcionamento frente às 1 Mestre em Educação, Professora da Rede Municipal de Chapecó, SC e da UCEFF Faculdades. E-mail: anelice@uceff.edu.br 2 Mestre em Educação, Professora da Rede Municipal de Chapecó, SC e da Celer Faculdades. E-mail: mariza_lamaison@hotmail.com 3 Psicóloga da Prefeitura de São José. E-mail:alinefbanhara@gmail.com ISSN 2176-1396

28218 inovações tecnológicas. Nesse sentido, as TDICs (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação) vêm adquirindo cada vez mais relevância no cenário educacional. Sua utilização como instrumento de aprendizagem e sua ação no meio social vem aumentando de forma rápida. Kenski (2007) diz que a sala de aula é um dos últimos redutos que a tecnologia da informação ainda não entrou de forma generalizada. Ela nos alerta sobre o perigo da existência de um abismo entre a cultura e experiências que o estudante traz para a o espaço educativo, e aquela que ele encontra no ambiente de ensino. Há uma preocupação de se buscar superar essa diferença. Neste sentido, diversas ações estão sendo desenvolvidas com a finalidade de incorporar essas tecnologias ao dia a dia dos alunos como alternativa de ensino. Muitos educadores têm manifestado suas dúvidas sobre como melhor utilizar os recursos da informática para o aprendizado do aluno, se questionam sobre os tipos de mudanças que a informática pode promover na escola, e como o uso desta mídia pode modificar o ensino de uma disciplina. Apesar de inúmeros esforços no sentido de capacitar professores para utilizar diferentes ferramentas como tablets e quadros interativos, percebe-se que muitas dessas iniciativas acabam por reforçar um caráter instrumental de utilização técnica, e não um processo de apropriação da tecnologia. Há uma inversão de valores na qual o uso da tecnologia é vista como um fim em si mesmo, e não como um processo que deve levar à aprendizagem. Além das TDICs terem trazido mudanças consideráveis e positivas para a educação, para que essas tecnologias tragam mudanças nos processos de ensino e aprendizagem, elas precisam ser compreendidas e incorporadas pedagogicamente, ou seja, elas precisam ser apropriadas pelos professores. Hoje, são várias as ferramentas disponíveis para colaborar no processo de ensino aprendizagem, servem como exemplo, as lousas digitais, que têm alto poder de conversão de mídias, interação e linguagens. Nesse sentido, o Governo Federal, por meio do MEC Ministério de Educação e Cultura e do FNDE - Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, disponibilizou as escolas públicas um computador interativo (projetor multimídia) e lousas digitais para qualificar o trabalho docente, porém a lousa digital distribuída estava tendo pouca ou

28219 nenhuma utilidade nas escolas. Estes recursos fazem parte do Programa Nacional de Formação Continuada em Tecnologia Educacional (ProInfo), que é um programa de formação voltado para o uso didático-pedagógico das Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação no cotidiano escolar, articulado à oferta de conteúdos e recursos multimídia e digitais oferecidos por diversos programas do MEC, como a TV Escola e o Domínio Público, bem como à distribuição de equipamentos tecnológicos. (PORTAL DE COMPRAS, 2012) Diante disto, pergunta-se: Como estão sendo utilizados os recursos multimídia e digitais no cotidiano escolar? Qual é o uso pedagógico que as escolas estão fazendo das lousas digitais? Para dar conta destas perguntas, este artigo objetiva fazer uma reflexão sobre os desafios que as escolas enfrentam para a utilização das novas tecnologias nas práticas educacionais, bem como relatar o processo de instalação e uso das lousas digitais nas escolas públicas municipais de Chapecó. Uso pedagógico das tecnologias digitais de informação e comunicação nas escolas de educação básica da rede pública A geração de novas tecnologias de forma acelerada é uma característica de nosso tempo, o que possibilita novos formatos aos meios de produção, informação e comunicação. O processo de apropriação das tecnologias pela sociedade e seus diferentes tipos de utilização se refletem também nos sistemas educacionais. Como não é possível dissociar sociedade de educação das pessoas que nela vivem, a incorporação das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação por instituições educacionais tem despertado o interesse em pesquisar as consequências da implantação de programas educacionais com base no uso de TDIC. Atualmente, o mais expressivo programa dessa natureza no Brasil é o Programa Nacional de Tecnologia Educacional. O ProInfo é resultado do acúmulo de diferentes iniciativas que se iniciaram na década de 1970. O Programa teve como principal meta a universalização da informática educativa na rede pública de ensino. Além de equipar as escolas, o programa também planejou e executou a formação dos recursos humanos na área, por intermédio da criação dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE), que ficaram sob a responsabilidade das secretarias estaduais e municipais de educação. (BRASIL. MEC, 1997 apud MARTINS; FLORES, 2015). Posteriormente, em 2007, com o objetivo de acelerar o processo de inclusão digital, a

28220 Presidência da República, por meio do Decreto n 6.300, de 12 de dezembro de 2007, elaborou novas diretrizes para o Programa Nacional de Tecnologia Educacional. O decreto visou promover ações para efetivar o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas redes públicas da educação básica, com os seguintes objetivos: I promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação nas escolas de educação básica das redes públicas de ensino urbanas e rurais; II fomentar a melhoria do processo de ensino e aprendizagem com o uso das tecnologias de informação e comunicação; III promover a capacitação dos agentes educacionais envolvidos nas ações do Programa; IV contribuir com a inclusão digital por meio da ampliação do acesso a computadores, da conexão à rede mundial de computadores e de outras tecnologias digitais, beneficiando a comunidade escolar e a população próxima às escolas; V contribuir para a preparação dos jovens e adultos para o mercado de trabalho por meio do uso das tecnologias de informação e comunicação; e VI fomentar a produção nacional de conteúdos digitais educacionais. (BRASIL. Decreto, 2007, p. 1 apud MARTINS; FLORES, 2015) O Programa Nacional de Tecnologia Educacional é um programa educacional que leva às escolas computadores, recursos digitais e conteúdos educacionais. Em contrapartida, estados, distrito federal e municípios devem garantir a estrutura adequada para receber os laboratórios e capacitar os educadores para uso dos equipamentos. Para fazer parte do ProInfo urbano e /ou do campo, o município deve fazer: a adesão, o cadastro e a seleção das escolas. A adesão é o compromisso do município com as diretrizes do programa, imprescindível para o recebimento dos laboratórios. Após essa etapa, deve ser feito o cadastro do prefeito no sistema, que permitirá o próximo passo, que é a inclusão das escolas no ProInfo. (BRASIL, 2013) Enquanto recursos tecnológicos, o Programa oferece laboratórios de informática para as escolas, projetor de multimídia e lousa digital. O projetor multimídia (Figura 1) além de projetar imagens é um computador com CD/DVD, acesso à Internet com wi-fi, áudio, microfone, USB dentre outros serviços que o sistema operacional livre proporciona para o usuário. Tudo em um só aparelho, desenvolvido pelo Ministério da Educação. (BRASIL, 2015) A lousa digital (Figura 2) é um kit para ser adaptado ao projetor multimídia, que contém um receptor, um transmissor e duas canetas. A lousa digital foi enviada para as escolas que tinham recebido do MEC o projetor.

28221 Figura 1 - Projetor multimídia Figura 2 Lousa digital Figura 3 Computador interativo Fonte: Brasil, (2015) Fonte: Graças, (2014) Fonte: Portal de Compras, (2012) Posteriormente foi enviado para as escolas do campo um computador interativo (Figura 3), concebido e desenvolvido pelas Universidades Federais de Santa Catarina e de Pernambuco. Esse computador diferencia-se por facilitar a interatividade através da lousa digital, que já vem instalada no aparelho. Ele foi desenvolvido como um dispositivo leve e portátil, podendo ser levado pelos professores para as salas de aula. O equipamento é interligado aos laboratórios ProInfo e contém: teclado, mouse, portas USB, porta para rede wireless e rede PLC, unidade leitora de DVD e um projetor multimídia. O dispositivo permite apresentar conteúdos digitais armazenados no servidor da escola, além de um sistema operacional com código-fonte aberto. Ele pode ainda operar como uma lousa digital, transformando a superfície de projeção em um quadro interativo. (PORTAL DE COMPRAS, 2012) A lousa digital apresenta uma infinidade de recursos que auxiliam na elaboração de novas metodologias de ensino, as quais buscam tornar as aulas mais criativas, dinâmicas, com o intuito de envolver cada vez mais os alunos, facilitando a aprendizagem. Ela pode ser utilizada para mostrar vídeos, acessar conteúdos on-line e gravar as aulas que estão sendo dadas, além de possibilitar ao professor escrever e desenhar, como em uma aula normal, só que com uma caneta especial. A lousa digital ainda permite, que o professor escreva, desenhe, edite, grave e salve todas as ações realizadas no quadro durante as aulas, para que sejam utilizadas em outra oportunidade, além de permitir o envio do material via e-mail. As funcionalidades básicas de uma lousa digital constam de: canetas, apagador, teclado virtual, marca texto, e outras, todas de fácil acesso e configuração. Essas ferramentas ficam bem a mão do usuário e podem trocar a cor, a espessura, o traço e outros detalhes. Além das funcionalidades básicas, a lousa disponibiliza ferramentas que auxiliam o usuário, tais como uma galeria com imagens, vídeos e aplicativos subdivididos em diversas categorias. Os maiores benefícios da lousa digital são a ambiência de uso da tecnologia para o

28222 docente, ou seja, utilizar um conceito tradicional e agregar a tecnologia; a potencialização dos conteúdos para facilitar a aprendizagem, seja no uso dos aplicativos ou das ferramentas disponibilizadas; a ampliação da motivação do aluno com as possibilidades de interação com a lousa e suas ferramentas. (CURSINO, 2011) Kenski (2007) observa que o computador e todas as suas possibilidades interativas de comunicação e troca de informações ampliam a qualidade e a quantidade de consumo e produção de informação. Há uma nova lógica que influencia os modos de comunicar e interagir com as informações, na produção de conhecimento e nas formas como são usadas as memórias. Diante dessa questão, a lousa digital surge como mais uma possibilidade de uso para professores em sala de aula. Este recurso possibilita ao professor uma dinamização de suas aulas expositivas através da contextualização do conteúdo apresentado em aula aliando a sons, imagens, vídeos e pesquisas na internet. Embora os estudos sobre lousas digitais não sejam abundantes, é possível encontrar interessantes perspectivas. Nakashima e Amaral (2006) apresentam diversas potencialidades da lousa digital e enfatizam os modos como professores e estudantes devem buscar certa familiaridade com novos tipos de linguagens audiovisuais. Os autores Nakashima, Barros e Amaral (2009) argumentam que a lousa digital soma diversas potencialidades além daquelas comuns em computadores, e que os modos de se utilizar os vários recursos de modo integrado e interativo é um ponto-chave para se potencializar a aprendizagem em sala de aula. O benefício da lousa digital em relação às outras tecnologias, tais como o rádio, a televisão ou o computador, é que ela incorpora as funções desses recursos e, assim, aproxima a linguagem audiovisual dos processos desenvolvidos em sala de aula, sobretudo na interatividade ocorrida por meio das práticas pedagógicas e dos processos comunicativos que professores e alunos estabelecem usando essa ferramenta (NAKASHIMA, BARROS; AMARAL, 2009). Segundo Nakashima e Amaral (2006), a lousa digital pode ser considerada um ambiente de ensino e aprendizagem, em que novas práticas pedagógicas podem ser desenvolvidas pelos professores. Nesse ambiente, o trabalho do professor deve ser muito valorizado, pois é ele quem explorará a nova dinâmica de linguagem da lousa digital. A lousa digital é um recurso tecnológico que oferece um número grande de

28223 possibilidades de uso que podem auxiliar na criação de novas estratégias e metodologias de ensino. Processo de instalação e utilização das Lousas Digitais nas Escolas A Rede Municipal de Chapecó atende 19.993 alunos da Educação Básica, destes, 9.168 da Educação Infantil, 10.024 do Ensino Fundamental e 801 da Educação de Jovens e Adultos, sendo 28 escolas urbanas, 14 escolas do campo e 39 Centros de Educação Infantil. Todas as EBM da Rede Municipal receberam os projetores multimídias, mas nem todas as escolas receberam a lousa digital. As EBM urbanas receberam o primeiro projetor (preto) e as do campo receberam o novo projetor (amarelo) com a Lousa Digital inserida no aparelho. Somente 20 escolas urbanas e 10 escolas do campo receberam a lousa digital. Mas, o que se percebeu foi que a lousa digital, distribuída há mais de um ano, estava tendo pouca utilidade nas escolas. O que elas utilizavam era o projetor, principalmente para passar filmes e documentários, mas não a lousa. A não utilização da lousa digital ocorria porque algumas escolas não sabiam que aquilo era a lousa. Outros por não saberem como instalarem ou como usarem. A partir disso, a equipe de NTM (Núcleo Tecnológico Municipal) da Secretaria de Educação buscou informações na internet sobre a instalação e funcionamento da lousa digital. Salienta-se que o único material de orientação para a instalação vinda junto às lousas era uma folha com os passos e o CD de instalação, porém na grande maioria das instalações não foi possível pela forma orientada. Foram necessárias pesquisas na internet referente ao problema e várias tentativas para ter sucesso na instalação. Após ter conseguido instalar, começou-se o processo de aprendizagem em relação ao uso pedagógico das mesmas. Quando a equipe já tinha um domínio razoável do equipamento e dos recursos pedagógicos, foram realizadas duas formações com professores que atuam nos Cemut (Centros Municipais de Tecnologias) e coordenadores das escolas urbanas e do campo, atingindo 30 escolas. A partir da formação, os professores/coordenadores se sentiram mais seguros para iniciar o processo de instalação e multiplicação do uso da lousa nas escolas. Após a formação, foram realizadas visitas nas escolas que tiveram dificuldades no processo de instalação. Nas visitas, além de ajudar na instalação foram feitas novas orientações quanto ao uso pedagógico da lousa digital. Nas visitas às escolas, foi-se percebendo que muitos Projetores ProInfo estavam com

28224 problemas, o que impossibilitava instalar e usar a lousa digital. Diante desta situação surgiu um novo problema a ser resolvido: como instalar a lousa digital no Windows? Retomaram-se as pesquisas na internet sobre esta possibilidade e após algumas tentativas conseguiu-se baixar um programa que possibilitava o uso da lousa digital no Windows. Continuou-se as visitas nas escolas para a instalação das duas possibilidades, no projetor multimídia Linux e nos notebook Windows. A partir da instalação e orientações sobre as lousas digitais, algumas escolas realizaram formações com os professores com o objetivo de estimular e ensinar como utilizarem pedagogicamente esta ferramenta. Após a formação com os professores sobre o uso das lousas digitais tivemos os relatos de algumas escolas e de coordenadores sobre como ocorreu e/ou considerações a respeito da formação. Considerações da Escola A: A multiplicação das informações sobre o uso da lousa digital realizada na nossa escola, pelo coordenador que recebeu a formação, enfrentou resistências por parte de alguns professores devido ao novo. Eles sentem-se inseguros por não possuir domínio das ferramentas que a mesma apresenta. Mas mesmo assim tivemos professores que se desafiaram, levaram para sala de aula e fizeram um trabalho maravilhoso com os alunos usando a interatividade. Algumas atividades pedagógicas que os professores utilizaram estavam inseridas na própria lousa e outras o professor planejou dentro do seu projeto de trabalho ou área, com o uso da internet, fazendo com que seus alunos participassem. O uso da lousa na escola é um processo lento, onde a equipe pedagógica da escola e o professor têm que ir aos poucos se inteirando e explorando as possibilidades, até que ela faça parte do trabalho pedagógico. Considerações da Escola B: No primeiro momento tive alguns problemas com a calibração, porque eu quis usar o multimídia e não me achei, mas daí coloquei o meu note com o data show e foi muito legal. Praticamente todos gostaram, elogiaram, ficaram encantados. A tarde foi melhor ainda, pois fui direto aos passos de instalação e nas funções, foi ótimo, todas as professoras ficaram maravilhadas. Surgiu a ideia de fazer um cronograma e montar a lousa no Cemut para fazer uma aula

28225 por turma, para professores e alunos se familiarizarem com a nova tecnologia, onde eu acompanharia juntamente com a professora do Cemut. Alguns poucos acharam que é legal, mas muito trabalhoso para montar, calibrar, etc... Combinei com eles que enviaria o endereço por e-mail, para quem quisesse instalar no seu notebook e ir manuseando e aprendendo. Inclusive já enviei o site e me disponibilizei a ajudar na instalação para quem quiser, para que assim conheçam melhor o funcionamento e planejam atividades para a sala de aula. Considerações da Escola C: O coordenador da escola, após formação recebida no NTM, organizou a multiplicação das informações sobre a lousa digital com os professores. Como a escola tem 900 alunos, com aulas e oficinas pedagógicas no dia a dia, além do tempo de planejamento, ela necessita de um cronograma bem organizado para dar conta das atividades, enquanto alguns professores fazem seus planejamentos outros estão em sala. Por isso, ele foi realizando a formação com os professores que estavam no horário de planejamento em um local que a escola organizou para vídeo. Conforme a disponibilidade dos professores, eles vão recebendo as informações do funcionamento da lousa e como usá-la pedagogicamente. Depois se desafiam trazendo os alunos para esta sala, realizando atividades pedagógicas e interativas com os recursos que a lousa dispõe, usam também a internet, buscando atividades dentro da proposta do seu projeto pedagógico. Vários professores já usaram e fizeram trabalhos bem interessantes. Os alunos gostaram muito pelo fato de não ficar só ouvindo e sim, fazendo parte da aula, construindo seu conhecimento. Na sondagem junto aos professores que atuam nos Cemut e dos coordenadores pedagógicos que realizaram a formação nas escolas, verificou-se que, embora muitos se empenharam na utilização da lousa, o grande desafio encontrado por eles, ainda está na falta de capacitação para o uso dos recursos que a lousa oferece e como trabalhar de forma adequada estes recursos em suas disciplinas. Os professores que trabalharam com a lousa relataram que, mesmo com algumas dificuldades, a aula foi mais interessante e que os alunos participaram intensamente. E que quando eles eram desafiados, não tinham receio de ir à lousa e realizar as atividades propostas. Que se sentiram os protagonistas da aula. Um fato a ser destacado foi à criação de pequenos grupos de professores para pequenas formações, trabalhando com dificuldades mais específicas, que embora não

28226 estivesse programado no decorrer dos trabalhos está sendo de grande valia. Estes grupos estão criando uma cultura entre seus pares sobre a necessidade de atualização de recursos metodológicos para o ensino, através das tecnologias. Com base no que foi desenvolvido e observado nas escolas e sentindo a demanda para o uso das lousas digitais houve a necessidade da realização de formações no Núcleo Tecnológico Municipal NTM, com conteúdos de diferentes disciplinas, no intuito de capacitar os docentes no uso desta tecnologia. Considerações finais Há uma grande quantidade de recursos que são capazes de proporcionar a elaboração, a criação de meios de aprendizagem dinâmicos e motivadores, capazes de despertar maior interesse e, consequentemente, uma maior facilidade de construção do conhecimento. A utilização da lousa digital no meio educacional é mais que um recurso inovador, é um forte aliado na busca de atualização e melhoria na qualidade de ensino. Quando se utiliza os recursos das tecnologias como meio de ensino, tem-se a possibilidade de um maior aproveitamento dos conteúdos por parte dos alunos, que poderão contribuir com a aprendizagem, desde que o professor elabore planejamentos que superem a simples reprodução do conhecimento. A transformação das possibilidades que a lousa digital oferece em ações práticas dependerá da disposição e da criatividade do professor em tornar sua metodologia de ensino mais dinâmica, a fim de elevar a concentração e o envolvimento do aluno durante a aula. A versatilidade oferecida pelos recursos da lousa digital deve ser aproveitada para aumentar o grau de atenção dos alunos, não somente pelos conteúdos multimídia e interativos apresentados, mas também pelas possibilidades de maior participação dos alunos nas atividades colaborativas propostas. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Decreto nº 6.300, de 12 de dezembro de 2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/decreto/d6300.htm >. Acesso em: 02 jun. 2015 BRASIL. Ministério da Educação. ProInfo: Apresentação. 2013. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/index.php?itemid=462>. Acesso em: 23 jun. 2015.

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