Inspeção de mel. Histórico. Produção de mel no Brasil. Produção de mel no Brasil e no mundo 27/05/2013. Jean Berg Alves da Silva

Documentos relacionados
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO UFERSA DISCIPLINA: INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

Produção do mel 29/10/2010

Fontes do Mel. Fontes naturais do mel. Néctar (Honeydew)(Cana de açúcar

Profª Me. Tatiane da Silva Poló

REGULAMENTO TÉCNICO MERCOSUL IDENTIDADE E QUALIDADE DO MEL

NORMAS PARA CONSTRUÇÃO DE ESTABELECIMENTOS PRODUTORES DE MEL, CÊRA DE ABELHAS E DERIVADOS

QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DE MÉIS COMERCIALIZADOS NO MUNICÍPIO DE UBERABA

Portaria ADAB nº 207 DE 21/11/2014

Alimentos, Rod. Admar Gonzaga 1346, CEP: , Itacorubi, Florianópolis, SC.

Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade do Mel de Abelhas sem Ferrão Gênero Melipona

AVALIAÇÃO DE QUALIDADE DO MEL COMERCIALIZADO NA REGIÃO CELEIRO 1 QUALITY ASSESSMENT OF COMMERCIALIZED HONEY IN THE CELEIRO REGION

AVALIAÇÃO DO MEL COMERCIALIZADO NO SUL DO BRASIL E NO URUGUAI 1. INTRODUÇÃO

S.I.E.: Registro de instalações para processamento de mel. Adrianne Paixão Médica Veterinária Gerente do SIE

Cuidados a serem tomados para que produtos apícolas tenham qualidade

A influência da matéria prima sobre o desempenho da levedura (a levedura é aquilo que ela come) Dr Silvio Roberto Andrietta

FICHA TÉCNICA DE PRODUTO

Mel. Prof Dra Édira Castello Branco de Andrade Gonçalves.

NORMAS TÉCNICAS DE INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS PARA ENTREPOSTOS DE OVOS

Pilar: Empresa (Gestão - Condições físicas) AVALIAÇÃO SIM NÃO NA(*) OBS

IDENTIFICAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DE MEL DE ABELHAS Apis mellifera DO SERTÃO PARAIBANO.

Centro de Tecnologia de Alimentos e Bebidas Tecnologia Cervejeira Módulo: Adjuntos cervejeiros

Biologia Molecular (Parte I)

1. INTRODUÇÃO 2. PROCESSAMENTO

COLHEITA E CONTROLE DE QUALIDADE 1 Eliel S. Freitas Júnior 2

DIZERES DE ROTULAGEM

ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL DE PESCADO Produtos Frescos e Congelados

UNIVERSO TERRA SERES VIVOS ORIGEM

PORTARIA N. 711/1995

VERIFICAÇÃO DA QUALIDADE MICROBIOLÓGICA DE MÉIS PRODUZIDOS E COMERCIALIZADOS NO SERTÃO PARAIBANO.

Nutritime. Uso do concentrado protéico de arroz na dieta de suínos, aves e peixes (salmão e truta).

ALBUMINA. Proteína do ovo como suplemento

PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia.

Art. 3º Os Métodos de que trata esta Instrução Normativa poderão sofrer alterações em razão da incorporação de novas tecnologias.

Anais do 1º Seminário sobre Criação de Abelhas & 1 Economia Solidária, Estado do Rio de Janeiro 2008 UFRRJ Seropédica, RJ, Brasil

I.TERMINOLOGIA TÉCNICA

IMPLANTAÇÃO DA CASA DO MEL AOS APICULTORES DE BOTUCATU

AVALIAÇÃO DE CONCENTRADO PROTEICO DE SOJA SELECTA EM PEIXES

ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS DOS MÉIS PRODUZIDOS E COMERCIALIZADOS NO ESTADO DE SERGIPE

COMPONENTES ORGÂNICOS: CARBOIDRATOS. Glicídios ou Açúcares

PRODUÇÃO ARTESANAL DE HIDROMEL 1 INTRODUÇÃO

Curso de Ensino à Distância - CERAT

ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL DE PESCADO

AVALIAÇÃO DA CADEIA PRODUTIVA DO MEL DE APIS MELLIFERA PRODUZIDO NA REGIÃO DE SINOP/MT

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ Departamento de Farmácia Laboratório de Farmacognosia

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ANIMAIS INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL

Professor Antônio Ruas

Funções e Importância da Água Regulação Térmica Manutenção dos fluidos e eletrólitos corpóreos Reações fisiológicas e metabólicas do organismo Escassa

Boas Práticas de Higiene no manuseio de Alimentos visando a obtenção de alimentos seguros

AVALIAÇÃO DE PARÂMETROS DE PROCESSO PARA OBTENÇÃO DE MEL CO- CRISTALIZADO COM SACAROSE

Produtos. Tossicanis. Calmavet. Colírio Cinerária Marítima. Colírio Veterinário. Provex. Calêndula Concreta. Catálogo de

03/02/2016. Métodos físicos e instrumentais de análise de alimentos INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, MÉTODOS FÍSICOS

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E QUÍMICAS DO MEL E PREPARO DO PÓLEN COMO AGENTE DE CRISTALIZAÇÃO

AVALIAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICO-QUÍMICAS DO MEL COMERCIALIZADO NOS MUNICÍPIOS DE FRAIBURGO E VIDEIRA, SC

AVALIAÇÃO EM ESTABELECIMENTOS - LEITE E DERIVADOS Check list

Ministério da Agricultura. Secretaria de Defesa Agropecuária. Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal DIPOA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL

Laranja cristalizada

Review. Processos Químicos Industriais II

17/05/2014 POLPAS DE FRUTAS POLPAS DE FRUTAS

Composição química da célula

QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA DO MEL PRODUZIDO NA REGIÃO NOROESTE DO RS

Glossário de termos técnicos Sucroalcooleiro

CONTROLE DE QUALIDADE DO MEL

LITERATURA COLÁGENO HIDROLISADO PEPTÍDEOS DE COLÁGENO PEPTAN COLAGENO DO TIPO I

Professor Antônio Ruas

VEGESOY MILK. Extrato solúvel de soja em pó

PRODUÇÃO DE LEITE. Parte 2. Prof. Dr. André M. Jorge UNESP-FMVZ-Botucatu. Prof. Dr. André Mendes Jorge FMVZ-Unesp-Botucatu

ANEXO REGULAMENTO TÉCNICO PARA FIXAÇÃO DOS PADRÕES DE IDENTIDADE E QUALIDADE PARA FERMENTADOS ACÉTICOS

Seminário STAB Regional Sul A vinhaça na Agroindistria da Cana de Açúcar Nadir Almeida da Gloria

Conservação de alimentos pelo uso de processos fermentativos

AS RELAÇÕES ENTRE MACRONUTRIENTES E MICRONUTRIENTES E A FERTILIDADE DO SOLO Pedro Lopes Ferlini Salles Orientadora: Marisa Falco Fonseca Garcia

O posicionamento do conjunto dos órgãos próprios dos Ministérios da Educação e do Trabalho e Emprego explicita que:

O que é a fossa Séptica

Aminoácidos não-essenciais: alanina, ácido aspártico, ácido glutâmico, cisteína, glicina, glutamina, hidroxiprolina, prolina, serina e tirosina.

FABRICAÇÃO DO ÁLCOOL INTRODUÇÃO

C O L É G I O F R A N C O - B R A S I L E I R O

Qualidade do mel e seu beneficiamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR PALOTINA MESTRADO - BIOENERGIA BIOETANOL

Jornal Oficial das Comunidades Europeias. DIRECTIVA 2001/110/CE DO CONSELHO de 20 de Dezembro de 2001 relativa ao mel

MACRONUTRIENTES III PROTEÍNAS

Princípios de formulação de alimentos para cães e gatos. Aulus Carciofi

Avaliação Microbiológica e Físico-química de Méis Comercializados no Município de Toledo, Pr

Roteiro de inspeção interna - Bares e Lanchonetes

FERTILIZANTE ORGÂNICO COMPOSTO CLASSE A

CANA-DE-AÇÚCAR NO BRASIL E NO MUNDO

CARBOIDRATOS Classificação: De acordo com o número de moléculas em sua constituição temos: I- MONOSSACARÍDEOS ( CH 2 O) n n= varia de 3 a 7 Frutose Ga

Coprodutos e subprodutos agroindustriais na alimentação de bovinos

PROGRAMA DE DISCIPLINA

ethanol COMPACT system Extração e retificação destilação fermentação

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA Leite de Côco Desidratado

PRINCÍPIOS BÁSICOS E MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO

Copyright WISER. All Rights Reserved.

Art. 2º Fica revogada a Instrução Normativa nº 8, de 16 de janeiro de Art. 3º Esta Instrução Normativa entra em vigor na data de sua publicação.

POLPA DE FRUTA NÉCTAR SUCO

27/06/2011. Detalhes do Produto: FRUTA EM CALDA. Fruta em Calda: Classificação:

Fundamentos e Gestão de Laboratórios Métodos de separação de misturas

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA DO MEL COMERCIALIZADO EM SANTO AUGUSTO- RS

Biologia Celular e Molecular:

APICULTURA NA REGIÃO DE PONTA GROSSA: AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DO MEL E ELABORAÇÃO DE BOLACHAS DE MEL

Transcrição:

Inspeção de mel Alimento Jean Berg Alves da Silva Cosmético Medicamento 1 2 Histórico Mel como alimento Por muito tempo a humanidade utilizou o mel de abelha como única fonte de concentrados açucarados Pré-história Vários séculos forma extrativista e predatória Domesticação das abelhas Egípcios 3 http://images.google.com.br/ 4 Produção de mel no Brasil e no mundo Produção de mel no Brasil 5 6 Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Muni 1

Produção de mel no Brasil 2000-2009 (Kg) Produção de Mel no Brasil por Região 11 0 16 0 Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal 7 8 Produção de mel no Estado do Rio Grande do Norte 10 0 Produção de mel por mesorregião no estado do Rio Grande do Norte 11 0 15 0 9 Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal Fonte: IBGE - Pesquisa Pecuária Municipal, 2010 10 Preço do mel US$/ton. 2002-2009 3.500,00 3.000,00 2.500,00 2.000,00 1.500,00 1.000,00 500,00 0,00 US$/ton. 1 2 3 4 5 6 7 8 US$/ton. Análise de mel Jean Berg 11 12 2

http://cahoney.com/images/assemblylineshot.gif Estabelecimentos de produção de mel UNIDADES DE PROCESSAMENTO Setor produtivo apícola Qualidade do produto Funcionamento 13 WIESE, 2005. 14 PROJETO Planejamento Mercado Disponibilidade financeira Produção do local WIESE, 2005. ESTABELECIMENTOS Apiários Produção, extração, classificação, estocagem e industrialização Casa do mel Entrepostos de mel e cera de abelhas Recebimento, classificação e industrialização http://files.ncse.gethifi.com/sue_bee_honey_squirt-process-sc706x222-q80-t1313432473.jpg 15 BRASIL, 1985; BRASIL, 1997; WIESE, 2005. 16 Água Fácil acesso Vias de escoamentos Rural LOCALIZAÇÃO Área delimitada 17 18 3

http://espaber.uspnet.usp.br/propolis.gif 27/05/2013 http://www.baldoni.com.br/recepcao_materia_prima-01.jpg http://images02.olx.com.br/6763_3.jpg https://lh3.googleusercontent.com ESTRUTURA FÍSICA Recepção Beneficiamento do mel Estocagem Depósito Banheiro Vestuário Almoxarifado http://www.zamorano.edu/1015917827_yxjbm-x2.jpg 20 Terreno Fontes de poluição ESTRUTURA FÍSICA Seção de recepção e seleção Plataforma Extração do mel Rural ou urbana Abastecimento de água e rede de esgoto Laboratório Análises de rotina LOCALIZAÇÃO Depósito de Matéria-Prima 21 22 ESTRUTURA FÍSICA Sala de Elaboração Tecnologia empregada - Recepção, Tanque de fusão - Equipamento Fabricação de de filtração bebidas fermentadas e vinagres - Tanques ou fôrmas de solidificação Geléia real e pólen - Mesa para seleção de própolis - Seção Cera de e embalagem própolis e expedição ESTRUTURA FÍSICA Depósito Embalagens Produtos embalados e expedição Higienização e sanitização de recipientes Dependência auxiliares Sede da Inspeção Federal Escritório Almoxarifado 23 24 4

http://www.casadoapicultor.com.br/img678689.jpg http://www.escoladigital.com/images/refeitorio.jpg 27/05/2013 ESTRUTURA FÍSICA Instalações Sanitárias e Vestiários Local de Refeições Lavanderia Varejo 25 26 CARACTERÍSTICAS/DIMENSIONAMENTO CARACTERÍSTICAS/DIMENSIONAMENTO Pé Direito Paredes Pisos Teto ou forro Portas Janelas 3m 4m 2,5m em Câmaras frigoríficas Alvenaria Altura: 2m Ângulos Impermeáveis Declividade 2% Aprovados pelo SIF Higienização Resistentes Metálicas Trânsito fácil Telas 27 28 CARACTERÍSTICAS Abastecimento de água Potabilidade - RIISPOA Águas de superfície Depósitos de água Iluminação; ventilação 29 30 5

http://www.frigomor.com.br/zoom/produtos/frigomel_mesa_ext.jpg http://meldatilinha.files.wordpress.com/2011/10/img_3540.jpg http://www.vetromarim.com/634/foto.jpg http://apix.agr.br/fotos/decantador_100_kg.jpg 27/05/2013 http://shopping.tray.com.br/theme/4/img/loja/4047/ofertas/175884g.jpg http://www.lagomequipamentos.com.br/sgeneizador.jpg Mesa desoperculadora Garfo desoperculador CENTRÍFUGA Faca desoperculadora FILTRO DE TELA 31 BRASIL, 1985, COUTO; COUTO, 2002; COSTA, 2003. 32 BRASIL, 1985, COUTO; COUTO, 2002; COSTA, 2003. TANQUE DE DECANTAÇÃO HOMOGENEIZADORES TUBULAÇÕES MESA COLETORA 33 BRASIL, 1985, COUTO; COUTO, 2002; COSTA, 2003. 34 BRASIL, 1985, COUTO; COUTO, 2002; COSTA, 2003. Mínima de 25 C Baixas Armazenamento 35 UR < 60% Higroscopicidade COSTA; OLIVEIRA, 2005. 36 http://www.instrutemp.com.br/ 6

Souza, 2009 Souza, 2009 27/05/2013 http://www.tigraoderamos.com.br Recepção Recebimento das melgueiras Seleção e limpeza prévia BRASIL, 1985, COSTA, 2003. 37 38 Recepção Sala de Extração Decantação/Envase Depósito 3m Janela Pia 5m X X D E D Porta 5m Sanitário X Centrífuga 13m D Decantador E Envase Mesa desoperculadora Desnível de 1m com escada Janelas Portas Escala 1:200 Área: 65m² Pé direito: 3m 39 Porta 40 3m Janela Pia Decantadore s Envasadora Recepção Sala de Extração Decantação/ Envase X D Depósito 5m D E Porta X E D Sanitário D Porta http://apix.agr.br/fotos/decantador_200_kg_inox.jpg Janela 41 42 7

Considerações Qualidade do mel Fontes de mel néctar secreções Elaboração do mel reações - física - química 43 44 MEL Definição Néctar ou secreções (partes vivas da plantas) ou secreções (insetos sugadores) Recolhem, transformam, combinam, armazenam - madurar Componentes do mel Açúcares monossacarídeos (80%) dissacarídeos (10%) tipos viscosidade, densidade higroscopicidade,granulação valores calóricos 45 46 Componentes do mel Água 15 a 21% fermentação umidade e leveduras operculação assepsia Componentes do mel Enzimas invertase amilase glicose-oxidase 47 48 8

Componentes do mel Componentes do mel Proteínas vegetal e animal leucina, isoleucina, histidina, metionina alanina, fenilalanina, glicina, ácido aspártico treonina, serina, ácido glutâmico prolina,valina, cisteína, tirosina, lisina e arginina * espuma Ácidos flavor estabilidade microrganismos Minerais cálcio, cloro, cobre, ferro, manganês, magnésio, fósforo, potássio, sódio, enxofre, zinco, iodo. 49 50 Classificação do mel origem Mel floral Classificação do mel obtenção do favo Mel escorrido unifloral ou monofloral multifloral ou polifloral Mel prensado Melato ou mel de melato Mel centrifugado 51 52 Classificação do mel - apresentação e/ou processamento mel - estado líquido, cristalizado ou parcialmente mel em favos ou secções mel em pedaços de favo Classificação do mel - apresentação e/ou processamento mel cristalizado ou granulado mel cremoso mel filtrado 53 54 9

Composição físico- química do mel PADRÕES DE QUALIDADE SEGUNDO O CODEX Composição Mel de flores Mel de melato Umidade (máx) 20% 20% Açúcares redutores (mín) 65% 60% Sacarose (máx) 6% 15% Cinzas (máx) 0,6% 1,2% Hidroxi metil furfural 60mg/Kg 60mg/Kg Acidez 50meq/Kg 50meq/Kg Instrução normativa n 11 55 Fig.01 Padrões de qualidade segundo o CODEX Fonte: SENAI As propriedades do mel são influenciadas por vários fatores: Temperatura Umidade Origem Floral Estocagem Idade Sabor e aroma do MEL Sabor e aroma cor escuro minerais e sabor e aroma claro doce suave doce forte sabor ácido ou amargo Ácido ácidos do mel; fumaça, fermentação (ASSIL et al., 1991 e LARA et al., 1976). 58 Cor MEL Cor do Mel Preço Exportação e Aceitação 59 60 10

Variação de cor MEL Homogenidade mistura temperatura densidade homogenizador motorizado Higroscopicidade alta UR > 60% - absorve UR < 60%- cede 61 62 Cristalização do mel Processo natural Temperatura Concentração de açúcares Teor de água Origem floral Manuseio durante seu processamento Condições de estocagem Cristalização Características Nutricionais? 63 Hidroximetilfurfural MEL Origem Formação Detecção Colheita de amostras para análises Xarope de milho, Beterraba Xarope invertido Armazenamento prolongado temperatura Frutose 1 mol. HMF 3 moléculas de água Camada líquida e escurecida Fiehe Espectrofotometria 65 66 11

Colheita de amostras Passo 1: Homogeneizar o mel a ser coletado por aproximadamente 3 (três) minutos. Colheita de amostras Passo 2: Coletar 250g de mel. 67 68 Colheita de amostras Passo 3: Acondicionar a amostra de mel em frasco de polipropileno de 1º uso, preferencialmente de boca larga, com tampa lacre, não completando todo o volume disponível do frasco. Colheita de amostras NÃO CONGELAR A AMOSTRA A amostra de mel deve ser encaminhada ao laboratório de destino em temperatura ambiente. 69 70 Testes qualitativos Análise de mel Teste Fiehe hidroximetilfurfural açúcar, superaquecimento Resultado vermelho cereja 71 72 12

MEL Umidade 20% < 17,1% - sem fermentação > 19 % - com fermentação Refratômetro 73 74 ph ácidos origem botânica, ácidos, MEL cálcio, sódio, potássio medidor de ph Acidez Ácidos orgânicos MEL Ácido glucônico Estabilidade Dornic Titulação com hidóxido de sódio 75 76 Testes qualitativos Reação de Lugol amido e dextrinas Resultado vermelha ou violeta Mel puro Testes qualitativos Reação de Lund substâncias albuminóides ácido tânico Resultado precipitado origem floral precipitação desprezível ou nada 77 78 13

Fermentação do mel Temperatura de armazenamento Umidade do mel Contaminação por leveduras Acidez Espuma Odor Ácido Fermentação 79 80 Microbiologia do Mel Microbiologia do Mel Conservação ou vida de prateleira Fermentação Doenças Transmitidas por alimentos Botulismo Infantil 81 82 Microbiologia do Mel Fermentação Alto teor de umidade Temperatura de armazenamento alta (> 26ºC) Presença de leveduras Microbiologia do mel Fermentação Açúcares em álcool e gás carbônico. Álcool + oxigênio = ácido acético Meio propicio para os microrganismos Aceleração no processo de fermentação Fermentação do mel 83 Deterioração do mel 84 14

Microbiologia do mel Microbiologia do mel Mel Botulismo O botulismo é um doença neuroparalítica grave, não contagiosa, resultante da ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum. Botulismo Doença transmitida por alimento Menores de um ano 85 86 Botulismo Intestinal X Mel Schocken-Iturrino et al (1999) 85 amostras Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo Seis positivas para C. botulinum (7,06%) Botulismo Intestinal X Mel Ragazani et al (2008) 100 amostras Seis Estados do Brasil São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Ceará, Santa Catarina 7% Clostridium botulinum 87 88 Botulismo Intestinal X Mel Susceptibilidade Contaminação Letalidade NÃO incluir o mel na alimentação de crianças menores de um ano de idade Análise de mel Informe Técnico nº. 37, de 28 de julho de 2008, ANVISA 89 Jean Berg 90 15