Nódulos da tireóide. Nilza Scalissi. Departamento de Medicina Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

Documentos relacionados
Está indicada no diagnóstico etiológico do hipotireoidismo congênito.

Bócio Nodular e Câncer de Tireóide ide na infância e adolescência

Nódulos Tireoideanos. Narriane Chaves P. Holanda, E2 Endocrinologia HAM Orientador: Dr. Francisco Bandeira, MD, PhD, FACE

TeleCondutas Nódulo de Tireoide

O que fazer perante:nódulo da tiroideia

A classificação TI-RADS é realmente útil?

Residente em Cirurgia de Cabeça e Pescoço

THYROID NODULE MANAGEMENT MANEJO DE NÓDULOS TIREOIDIANOS

NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO

05/03/ /2015. Equipe NATS, Bom dia!

NÓDULO DA TIREÓIDE CONDUTA CIRÚRGICA. Prof. Francisco Monteiro

Tomografia Computadorizada ou Ressonância Magnética qual a melhor opção para cada caso?

PALAVRAS-CHAVE lesões de tireóide, citologia, ultrassonografia, epidemiologia.

Teoria do ACR BI-RADS : Ultrassonografia Rodrigo Hoffmeister, MD

Avaliação Ultra-Sonográfica dos Nódulos Tireóideos: Comparação com Exame Citológico e Histopatológico. artigo original

ENFERMAGEM NO CUIDADO INTEGRAL A SAÚDE DA MULHER ATIVIDADE TIREÓIDE

AVALIAÇÃO DE NÓDULOS TIREOIDIANOS

Ultrassonografia na miomatose uterina: atualização

NÓDULO NA TIREÓIDE. Guia sobre essa doença! DR JÔNATAS CATUNDA DE FREITAS

Casos Práticos: Aplicação do ACR BI-RADS Ultrassonográfico Álvaro Antonio Borba, MD

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CIRURGIA DE CABEÇA E PESCOÇO

Teoria do ACR BI-RADS : Ultrassonografia com exemplos práticos Rodrigo Hoffmeister, MD

Avaliação dos Nódulos de Tireóide e tratamento inicial do câncer. Manoel Martins Disciplina de Endocrinologia 3 de Março de 2010

Imagem da Semana: Ressonância nuclear magnética

HUCFF-UFRJUFRJ ANM/2010

Imagiologia Mamária. Manuela Gonçalo. Director: Prof. Doutor F. Caseiro Alves. Serviço de Radiologia HUC

Punção Aspirativa com Agulha Fina Guiada por Ultrassonografia Endoscópica PAAF-USE primeira linha suspeita de neoplasia do pâncreas

Câncer Medular de Tireóide Diagnóstico e Tratamento

HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM CIRUGIA GERAL

iodocaptante, correspondente ao lobo direito da tireoide, entre as estruturas indicadas, compatível com localização tópica da glândula tireoide.

Manejo Ambulatorial de Massas Anexiais

Reunião temática. António Pedro Pissarra

Curso Continuado de Cirurgia Geral Capítulo de São Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões Associação Paulista de Medicina

Criteria for conducting sonographic FNA in thyroid nodules. Palavras-chave: Neoplasias da Glândula Tireóide; Ultrassonografia, Biópsia por Agulha.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE MEDICINA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS MÉDICAS: ENDOCRINOLOGIA MESTRADO E DOUTORADO

NÓDULOS DA TIROIDE: ABORDAGEM ACR TI-RADS. Nuno Campos, Carolina Terra, Elisabete Pinto, Luis Curvo Semedo

Análise Crítica dos Exames Iniciais de Seguimento pós Tireoidectomia total por Carcinoma Bem Diferenciado de Tireóide de Baixo Risco

Nódulos de Tireoide: Valor da PAAF no Diagnóstico de Câncer

PET-CT NO NÓDULO PULMONAR SOLITÁRIO. Dr. Mauro Esteves -

O DESAFIO DIAGNÓSTICO DO CÂNCER DE MAMA ASSOCIADO A GESTAÇÃO: ENSAIO PICTÓRICO

Curso Continuado de Cirurgia Geral Capítulo de São Paulo do Colégio Brasileiro de Cirurgiões Associação Paulista de Medicina

Lesões Ovarianas na Pré e Pós-Menopausa. Laura Massuco Pogorelsky Junho/2018

Universidade Federal do Ceará Módulo em Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Tumores das Glândulas Salivares. Ubiranei Oliveira Silva

Métodos de imagem. Radiologia do fígado. Radiologia do fígado 12/03/2012

Imagem da Semana: Cintilografia

Gaudencio Barbosa R3 CCP Hospital Universitário Walter Cantídio UFC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Ultra-sonografia nas Lesões Hepáticas Focais Benignas. Dr. Daniel Bekhor DDI - Radiologia do Abdome - UNIFESP

ADOENÇA NODULAR TIREÓIDEA, QUE COMPREENDE O nódulo Solitário e

ABORDAGEM CIRÚRGICA DOS NÓDULOS DE TIREOIDE SURGICAL APPROACH OF THYROID NODULES

Abordagem cirúrgica dos nódulos de tireoide Surgical approach of thyroid nodules

PRINCIPAIS CIRURGIAS NO PESCOÇO E BIÓPSIA DE LINFONODO

PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA DA TIREÓIDE, UMA REAVALIAÇÃO DOS BENEFÍCIOS. Virgilio Ribeiro Guedes 1 e Juliana Ladeira Garbaccio 2

Diagnóstico por Imagem em Oncologia

Tumores Malignos do Endométrio

LESÕES MAMÁRIAS BENIGNAS MIMETIZADORAS DE MALIGNIDADE

Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC UFC

6º Imagem da Semana: Cintilografia e tomografia de Tórax

Revised American Thyroid Association Management Guidelines for Patients with Thyroid Nodules and Differentiated Thyroid Cancer.

A importância da descrição ultrassonográfica padronizada e da punção aspirativa por agulha fina na avaliação de nódulos tireoidianos.

Doença nodular da tiroideia

OCÂNCER DE TIRÓIDE É A NEOPLASIA endocrina mais comum; sua

CURSO BÁSICO DE ULTRASSONOGRAFIA DA TIREOIDE E PARATIREOIDE ORGANIZAÇÃO

artigo original RESUMO ABSTRACT

CASO CLÍNICO Pós graduação em Mastologia 28 Enfermaria Santa Casa da Misericórdia RJ María Priscila Abril Vidal

Tireoidopatias e Hepatite C

NOVAS DIRETRIZES PARA TRATAMENTO DO CARCINOMA DIFERENCIADO DE TIREOIDE

Caracterização de lesões Nódulos Hepá8cos. Aula Prá8ca Abdome 2

CÂNCER DE BOCA E OROFARINGE

Lesões císticas do pâncreas: abordagem diagnóstica e terapêutica

Terapia conservadora da mama em casos multifocais/multicêntricos

Qual o diagnóstico e a melhor conduta a ser realizada neste paciente?

22 - Como se diagnostica um câncer? nódulos Nódulos: Endoscopia digestiva alta e colonoscopia

TERAPÊUTICA DIAGNÓSTICA

US DE MAMAS MARATONA DE CASOS LUCIANO FERNANDES CHALA

Circular 035/2014 São Paulo, 8 de Janeiro de 2014.

Cistos e doença policística renal

21ª Imagem da Semana: Cintilografia cervical e torácica com 99 mtc-sestamib

Ultra-sonografia para a biópsia de nódulos sólidos da tiróide

AAVALIAÇÃO E CONDUTA DE UM PACIENTE portador de um nódulo

Prostatic Stromal Neoplasms: Differential Diagnosis of Cystic and Solid Prostatic and Periprostatic Masses

Paciente jovem, gestante e lactante casos que não posso errar. Lourenço Sehbe De Carli Junho 2018

Tireoidectomias: análise de laudos anatomopatológicos realizados em um laboratório em Tubarão-SC, Sul do Brasil

Gaudencio Barbosa R3 CCP HUWC UFC

HOSPITAL DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL DE SÃO PAULO SERVIÇO DE RESIDÊNCIA MÉDICA EM CIRURGIA GERAL ASTOR CHAVES GOMES

NÓDULOS E CÂNCER DE TIREÓIDE

Guião de Referenciação à Consulta Externa - Cirurgia

Key words: Thyroid Neoplasms; Hyperthyroidism; Thyroidectomy

ADENOMA PLEOMÓRFICO: DESAFIOS DO TRATAMENTO A Propósito de Um Caso Clínico

Curso Continuado de Cirurgia Geral

Oncologia. Caderno de Questões Prova Discursiva

artigo original RESUMO

É um nódulo pulmonar?

Discussão de Caso Clínico Nathalia Rossato

WAGNER IARED ACURÁCIA DA ULTRASSONOGRAFIA COM DOPPLER COLORIDO NA IDENTIFICAÇÃO DE DOENÇA MALIGNA EM NEOPLASIAS FOLICULARES DA TIREOIDE

Artigo Original Tecnologias em Saúde

O EXAME DE ULTRASSONOGRAFIA DE MAMA

TEMÁTICA. 08 de Outubro Cristina Roque Ferreira (Interna de Radiologia 3º ano)

Transcrição:

ENDOCRINOLOGIA & METABOLOGIA Santa Casa -SP Nódulos da tireóide Departamento de Medicina Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo Nilza Scalissi

Bócio Nodular Necrópsia-14.6% nódulos múltiplos Mortensen,1955 Necrópsia-57% um /mais nódulos Rice,1932 Não conhecidos a palpação Infância-raros=1,2 a 1,8% Kirkiland,1973 Maior risco de Ca Com melhor prognóstico Aumenta com idade:nos idosos.. 40% (Rice,1932) 100% (Woestyn,1985)

Incidência de Câncer Nódulos malignos 2% na população geral Nódulos benignos 78% bócio nodular 3,4% adenomas

Diagnóstico diferencial bócio nodular Lesão primária da tireóide Lesão não tireoideana BMN tireoidite Adenoma Carcinoma cisto? Paratireóide cisto tireoglosso linfoma hemangioma broncocele metástase

Diagnóstico do bócio nodular Época do aparecimento Sintomas clínicos Uni-nodular Bócio nodular Multi-nodular (US) Função tireoideana Exames complementares

Diagnóstico do bócio nodular Época do aparecimento Congênito Infância Adulto Sintomas clínicos Bócio nodular Função tireoideana Exames complementares

Diagnóstico do bócio nodular Época do aparecimentopresentes Sintomas clínicos Ausentes Bócio nodular Função tireoideana Exames complementares

Diagnóstico do bócio nodular Época do aparecimento Sintomas clínicos Normal Bócio nodular Função tireoideana Alterada Exames complementares

Diagnóstico do bócio nodular Época do aparecimento Sintomas clínicos Bócio nodular Função tireoideana TSH (T4L) US Cintilografia Exames complementares PAAF

Diagnóstico diferencial do nódulo de tireóide História clínica Radiação cervical antecedentes de DTA alteração do volume sintomas clínicos Benigno X Maligno? Exame físico Fixação / dor consistência linfoadenomegalia BMN (?) (US)

Diagnóstico do bócio nodular Avaliação laboratorial nódulo de tireóide Função Anticorpos U S Cintilografia PAAF

Diagnóstico do bócio nodular Avaliação da função tireoideana Melhor teste=tsh T4 livre (?) Anticorpos TPO

Volume 85(7) July 2000 pp 2493-2498 Management of the Solitary Thyroid Nodule: Results of a North American Survey* Volume 87(1) January 2002 pp 112-117 Management of the Nontoxic Multinodular Goiter: A North American Survey

(Oxf) Volume 50, 1999 pp 357-367 Management of the Solitary Thyroid Nodule: Results of a Europen Survey* Volume 53, 2000 pp 5-12 Management of the Nontoxic Multinodular Goiter: A European questionnaire Survey

Rotina bioquímica usada por membros da ATA e ETA Nódulo solitário Bócio multinodular ATA ETA ATA ETA (n=142) (n=110) (n=140) (n=120 TSH 99% 99% 100% 100% T4-total 12% 20% 21% 17% T3-total 9% 25% 23% 23% T4-livre 49% 53% 54% 74% T3-livre 6% 31% 11% 43% ATPO 30% 41% 61% 65% Atg 18% 26% 34% 49% TRAb 0% 6% 0% 8% Calcitonina 5% 43% 4% 32% Tg 4% 14% 2% 8% Clin Endocrinol (Oxf) 50:357, 1999 JCEM 85:2493, 2000 Clin Endocrinol (Oxf) 53:5, 2000 JCEM 87:112, 2002

Alteração da anatomia tireoideana Avaliação do bócio INSPEÇÃO Bócio volumoso (intra torácico?) PALPAÇÃO Bócio difuso (volume?) Bócio nodular (> 2 cm) Nódulos < 2 cm (?) ULTRA-SONOGRAFIA (melhor método) Avalia volume (bócio difuso) Ecogenicidade (difuso/nódulo) Número e tamanho dos nódulos Halo - Vascularização (Dopller) Extensão intra torácica

Como diferenciar o nódulo benigno do maligno? Probabilidade de maligno X Probabilidade de benigno Idade menor Sexo masculino US = nódulo sólido / misto Nódulo frio / morno Idade maior Sexo feminino US = nódulo cístico Nódulo quente / morno PAAF positiva / suspeita PAAF negativa

Diagnóstico diferencial do nódulo de tireóide Avaliação pelo ultra-som Sugerem lesão benigna Benigno X Maligno? Sugerem lesão maligna Nódulo cístico bordas regulares halo periférico calcificação periférica Nódulo sólido bordas irregulares sem halo periférico microcalcificações Camargo et al. Arq Bras Endocrinol Metab 42:273, 1998

Diagnóstico do bócio nodular - US

Diagnóstico do bócio nodular - US

Diagnóstico do bócio nodular - US Traquéia Carótida Carótida

Diagnóstico do bócio nodular - US Sólidos = maioria Malignos Benignos

Diagnóstico do bócio nodular BMN - Investigar nódulo com características suspeitas Maioria dos Cânceres apresentam-se com BMN Nódulos únicos são suspeitos Nódulo único e frio - 15 a 25% de malignidade Nódulo frio num BMN - 1%-6,6% de malignidade Katz,84 xxxxxx

Diagnóstico do bócio nodular - US 100% dos carcinomas são hipoecoicos (Baum,1983) 85.38% (Kerr,1993) Nódulos mistos Císticos = raros 0,1% (Simeone, 1982) Degeneração cística no Ca=rara 1%- se parte sólida hipereco 3%- se parte sólida hipoeco (Schober,1986)

Diagnóstico do bócio nodular - US Nódulos sólidos são a maioria Nódulos benignos tendem a ser bem definidos Nódulos malignos tendem a ter contornos irregulares e mal definidos

Diagnóstico do bócio nodular - US Nódulos císticos Lesões puramente císticas < 1% risco de malignidade Lesões císticas > 3 cm aumenta risco de malignidade

Diagnóstico do bócio nodular - US Presença de halo periférico Halo fino (< 2 mm) e completo sugere benignidade Ausência de halo/halo espesso irregular e incompleto sugere malignidade

Diagnóstico do bócio nodular - US Presentes 10 a 15% dos nódulo Calcificações periféricas grosseiras: associadas à benignidade ( casca de ovo ) Microcalcificações internas em nódulos hipoecogênicos: sugestivas de malignidade. (75% dos nódulos malignos)

Diagnóstico do bócio nodular - US Nódulos Mistos

Diagnóstico do bócio nodular - US Doppler Fluxo periférico Sugere benignidade Fluxo periférico/central Sugere malignidade

Diagnóstico do bócio nodular - US Nódulo cístico Benigno (anecóico) Nódulo cístico Maligno (vegetação )

Diagnóstico do bócio nodular - US Nódulo sólido hiperecóide benigno em 97% casos (Kerr,93) Sinal do halo benigno em 98% casos (Kerr,93) HIPERECÓIDE Corresponde 15-20% dos nódulos

Diagnóstico do bócio nodular - US

Diagnóstico do bócio nodular - US Sinais de Malignidade Nódulo sólido- hipoecóico Halo periférico espesso e irregular Microcalcificações centrais Fluxo central

Diagnóstico do bócio nodular - US Benignidade PADRÃO ANAECÓIDE Malignidade PADRÃO HIPOECÓIDE PADRÃO HIPERECÓIDE COM HALO PERIFÉRICO COMPLETO HALO PERIFÉRICO INCOMPLETO/AUSENTE 90 % DOS NÓDULOS MA LIMITES IRREGULARES/MARGENS MAL DEFINIDAS BORDOS REGULARES MICROCALCIFICAÇÕES INTERNAS HALO PERIFÉRICO COMPLETO CALCIFICAÇÃO PERIFÉRICA INVASÃO LOCAL / PARTES MOLES LINFOADENOMEGALIA METÁSTASE DISTANTE

Diagnóstico do bócio nodular - US US (características) X PAAF guiada pelo US X citologia 120% 100% 80% 60% 40% 20% nódulos não palpáveis benigno maligno * * 0% hipoecogêncio sólido halo ausênte margem irregular microcalcificações Mazzuco et al. Arq Bras Endocrinol Metab 45(3):240, 2001

Diagnóstico do bócio nodular - US PAAF guiada pelo US indicação e limites Avaliação pelo ultra-som nódulos não palpáveis Principais indicações da PAAF Nódulos 1 cm US = nódulo sólido, hipoecóico margem irregular, microcalcificação Nódulos < 1 cm + US=nódulo sólido, hipoecóico, margem irregular

Diagnóstico do bócio nodular - US Risco para malignidade Nódulo Palpado = 10-12% Nódulo Palpado & Frio = 15-25% BMN risco de MA de um nódulo = 1,0 2,0% = população geral Tireoidite Hashimoto maior incidência de Ca (Kerr,1993) 4,3% de carcinoma Mais que o dobro da população geral Cuidado para não passar sem diagnóstico

Diagnóstico do bócio nodular Diagnóstico diferencial do nódulo de tireóide Avaliação pelo ultra-som - Problemas incidentalomas Avaliar apenas nódulos suspeitos PAAF guiada pelo US 91,5% dos nódulos casuais são BE Mortensen,55 Ca-geralmente em BMN-não isolado Solbiati,85

Diagnóstico do bócio nodular - US Avaliação pelo ultra-som: incidentalomas prevalência:us x palpação 13% a 50% Reading,82 microcarcinomas (papilíferos) evolução benigna!! puncionar todos os incidentalomas??? cada nódulo deve ser avaliado isoladamente Tan et al Ann Inter Med 126:226 1997

Diagnóstico diferencial do nódulo de tireóide Avaliação pela punção biópsia Problemas Citologia suspeita = 30% maligno não diagnóstico = repetir (?) diagnóstico falso positivo diagnóstico falso negativo Vantagens Sensibilidade média = 83% especificidade média = 92% alto % de diagnóstico seleção do paciente cirúrgico método pouco invasivo Bi J et al. Curr Opin Oncol 12:54, 2000.

Diagnóstico diferencial do nódulo de tireóide CITOLOGIA SEM DIAGNÓSTICO: REPUNCIONAR??? a segunda citologia não costuma mudar o laudo nem a conduta da primeira Brito et al. Arq Bras Endocrinol Metab 45(3):246, 2001 - Erdogan et al. Thyroid 8:1087, 1998.

Diagnóstico diferencial do nódulo de tireóide Probabilidade de carcinoma pela punção biópsia Citologia benigna Citologia não diagnóstica Citologia suspeita Citologia maligna 1% 10% 29% 100% Ca papilífero = 60% Ca folicular = 14% Ca cél. Hürtle = 13% Gharib H. Thyroid Today 20:1, 1997

Diagnóstico do bócio nodular PAAF guiada pelo US indicação e limites Avaliação pelo ultra-som nódulos não palpáveis Principais indicações da PAAF Nódulos 1 cm US = nódulo sólido, hipoecóico margem irregular, microcalcificação Nódulos < 1 cm + US=nódulo sólido, hipoecóico, margem irregular

Freqüência (%) da indicação da PAAF na doença nodular ATA ETA nódulo solitário - PAAF 100% 100% nódulo solitário 87% 58% guiado por palpação nódulo solitário 13% 42% guiado por US BMN - PAAF 74% 94% BMN guiado por palpação BMN guiado por US 64% 33% 36% 67% Clin Endocrinol (Oxf) 50:357, 1999 JCEM 85:2493, 2000 Clin Endocrinol (Oxf) 53:5, 2000 JCEM 87:112, 2002

Diagnóstico diferencial do nódulo de tireóide Avaliação pela cintilografia Nódulo frio 85% Nódulo morno 10% Nódulo quente 5% Benigno 85% Maligno 15% frio? quente? Raramente maligno

Diagnóstico diferencial do nódulo de tireóide CINTILOGRAFIA Bócio multinodular com nódulos frios

Diagnóstico diferencial do nódulo de tireóide CINTILOGRAFIA Bócio difuso captação (TSH) Bócio uni nodular Nódulo quente

Diagnóstico diferencial do nódulo de tireóide CINTILOGRAFIA Bócio uni nodular Nódulo hipocaptante ( frio ) Bócio multinodular Nódulos hipocaptantes ( frios )

Diagnóstico diferencial do nódulo de tireóide CINTILOGRAFIA

Nódulo de tireóide História,Avaliação clínica,tsh TSH Forte suspeita de neoplasia USom Cintilografia? Cintilografia Nódulo quente Cirurgia PAAF Seguimento Cirurgia, I 131, Etanol Maligno Diagnóstico Benigno Não diagnóstico Cirurgia Suspeito observação Repetir? Cirurgia Cirurgia?

TUMORIGÊNESE Adenoma Tóxico TSH-R Pt GS Célula Folicular RET/PTC TRK RAS Ca Papilífero RAS PPARgama-Pax8 Adenoma Folicular p53 Ca Folicular p53 Carcinoma Anaplásico