NÓDULO NA TIREÓIDE. Guia sobre essa doença! DR JÔNATAS CATUNDA DE FREITAS

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1 NÓDULO NA TIREÓIDE Guia sobre essa doença! DR JÔNATAS CATUNDA DE FREITAS

2 CONTEÚDO PRODUZIDO POR UM ESPECIALISTA Dr Jônatas Catunda Cirurgião de Cabeça e Pescoço. CREMEC Formado em Medicina pela Universidade Federal do Ceará, em Cirurgia Geral pelo IJF, e em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela UFC. Faz Mestrado em Cirurgia na UFC, pesquisando hipoparatireoidismo em tireoidectomias. Percebeu desde cedo que os melhores resultados só acontecem quando os pacientes entendem e participam do próprio tratamento, por isso produz conteúdo para educar seus pacientes

3 SUMÁRIO

4 01 O QUE SÃO OS NÓDULOS NA TIREÓIDE?!4

5 Você descobriu um nódulo na tireóide? Já faz acompanhamento mas quer entender essa doença? Saiba que você não está só. Pelo contrário, essa doença é extremamente comum! Estima-se que 1/3 das mulheres adultas tenham nódulos, e a incidência aumenta com a idade. Para piorar, com o avanço da tecnologia, a qualidade do ultrassom aumenta e detecta nódulos cada vez menores. Os nódulos tireoideanos são lesões, ou caroços, que aparecem dentro da glândula. Ainda não se sabe a causa. A maioria dos nódulos, mais de 90%, são benignos não são câncer, não vão matar. Muitos deles não vão nem crescer. Mesmo se forem malignos, o tratamento é bastante eficaz e as chances de cura são muito boas!

6 O grande medo dos meus pacientes é o câncer. Alguns chegam bastante ansiosos pois a primeira coisa que fazem ao descobrir um NÓDULO é buscar no Google, e o que encontram muitas vezes é que é CANCER. Nódulo na mama, no pulmão, no pâncreas são extremamente preocupantes, pois se forem malignos, tem alto potencial de matar. Já o câncer de tireóide cresce lentamente e dificilmente dá metástases à distância, por isso não há motivo para se preocupar em excesso, pois 99% dos casos de câncer de tireóide são curáveis se o tratamento for feito adequadamente. É comum eu receber pacientes encaminhados de outros colegas médicos com uma punção do nódulo de câncer ou suspeita de câncer que chegam desesperados por causa desse diagnóstico. Mas a verdade é que as chances de escapar são muito boas, não há necessidade desse alarme todo!!6

7 Provavelmente você descobriu seu nódulo através do ultrassom da tireóide. Atualmente 95% dos nódulos na tireóide são descobertos durante um exame de ultrassom. A maioria deles são minúsculos e não são palpáveis de tão pequenos. O ultrassom, além de ser o primeiro exame a encontrar o nódulo, é o principal exame para realizar a avaliação inicial do nódulo, pois ele fornece informações úteis quanto as características do nódulo que podem sugerir se ele é do bem ou do mal.!7

8 02 QUAIS SÃO OS SINTOMAS DOS NÓDULOS?!8

9 A maioria dos nódulos são assintomáticos! Não causam NENHUM sintoma. Isso depende do tamanho do nódulo quanto maior ele for, maior a chance de comprimir estruturas ao redor, como a traquéia e o esôfago, causando entalo ou engasgos. Porém isso só ocorre em nódulos volumosos, com mais de 4cm. Em nódulos menores alguns pacientes apresentam esses sintomas mas a causa pode ser outra como doença do refluxo ou mesmo ansiedade. A maioria dos nódulos são frios, não produtores de hormônios, por isso não costumam causar sintomas sistêmicos como perda de peso, queda de cabelo, palpitações.

10 03 EXAMES COMPLEMENTARES!10

11 Para auxiliar no diagnóstico das doenças da tireóide, utilizamos alguns exames complementares. Existem 2 grupos de exames, os exames laboratoriais e os exames de imagem. Exames laboratoriais São os exames de sangue. Em tireóide, os principais exames são o TSH e o T4 livre mostram um aspecto geral da função e da produção de hormônios da glândula. Devem ser solicitados em exames de rotina pois as doenças da tireóide são muito frequentes. No hipotireoidismo, o TSH está alto e o T4 livre está baixo. No hipertireoidismo é o contrário TSH baixo e T4 livre alto. Também utilizo a dosagem de anticorpos anti-tireoidianos para avaliar as doenças auto-imunes da tireóide. A principal delas é a Tireoidite de Hashimoto. Nessa doença o anti-tpo (anticorpo antiperoxidase ou anti-microssomal) e a anti-tireoglobulina estão alterados. Em estágios iniciais, a função da glândula pode estar normal, porém pode evoluir para o hipotireoidismo. Esses exames não devem ser solicitados de rotina, apenas em quem já sabe que tem tireoidite.!11

12 Exames de imagem Ultrassom da tireóide próximo capítulo! Ultrassom cervical (além de avaliar a tireóide, analisa as cadeias linfonodais cervicais) Tomografia do pescoço com contraste Cintilografia É importante que você saiba que não existe indicação de rastreio de nódulos. Não é necessário que TODAS as pessoas façam ultrassom para avaliar a tireóide, pois isso causa a descoberta de nódulos benignos que são extremamente comuns. Além de gerar ansiedade, esses nódulos vão ter que ser acompanhados, talvez puncionados e como a punção nem sempre dá a certeza que é benigno, vão acabar eventualmente sendo operados, correndo o risco de ter um hipoparatireoidismo, uma complicação grave da tireoidectomia. A idéia é evitar o overtreatment, o excesso de tratamento. Quem deve investigar se tem nódulos: Quem tem nódulos tireoidianos ou cervicais palpáveis ou visíveis Quem já tem alguma doença hormonal da tireóide hipotireoidismo ou hipertiroidismo Quem tem algum parente com história de câncer de tireóide!12

13 04 ULTRASSOM DOS NÓDULOS!13

14 A seguir vou falar das as características que considero mais importantes ao analisar o ultrassom. Este ebook não tem o objetivo de substituir uma consulta médica! Longe disso! A minha maior missão aqui é esclarecer pacientes interessados na própria saúde e que chegam extremamente ansiosas no meu consultório pois descobriram um nódulo na tireóide e não sabem o que é, como tratar, o que vai acontecer.!14

15 Tamanho do nódulo É a característica mais fácil de se entender. Só o número não diz muito. Preciso associar com as outras características para decidir se é necessário prosseguir a investigação com uma punção ou apenas acompanhar Em geral, qualquer nódulo sólido maior do que 1cm deve ser acompanhado por um cirurgião de cabeça e pescoço. Nódulos maiores do que 4cm acabam tendo que ser operados, pois a acurácia da punção é menor, aumentando as chances de falsos negativos quando o laudo diz que não era câncer mas era. Composição O nódulo pode ser SÓLIDO, CÍSTICO e MISTO os nódulos sólidos são mais suspeitos. Os CISTOS, são totalmente benignos, compostos totalmente de liquido colóide. E podem ser MISTOS tem tanto componente liquido, de cisto, quanto sólido a maioria são benignos, menos suspeitos. Cisto Misto Sólido!15

16 Ecogenicidade A cor que o nódulo aparece no ultrassom representa a densidade é um dos principais parâmetros. Nódulos ISOECOICOS mesma cor que o tecido tireoidiano, e HIPERECOICOS mais claro esses dois são menos suspeitos. Já os nódulos HIPOECOICOS são mais suspeitos. Quando são marcadamente hipoecóicos, a suspeita é ainda maior e geralmente está indicado a punção guiada por agulha fina (PAAF) para prosseguir a investigação.!16

17 Margens e bordas Margens regulares, bordas bem definidas maior chance de serem benignos. Margens irregulares ou mal delimitadas suspeitos de serem malignos, se tiver extensão extratireoidiana o risco é ainda maior. Calcificações Quando estão presentes microcalcificações, a suspeita para câncer é maior. Calcificações grosseiras estão mais presentes em lesões benignas.!17

18 Extensão extratireoidiana Quando presente no ultrassom, pode indicar lesão maligna. É um indicativo que a lesão já está saindo da tireóide e invadindo estruturas próximas, como a músculatura prétireoidiana, nervo laringeo recorrente, traquéia... Vascularização É uma característica útil porém não está disponível em todos os laudos de ultrassom da tireóide, pois necessita do doppler. A classificação de Chammas vai de I a V. Quanto maior o número, mais central é a vascularização do nódulo, aumentando o risco dele ser maligno. Quantidade de nódulos Cada nódulo na tireóide deve ser avaliado isoladamente. Não há diferença quanto ao risco do câncer de tireóide tendo 1 ou 10 nódulos. O importante a ser avaliado são as características individuais de cada um, devendo prosseguir a investigação apenas nos mais suspeitos!!18

19 Resumindo - que tipo de nódulo eu tenho? Nódulo sólido hipoecóico, nódulo hipoecogênico ficar atenta, talvez precise puncionar ou até operar! Nódulo sólido isoecóico, nódulo isoecogênico baixa suspeita Nódulo misto baixa suspeita. Levar em consideração o tamanho, se for muito grande = cirurgia Cisto zero preocupação. Cistos não tem necessidade de acompanhar ou puncionar, pois são totalmente benignos Preciso de outros exames? Dependendo do que for encontrado no ultrassom da tireóide, alguns casos necessitam da PAAF punção aspirativa por agulha fina da tireóide para se ter uma confirmação do diagnóstico, se é benigno ou não. Alguns pacientes apresentam hipertireoidismo e nódulo na tireóide, sendo necessário a cintilografia da tireóide, para avaliar se a causa do hipertireoidismo é do nódulo ou não. Nódulos produtores de hormônios são chamados de nódulos quentes, e os não produtores de hormônios são os nódulos frios.!19

20 05 PAAF PUNCÃO DA TIREÓIDE QUEM PRECISA?!20

21 A PAAF é um dos principais exames utilizados para avaliar um nódulo na tireóide. O exame consiste em inserir uma agulha no nódulo e aspirar algumas células, para olhar no microscópio e saber se o nódulo é benigno ou maligno. Todo nódulo tireoidiano precisa ser puncionado? Não Existem critérios para ajudar nessa decisão, baseado nas características do nódulo no ultrassom da tireóide. Atualmente mais de 90% dos nódulos descobertos não são palpáveis, por isso a punção deve ser guiada por ultrassom.!21

22 ATA American Thyroid Association s Guideline O tratamento dos nódulos tireoidianos e do câncer de tireóide é conduzido baseado nos fluxogramas da ATA. A ultima edição, de 2015, mudou os parâmetros para se indicar a punção. A edição prévia de 2009 recomendava PAAF para todos nódulos acima de 1cm e para todos os nódulos menores do que 1cm suspeitos. A recomendação atual é mais conservadora, com o objetivo de evitar o overtreatment do câncer de tireóide tratamento bem mais agressivo do que própria doença. São levados em consideração 3 critérios ultrassonográficos Tamanho, composição e ecogenicidade. Indicações Nódulos menores do que 1cm apenas quando houver suspeita muito forte de ser um câncer agressivo, como sinais de invasão de estruturas fora da tireóide, presença de linfonodos cervicais aumentados ou história de câncer de tireóide na família. Nódulos suspeitos sólidos hipoecóicos, microcalcificações, margens irregulares acima de 1cm Nódulos baixa suspeita sólidos isoecóicos ou hiperecóicos, margens regulares acima de 1,5 cm Nódulos de suspeita muito baixa mistos de aspecto espongiforme que pelo ultrassom a suspeita é de serem benignos acima de 2cm Cistos simples não há indicação de puncionar Cada caso deve ser avaliado individualmente. Isso é muito importante porque o resultado da punção nem sempre é claro e definitivo, podendo até indicar uma cirurgia apenas para se ter uma confirmação diagnóstica.!22

23 06 PAAF COMO É FEITO ESSE EXAME?!23

24 A punção dói? Dói. A agulha vai furar a pele e músculos até chegar na tireóide. Para conseguir obter material para estudo, a agulha precisa atravessar a pele e alguns músculos até chegar na tireóide. Tem anestesia? Depende. Há quem faça com e sem. Quando se faz anestesia, é a tópica, inserida no subcutâneo. Para isso é necessário furar a pele para anestesiar e em seguida furar de novo na hora da PAAF. A segunda furada já não dói, mas a furada da anestesia dói. No final se troca uma dor por outra. Eu deixo o paciente escolher quer ser furado uma vez ou duas? A maioria prefere sem anestesia mesmo. A dor não é insuportável, é a mesma de uma coleta de sangue. O importante é manter a calma. O paciente fica sedado durante o exame? Não. Durante o exame, o paciente precisa cooperar para que dê tudo certo. A tireóide se move junto com a laringe ao falar, deglutir ou tossir. No momento da agulhada, o paciente deve evitar tudo isso, principalmente não engolir, pois a a agulha esta inserida dentro da tireóide e pode se movimentar, furando o que não deve.!24

25 Células do câncer de tireóide Se houver mais de um nódulo? Nos casos de mais de 1 nódulo, cada um será avaliado separadamente quanto à indicação de se puncionar. Se for necessário puncionar 2, 3 ou 4 nódulos, vale a pena anestesiar a pele para reduzir o desconforto. Na maioria das vezes, punciono no máximo 2 nódulos, apenas os mais suspeitos. Esse exame tem risco? Como tudo na vida, a PAAF tem riscos, mas são muito baixos. Deve ser evitada em pacientes com algum distúrbio da coagulação ou plaquetopenia para que não ocorra o aparecimento de hematoma cervical. As complicações são raras, podem ser: dor após o exame, equimose (arroxeado no local da punção), rouquidão transitória. Necessidade de repetir É importante saber que nem sempre a PAAF conseguirá obter o resultado. Cerca de 10% das punções não obtém material suficiente para análise e devem ser repetidas. A causa disso é multifatorial envolve características do nódulo (se for muito cístico ou sangrar durante a coleta), da pessoa que está puncionando e do laboratório que está analisando as lâminas.!25

26 07 PAAF POSSÍVEIS RESULTADOS!26

27 O principal objetivo da punção de um nódulo tireoidiano é saber se aquela lesão detectada no ultrassom ou no exame físico é um câncer de tireóide ou não. Isso é importante por que o tratamento do câncer é cirúrgico! Terá que remover metade ou a tireóide toda. Quando o resultado não for maligno, talvez não seja necessário operar, apenas acompanhar repetir ultrassom periodicamente para avaliar se o nódulo está crescendo ou não. A PAAF é um dos exames mais importantes na avaliação dos nódulos tireoidianos, pois pode mudar a conduta e indicar uma cirurgia. Não é um exame perfeito existem os falsos positivos PAAF disse que era câncer mas não era. E existem os falsos negativos PAAF disse que não era câncer, mas era isso pode acontecer nos nódulos volumosos, maiores que 4cm, pois a PAAF perde a acurácia. Como o nódulo e a tireóide é muito grande, não dá para coletar material de toda a região.!27

28 De uma forma resumida, existem 4 possíveis resultados que foram classificados por um grupo de cientistas em 2007 na cidade de Bethesda, em um classificação que é utilizada até hoje. A classificação de Bethesda vai de 1 a 6 em algarismos romanos e NÃO É GRADUAL! Cada número tem um significado. Benigno Bethesda II Maligno Bethesda V ou VI Inconclusivo Bethesda I ou III Neoplasia folicular Bethesda IV Benigno Bethesda II - Esse é o melhor resultado! A maioria dos casos de Bethesda II nos tranquiliza para só acompanhar, sem necessidade de cirurgia. Cerca de 60 a 70% das PAAFs são Bethesda II, mas 90-95% dos nódulos são benignos essa conta não fecha porque o nódulo, mesmo sendo benigno, pode ter um resultado diferente Inconclusivo (Bethesda I ou III), neoplaisa folicular (Bethesda IV) ou até maligno (Bethesda V ou VI) sem ser. A taxa de falso negativo é de até 3%, por isso será necessário repetir ultrassom e exame físico periodicamente, e repetir punção caso haja crescimento ou mudança do aspecto do nódulo.!28

29 Maligno Bethesda V ou VI O carcinoma papilífero da tireóide representa 95% dos tipo de câncer de tireóide. A punção consegue diagnosticar com boa acurácia esse tipo de lesão. Diferente do carcinoma medular e do carcinoma folicular, outros tipos de câncer da tireóide que costumam ser descobertos na biópsia da cirurgia. Bethesda V Suspeito de maligno O patologista que analisou o material coletado suspeitou de câncer mas não viu características suficientes para fechar o diagnóstico. A chance de ser câncer é até 75%, por isso a melhor conduta muitas vezes é a cirurgia, que pode ser parcial ou total. Bethesda VI Maligno 99% de chance ser mesmo um câncer, é o tratamento nesse caso é cirurgia. Para saber mais sobre o câncer de tireóide, leia esse outro artigo 5 fatos sobre o câncer de tireóide!29

30 Neoplasia folicular Bethesda IV - Essa é uma categoria especial. Nesses casos, para confirmar que a lesão é benigna, é necessário analisá-la por completo, pois existe a possibilidade de ser um Adenoma folicular benigno, ou um Carcinoma folicular - maligno. A cirurgia mais indicada é a lobectomia uma tireoidectomia parcial removendo o lado da tireóide que contém o nódulo Bethesda IV. O risco de ser maligno chega a 30%. Inconclusivo Bethesda I ou III - Esses resultados são os mais frustrantes pois não consigo dar uma certeza para o paciente. Na maioria das vezes trata-se de uma lesão benigna que por algum motivo a punção não conseguiu confirmar essa hipótese. Podemos acompanhar de perto repetindo ultrassom e após um certo tempo repetir a PAAF, ou em alguns casos, se a suspeita de ser maligno for alta, podemos partir logo para a cirurgia. O mais importante é sempre manter a calma pois tudo tem jeito!!30

31 Bethesda I Material insatisfatório. Cerca de 10% das PAAFs tem esse resultado. A punção da tireóide depende da pessoa que está puncionando, do patologista que está analisando as lâminas e do próprio nódulo lesões com grande quantidade de conteúdo cístico ou lesões com tendência maior a sangrar dificultam a coleta. Eu faço punção e uma particularidade da minha região são as pacientes com pescoço curto, de cearense. A tireóide fica mais profunda e mais difícil de chegar no nódulo. Repetir a punção tem cerca de 50 a 80% de chance de ter uma resposta. Alguns casos são puncionados duas ou três vezes e permanece sem diagnóstico quando operados, 10% desses casos são malignos. Bethesda III Lesão folicular de significado indeterminado grupo heterogêneo de achados citológicos que o patologista não garantiu ser benigno mas que provavelmente é. Após repetir a punção, apenas 20% permanece como Bethesda III São casos que há necessidade de operar para esclarecer qual é o diagnóstico. Resumindo:!31

32 08 QUEM VAI PRECISAR DE CIRURGIA?!32

33 A cirurgia da tireóide já foi muito perigosa sendo até proibida no passado, pois quase todos os pacientes morriam. Mas graças a evolução da medicina, agora é uma cirurgia extremamente segura, com baixíssimos índices de complicações. Não é por isso que iremos operar todo mundo! Eu opero apenas os casos em que há benefício claro com a cirurgia! É possível viver sem a tireóide? SIM. É plenamente possível viver bem sem a tireóide, sem nenhuma complicação. O único cuidado é ter que tomar o comprimido do hormônio tireoidiano para o resto da vida todo dia pela manhã em jejum. Não existe cirurgia para retirar somente o nódulo da tireóide retira-se metade ou a tireóide toda tireoidectomia parcial ou total.!33

34 1- Câncer de tireóide Nos casos em que o nódulo tireoidiano foi puncionado e o resultado da biópsia foi câncer Bethesda VI, não há muito o que discutir pois a cirurgia é o único tratamento capaz de curar o câncer da tireóide. Outros tratamentos como a iodoterapia são coadjuvantes. Na maioria dos casos, é indicado a tireoidectomia total, mas hoje em dia já se aceita a tireoidectomia parcial para tratamento do câncer inicial, pois essa cirurgia tem menos complicações. 2- Suspeita de câncer de tireóide Em alguns casos, nem o ultrassom nem a punção (PAAF) conseguem nos dar uma segurança se aquele nódulo é benigno ou não. Nesses casos a tireoidectomia é indicada para se ter uma confirmação do diagnóstico. Isso acontece nos casos em que o resultado da punção é Bethesda I, Bethesda III, Bethesda IV ou Bethesda V. Caso a biópsia da cirurgia confirme o câncer, a cirurgia que foi feita já é o tratamento.!34

35 3- Bócio volumoso Algumas doenças benignas acabam precisando ser operadas devido ao aparecimento de sintomas. No bócio uninodular e no bócio multinodular há nódulos causando o aumento da glândula e trazendo sintomas compressivos como entalo, engasgos, dificuldade para engolir ou dificuldade para respirar, necessitando de cirurgia mesmo com uma punção benigna Bethesda II, para tratar os sintomas se estiverem incomodando muito a paciente. Em geral, nódulos acima de 3cm acabam sendo operados se houver tendência de continuar crescendo, se houver sintomas ou se for um nódulo muito suspeito ao ultrassom, pois o resultado da PAAF perde acurácia quanto maior for o nódulo. Um nódulo volumoso também causa desconforto estético e tem indicação cirúrgica. O bócio pode até ser a causa da paciente ter baixa auto-estima. A consequência da cirurgia é uma cicatriz no pescoço que, na maioria das minhas pacientes, fica bem discreta e quase indetectável, mas a cicatrização depende muito da pessoa algumas tem quelóide.!35

36 4- Hipertireoidismo Outra indicação da tireoidectomia é o hipertireoidismo. O tratamento inicial deste distúrbio hormonal é com medicamentos que inibem a função da tireóide. Em seguida pode se tentar a iodoterapia. A cirurgia é indicada apenas quando esses tratamentos não funcionam, quando há bócio tóxico volumoso ou na doença de Plummer nódulo produtor de hormônio detectado na cintilografia da tireóide. Exoftalmia - Doença de Graves Cintilografia da tireóide - Captação difusa - Doença de!36 Graves Bócio tóxico - Doença de Graves

37 09 CÂNCER DE TIREÓIDE!37

38 O câncer de tireóide é um medo que muitas pessoas tem, principalmente por não conhecer essa doença. Ao descobrir um nódulo na tireóide ou mesmo uma doença hormonal, já imaginam o pior cenário, que pode ser um câncer! Mesmo que seja, a boa notícia é que a chance de cura do carcinoma papilífero, o tipo responsável por quase todos os casos de câncer de tireóide, é altíssima, 99% dos pacientes obtém cura e não morrem dessa doenças, vivem a vida toda e morrem de outras causas. O câncer de tireóide vem aumentando em incidência. Nos Estados Unidos, de 2012 para 2017, saltou do quinto câncer mais comum em mulheres para o segundo. Uma das causas é o aumento na detecção através do ultrassom aparelhos cada vez mais avançados e portáteis disponíveis em qualquer local.!38

39 Existem 4 tipos de câncer de tireóide: Carcinoma Papilífero É o mais comum, responsável por 95% dos casos, e a maioria de tudo o que você lê sobre câncer de tireóide é sobre ele. Tem altas taxas de cura, 95% em 30 anos. Não existe fator causal conhecido. Ninguém sabe por que ele surge nem você tem culpa de adquiri-lo. As chances de cura são muito boas mas ja vi paciente morrer por causa dele. Pacientes que não se cuidaram e deixaram o tumor crescer demais, procuraram ajuda muito tarde, com lesão volumosa do tamanho de uma manga no pescoço já se espalhando para os linfonodos. Carcinoma Folicular Representam 2% Semelhante ao carcinoma papilífero, porém mais raro. Também é bastante curável, a chance de estar vivo em 30 anos é 85%.!39

40 Carcinoma Medular Representam 2% dos casos de câncer de tireóide e se comportam bem diferente do papilífero, pois tem uma tendência maior a se espalhar pelo corpo dar metástases para os pulmões, fígado, ossos O principal tratamento é a cirurgia, q u e e m m u i t o s c a s o s s e r á n e c e s s á r i a v á r i a s vezes. A radioiodoterapia não tem papel nesses casos. Esse tipo de câncer tem uma importante relação genética cerca de 25% dos casos são familiares! Há inclusive um teste genético para sabe se você pode passar esse gene para seus filhos. A chance de estar vivo em 10 anos é 65%. Nesse tipo de câncer não se fala em cura, apenas em remissão controle da doença, pois a chance de voltar após o tratamento é bastante alta. Carcinoma Anaplásico É o câncer mais agressivo do ser humano. A mortalidade é tão alta que praticamente todos os casos não sobrevivem até 6 meses após o diagnóstico. Não existe tratamento. Felizmente representa menos de 1% dos casos, sendo bastante raro. Geralmente acomete idosos com mais de 70 anos portadores de bócio volumoso de longa data.!40

41 Como é o tratamento do câncer de tireóide? O principal tratamento é a cirurgia. Após a retirada da tireóide, a maioria dos casos já estará curado, porém alguns precisarão de tratamento adicional, a radioiodoterapia. Também será necessário fazer o seguimento ou acompanhamento com exames laboratoriais e ultrassom do pescoço, pois existe risco de a doença voltar nos linfonodos. Quando ocorre a recidiva, é necessário fazer uma nova cirurgia, o esvaziamento cervical. Estadiamento do câncer de tireóide Para decidir qual é o melhor tratamento para cada caso, utilizamos o estadiamento, uma forma de graduar a gravidade de cada caso. Existem diferentes classificações, mas as mais utilizadas são o TNM que avalia risco de mortalidade, e a classificação da ATA para recidivas. Essa ultima é a mais utilizada pois os paciente morrem muito pouco e todos tem risco baixo de mortalidade, sendo mais importante avaliar quais tem risco de recidiva A classificação da ATA divide os pacientes em muito baixo risco, baixo risco, risco intermediário e alto risco. Baseado no estadiamento é que decido quais os tratamentos iremos utilizar: apenas tireoidectomia parcial, tireoidectomia total, tireoidectomia total com esvaziamento cervical, radioiodoterapia adjuvante Quanto mais agressiva a doença, mais agressivo será o tratamento para reduzir o risco de recidiva.!41

42 Seguimento do câncer de tireóide O seguimento é feito de forma diferente em cada caso. Por exemplo, casos de alto risco devem fazer exames todo mês no primeiro ano, já casos de muito baixo risco apenas de 6 em 6 meses nos primeiros 2 anos. É preciso dosar a tireoglobulina para avaliar se existe doença em atividade ou não. Uma dosagem não é muito confiável, sendo necessário avaliar algumas dosagens ao longo dos meses para prever se a doença voltou ou não. Tireoglobulina e anti-tireoglobulina T i r e o g l o b u l i n a é u m a p r o t e í n a p r o d u z i d a EXCLUSIVAMENTE pela tireóide para armazenar iodo. A vantagem desse exame é que quando a tireóide é removida, o exame de sangue não detectará nada de tireoglobulina e ficará zerado, na maioria dos casos. Esse exame é extremamente importante pois quando ele começa a subir, é um sinal bem precoce de que a doença vai recidivar, permitindo tratamento precoce e chance de cura ainda muito boa! A anti-tireoglobulina é um anti-corpo que ataca a tireoglobulina, comum nos pacientes que tem tireoidite. Na maioria dos pacientes ela é negativa, mas quando positiva ela atrapalha a dosagem da tireoglobulina no seguimento do câncer, pois faz com que o exame de tireoglobulina dê negativo sem realmente ser negativo. Nesses casos acompanhamos os valores de antitireoglobulina para prever se a doença vai recidivar ou não, mas não é tão confiável quanto a tireoglobulina.!42

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