ANÁLISE DE INDICADORES FINANCEIROS: ESTUDO DE CASO EM UMA DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS SITUADA NO MUNICÍPIO DE MARACANAÚ-CE

Documentos relacionados
TÍTULO: ANÁLISE DA EFICIÊNCIA FINANCEIRA POR MEIO DE ÍNDICES E DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

1.1.3 Indicadores Financeiros

Análise das Demonstrações Contábeis Aplicações Práticas

Análise Vertical Cia Foot S/A

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COMO FERRAMENTA GERENCIAL PARA AUXÍLIO NO PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO Solange Gaiardo Alves 1

Resumo Aula-tema 05: Gestão Contábil

Tabela 13 - Composição dos Outras Obrigações de março a junho de 2017

Capítulo 12. Tema 10: Análise das demonstrações contábeis/financeiras: noções iniciais. Noções de Contabilidade para Administradores EAC 0111

Capital Circulante Líquido e Necessidade de Capital de Giro

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DA EMPRESA WEG SA 1 ANALYSIS OF THE FINANCIAL STATEMENTS OF THE COMPANY WEG SA

ANÁLISE DE BALANÇOS MÓDULO 2

LIQUIDEZ. O ESTADO DE SOLVÊNCIA DAS EMPRESAS

Quanto a empresa possui de ativo total para cada R$1,00 de dívida Ativo Circulante + Ativo Realizável a Longo Prazo Liquidez Geral

UTILIZAÇÃO DE INDICADORES FINANCEIROS NA ANÁLISE DOS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS QUE SERVEM DE SUPORTE À TOMADA DE DECISÕES 1

INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS DA COMPANHIA AZUL S.A. Nícolas Rérison Bibiano Margarida Peres 1 Márcia Bandeira Landerdahl Maggioni 2

Como fazer avaliação econômico financeira de empresas. Este conteúdo faz parte da série: Balanço Patrimonial Ver 3 posts dessa série

TÍTULO: ESTRATÉGIA E ANÁLISE DOS INDICADORES ECONÔMICO-FINANCEIROS COMO FERRAMENTA DE GESTÃO.

ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

Trabalho desenvolvido na disciplina de Análise das Demonstrações Contábeis I 2

Resumo Aula-tema 05: Estrutura e Análise das Demonstrações Financeiras I.

Os índices de Liquidez como orientadores na tomada de decisões.

Súmario APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO SINOPSES PARA CARREIRAS FISCAIS EDITAL SISTEMATIZADO APRESENTAÇÃO... 21

Prof Flávio S. Ferreira

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES. Prof. Isidro

ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO DE CAPITAL DE GIRO COMO INSTRUMENTO DE APOIO A GESTÃO: UM ESTUDO EM UMA EMPRESA COMERCIAL

Liquidez Corrente = Liquidez Seca

AdTranz Sistemas Eletromecânicos Ltda. Balanços patrimoniais (em Reais)

Demonstrações Contábeis

Aula 7. Fluxo de caixa. Professor: Cleber Almeida de Oliveira. slide 1

INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E COMUNICAÇÃO

Unidade IV CONTABILIDADE. Prof. Jean Cavaleiro

1.1 Fórmula: Ativo Circulante Passivo Circulante. 1.2 Unidade: número (R$)

Alfredo Preto Neto Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO - PATROCÍNIO UNICERP MONALIZA ROCHA MENEZES

GUIA DE EXERCÍCIOS. Análises e Índices de Empresas

No mês de junho a empresa obteve recuperação nos lucros, diminuindo seu Patrimônio Líquido a Descoberto de R$ ,49 para R$ ,03.

ANÁLISE ATRAVÉS DA EXTRAÇÃO DE ÍNDICES

Balanço patrimonial em 31 de dezembro Em milhares de reais

ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Contabilidade ESTRUTURA PATRIMONIAL SITUAÇÃO LÍQUIDA (PATRIMÔNIO LÍQUIDO) FLUXO DE RECURSOS. Fluxo dos recursos SÍNTESE DO FUNCIONAMENTO DAS CONTAS

Demonstrações Contábeis

CIÊNCIAS CONTÁBEIS QUESTÕES DISCURSIVAS

Etapas da análise das demonstrações

Disciplina: Noções de Contabilidade para Administradores (EAC0111) Turmas: 01 e 02 Tema 4: Balanço Patrimonial Prof.: Márcio Luiz Borinelli

MA NUA L OPERA CIONA L AUTOR DATA PÁGINA. Carine Husein Lena 23/02/2017 1/13 ÍNDICES PEG

RELEASE DE RESULTADOS 1T18

CQH. 2ª Reunião do Grupo de Indicadores Financeiros Hospitalares

PROVA DE CONTABILIDADE. Em relação às receitas extra-orçamentárias, é correto afirmar, EXCETO:

Análise das Demonstrações Contábeis Best Expressão Social e Editora Ltda.

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO Graduação em Ciências Contábeis

LAUDO ECONÔMICO-FINANCEIRO OFFICE SHOP - INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÓVEIS LTDA.

Nivelamento de Conceitos Contábeis

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO CERRADO PATROCÍNIO Graduação em Ciências Contábeis

FUNDAÇÃO DAS ESCOLAS UNIDAS DO PLANALTO CATARINENSE LAGES - SC BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE ATIVO. CIRCULANTE Notas

Movida Locação de Veículos S.A. Balanços patrimoniais Em 31 de dezembro de 2017 e de 2016 Em milhares de reais

Lista de Exercícios com Gabarito Indicadores de Liquidez e Indicadores de Atividade

Pessoa Jurídica - Tamanho

Conversão de transações e demonstrações em moeda estrangeira.

DECISÕES DE FINANCIAMENTOS E ESTRUTURA DE CAPITAL

Prof. Eduardo Alexandre Mendes UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

Dersa Desenvolvimento Rodoviário S.A. Balanços patrimoniais

Rio de Janeiro, 27 de novembro de À Bolsa de Valores de São Paulo S/A-BVP At.: Dr. Nelson Barroso Ortega Gerência de Acompanhamentos de Empresas

Não Ler Um Único Balanço e Tirar Conclusões. Objetivos da Análise. Objetivos da Análise. Metodologia de Análise. Análise Horizontal

Projeto Residencial Grand Jardins SPE

Finanças. Prof. Milton Henrique

5 Os gastos com aquisição de uma marca devem ser classificadas no seguinte grupo de contas do balanço patrimonial:

EMPRESA MODELO S.A. A N Á L I S E F I N A N C E I R A. Analista Adm. Luiz Carlos de Araújo CRA 5671 / ES

FABIANO FERREIRA DE CASTRO

Balanço Patrimonial. Circulante Compreende obrigações exigíveis que serão liquidadas até o final do próximo exercício social.

RELEASE DE RESULTADOS 1T16

CNPJ / CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE MARÇO DE 2015 (Em R$ Mil)

LES 0800 ORÇAMENTO EMPRESARIAL. SEMINÁRIO 1: Análise Econômica. Fernanda Trombim, Gabriel Ramos Gomes, Isabella Fray

RELEASE DE RESULTADOS 1T17

Aula FN. FINANÇAS Professor: Pedro Pereira de Carvalho Finanças para Empreendedores Prof. Pedro de Carvalho

Coleção. Resumos para. Concursos. Organizadores Frederico Amado Lucas Pavione. Alexandre Ogata. Contabilidade Geral 3 ª. revista atualizada.

Introdução às Técnicas de Análise das DC Padronização das DC

Mayara de Oliveira Ribeiro 2 e Juliana Andréia Rüdell Boligon 3 RESUMO

DFP - Demonstrações Financeiras Padronizadas - 31/12/ PANATLANTICA S.A. Versão : 1. Balanço Patrimonial Ativo 1. Balanço Patrimonial Passivo 2

Demonstração de Resultados

Hotel Ibis Budget Manaus. Informações Financeiras Intermediárias de Propósito Especial Referente ao Segundo Trimestre de 2017.

Prof. Ronaldo Frederico

Parte I Aspectos Gerais Internos e Externos da Empresa, 1

CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE MARÇO DE 2013 (Em R$ Mil)

Contabilidade CRISE. Planejamento Financeiro 25/08/2016. Escreve, oficializa É a ciência que registra os

1 Perfil do negócio e destaques econômico-financeiros

Sumário. Capítulo 1. Demonstrações Contábeis...1

CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE JUNHO DE 2013 (Em R$ Mil)

CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE JULHO DE 2013 (Em R$ Mil)

Elekeiroz S.A. Demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com o IFRS em 31 de dezembro de 2018

Indice de Liquidez Corrente

Análise Financeira de Curto Prazo

RELEASE DE RESULTADOS 3T16

CNPJ / CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE OUTUBRO DE 2012 (Em R$ Mil)

CNPJ / CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 30 DE NOVEMBRO DE 2012 (Em R$ Mil)

Hotel Ibis RJ Porto Atlântico Informações Financeiras Intermediárias de Propósito Especial Referente ao Segundo Trimestre de 2017.

ÍNDICE DE LIQUIDEZ E ATIVIDADE Marlise Braun¹ 1 Paola Cristina Previdi² 2 Odir Luiz Fank ³ 3 Palavras-chaves: Ativo. Passivo. Curto e longo prazo.

CNPJ / CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE AGOSTO DE 2012 (Em R$ Mil)

CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE MAIO DE 2012 (Em R$ Mil)

Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária

CNPJ / CET - BALANÇO PATRIMONIAL EM 28 DE FEVEREIRO DE 2013 (Em R$ Mil)

Transcrição:

ANÁLISE DE INDICADORES FINANCEIROS: ESTUDO DE CASO EM UMA DISTRIBUIDORA DE BEBIDAS SITUADA NO MUNICÍPIO DE MARACANAÚ-CE O objetivo da pesquisa é apresentar uma análise dos indicadores de financeiros da empresa, tais como liquidez, endividamento e rentabilidade, medindo através de indicadores, seus desempenhos e capacidade de pagamento de curto e longo prazo, para uma melhor tomada de decisão. A metodologia da pesquisa é de cunho bibliográfico, estudo de caso e analítico, com análise exploratória dos Balanços Patrimoniais (B.P.) e das Demonstrações de Resultados do Exercício (D.R.E.) de uma empresa distribuidora de bebidas, tendo como referência os exercícios de 2013 e 2014, bem como entrevista com gestor financeiro para coleta de dados gerais da organização. Pode-se, por fim, chegar a uma conclusão que apresenta uma situação econômico-financeira favorável nos anos estudados. Palavras Chave: Indicadores Financeiros, Liquidez, Endividamento, Rentabilidade. The research objective is to present an analysis of financial indicators of the company, such as liquidity, debt and profitability measuring through indicators, their performances and short and long term ability to pay for better decision making. The research methodology is bibliographical, case study and analytical, with exploratory analysis of Balance Sheets (BP) and the Profit and Loss Statements (DRE) of a distributor of drinks, with reference to the 2013 and 2014 as well as interviews with financial manager to collect general data of the organization. We can finally come to a conclusion that presents a favorable economic and financial situation in the years studied. Keywords: Financial Indicators, Liquidity, Indebtedness, Profitability. Capital Intelectual, Centro Universitário Estácio do Ceará, v.1, n.2, p.73-84, out./dez. 2015-73

Gleiciane Holanda, Vania Lopes, Thiago Holanda 1 INTRODUÇÃO A presente pesquisa consiste em um estudo de caso realizado em uma empresa distribuidora de bebidas, localizada no município de Maracanaú-CE, uma organização privada, de capital fechado, que atua no ramo de comercialização de bebidas, sendo distribuidora exclusiva dos produtos fabricados por uma empresa nacional de refrigerantes, franqueado a uma grande marca internacional de refrigerantes e ainda pelos produtos produzidos e fornecidos por uma cervejaria alemã. Para atingir o objetivo da pesquisa, primeiramente, fez-se uma pesquisa bibliográfica e, na busca da confirmação da teoria na prática, realizou-se um estudo de caso com análise exploratória dos Balanços Patrimoniais (B.P.) e das Demonstrações de Resultados do Exercício (D.R.E.). As técnicas utilizadas para obtenção dos dados primários foram: coleta documental e entrevista aplicada ao gestor financeiro em abril de 2015. A presente pesquisa teve como objetivo geral: apresentar uma análise dos indicadores de financeiros da distribuidora, bem como medir seu desempenho e capacidade de pagamento de curto e longo prazo, para uma melhor tomada de decisão em uma distribuidora de bebidas. A partir do objetivo geral, foram determinados os objetivos específicos: mensurar os indicadores de liquidez; denotar os indicadores de endividamento; quantificar os valores relativos aos indicadores de rentabilidade dos ciclos analisados; e examinar qual a situação econômicofinanceira da distribuidora nos exercícios explorados. A presente pesquisa justifica-se pela importância de uma análise econômicofinanceira detalhada com o fim de fornecer uma visão geral de como estão sendo efetivados os processos e seus concernentes retornos alicerçados nas informações expostas nos resultados de tal maneira a auxiliar na tomada de decisão, quanto para orientação de investimentos futuros. O presente artigo é composto por introdução, posteriormente por uma seção que apresenta os principais indicadores, posteriormente é apresentada uma seção refere-se à análise e interpretação dos resultados, em que são expostos e comentados os dados coletados na pesquisa aplicada na distribuidora de bebidas, tais dados são apresentados por meio de gráficos e tabelas. Por fim, nas considerações finais, são apresentados os principais resultados obtidos na pesquisa e sugestões de melhorias, tendo por base o referencial teórico. São expostas também as limitações desse estudo e sugestões para continuidade desta pesquisa. 2 PRINCIPAIS INDICADORES FINANCEIROS 2.1 Liquidez Conforme Hoji (2001) a liquidez é a habilidade de efetuar pagamentos de curto prazo e está associado as disponibilidades mais os direitos e bens realizáveis no curto prazo. A liquidez também está associada com as disponibilidades por esse motivo, a administração financeira de uma empresa adota o regime de caixa, para planejar, executar e controlar o caixa da organização, desse modo consegue trabalhar com mais precisão sobre a movimentação dos recursos circulantes. O fim principal da liquidez é justamente, analisar a capacidade financeira que a empresa tem para atender seus compromissos de pagamentos de dívidas com terceiros, quanto maiores tais os índices de liquidez melhor. Capital Intelectual, Centro Universitário Estácio do Ceará, v.1, n.2, p.73-84, out./dez. 2015-74

Análise de Indicadores Financeiros: Estudo de caso em uma distribuidora de bebidas Para Marion (2007) os índices de liquidez servem para mensurar a capacidade de pagamento, ou seja, compõem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para quitar seus compromissos. Essa capacidade de pagamento pode ser avaliada, considerando: longo prazo, curto prazo ou prazo. Portanto, os índices de liquidez se findam somente a evidenciar se há ou não a capacidade de liquidar obrigações, não envolve, indicadores importantes, embora, sejam de suma importância para o controle dos negócios e representarem posições de curto prazo para tomada de decisões, impactando, direta ou indiretamente, outras cadeias de valores da organização. Conforme Silva (2006, p.307) a interpretação do índice de liquidez geral é no sentido de quanto maior, melhor, mantidos constantes os demais fatores. Segundo Assaf Neto (2007), Para se analisar o grau de liquidez de uma empresa e a sua capacidade de Capital Circulante Líquido CCL. Cada empresa tem suas individualidades próprias e condições específicas, tais como políticas de compra e estocagem, condições de fornecimento de crédito a clientes, ciclo e condições de produção, políticas de vendas e cobrança. Nesse sentido, cada empresa possui seu respectivo fluxo de caixa que responde às suas singularidades operacionais. Algumas empresas podem apresentar um CCL baixo ou negativo, porém tem boa liquidez, do mesmo modo que o inverso também pode ocorrer, empresas com um CCL alto porém com problemas futuros para efetuar pagamentos, por exemplo. Matarazzo (2010) afirma que não são índices retirados do fluxo de caixa que verificam as entradas com as saídas de dinheiro, são índices que, em virtude do confronto dos ativos circulantes com as dívidas, buscam medir quão sólida é a base financeira da empresa. 2.1.1 Liquidez Geral Assaf Neto (2007), diz que esse quociente favorece a identificação da saúde financeira da empresa a curto e longo prazo, apresentando quanto a empresa tem de ativo circulante e realizável em longo prazo para cada R$1,00 de dívida total, onde esta serve como um modo de segurança financeira da organização a longo prazo, mostrando sua capacidade de honrar seus compromissos. Assaf Neto (2007, p. 120), apresenta também a fórmula abaixo: Índice de Liquidez Geral = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo 2.1.2 Liquidez Corrente Liquidez corrente pode ser medida desde a razão entre os direitos de curto prazo da empresa, bem como as dívidas de curto prazo, evidencia quanto existe em dinheiro mais bens e direitos realizáveis a curto prazo, confrontado com suas obrigações que deverão ser quitadas no mesmo período, de modo que, conforme Assaf Neto (2007), quanto maior a liquidez corrente, maior se apresentará sua habilidade em financiar suas necessidades de capital de giro. Índice Liquidez Corrente = Ativo Circulante Passivo Circulante Para concluir se o capital de giro líquido será negativo ou positivo vai depender da seguinte análise, se o índice de Liquidez corrente for maior que R$1,00, aponta a existência de um capital de giro líquido positivo, porém se for menor que R$1,00, indica que seu capital de giro líquido será negativo, onde o ativo circulante é menor que o passivo circulante. 2.1.3 Liquidez Seca Assim como nos índices de liquidez geral e corrente, na liquidez seca quanto maior melhor. Silva (2006) afirma que liquidez seca aponta quanto a empresa possui em disponibilidades, aplicações financeiras a curto prazo e duplicatas a receber, para fazer face a seu passivo circulante. Capital Intelectual, Centro Universitário Estácio do Ceará, v.1, n.2, p.73-84, out./dez. 2015. 75

Gleiciane Holanda, Vania Lopes, Thiago Holanda Índice de Liquidez Seca = Ativo Circulante Estoques Passivo Circulante Para analisar a conjuntura de liquidez da organização, esse índice é adequado para uma avaliação conservadora, excluindo o estoque do numerador, comprovando que se a empresa passasse por uma paralisação de suas vendas ou se seu estoque tornasse defasado, quais seriam as chances de pagar suas dívidas com disponível e duplicatas a receber. 2.2 Análise de Endividamento Conforme Assaf Neto (2006) provêm de decisões estratégicas das organizações, pertinentes aos seus investimentos, financiamentos e distribuição de dividendos. Estes índices se relacionam as tomadas de decisões financeiras para aquisição e aplicação dos recursos. O predomínio do capital de terceiros nas fontes de financiamento da empresa revela maior grau De dependência financeira, e consequentemente, de risco financeiro (ASSAF NETO, 2006, p. 137). 2.2.2 Índices de Endividamento Estes indicadores medem a participação do capital de terceiros sobre os recursos totais, calculam ainda a quantidade da dívida, indicando o quanto possui de obrigações com terceiros, haja visto o ativo reflete as operações da organização, comumente se diz que esse índice apresenta como as empresas financiam suas operações. Para Assaf Neto (2007), quanto menor for o índice, melhor, pois representado desse modo, significa que tem uma menor concentração de dívidas no curto prazo. Participação de Capital de Terceiros = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Patrimônio Líquido Composição de Endividamento = Passivo Circulante + Passivo Não Circulante Ativo Total 2.3 Índices de Rentabilidade Os índices de rentabilidade medem a capacidade econômica da organização, ou seja, demonstram o grau de sucesso econômico alcançado pelo capital investido da empresa, conforme Assaf Neto (2007). Conforme Matarazzo (2010) por meio dos índices de rentabilidade, torna-se possível examinar os capitais investidos, bem como qual o resultado econômico da organização. Segundo Reis (2009), não é unicamente o capital próprio que proporciona lucro e sim os demais capitais aplicados, sejam estes de terceiros ou próprios, onde estes indicadores são capazes de mensurar a possibilidade de produzir lucro e que de todo o capital investidos nos negócios podem ser feitas análise dos índices de rentabilidade. 2.3.1 Margem Líquida Para Santos, Schmidt e Martins (2006) margem demonstra quanto em reais a organização lucrou, posteriormente a dedução das despesas para cada R$1,00 de receita líquida, desse modo, quanto maior seja o resultado, melhor, demonstrando que está atingindo maior lucro. Conforme Begalli e Perez Jr. (2009), quanto maior for este indicador, é melhor para a empresa, pois indica a capacidade da organização em gerar lucro, confrontando com sua receita líquida de vendas. Capital Intelectual, Centro Universitário Estácio do Ceará, v.1, n.2, p.73-84, out./dez. 2015-76

Análise de Indicadores Financeiros: Estudo de caso em uma distribuidora de bebidas Margem Líquida 2.3.2 Giro do Ativo = (Lucro Líquido) x 100 Vendas Conforme Begalli e Perez Jr. (2009) esse indicador apresenta a quantidade de vezes em que a organização recuperou o valor do seu ativo em um certo período, através de suas vendas, é um retorno sobre os investimentos. Este índice indica qual o valor cada R$1,00 de ativos gerou de receita, analisando que quanto maior for este índice, será melhor para a empresa, existem organizações que atuam com baixa margem, por esse motivo necessitam de muito giro para ganhar lucratividade. Giro do Ativo = Vendas Ativo Médio 2.3.3 Rentabilidade do Ativo Conforme Assaf Neto (2007) este índice apresenta a taxa de retorno originada através de aplicações efetuadas por uma organização em seus ativos, ou seja, é o retorno oriundo por cada R$1,00 investido pela organização: ROA = Lucro Operacional Ativo Total Médio Este retorno não está submetido de onde se originou, quer tenha sido através de capital próprio, de operações da empresa ou de capital terceiros. Demonstrando a rentabilidade do total de receita administrada pela organização, indica quanto maior melhor. 2.3.4 Rentabilidade do Patrimônio Líquido Segundo Assaf Neto (2007), este indicador refere-se a verificação do retorno que a organização investiu dos recursos aplicados por seus sócios, no qual, para cada real de recursos próprios (patrimônio líquido) aplicado na organização, deste qual o valor os sócios ganham de retorno. Conforme Wernke (2008), este índice indica o rendimento de cada real investido na organização pelos sócios, ou seja, demonstra o retorno do capital próprio aplicado na empresa. Nesse caso, os sócios são os maiores interessados em acompanhar o desempenho desse indicador, já que este é diretamente o retorno do investimento aplicado. ROE = Lucro Líquido Patrimônio Líquido 3 RESULTADOS E ANÁLISE DOS RESULTADOS 3.1 Perfil da Empresa A pesquisa de campo foi realizada em uma Distribuidora de Bebidas, localizada no Município de Maracanaú-CE, situada na Região Metropolitana de Fortaleza-CE e distante 15 quilômetros da capital. A organização em estudo é uma empresa vendedora e distribuidora de bebidas cearense, que optou por não divulgar seus dados e manter-se no anonimato. Atua há 24 (vinte e quatro) anos no ramo de comercialização de bebidas, sendo distribuidora exclusiva dos produtos fabricados por uma empresa nacional de refrigerantes, franqueado a uma grande marca internacional de refrigerantes e ainda pelos produtos produzidos e fornecidos por uma cervejaria alemã. Segundo o gestor financeiro, a distribuidora de bebidas é uma organização privada, de capital fechado. Concentra, anualmente, um faturamento maior que R$100.000.000,00 (cem milhões de reais), sendo considerada como uma empresa de grande porte e possui 268 funcionários. A distribuidora de bebidas trabalha com um prazo de entrega de produtos de 24 (vinte e quatro) horas, após a efetivação do pedido, através de frota própria. Para a comercialização e distribuição de bebidas, a empresa tem sua área de atuação definida, Capital Intelectual, Centro Universitário Estácio do Ceará, v.1, n.2, p.73-84, out./dez. 2015. 77

Gleiciane Holanda, Vania Lopes, Thiago Holanda para que outras distribuidoras autorizadas da marca não vendam na mesma região, conforme o coordenador de frota e o gestor financeiro. Seu campo de atuação é distribuído em 40 (quarenta) municípios do Estado do Ceará e são delimitados por regiões (áreas) principais: Caucaia, Canindé, Senador Pompeu, Baturité e Quixadá, onde estes municípios representam quase 27% do total de localidades atendidas no Estado do Ceará, segundo o gestor financeiro. Atualmente, a sua carteira de clientes é voltada para os atacadistas de todos os tamanhos, bares, lanchonetes, pizzarias, restaurantes entre outros. Seus principais concorrentes são cervejarias e outras marcas de refrigerantes, de acordo com o gestor financeiro. A distribuidora de bebidas deu alicerce ao estudo, bem como fortaleceu o mesmo através da análise dos resultados que serão apresentados, a seguir. 3.2 Análises de Indicadores Financeiros Serão apresentados os resultados das análises obtidas através demonstrações financeiras (Balanço Patrimonial e Demonstrações do Resultado do Exercício) da distribuidora de bebidas, analisados no período de dois anos (2013 e 2014). Utilizou-se como base as fórmulas expostas no referencial teórico deste estudo. 3.2.1 Análise dos índices de liquidez São apresentados na Tabela 1 os resultados da análise por meio dos Índices de Liquidez Geral, Liquidez Corrente e Liquidez Seca: Tabela 1 Resultados da análise por meio dos indicadores de Liquidez ÍNDICE 2014 2013 Liquidez Geral R$ 0,99 R$ 0,78 Liquidez Corrente R$ 1,25 R$ 1,10 Liquidez Seca R$ 0,69 R$ 0,65 Fonte: Dados da pesquisa, 2015. Na tabela documentada acima, podese apresentar a análise de liquidez geral da empresa estudada, de modo que a mesma possui uma liquidez geral em ascensão haja visto que ainda está abaixo de R$1,00 porém bastante aproximado, apresentando uma situação regular, sem folga e um pouco abaixo do estimado para cumprir com suas obrigações a longo e a curto prazo. Em relação à liquidez corrente, a distribuidora de bebidas possui R$1,25 de disponibilidade para R$1,00 de dívida a curto prazo no ano de 2014 e no ano de 2013 R$1,10 podendo assim honrar com seus compromissos a curto prazo, apresentando ainda uma folga de 25% em 2014 e 10% em 2013, demonstrando uma melhoria de um ano com relação ao ano anterior. Ainda conforme tabela exposta acima, relativo à liquidez seca considerada como liquidez imediata a empresa estudada possui índice menor que R$1,00 demonstrando assim não possuir disponibilidade imediata para honrar com suas obrigações, demonstrando que se a empresa passasse uma espécie de paralisação de suas vendas ou se seu estoque tornasse obsoleto, teria dificuldade de pagar suas dívidas com disponível e duplicatas a receber. No Gráfico 1, torna-se possível a visualização do comportamento nos dois anos analisados por meio do índice de liquidez. Capital Intelectual, Centro Universitário Estácio do Ceará, v.1, n.2, p.73-84, out./dez. 2015-78

Análise de Indicadores Financeiros: Estudo de caso em uma distribuidora de bebidas Gráfico 1 Liquidez R$1,40 R$1,20 R$1,00 R$0,80 R$0,60 R$0,40 R$0,20 R$- 2014 2013 Liquidez Geral Liquidez Corrente Liquidez Seca Fonte: Dados da pesquisa, 2015. Liquidez Segundo o gráfico documentado acima, os resultados apresentados foram de uma condição financeira estável, pois houve um índice maior que R$1,00, porém dois destes abaixo, mas muito aproximado, demonstrando ainda um crescimento de um ano em relação ao ano anterior, o que evidencia uma melhoria e capacidade de honrar com seus compromissos dentro do prazo esperado. 3.2.2 Análise dos índices de endividamento Estão expostos na Tabela 2 os resultados da análise por meio dos indicadores de endividamento: Tabela 2 Resultados da análise por meio dos índices de endividamento ÍNDICE 2014 2013 Participação de Capital de Terceiros R$ 4,05 R$ 10,10 Composição do Endividamento R$ 0,80 R$ 0,91 Fonte: Dados da pesquisa, 2015. Na tabela demonstrada acima, apresentou-se através do índice de participação de capitais de terceiros em 2014 foi de 405%, ou seja, para cada R$1,00 de capital próprio utilizado para financiar seus investimentos, a distribuidora adquiriu R$4,05 de capitais de terceiros, expondo-se a um alto risco, devido a utilização de recursos que não são da distribuidora, demonstrando situação de endividamento alto, embora tenha ocorrido uma melhora de um ano para o ano anterior, porém ainda bastante comprometida. Apenas gera vantagem para gerar lucro, pela utilização de adquirir tal lucro com recursos de terceiros, porém conforme análise o risco é bastante alto. Ainda conforme tabela apresentada acima, relativo à composição de endividamento também demonstra em 2014 que a distribuidora ficou em situação adversa, apresentando um percentual de 80%, embora tenha diminuído com relação a 2013 que tinha um percentual de 91%, anuncia que deve-se manter uma atenção voltada no que diz respeito à geração de lucros, pois no caso da distribuidora a busca por gerar lucros pode prejudica-la devido à altos recursos investidos de terceiros. No Gráfico 2, pode-se verificar o comportamento nos dois anos analisados por meio dos indicadores de endividamento: Capital Intelectual, Centro Universitário Estácio do Ceará, v.1, n.2, p.73-84, out./dez. 2015-79

Gleiciane Holanda, Vania Lopes, Thiago Holanda Gráfico 2 Endividamento Endividamento 12 10 8 6 4 2 0 PARTICIPAÇÃO DE CAPITAL DE TERCEIROS COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO 2014 2013 Fonte: Dados da pesquisa, 2015. Conforme o gráfico apresentado acima, os resultados obtidos foram de uma condição de risco com relação ao capital de terceiros e composição de endividamento, pois apresentaram um alto índice de endividamento e investimento com recursos que não eram próprios. 3.2.3 Análise dos índices de rentabilidade São apresentados na Tabela 3 os resultados da análise por meio dos índices de rentabilidade, Giro do Ativo, Margem Líquida, Rentabilidade do Ativo e Rentabilidade do Patrimônio Líquido: Tabela 3 Resultados da análise por meio dos índices de rentabilidade ÍNDICE 2014 2013 Margem 19,79 17,08 Giro 1,21 0,87 ROA 0,32 0,22 ROE 0,90 1,69 Fonte: Dados da pesquisa, 2015. Analisando a margem apresentada acima, obtida através do lucro em relação à receita líquida pela distribuidora, a margem obtida foi de 19,79% em 2014, o que demonstra um crescimento satisfatório com relação ao ano de 2013 que foi 17,08%, indicando assim que mesmo após deduzidas todas as despesas, a empresa ainda gerou lucro e um crescimento satisfatório relativo ao ano anterior. Para o indicador giro do ativo, a distribuidora teve um excelente crescimento, pois em 2013 estava com esse índice inferior a 1 e em 2014 alavancou para 1,21, passando assim a ter um maior giro sobre seus investimentos, gerando maior lucratividade, pois quanto maior, melhor para a empresa. Analisando o indicador de rentabilidade do ativo, analisado desconsiderando de onde se originou, quer tenha sido através de capital próprio, de operações da empresa ou de capital terceiros, conforme citado no referencial teórico, embora ainda não muito alto, apresentou crescimento com relação ao ano anterior, saindo de 0,22 em 2013 para 0,32 em 2014, esse resultado é favorável para a distribuidora pois demonstra que para cada R$1,00 investido a empresa teve R$0,32 de lucro, no ano de 2014, gerando uma boa Capital Intelectual, Centro Universitário Estácio do Ceará, v.1, n.2, p.73-84, out./dez. 2015-80

Análise de Indicadores Financeiros: Estudo de caso em uma distribuidora de bebidas rentabilidade para a distribuidora, e ainda melhor do que 2013 que foi de R$0,22. Conforme a tabela acima o indicador de rentabilidade do patrimônio líquido demonstrou um decréscimo do ano de 2013 com 1,69 para 2014 com 0,90, conforme explicitado no referencial teórico este índice mede o retorno que a distribuidora investiu dos recursos aplicados pelos sócios, ou seja, houve um menor retorno desses investimentos de um ano para o anterior, porém ainda positivos, pois segundo demonstrado na tabela acima, para cada R$1,00 investido pelos sócios em 2014 tiveram um retorno de R$0,90 e em 2013 de R$1,69 de retorno. No Gráfico 3, possibilita-se verificar o comportamento nos dois anos analisados por meio dos índices de rentabilidade: Conforme o gráfico 3 e afirmando o que foi apresentado na tabela 3 através da análise dos índices de rentabilidade, pode-se identificar que os resultados obtidos pela distribuidora foram favoráveis durante o ciclo de dois anos, pois todos foram positivos e evidenciaram crescimento. Gráfico 3 Rentabilidade Rentabilidade 25,00 20,00 15,00 10,00 5,00 0,00 Margem Giro ROA ROE 2014 2013 Fonte: Dados da pesquisa, 2015. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Averiguou-se que, ao investigar os índices financeiros da distribuidora de bebidas, que foi objeto de estudo, foi possível medir adequadamente seu desempenho e capacidade de pagamento de curto e longo prazo, onde mensurou-se os indicadores de liquidez; calculou-se os indicadores de endividamento; e quantificou-se os valores relativos aos indicadores de rentabilidade no período de dois anos; examinando qual a situação econômico-financeira da distribuidora nos exercícios explorados. Segundo análises expostas anteriormente, constatou-se através da avaliação dos indicadores de liquidez que a distribuidora apresentou uma situação estável ao se analisar sua capacidade de quitar suas obrigações de curto prazo e longo prazo, mantendo seus índices de liquidez bem constantes, demonstrou um crescimento de um ano em relação ao ano anterior, evidenciando uma melhoria e capacidade de honrar com seus compromissos dentro do prazo esperado. No tocante aos indicadores de endividamento, analisou-se que a Capital Intelectual, Centro Universitário Estácio do Ceará, v.1, n.2, p.77-84, out./dez. 2015-81

Gleiciane Holanda, Vania Lopes, Thiago Holanda distribuidora se manteve em situação desfavorável, pois apresentou um alto nível de endividamento e elevada participação de capital de terceiros em seus investimentos, ou seja, apresentou uma condição de risco com relação ao capital de terceiros e composição de endividamento, visto que demonstrou um alto índice de endividamento e investimento com recursos que não eram próprios. No que refere-se a análise dos índices de rentabilidade, pode-se identificar que os resultados obtidos pela distribuidora foram favoráveis durante o ciclo de dois anos, uma vez que todos foram positivos e evidenciaram crescimento, gerando, desse modo, maior margem de lucro, giros maiores com excelentes resultados e maior retorno para a distribuidora, portanto todos os indicadores de rentabilidade apresentaram melhoria em comparação de um ano ao ano anterior. O objetivo da pesquisa foi concretizado, dado que, todos os indicadores foram devidamente expostos e analisados, bem como houve uma apresentação minuciosa através de tabelas e gráficos, o que possibilitou observar que a distribuidora de bebidas apresenta uma excelente situação econômico-financeira de acordo com seus indicadores estudados, devendo levar em consideração apenas os índices de endividamento, já que teve uma avalição de risco, deixando desse modo, um sinal de alerta para a distribuidora, embora possa também ter esse índice como gerador de lucros. Como sugestão para novas pesquisas, propõe-se o controle e acompanhamento dos índices expostos nesse estudo, já que há um cenário de crescente para a distribuidora e através dessa ferramenta possibilitar novos investimentos e nivelamento de indicadores que ficaram em risco, de forma que possa estar sempre em ascensão. Pode-se propor ainda, um estudo comparativo a outras distribuidoras para um acompanhamento de sua posição no mercado. REFERÊNCIAS ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços: Um Enfoque Econômico e Financeiro. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2006. ASSAF NETO, Alexandre. Finanças Corporativas e Valor. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2007. BEGALLI, G. A.; PEREZ JR., J. H. Elaboração e análise das demonstrações contábeis. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009. HOJI, Masakasu. Administração financeira: uma abordagem prática. 3 ed. São Paulo: Atlas, 2001. MARION, José Carlos. Contabilidade básica. 8.ed. SÃO PAULO: Atlas, 2007. SILVA, José Pereira da, Análise Financeiras das Empresas, 8.ed. São Paulo: Atlas, 2006. SANTOS, José Luiz dos; SCHMIDT, Paulo; MARTINS, Marco Antônio. Fundamentos de análise das demonstrações contábeis. São Paulo: Atlas, 2006. REIS, A. C. R. Demonstrações contábeis: estrutura e análise. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. MATARAZZO, D. Análise financeira de balanços: abordagem básica e gerencial. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010. WERNKE, Rodney. Gestão Financeira: Ênfase em Aplicações e Casos Nacionais/ Rodney Wernke. - Rio de Janeiro: Saraiva, 2008. Capital Intelectual, Centro Universitário Estácio do Ceará, v.1, n.2, p.73-84, out./dez. 2015-82

Análise de Indicadores Financeiros: Estudo de caso em uma distribuidora de bebidas ANEXOS BALANÇO PATRIMONIAL Ativo 2014 2013 Saldo Inicial Ativo Total R$ 16.271.681,29 R$ 16.992.172,17 Ativo circulante Caixa e equivalentes de caixa R$ 1.747.748,23 R$ 104.517,20 Contas a receber de clientes R$ 8.715.187,22 R$ 7.339.927,14 Adiantamentos pagos R$ 42.355,81 R$ 32.866,11 Estoques R$ 7.851.499,84 R$ 4.019.184,57 Impostos a recuperar R$ 4.305,47 R$ 15.331,05 Empréstimos a pessoas ligadas R$ 12.509,69 R$ 7.308,00 Despesas antecipadas R$ 2.745,36 R$ 9.587,45 Total do ativo circulante R$ 18.376.351,62 R$ 11.528.721,52 Não Circulante Realizável a longo prazo Transferências entre estabelecimentos R$ 0,00 R$ 0,00 Títulos e valores mobiliários R$ 15.000,00 R$ 15.000,00 Depósitos judiciais R$ 10.605,33 R$ 4.900,00 Total do realizável a longo prazo R$ 25.605,33 R$ 19.900,00 Investimentos R$ 2.395.248,09 R$ 1.870.958,00 Imobilizado R$ 2.283.853,52 R$ 2.852.101,77 Total do ativo não circulante R$ 4.704.706,94 R$ 4.742.959,77 TOTAL DO ATIVO R$ 23.081.058,56 R$ 16.271.681,29 Circulante Fornecedores R$ 8.194.166,91 R$ 5.621.157,72 Salários e férias a pagar R$ 1.841.778,69 R$ 1.392.755,07 Obrigações tributárias a recolher R$ 33.422,87 R$ 10.599,32 Imposto de renda e contribuição social a recolher R$ 505.263,57 R$ 276.805,02 Financiamentos p/ ativo imobilizado R$ 612.505,78 R$ 740.554,06 Empréstimos p/ capital de giro R$ 3.116.331,40 R$ 2.794.824,03 Dividendos a pagar R$ 620.715,66 R$ 360.000,00 Parcelamentos fiscais R$ 377.356,68 R$ 351.331,20 Total do passivo circulante R$ 15.301.541,56 R$ 11.548.026,42 Não Circulante Exígivel a longo prazo Financiamentos p/ ativo imobilizado R$ 443.195,56 R$ 974.352,31 Empréstimos p/ capital de giro R$ 1.917.151,68 R$ 1.145.454,54 Parcelamentos fiscais R$ 845.051,84 R$ 1.138.101,76 Transferências entre estabelecimentos R$ 0,00 R$ 0,00 Total do passivo não circulante R$ 3.205.399,08 R$ 3.257.908,61 TOTAL DO PASSIVO R$ 18.506.940,64 R$ 14.805.935,03 Total do patrimônio líquido inicial R$ 1.465.746,26 R$ 2.091.009,22 Patrimônio líquido Capital social R$ 30.000,00 R$ 30.000,00 Reservas de capital R$ 132.887,48 R$ 68.726,34 Reservas de lucros R$ 4.411.230,34 R$ 1.367.019,92 Total do patrimônio líquido R$ 4.574.117,82 R$ 1.465.746,26 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO R$ 23.081.058,46 R$ 16.271.681,29 DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO DO EXERCÍCIO 2014 2013 Receita operacional líquida R$ 174.475.010,20 R$ 119.874.163,27 Custos dos produtos e serviços financeiros -R$ 136.643.180,06 -R$ 96.731.426,68 Lucro bruto R$ 37.831.830,14 R$ 23.142.736,59 Capital Intelectual, Centro Universitário Estácio do Ceará, v.1, n.2, p.77-84, out./dez. 2015-83

Despesas operacionais Vendas -R$ 23.774.643,76 -R$ 14.518.568,86 Gerais e administrativas -R$ 7.182.466,35 -R$ 4.583.899,70 Despesas Tributárias -R$ 147.418,80 -R$ 108.867,77 Outras receitas (ou despesas) operacionais líquidas -R$ 485.344,70 -R$ 201.377,44 Lucro antes do imposto de renda, contribuição social R$ 6.241.956,53 R$ 3.730.022,82 Imposto de renda e contribuição social -R$ 1.545.214,05 -R$ 914.377,36 Imposto de renda e contribuição social -R$ 562.532,06 -R$ 336.555,85 Lucro (ou prejuízo) líquido do exercício R$ 4.134.210,42 R$ 2.479.089,61 Capital Intelectual, Centro Universitário Estácio do Ceará, v.1, n.2, p.73-84, out./dez. 2015-84