Radiographics Nov 2005. Abril 2007



Documentos relacionados
LESÕES QUÍSTICAS DO PÂNCREAS - ABORDAGEM DIAGNÓSTICA POR IMAGEM -

Lesões císticas do pâncreas: abordagem diagnóstica e terapêutica

Alta morbidade e mortalidade nas cirurgias pancreáticas

Prof. Dr. Jorge Eduardo F. Matias Cirurgia do Aparelho Digestivo Departamento de Cirurgia UFPR - HC

Relação entre as características ecográficas de um nódulo tiroideu e a sua benignidade/malignidade

A IMAGIOLOGIA NA PATOLOGIA PANCREÁTICA 5º ANO

Radiology: Volume 274: Number 2 February Amélia Estevão

Alessandro Bersch Osvaldt

Exames que geram dúvidas - o que fazer? SELMA DE PACE BAUAB

Caso Clínico. Andrea Canelas


CHUC Clínica Universitária de Radiologia

Avaliação por Imagem do Pâncreas. Aula Prá8ca Abdome 4

CARCINOMA DO OVÁRIO EM MULHER JOVEM QUANDO CONSERVAR?

CHUC Clínica Universitária de Radiologia

INTRODUÇÃO. Mais frequentes: Idosos Sexo feminino Deficiência de iodo AP de irradiação cervical

TC de pelve deixa um pouco a desejar. Permite ver líquido livre e massas. US e RM são superiores para estruturas anexiais da pelve.

Benign lesion of the biliary ducts mimicking Kastskin tumor

Introdução. Metabolismo dos pigmentos biliares: Hemoglobina Biliverdina Bilirrubina Indireta (BI) ou nãoconjugada

PATOLOGIA DA MAMA. Ana Cristina Araújo Lemos

NEOPLASIAS CÍSTICAS DO PÂNCREAS

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução

REUNIÃO DE CASOS. Aperfeiçoando de RDI da DIGIMAX (A2) RAPHAEL SALGADO PEDROSO.

Manuseio do Nódulo Pulmonar Solitário

Neoplasias dos epitélios glandulares II

TUMORES DA VESÍCULA E VIAS BILIARES. Dr. Francisco R. de Carvalho Neto

Neoplasias Renais e das Vias Excretoras. Dr.Daniel Bekhor

Centro Universitário Cesmac CAMILA MARIA BEDER RIBEIRO

Director: Prof. Doutor Caseiro Alves. Andrea Canelas 29/05/2008

Gradação Histológica de tumores

7ª Reunião Luso-Galaica de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo. Caso Clínico. Hospital de Braga

I Curso Internacional Pre -Congresso de Imaginologia Mama ria. 1st International Breast Imaging Pre-conference Course. 15 de maio de 2014

TUMORES GIGANTES DE OVÁRIO

Caso Clínico 30 de Novembro de 2005 Olga Vaz

Pâncreas. Pancreatite aguda. Escolha uma das opções abaixo para ler mais detalhes.

Módulo: Câncer de Rim Localizado

TUMORES BENIGNOS DOS OVARIOS. Pedro Cordeiro de Sá Filho

THIAGO GIANSANTE ABUD

5ª Reunião de Casos.

TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA CASOS CLÍNICOS

CÂNCER DE MAMA NA SENILIDADE

Perda da uniformidade nas células e desarranjo estrutural tecidual

Citopatologia mamária. Histologia da mama feminina

O sistema TNM para a classificação dos tumores malignos foi desenvolvido por Pierre Denoix, na França, entre 1943 e 1952.

Revised American Thyroid Association Management Guidelines for Patients with Thyroid Nodules and Differentiated Thyroid Cancer.

TC Hidrodinâmico no estadiamento pré-operatório do cancro gástrico: Correlação anatomo-radiológica. Estudo prospectivo de 107 casos

Diagnóstico do câncer

XV Reunião Clínico - Radiológica Dr. RosalinoDalasen.

FÍGADO. Veia cava inferior. Lobo direito. Lobo esquerdo. Ligamento (separa o lobo direito do esquerdo) Vesícula biliar

Tumor Desmoplásico de Pequenas Células Redondas: Relato de um caso.

CÂnCER DE EnDOMéTRIO. Estados anovulatórios (ex: Síndrome dos ovários policísticos) Hiperadrenocortisolismo

Incidentaloma da supra-renal

TUMORES CÍSTICOS DO PÂNCREAS: ESTUDO DE 73 CASOS

SISTEMATIZAÇÃO DA ANÁLISE ANÁTOMO-PATOLÓGICA NO CÂNCER GÁSTRICO. Luíse Meurer

Manejo do Nódulo Pulmonar

CÂNCER GÁSTRICO PRECOCE

Sumário. Pâncreas Aparelho urinário

DIAGNÓSTICO CLÍNICO-ULTRASSONOGRÁFICO DAS LESÕES HEPÁTICAS FOCAIS

MALE BREAST DISEASE: PICTORIAL REVIEW

COMPROMETIMENTO COM OS ANIMAIS, RESPEITO POR QUEM OS AMA.

Rejeição de Transplantes Doenças Auto-Imunes

Diagnóstico diferencial de nódulos pulmonares suspeitos: quando e como investigar

HISTÓRIA NATURAL DOS TIPOS RAROS DE CÂNCER DE MAMA

Câncer de Pulmão. Prof. Dr. Luis Carlos Losso Medicina Torácica Cremesp

Andrea Canelas 23/09/2009

Câncer do pâncreas. Orlando Jorge Martins Torres Professor Livre-Docente UFMA

Tumor carcinoide de duodeno: um tumor raro em local incomum. Série de casos de uma única instituição

Atualidades na doença invasiva do colo uterino: Seguimento após tratamento. Fábio Russomano IFF/Fiocruz Trocando Idéias 29 a 31 de agosto de 2013

Programação Preliminar do 41 Curso de Atualização em Cirurgia do Aparelho Digestivo, Coloproctologia e Transplantes de Órgãos do Aparelho Digestivo

VI Workshop Internacional de Atualização em Hepatologia 2012 Pólipos de Vesícula Biliar Diagnóstico e Conduta

Abordagem diagnóstica a casos oncológicos em Répteis. Filipe Martinho, DVM

Humberto Brito R3 CCP

Anotadas do 4º Ano 2007/08 Data: 6 de Dezembro de 2007

29/10/09. E4- Radiologia do abdome

Cirurgia poupadora de órgão no tratamento da massa testicular

da Junção Esofagogástrica

Gaudencio Barbosa R3 CCP Hospital Universitário Walter Cantídio UFC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Apresentação de Caso Clínico L.E.M.D.A.P.

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RS PORTARIA 13/2014

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

NEOPLASIA CÍSTICA DO PÂNCREAS: ANÁLISE DE 24 CASOS

Gaudencio Barbosa R4 CCP HUWC Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço

Diagnóstico por Imagem do Fígado

Tumores malignos da Tiroide

HM Cardoso Fontes Serviço o de Cirurgia Geral Sessão Clínica

Tumores Odontogênicos

Metástase Cutânea de Carcinoma de Células Claras Renais: Relato de Caso Aichinger, L.A. 1, Kool, R. 1, Mauro, F.H.O. 1, Preti, V.

O que é câncer de estômago?

Como escolher um método de imagem? - Dor abdominal. Aula Prá:ca Abdome 1

Tumor Estromal Gastrointestinal

GABARITO DE CIRURGIA GERAL

avaliar : como Prof Simone Maia Presidente ANACITO presidente@anacito.org.br

Cancro do Pulmão. Serviço de Pneumologia Director: Dr. Fernando Rodrigues Orientador: Dr. José Pedro Boléo-Tomé

Agenda. Nódulo da Tireóide. Medicina Nuclear. Medicina Nuclear em Cardiologia 17/10/2011

Departamento de Diagnóstico por Imagem do I.C.A.V.C. TOMOGRAFIA EM ONCOLOGIA

Diretrizes ANS para realização do PET Scan / PET CT. Segundo diretrizes ANS

L u iz F elip e N o b re. luizfelipenobresc@gmail.com

CAMPANHA PELA INCLUSÃO DA ANÁLISE MOLECULAR DO GENE RET EM PACIENTES COM CARCINOMA MEDULAR E SEUS FAMILIARES PELO SUS.

vulva 0,9% ovário 5,1%

Transcrição:

Radiographics Nov 2005 Abril 2007

INTRODUÇÃO Aumento da detecção lesões quisticas pâncreas (Eco, TC, RM) Aumento do número de cirurgias pancreáticas Muitas lesões quisticas do pâncreas são benignas Importância da caracterização imagiológica adequada Pseudo-quisto vs neoplasia quistica Neoplasia quistica vs Tumores sólidos com degeneração/componente quistico Ajuda no Px e decisão terapêutica cirurgia vs follow up

INTRODUÇÃO TC-MD Método preferido para a detecção inicial e caracterização dos quistos pancreáticos RM (com colangiopancreatografia-rm) Boa caracterização morfológica e vantagem de demontrar a relação do quisto com o ducto pancreático Eco endoscopia problem solving ; caracterização morfológica do quisto; guiar aspiração do fluido; biópsar áreas suspeitas

90 % lesões Pseudoquistos (+++) Cistadenoma seroso Neoplasia quistica mucinosa Neoplasia mucinosa papilar intraductal

ABORDAGEM SISTEMÁTICA Sistema de classificação imagiológico simples baseado nas características morfológicas + Apresentação clinica GUIA PRÁTICO PARA O TRATAMENTO DESTES DOENTES

APRESENTAÇÃO CLÍNICA Comum a detecção acidental durante investigação imagiológica de outro problema médico não relacionado > 1/3 são assintomáticos +++ Neoplasias quisticas --- Pseudoquistos O sintoma mais frequente é a dor abdominal Icterícia ou pancreatite recorrente frequentemente indicam que a lesão comunica com ou obstrui o sistema ductal pancreático ou biliar

APRESENTAÇÃO CLÍNICA Neoplasias quisticas malignas avançadas com apresentação clinica semelhante ao carcinoma pâncreas dor, emagrecimento e icterícia Pseudo-quistos tipicamente no contexto de uma pancreatite aguda ou desenvolvimento insidioso no contexto de uma pancreatite crónica

CLASSIFICAÇÃO MORFOLÓGICA DAS LESÕES QUISTICAS PANCREÁTICAS Abordagem semelhante à de Bosniak para os quistos renais (a) - Quisto unilocular (b) - Lesões micro-quisticas (c) - Lesões macro-quisticas (d) - Quistos com componente sólido

Ausência de septos internos Sem componente sólido Sem calcificações parietais ou centrais

PSEUDO-QUISTO Causa mais frequente de quisto unilocular Evidência clinica, laboratorial ou imagiológica de pancreatite Atrofia e calcificações no parênquima pancreático Dilatação e cálculos no Wirsung (parede fina) Sinais inflamatórios Comunicação do pseudo-quisto com o Wirsung colangiopancreatografia- RM TC (reformatações curvas) Também na NMPI, mas geralmente o colo da junção quistoducto pancreático é mais estreito nesta entidade

QUISTO UNILOCULAR Caracterização dificil quando não há evidência de pancreatite nem de comunicação com o Wirsung! Quisto unilocular de contorno lobulado na cabeça do pâncreas Sintomático Considerar cistadenoma seroso macroquistico unilocular aspiração quisto eco-endoscopia / ressecção cirurgica Caracterizaçã o incompleta? Assintomático e parede fina Monitorização por TC/RM, especialmente se pequenos ( < 3 cm) 6/6 meses no primeiro ano 12/12 meses durante 3 anos Estabilidade dimensional STOP

QUISTO UNILOCULAR Quase sempre pseudo-quistos Múltiplos?? Doença von Hippel-Lindau quistos rins, fígado, pâncreas sem outras anomalias TDM Raro NMPI

Quisto unilocular bem definido na cabeça do pâncreas. Pseudo-quisto crónico unilocular.

Pseudo-quisto em doente com história recente de pancreatite. T1 após contraste, plano coronal Quisto unilocular bem definido na cauda do pâncreas T2 - Quisto com sinal hiperintenso e homogéneo

NMPI (ramo lateral) apresentando-se como quisto unilocular Pq quisto na cabeça do pâncreas. CP-RM comunicação do quisto com o ducto pancreático principal, muito sugestivo do dx.

Múltiplos quistos uniloculares em doente com doença de von Hippel- Lindau. À excepção dos quistos o pâncreas é normal.

LESÕES MICRO- QUÍSTICAS CISTADENOMA SEROSO

CISTADENOMA SEROSO 70 % padrão poliquistico/micro-quistico, consistindo numa colecção de quistos ( >6), com poucos mm a 2 cm de diâmetro Comum a presença de lobulações externa Realce variável da parede quisto e dos septos após contraste 30 % com Cicatriz central fibrosa (tipicamente com calcificação em estrela) Virtualmente patognomónico 20 % composto por micro-quistos, com padrão em favo de mel, surgindo como lesão esponjosa, bem delimitada, com atenuação de tecidos moles ou mista e com interfaces bem definidas com as estruturas vasculares (TC)

CISTADENOMA SEROSO Quando os achados TDM são indeterminados (ausência de áreas líquidas), é possivel uma melhor caracterização por RM ou ecoendoscopia RM - micro-quistos surgem como numerosos focos distintos com hiperintensidade de sinal em T2 Eco-endoscopia - micro-quistos como pq áreas anecogénicas distintas < 10 % - Variante Oligo-quistica ou macroquística 1. Quisto unilocular (macro-cavidade única dominante) (*) 2. Lesão macro-quistica (com quistos > a 2 cm e < 6 ao todo) Dificil o dd com tumor quistico mucinoso (*)

LESÕES MICRO- QUÍSTICAS CISTADENOMA SEROSO Natureza benigna Vigilância imagiológica é suficiente nos doentes assintomáticos! (média de crescimento de 4mm por ano)

CISTADENOMA SEROSO Cistadenoma seroso clássico na cabeça do pâncreas. Massa sólida com numerosos pequenos quistos (efeito em favo de mel ). Os contornos lobulados e a cicatriz central calcificada são achados típicos destes tumores. Peça macroscópica confirma natureza micro-quistica.

CISTADENOMA SEROSO Cistadenoma seroso da cabeça do pâncreas: contornos lobulados, ausência de embainhamento vascular e cicatriz central T2 - vários micro-quistos hiperintensos, claramente distinguidos da cicatriz central escura

CISTADENOMA SEROSO Variante macro-quistica no corpo pancreático. A massa aparece como lesão septada, com poucos macro-quistos. Contudo os contornos são lobulados, tipico do cistadenoma seroso.

Quisto multilocular Poucos compartimentos Cd compartim/ > 2 cm

NEOPLASIA QUISTICA MUCINOSA (Cistadenoma e cistadenocarcinoma mucinoso) +++ Corpo e cauda Ausência de comunicação com Wirsung; 75 % assintomático Pode ocorrer obstrucção ductal parcial Lesões macro-quisticas multiloculares Arquitectura interna complexa (septos e parede interna): +++ RM e ecoendoscopia TC: Lesão hipodensa de contornos regulares, com realce septos e parede após CIV Calcificação periférica (eggshell) não é frequente, mas é altamente específico de NQM e altamente preditivo de malignidade

NEOPLASIA QUISTICA MUCINOSA ELEVADO POTENCIAL MALIGNO! CIRURGIA SEMPRE INDICADA! Bom Px (qd operado) Benigno ou Borderline sobrevida aos 5 anos > a 95% Malignos sobrevida a longo prazo de 50-75%

CISTADENOMA MUCINOSO Quisto multi-septado. TC mostra septo fino. Eco-endoscopia demonstra a arquitectura interna septada do quisto.

CISTADENOCARCINOMA MUCINOSO Massa quistica volumosa com septos internos na cabeça do pâncreas. As calcificações periféricas e nos septos indicam a natureza maligna.

TUMOR QUISTICO MUCINOSO Quisto pancreático complexo, com septos internos.

CISTADENOMA MUCINOSO Massa quistica com calcificação periférica.

NMPI (neoplasia mucinosa papilar intraductal)) Tumores produtores de mucina com origem no epitélio dos ductos Classificação: ducto principal ducto lateral mistos Entidade morfológica distinta (não quistica) Quisto pancreático complexo (macro, imp dd c NQM) Raramente como quisto unilocular Quisto (septado) que comunica com o ducto pancreático é altamente sugestivo!! (*)

NMPI (neoplasia mucinosa papilar intraductal)) NMPI do tipo adenoma WHO 2000 NMPI borderline (displasia) Carcinoma MPI -in situ - invasivo + agressividade CP-RM Gold Standard, caracterização morfológica, demonstrar a presença de comunicação da lesão com o ducto pancreático e avaliar a extensão da dilatação do sistema ductal pancreático TC-MD (cortes finos) Lesão hipodensa, morfologia pleomórfica, na vizinhança do ducto pancreático. Possível demonstrar a comunicação do quisto (reformatações planares curvas!!) CPRE Raramente necessária para o dx

NMPI (neoplasia mucinosa papilar intraductal)) Lesões pré-malignas cirurgia tradicionalmente recomendada (+++ NMPI do ducto principal) NMPI de ducto lateral (< risco de malignidade) Risco/ Apresentação beneficio clinica (sintomas?) Idade e risco cirurgico Tamanho (< ou > 3 cm) Localização (cauda vs cabeça) Influência na decisão terapêutica (cirurgia vs vigilância imagiológica)

NMPI NQMucinosa Tumores NE Tumor Pseudopapilar sólido * Adenocarcinoma Metástases

QUISTOS COM COMPONENTE SÓLIDO Eco-Endoscopia método mais sensível para a detecção de pequenos nódulos murais RM nódulos surgem como áreas de hipo-sinal em T2 e realce após contraste Mucina concentrada ( glóbulos de mucina ) ou calcificação parietal podem mimetizar nódulo mural na CP-RM Todos os tumores desta categoria são malignos ou potencialmente malignos Geralmente indicada a ressecção cirurgica!

Lesão quistica no corpo do pâncreas com nódulos murais periféricos TNE maligno primário.

Lesão do corpo com áreas quisticas e componente sólido. A imagem de RM ponderada em T1 torna o componente sólido mais evidente. Tumor pseudo-papilar sólido do pâncreas.

Tumor sólido com degeneração quistica. Adenocarcinoma pancreático. Quisto multi-septado com componente sólido. NMPI maligna.

Metástase de carcinoma de células renais. Lesão com parede espessa e irregular e componente central hipodenso (necrose central) tipico das localizações secundárias. Outra pista era a ausência do rim esquerdo.

ECO-ENDOSCOPIA E ASPIRAÇÃO DOS QUISTOS Eco-US: Informação precisa das características morfológicos das lesões quisticas Gold standard para a aspiração do fluido dos quistos ou mesmo biópsia aspirativa com agulha fina (septos, parede do quisto, nódulos parietais) Aspiração percutânea apresenta maior risco de disseminação tumoral ao longo do trajecto da agulha Uso combinado da análise citológica, BQ e marcadores tumorais tem valor dx: lesões mucinosas vs não mucinosas (pseudo-quisto, cistadenoma seroso, ) cirurgia vs não cirurgia

ECO-ENDOSCOPIA E ASPIRAÇÃO DOS QUISTOS Conteúdo do quisto altamente viscoso ou detecção de mucina extra-celular indica neoplasias mucinosas Amilase no fluido indica comunicação do quisto com o sistema ductal (Elevada [ ] nos pseudoquistos e NMPI; baixa [ ] nos tumores serosos e cistadenoma mucinosos) Marcadores tumorais: CEA e CA 72-4 são úteis na identificação de lesões mucinosas CEA > 400 ng/ml é um bom indicar de malignidade nas neoplasias mucinosas

QUISTO UNILOCULAR DUVIDOSO? ASPIRAÇÃO QUISTO POR ECO- END Mucina Amilase Glicogénio Tumor mucinoso Pseudoquisto Cistadenom a seroso

MANAGEMENT Neoplasias quisticas têm melhor Px que o adenocarcinoma pancreático Algumas delas são entidades benignas que podem não justificar o risco de uma cirurgia agressiva Factores a ponderar (riscobenefício) + Sintomas Histologia Idade e risco cirurgico Tamanho tumor Localização Cirurgia Pq com baixo potencial maligno Cabeça vs cauda Nos assintomáticos a decisão terapêutica baseia-se principalmente na caracterização precisa dos quistos (TC-MD; RM; Eco-endoscopia c/ ou s/ aspiração)

* Idade Risco cirurgico Tamanho Localização Follow-up nos quistos pq e idosos/alto risco cir Cirurgia nos quistos maiores e nos mais novos

A combinação da classificação imagiológica dos quistos pancreáticos com a apresentação clinica constitui uma abordagem sistemática para o tratamento dos doentes com lesões quisticas do pâncreas!