Casos MRI. Dr. Jorge Cueter Dr. Ênio Setogu5

Documentos relacionados
Anatomia da orelha media e interna

VIII Curso de Anatomia e Dissecção do Osso Temporal. Programação 16/10/2013 QUARTA FEIRA

Lesões inflamatorias otite media aguda

ÓRGÃO DA VISÃO. Constituição do Bulbo Ocular: Túnica Fibrosa: Túnica Vascular: Túnica nervosa: Túnica Nervosa. Túnica Vascular.

TÍTULO: COLESTEATOMA DE CONDUTO AUDITIVO EXTERNO COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE PATOLOGIAS DA ORELHA EXTERNA

Mastoidectomia Pediátrica. E3 Eduardo Lopes El Sarraf Hospital Cruz Vermelha Paraná Set/2013

TC Protocolo de Mastoide. José Pedro Gonçalves TN Esp. em Radiologia

OSSOS TEMPORAIS(OUVIDO)

DIAS REGINA H. G. MARTINS

TC e RM DOS SEIOS DA FACE

Patologias da Cabeça e do Pescoço: Aspectos de Imagem

Caracterização de lesões Nódulos Hepá8cos. Aula Prá8ca Abdome 2

ANATOMIA FUNCIONAL DA ORELHA. (a nova nomenclatura substitui o termo ouvido por orelha)

MANUAL RESUMIDO DE DISSECÇÃO VIRTUAL DO OSSO TEMPORAL

Radiologia Blog Dr. Ricardo

Imagem da Semana: Ultrassonografia, Tomografia Computadorizada

TC e RM DOS SEIOS DA FACE

Radiologia do crânio e face

Estudo de Caso: Reabilitação Vestibular em paciente portador de glômus jugulo-timpânico

Tontura e seu desafio diagnóstico: achados na tomografia computadorizada e ressonância magnética

área acadêmica Anatomia Anatomia radiológica do crânio e face

Aparelho urinário. Meios de estudo Principais aplicações clínicas. Estudo dos rins Estudo da bexiga A patologia traumática

Estudo do Sistema Musculo-Esquelético

área acadêmica Anatomia Anatomia radiológica do crânio e face

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição

Implante coclear: o que o radiologista deve saber *

Avaliação Tomográfica da Orelha Contralateral de Pacientes com Otite Média Crônica Severa

Imagens de adição -úlceras

Avaliação Por Imagem do Abdome Introdução

6/18/2015 ANATOMIA DO OLHO ANATOMIA DO OLHO CÓRNEA CRISTALINO RETINA EPITÉLIO PIGMENTAR NERVO ÓPTICO

Ultra-sonografia nas Lesões Hepáticas Focais Benignas. Dr. Daniel Bekhor DDI - Radiologia do Abdome - UNIFESP

Nódulos e massas pulmonares

Cardiologia. Prof. Claudia Witzel

Tomografia dos Seios Paranasais

Esta patologia ocorre quando existe um stress na epífise de crescimento próximo a área da tuberosidade tibial.

04/06/2012 INTRODUÇÃO À RAGIOLOGIA SIMPLES DO TÓRAX. Dante L. Escuissato RADIOGRAFIAS DO TÓRAX INCIDÊNCIAS: FRONTAL (PA) PERFIL TÓRAX

Avaliação por imagem dos colesteatomas da orelha média: ensaio iconográfico *

Universidade Federal do Ceará Faculdade de Medicina. Jônatas Catunda de Freitas

Algumas Reflexões sobre o Colesteatoma em Pacientes Pediátricos em Países em Desenvolvimento

03/05/2012. SNC: Métodos de Imagem. US Radiografias TC RM. Métodos Seccionais. TC e RM. severinoai

TC e RM DOS SEIOS DA FACE Hospital IPO Curitiba

O Ouvido Humano e a Audição

Gaudencio Barbosa R3 CCP HUWC UFC

O PAPEL DA IMAGEM NOS MENINGIOMAS. Dr. Victor Hugo Rocha Marussi Neuroradiologista

Receptores. Estímulo SNC. Células ciliadas da cóclea CODIFICAÇÃO TRANSDUÇÃO NVIII

TC Protocolo de Crânio. José Pedro Gonçalves TN Esp. em Radiologia

SISTEMA RESPIRATÓRIO PROF. JAIR

Prof. Sérvulo Luiz Borges. Profº da Disciplina Anatomia Aplicada à Medicina III e Disciplina Anatomia Aplicada à Medicina IV

Anatomia da Cabeça e do Pescoço. Gaudencio Barbosa Residente Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio

Curso Continuado de Cirurgia Geral

SENTIDO DA AUDIÇÃO. Detectar predadores, presas e perigo. Comunicação acústica intra e inter específica

Residente em Cirurgia de Cabeça e Pescoço

26/06/2013. Sexta passada Aula de HOJE As Estruturas Faciais derivam primariamente dos Arcos Branquiais. Os Arcos Branquiais são separados por Fendas

Médico Vet...: HAYANNE K. N. MAGALHÃES Idade...: 12 Ano(s) CRMV...: 2588 MICROCHIP/RG..: Data de conclusão do laudo..: 02/04/2019

Anatomia nasal: sustentação óssea

CHEGOU DIA 24 E AGORA?

Sistema Sensorial. Biofísica da Audição. Biofísica Vet FCAV/UNESP

Estudo Radiológico do Tórax

PROTOCOLOS INICIAIS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA TÓRAX PADI NORMA 1. Opcional em doenças do esôfago. 1,0 a 2,0 ml/kg. 2 ml/s a 4 ml/s.

Capítulo 1 Anatomia da orelha Neivo Luiz Zorzetto

Difusão por Ressonância Magnética

MARCO AURELIO VAMONDES KULCSAR CHEFE DE CLINICA ICESP

Estudo do Sistema Musculo-Esquelético

BAÇO O ÓRGÃO ESQUECIDO. Rodrigo Philippsen. Departamento de Radiologia Abdominal do Hospital Mãe de Deus - Porto Alegre

Distúrbios Circulatórios

GABARITO PROVA PRÁTICA

Setor de Radiologia do Abdome Reunião Clínica. Dr. Murilo Rodrigues R2

Módulo interação com o Ambiente - Sentidos I Sentidos especiais: olfato, gustação e audição

Estudo por imagem do trauma.

Jobert Mitson Silva dos Santos

Profa Silvia Mitiko Nishida Depto de Fisiologia FISIOLOGIA DA AUDIÇÃO

8 páginas 1. Formam a cavidade do crânio que. Repousa no topo da coluna vertebral. 22 ossos

Fígado Professor Alexandre

GCMapa Da Semana 03 Módulo Osteomuscular

ANATOMOFISIOLOGIA GERAL NERVO TRIGÊMIO

Síndrome de Eagle Relato de Caso

MÓDULO DE ABDOME FÍGADO, VIAS BILIARES E PÂNCREAS R2-2011

Crescimento da Mandíbula. Cartilagem de Meckel e Mandíbula Óssea

PROTOCOLOS INICIAIS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA. 1,0 a 2,0 ml/kg. 2 ml/s a 4 ml/s. 20 s a 45 s. Em todas as angios-tc.

Dr. Bruno Pinto Ribeiro Residente em Cirurgia de Cabeça e Pescoço Hospital Universitário Walter Cantídio

Total de 11 páginas 1

Sistema Circulatório. Prof. Dr.Thiago Cabral

ANATOMIA HUMANA. Faculdade Anísio Teixeira Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

Tumores renais. 17/08/ Dra. Marcela Noronha.

CIRURGIA DE TIMPANOMASTOIDECTOMIA. Termo de ciência e consentimento

TROMBOEMBOLISMO PULMONAR EMERGÊNCIAS AÓRTICAS. Leonardo Oliveira Moura

forame parietal túber parietal Vista lateral do crânio (norma lateral) parte escamosa crista supramastóidea fossa temporal sutura escamo- sa

DOS TECIDOS BUCAIS. Periodontopatias. Pulpopatias. Periapicopatias TIPOS: -INCIPIENTE -CRÔNICA -HIPERPLÁSICA. Causada pelo biofilme bacteriano

PLANILHA GERAL - BASES BIOLÓGICAS DA PRÁTICA MÉDICA I - 1º 2012

Distúrbios da audição achados na tomografia computadorizada e ressonância magnética: ensaio iconográfico

Métodos de imagem. Radiologia do fígado. Radiologia do fígado 12/03/2012

Afecções Vasculares do Osso Temporal: Diagnóstico Diferencial e Tratamento

Costuma- se classificar o Schwannoma em quatro estágios evolutivos:

SISTEMA LOCOMOTOR 15/02/2011. Crânio. Composição óssea CABEÇA E PESCOÇO

Prof André Montillo

06/01/2011. Audição no útero materno. Os primeiros sons que você já escutou. Pedro de Lemos Menezes. Anatomo-fisiologia da audição.

Prof André Montillo

SISTEMA ÓSSEO - COMPLICAÇÕES

Transcrição:

Casos MRI Dr. Jorge Cueter Dr. Ênio Setogu5

Paciente de 69 anos, lesão no ouvido direito evidenciada na Otoscopia, cor vermelha, sintomas de barulho em cachoeira

Lesões mais frequentes na orelha media Comum OHtes média crônica Colesteatoma adquirido(parte flácida) OHte media crônica com Hmpanosclerose Granuloma de colesterol da OM Glomo Hmpânico Glomo jugular Menos comum Bulbo de veia jugular, deiscência Meningioma temporal OHte media aguda com otomastoidite coalescente Colesteatoma adquirido parte tensa Schwannoma Raro Tumor do saco endolinfáhco Artéria caróhda aberrante Adenoma da orelha media

Questões chaves para o diagnóshco diferencial Otoscopia oferece informações essenciais para o radiologista Estado da membrana Hmpânica, Rota? Qual parte e se existe Colesteatoma visível pela rotura ou bolsão de retração, espessada, retraída. Calcificada, opaca, tecido retrohmpânico, massa pulsáhl de coloração vermelha Verificar possíveis complicações após o diagnoshco clinico

Paraganglioma, Glomo Timpânico São os tumores primários mais comuns da orelha media São tumores benignos originado dos corpos glomicos situados no promontório coclear É o segundo tumor mais frequente do osso temporal São tumores altamente vasculares infiltrahvos e disseminahvos Massa redonda com base plana Na Otoscopia massa vermelha pulsáhl Podem ser massas pequenas, pouco invasivas o grandes que causam leves erosões ou obstrução das mastoides Por ser vascularizadas impregnam após contraste

para ganglioma do Glomo dmpano jugular Schwannoma do nervo facial segmento Hmpânico D.D.X Artéria caróhda interna aberrante Colesteatoma congênito do ouvido médio Bulbo jugular deiscente

Paraganglioma dmpano jugular É um Paraganglioma que afeta a região do orifcio jugular e o ouvido médio RM T1 podemos ver áreas de alta sinal no seio do parênquima tumoral misturadas com focos de baixa sinal Imagem com bordas ósseas permeáveis na TC Informar acerca de destruição óssea, deiscências e referencias anatômicas A massa estende- se supero- lateralmente ao solo Hmpânico do OM

Artéria CaróHda Interna Aberrante Alteração vascular congênita por regressão da ACI cervical durante período embrionário O caráter tubular em vários cortes diferencia de um Colesteatoma TC : ACIab penetra posteroanterior mente no ouvido médio através um canal Hmpânico inferior dilatado pelo promontório coclear unindo- se ao conduto caroddeo por uma deiscência na placa caroddea Esta associada frequentemente a artéria estapedia aberrante Massa densa de partes moles no promontorio coclear

Bulbo jugular deiscente É uma variante da normalidade onde há uma extensão superior e lateral do bulbo jugular para a orelha media através de uma deiscência

Colesteatoma congênito da orelha media Acumulo Hssular formada por resíduos de querahna RM com contraste é usada para fazer DDX com Glomo Hmpânico ou Schwannoma do nervo facial Massa de partes moles, acompanhada de erosões nos ossículos e uma membrana Hmpânica normal RM T1 com contraste mostra massa na orelha media com hipersinal na borda T2 sinal intermedia A localização mais frequente e na parte anterossuperior, adjacente ao musculo tensor do dmpano e perto do estribo

Schwannoma do nervo facial Tumor benigno pouco frequente das células de schwann que cobrem o nervo facial RM impregna na T1 contrastada e segue a anatomia intra - óssea do nervo facial Massa que segue o percorrido do nervo facial e dilatando o osso na TC com contraste impregna homogeneamente

OHte media crônica Tecido esporádico linear em mastoide Células aéreas mastoideas subpneumahzadas Epidmpano opacificado e antro mastoideo, presença de tecido inflamatório

Colesteatoma adquirido parte flácida Acumulação focal de querahna, se inicia no espaço de prussak pode estender- se ate o Epidmpano posterior ou mesodmpano Partes moles preenchem o espaço de prussak Pode haver erosão dos ossículos e paredes ósseas Colesteatoma do recesso Epidmpano lateral discreta erosão

OHte media crônica com Hmpanosclerose Calcificações pos- inflamatoriasna MT ou na orelha media Ossificação pos- inflamatoria do manúbrio o ossículo parece maior com margens irregulares

Granuloma de colesterol Tecido na orelha media com erosão óssea ou ossicular RM Hiposinal em T1 e T2 pode haver sangue na lesão Área de hipersinal em T1 na orelha media e área aera das mastoides