Setor de Radiologia do Abdome Reunião Clínica. Dr. Murilo Rodrigues R2
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- Malu Palhares Castro
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1 Setor de Radiologia do Abdome Reunião Clínica Dr. Murilo Rodrigues R2
2 Quadro clínico - JCC, sexo masculino. - Vítima de acidente automobilístico - Dor Abdominal
3 Estudo tomográfico:
4 Achados Tomográficos: Múltiplas linhas de laceração hepática, que se aprofundam mais que 3 cm no parênquima, acometendo menos de 75% da área do lobo E e envolve menos de 3 segmentos de Couinaud. Ausência de hemorragia ativa. Pequena quantidade de líquido livre peri-hepático e peri-esplênico. Pequeno derrame pleural bilateral. (visualizado nos demais cortes tomográficos) Conduta clínica: Optado por tratamento conservador das lesões hepáticas, com acompanhamento clínico e controle de hamatócrito.
5 06 dias após o trauma: Paciente evolui estável, porém apresentando pico febris. Solicitado exame para controle das lesões hepáticas e pesquisa de coleções abdominais.
6 06 dias após o trauma: Paciente evolui estável, porém apresentando pico febris. Solicitado exame para controle das lesões hepáticas e pesquisa de coleções abdominais.
7 06 dias após o trauma: Achados: - Pequeno hematoma perivesicular. - Áreas de baixa atenuação periportal. - Regressão das lesões hepáticas. - Ausência de líquido intra-abdominal. - Espaços pleurais livres.
8 Fígado é o órgão mais comumente lesado no TAF. Evolução do tratamento conservador % dos traumas hepáticos. - Taxa de sucesso de 85 94%. Papel da Tomografia Computadorizada: - Caracterizar a anatomia da lesão. - Caracterizar a severidade da lesão. - Quantificar o hemoperitôneo associado. - Avaliar lesões associadas: * Estruturas retroperitoneais. * Pneumoperitôneo. * Trato gastrointestinal.
9 Padrões tomográficos de lesão hepática traumática. - Laceração. - Hematoma (subcapsular e intraparenquimatoso). - Hemorragia ativa. - Lesão venosa. - Baixa atenuação periportal. - Veia cava inferior colabada.
10 Laceração: - Tipo mais comum de lesão hepática. - Traços lineares e irregulares de baixa atenuação - Superficiais (< 3 cm) e profundas (> 3 cm)
11 Hematomas - Sub-capsular: Coleção elíptica de baixa atenuação entre a cápsula hepática e o parênquima hepático contrastado. - Parenquimatoso / Contusão hepática: Áreas hepáticas de baixa atenuação com limites mal definidos em um parênquima hepático contrastado. Obs: Hematomas agudos são típicamente hiperatenuantes quando o parênquima hepático não está contrastado
12 Hematomas
13 Hemorragia ativa: - Área focal de alta atenuação na fase arterial (+/- 150 UH), que corresponde à extravasamento do meio de contraste por sangramento arterial. - Deve ser diferenciada de coágulos hiper-agudos que possuem valores de densidade por volta de 54 UH. - A hemorragia ativa pode se manifestar tanto dentro de um hematoma intra-parenquimatoso, quanto livremente para cavidade abdominal. - Sua presença representa fator preditor de falha do tratamento conserdor.
14 Hemorragia ativa:
15 Lesão venosa: - Ocorre quanto a laceração se estende para as veias hepáticas principais ou para veia cava inferior. - Indicativo de lesão grave, com queda da taxa de sucesso do tto conservador.
16 Baixa atenuação periportal: - Linhas de baixa atenuação paralelas à veia porta e aos ramos portais. - Representam a dissecção do tecido conjuntivo periportal pela hemorragia. - Podem representar também, distensão dos vasos linfáticos periportais secundária à vigorosa administração de fluidos / pneumotórax hipertensivo / tamponamento cardíaco.
17 Veia cava inferior colabada: - Ocorre em quadros de hipovolemia, reposição volêmica insuficiente e choque. - Caracterizada quando o diâmetro ântero-posterior é inferior à ¼ do diâmetro transverso no segmento infra-renal.
18 Classificação (AAST American Association for the Surgery of Trauma)
19 Classificação (AAST American Association for the Surgery of Trauma) G I - Hematoma < 10% da sup hepática - Laceração prof < 1,0 cm G II - Hematoma sub-capsular % da área hepática intraparenquimatoso < 10 cm de diâm. Laceração 1-3 cm de prof / < 10 cm de comprim. G III - Hematoma sub-capsular > 50 % da super. ou em expansão ou com hemor. ativa intraparenquimatoso > 10 cm ou em expansão. - Laceração prof > 3,0 cm G IV - Hematoma intraparenquimatoso com hemorragia ativa - Laceração envolvendo 25 75% de um lobo ou de um à três seg. em um mesmo lobo. G V - Laceração superior à 75 % de um lobo ou envolvendo mais de três seg. de um mesmo lobo - Vascular lesão de veia cava ou veias hepáticas principais G VI - Avulsão hepática
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