Relatividade Especial Virtual - Uma Generalização da Relatividade Especial de Einstein

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Transcrição:

Relatividade Especial Virtual - Uma Generalização da Relatividade Especial de Einstein Edigles Guedes e-mail: edigles.guedes@gmail.com 24 de junho de 2012. RESUMO Nós construímos a Teoria da Relatividade Especial Virtual que é uma generalização a Teoria da Relatividade Especial de Einstein. Ademais, esta teoria prevê dilatação e contração do tempo, a qual não é prevista pela TRE de Einstein. Parte I. A Generalização da Transformação de Lorentz e Aplicações 1. GENERALIZAÇÃO DAS TRANSFORMAÇÕES DE LORENTZ 1.1. Primeira experiência imaginária. Façamos a seguinte experiência de pensamento envolvendo três observadores and Suponhamos que se move relativamente a com uma velocidade de módulo no sentido positivo dos eixos e ; por sua vez, se move relativamente a com uma velocidade de módulo no sentido positivo dos eixos e Os planos e são sempre coincidentes e as origens de seus sistemas de referência coincidem no instante Neste instante produz uma frente de onda luminosa, que se expande a partir do ponto de emissão com velocidade de módulo em todas as direções. Portanto, segundo o observador a frente de onda em um tempo será uma esfera, com centro em sua origem, de raio As coordenadas de qualquer ponto pertencente à frente de onda, neste instante, vão satisfazer a seguinte equação de uma esfera: Do ponto de vista do observador a frente de onda em um tempo também é uma esfera, porém, seu raio é e satisfaz à equação: Além disso, do ponto de vista do observador é novamente verdadeiro que a luz se expande de seu ponto de emissão, a origem, com velocidade de módulo em todas as direções. Assim sendo, a frente de onda em um tempo também, é uma esfera, cujo raio é e satisfazendo à equação:

É fácil verificar que a seguinte transformação de Lorentz satisfaz a equação (1.3) de acordo com a equação (1.2): ( ) e, por sua vez, a transformação de Lorentz, logo abaixo, satisfaz a equação (1.3) de acordo com a equação (1.1): ( ) Ao compararmos e em cada sistema de equações (1.4) e (1.5), nós achamos ( ) ( ) ou seja,

( ) Por conveniência de notação, façamos e ( ) Consequentemente, ( ) isto é, * + * + É interessante observar que, quando tende a zero, as equações tende à transformação de Lorentz; e que, quando ambos, e tendem a zero, surgem às equações de transformação de Galileu. Por conseguinte, estamos diante de uma generalização da transformação de Lorentz. 2. EQUAÇÕES DE TRANSFORMAÇÃO PARA VELOCIDADE Medido num referencial o vetor velocidade tem componentes:

Por outro lado, o vetor velocidade, medido no referencial tem componentes logo, se tomarmos as diferenciais da transformação de coordenadas em (1.6), lembrando que são constantes, segue-se e ( ) ou seja, * + * + Por conseguinte, nós obtemos [ ] [ ]

[ ] [ ] [ ] [ ] [ ] [ ] Note que: (i) quando transformação de Lorentz: tende a zero, (2.3) tende às equações que seriam obtidas da (ii) entretanto, quando tende a zero, (2.3) tende às seguintes equações:

Por outro lado, por simples manipulação algébrica em (2.3), nós encontramos * + * + Consequentemente, { [ ]} { [ ]} O módulo da velocidade é dado por 3. A CONTRAÇÃO DO ESPAÇO, DILATAÇÃO E CONTRAÇÃO DO TEMPO Seja na primeira equação do sistema (2.2), nós temos ( ) Aqui, é salutar observarmos que: (i) quando tende a em (3.1), achamos a equação da contração do espaço de Lorentz, isto é,

(ii) quando tende a em (3.1), achamos outra contração do espaço, antes não prevista pela relatividade especial de Einstein, isto é, Seja na primeira equação do sistema (2.2), então, * + ( ) e substituindo esta na quarta equação do sistema (2.2), achamos * ( )+ ( ) Logo, é de bom alvitre observar que: (i) quando tende a em (3.4), achamos a equação da dilatação do tempo, ou seja, (ii) quando tende a pela relatividade especial de Einstein, ou seja, em (3.4), deparamo-nos com uma dilatação do tempo, antes não prevista Por outro lado, percebemos que, ao dividirmos a quarta equação de (2.2) por podemos escrever nós * + * + Note que:

(i) quando tende a em (3.7), achamos (ii) contudo, quando tende a em (3.7), encontramos Haja vista estas duas contrações do espaço e dilatação e contração do tempo, praticamente iguais, distintas apenas por ou e a troca de sinais, nessas duas últimas equações, houvemos por bem de nomear essa teoria de relatividade especial virtual. 4. A MASSA RELATIVÍSTICA VIRTUAL Parte II. A Dinâmica de Uma Partícula Para calcularmos a massa relativística virtual, consideremos a seguinte experiência de pensamento, já clássica em mecânica relativística [1, Apêndice A]: Quando medidos pelo referencial indicado pelas equações de (1.7), os observadores e estão se movendo em direções paralelas ao eixo com velocidades iguais em módulos e com sentidos opostos. Esses observadores carregam consigo partículas idênticas, podemos imaginar duas bolas de bilhar e, cada qual com massa medidas quando elas estão em repouso. Na iminência de passarem um pelo outro, cada qual atira sua bola de maneira tal que ela atinja a outra bola com uma velocidade que, de seu próprio ponto de vista, seja perpendicular ao eixo e tenha módulo. Quando observados no referencial e se aproximarão ao longo da trajetórias paralelas que fazem o ângulo com o eixo, e retornam sobre trajetórias fazendo ângulos e em relação a este eixo. Supondo que o movimento se conserva e a colisão é elástica, é fácil demonstrar que, e que os módulos das velocidades das bolas são os mesmos, tanto antes quanto depois da colisão. O valor real de e depende do parâmetro de impacto, que supomos ser tal que. Consideremos, portanto, o processo como ele é visto do ponto de vista de. Portanto, atira ao longo de uma linha paralela a seu eixo com a velocidade de módulo, que suporemos muito pequena em comparação com. Ela retorna ao longo da mesma linha com velocidade de mesmo módulo e com sentido oposto. Ele vê manter uma componente da velocidade constante e igual a, a velocidade de em relação ao, que vamos supor ser comparável a. De observa-se que a componente da velocidade de ao longo do eixo muda de sinal durante a colisão, permanecendo, contudo, um módulo constante. Para calcularmos este módulo, percebemos que a componente da velocidade de, quando medida por, é. Por conseguinte, transformamos isto para o referencial com auxílio da segunda

expressão de (2.3) e obtemos quando medida por. ( ) para o valor da componente da velocidade de, Os momentos na direção, tanto de quanto de, medidos no referencial, simplesmente mudam de sinal durante a colisão. Em consequência, o momento total na direção do sistema isolado de duas bolas que colidem muda de sinal. Se a lei de conservação do momento for válida, ou seja, [ ] [ ] o momento total na direção de antes da colisão dever ser igual ao momento na direção depois. Isto pode ser verdade apenas se a componente total do momento do sistema, medido por for zero antes da colisão. Calculando as componentes da velocidade, conforme a definição clássica de momento de uma partícula e igualando sua soma a zero, obtemos uma equação que é obviamente inconsistente, se insistirmos que as duas massas têm o valor, a mesma que elas têm quando as massas são medidas em referenciais nos quais estão em repouso. A razão disto é que segundo o módulo da componente da velocidade de na direção é, enquanto que o módulo da componente da velocidade de na direção é. ( ) Entretanto, caso façamos com que a massa de uma partícula seja função do módulo de seu vetor velocidade total, podemos satisfazer à lei da conservação do momento. Como é muito pequeno, quando comparado a, o módulo do vetor velocidade de medido por é basicamente. O módulo do vetor velocidade de visto por é exatamente. Por conseguinte, em escreveríamos a lei da conservação do momento para as componentes como ( ) ou ( ) Visto que é muito pequeno em comparação a, podemos fazer e obter ( )

A massa é chamada massas relativística virtual da partícula, e é denotada por massa de repouso. Note que: (i) quando tende a em (4.2), achamos (ii) quando tende a em (4.2), encontramos 5. A EQUAÇÃ DE TRANSFORMAÇÃO PARA MASSA De acordo com a equação (4.2) a massa de uma dada partícula será medida diferentemente em diferentes conjuntos de coordenadas, visto que a velocidade é diferente. Nós, facilmente, obtemos para a transformação de massa { [ ]} 6. UMA EQUAÇÃO ÚTIL PARA Nós elevamos ao quadrado a equação da massa relativística virtual (8.2), encontrando ( ) [ ( )] ( ) [ ] [ ] Usando a fórmula de Bháskara para equação quadrática em (6.1), achamos [ ][ ] [ ]

7. GENERALIZAÇÃO DO EFEITO DOPPLER LONGITUDINAL 7.1. Do ponto de vista da Relatividade Especial de Einstein, suponha um processo de aniquilação em um sistema de referência no qual o par elétron-pósitron esteja em repouso e os dois fótons resultantes da aniquilação se movam ao longo do eixo. Agora, considere a mesma aniquilação sendo observada no referencial, que se move com velocidade para a esquerda em relação a. A questão é: que comprimento de onda este observador (em movimento) mede para os fótons? O par tem energia total relativística inicial, onde é a massa relativística, em fez da energia de repouso, de modo que a conservação de energia no processo de aniquilação nos dá Ademais, visto que o par se move ao longo do eixo com velocidade, de tal maneira que seu momento inicial é, a lei de conservação do momento nos dá uma vez que os fótons se movem em sentidos opostos do eixo. Combinamos essas duas expressões, multiplicando a segunda equação por e somando-a à primeira, obtemos Por outro lado, sabemos que que substituímos na equação (7.3), encontrando contudo,, de tal modo que Similarmente, se multiplicarmos a equação (7.2) por e subtraindo-a à (7.1), obtemos Sendo assim, os fótons não têm o mesmo comprimento de onda, pois estes são alterados pelo efeito Doppler em relação ao valor que possuíam no referencial de repouso. Não é

demais dizer que se um observador está no eixo de tal forma que a fonte se aproxima dele, ele detectará o fóton 1 com uma frequência maior do que a frequência de repouso. Mas, se o observador está situado no eixo de tal forma que a fonte se afasta dele, ele detectará o fóton 2 com uma frequência menor do que a frequência de repouso. Essa é a dedução do efeito Doppler longitudinal da teoria da Relatividade Especial de Einstein. 7.2. Agora, sob o ponto de vista da Relatividade Especial Virtual, façamos a seguinte experiência imaginária: suponha um processo de aniquilação em um sistema de referência no qual o par elétron-pósitron esteja em repouso e os dois fótons resultantes da aniquilação se movam ao longo do eixo. Considere a mesma aniquilação sendo observada por um observador no referencial, que se move com velocidade para a esquerda em relação a ; bem como a mesma aniquilação sendo observada por um observador no referencial, que se move com velocidade, com módulo distinto de, para a esquerda em relação a ; vale ressaltar que tanto quanto movem-se ao longo do eixo. Duas questões são: qual o comprimento de onda do observador em relação ao observador (ambos em movimentos) mede para os fótons? E qual o comprimento de onda do observador em relação ao observador (ambos em movimentos) mede para os fótons? 7.2.1. Para o referencial, o observador observa o seguinte fenômeno: O par tem energia total relativística inicial, onde é a massa relativística, em fez da energia de repouso, de modo que a conservação de energia no processo de aniquilação nos dá Ademais, visto que o par se move ao longo do eixo com velocidade, de tal maneira que seu momento inicial é, a lei de conservação do momento nos dá uma vez que os fótons se movem em sentidos opostos do eixo. Combinamos essas duas expressões, multiplicando a segunda equação por e somando-a à primeira, obtemos Por outro lado, sabemos que que substituímos na equação (7.10), encontrando contudo,, de tal modo que

Similarmente, se multiplicarmos a equação (7.9) por e subtraindo-a à (7.8), obtemos 7.2.2. Para o Referencial, o observador observa o seguinte fenômeno: O par tem energia total relativística inicial, onde é a massa relativística, em fez da energia de repouso, de modo que a conservação de energia no processo de aniquilação nos dá Ademais, visto que o par se move ao longo do eixo com velocidade, de tal maneira que seu momento inicial é, a lei de conservação do momento nos dá uma vez que os fótons se movem em sentidos opostos do eixo. Combinamos essas duas expressões, multiplicando a segunda equação por e somando-a à primeira, obtemos Por outro lado, sabemos que que substituímos na equação (7.17), encontrando contudo,, de tal modo que Similarmente, se multiplicarmos a equação (7.16) por e subtraindo-a à (7.15), obtemos 7.2.3. Ao compararmos o fenômeno observador por ambos os observadores, e, achamos as seguintes proporções entre os comprimentos de onda:

e 7.2.4. O comprimento de onda do observador em relação ao observador (ambos em movimentos) mede para os fótons e o comprimento de onda do observador em relação ao observador (ambos em movimentos) mede para os fótons: As equações (7.22) e (7.23) são os argumentos que utilizamos para construir o efeito Doppler longitudinal da Teoria da Relatividade Especial Virtual. Agora, se substituirmos a massa relativística de (7.4) pela massa relativística virtual de (4.2) em (7.5), obtemos ( ) contudo,, de tal modo que ( ) ( ) De maneira análoga, obtemos facilmente ( ) ( ) Esta é a dedução do efeito Doppler longitudinal da Teoria da Relatividade Especial Virtual. Quando tende a em (7.25) e (7.26), achamos (7.6) e (7.7). REFERÊNCIAS [1] Eisberg, Robert e Resnick, Robert, Física Quântica, Átomos, Moléculas, Núcleos e Partículas, 1979, Elsevier Editora Ltda.