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Editorial Caros assinantes, tudo o que fazemos na vida tem por objetivo nossa felicidade. Quando ajudamos outra pessoa sentimos um forte prazer, felicidade. A filosofia nos convida a refletir se fazemos o bem ao outro por causa do outro ou por nossa própria, para sentirmos felicidade. E, afinal, seria errado procurarmos nosso próprio prazer e satisfação? Fomos educados em uma cultura, que pela religiosidade, valoriza a pobreza como atributo para entrar no suposto céu. E quando nossas metas pessoais incluem bens materiais? Estaríamos nos afastando do céu? Como resolvemos estes conflitos? Luciano Lannes Editor Esta edição está deliciosa, pois contamos com duas pessoas fantásticas que trazem a Filosofia na formação, no coração, no sentir, no agir, no questionar, enfi, no viver. Gisele Fessore que já nos presenteou com uma série de artigos na coluna Eu cada vez melhor e, Marcello Árias Danucalov, que estréia na coluna Coaching e Filosofia. Gisele traz especulações filosóficas acerca da felicidade e Marcello nos convida a procurarmos o gato preto. Não entendeu? Leia o artigo, imperdível. Em Um outro olhar Ana Paula Peron nos brinda com reflexões sobre uma questão interessante: -como as pessoas, colegas do coachee, recebem e reagem às mudanças apresentadas por ele? Marcos Wunderlich nos presenteia com outro artigo profundo e prático sobre a ampliação de potência que o Coaching pode proporcionar. Fechendo nosso dossiê, Inês Cozzo volta às nossas páginas falando de um tema que ama, estuda domina e contagia outras pessoas quando fala dele: Neurociências. Neste artigo ela fala sobre como o cérebro produz a tal felicidade. Lucila Marques encerra sua série de artigos na coluna Ponto de Venda com dicas importantes sobre um ponto normalmente relegado a segundo plano. A criação de um Plano de Negócios. Acompanhe. E ainda temos mais. Confira Tenha uma excelente leitura e ótimas reflexões Luciano Lannes Editor 4
6 Um outro olhar- Ana Paula Peron 8 Dossiê: Especulações filosóficas acerca da felicidade - Gisele Fessore 14 Dossiê: Ampliação de potência e felicidade- Marcos Wunderlich 18 Dossiê: Neurociência e Felicidade- Inês Cozzo 24 Ponto de Venda: Me formei em Coaching... e agora? - Lucila Ferraz Marques 28 Coaching e Filosofia: Onde está o gato preto? - Marcello Árias Danucalov 34 Para refletir: A prática do Coaching Ontológico em Processos Executivos - Roberto Bob Hirsh 36 Para refletir: O Sentido da Felicidade - Noscilene Santos 38 Eu cada vez melhor: Modelos Mentais - nossas lentes para a realidade - Carlos Legal 42 Como comecei - Rodrigo Marques 44 Para mim foi assim - Remys Silva 40 Quem contratar 50 Onde estudar Expediente Revista Coaching Brasil Publicação mensal da Editora Saraswati ano II num. 16 Setembro 2014 Diretor e Publisher Luciano S. Lannes lannes@revistacoachingbrasil.com.br Projeto gráfico e editoração Estúdio Mulata danilo@estudiomulata.com.br www.estudiomulata.com.br Projeto de Site Mind Design marcelo@minddesign.com.br Editora Saraswati www.editorasaraswati.com.br Todas as edições da Revista Coaching Brasil estarão disponíveis no site para acesso exclusivo dos assinantes. O conteúdo dos anúncios publicados é de responsabilidade dos anunciantes. A responsabilidade pelos artigos assinados é dos autores. A Revista é um veiculo aberto para a expressão de idéias e conceitos. Fale conosco Publisher lannes@revistacoachingbrasil.com.br Editorial contato@revistacoachingbrasil.com.br Publicidade midia@revistacoachingbrasil.com.br 5
Para refletir Msc. Roberto Bob Hirsch Mestre em Psicologia e Master Coach Coaching é um processo de aprendizagem transformacional bobhirsch@opusinstituto.com.br A prática do Coaching Ontológico Em Processos Executivos Nossa proposta com este artigo é apresentar as premissas que norteiam o Coaching Ontológico em Processos de Coaching com Executivos. Por definição, Ontologia é o estudo do SER. Dentre as várias definições de Ontologia, elegemos a do dicionário Aulete: Fil. parte da filosofia que estuda a natureza dos seres, o ser enquanto ser, por considerá-la a que mais se aproxima de nossos conceitos, que é o de atendermos um SER enquanto legítimo SER, isto é, percebido em sua totalidade. Coaching Ontológico é definido por nós, como sendo um processo de aprendizagem e transformação, que leva à expansão da consciência, à efetividade nas ações e principalmente o de assumir responsabilidade. A principal perspectiva que vai se modificando nesse processo, é a do ponto de vista do observador (cliente), constituído, principalmente, por suas vivências e experiências no decorrer de sua vida, resultando no seu modo particular de olhar o mundo, ao qual denominamos modelo mental do observador. Cada pessoa tem um sistema de crenças, valores e referências que sustentam seu ponto de vista, suas criações e interpretações da realidade, influenciando, por consequência, na formulação de julgamentos. Grande parte do que emerge desses modelos não é consciente. No processo de coaching, partindo do pressuposto que o foco é a mudança deste observador é que gerará um novo e diferente resultado, conhecer sobre os modelos de pensamentos deste cliente e o que define sua percepção de mundo, é fundamental. Os julgamentos são fundamentados a partir das concepções de mundo e produzidos em determinados espaços sociais/ culturais a partir de consensos, mas também construídos por meio da singularidade de sentidos que cada pessoa adquire no transcorrer da sua história de vida. Dessa forma, o que é gerado em termos de opiniões, julgamentos e verdades, pode impulsionar ou limitar a ação do cliente. Dados e fatos objetivos contribuem de forma a fundamentar ou descartar julgamentos e inferências e auxiliam na revisão do que é limitante e possibilitam a criação de espaços para novas ações no mundo. O risco da não distinção de fatos de julgamentos é que, diante de alguma constatação, a tendência será partir logo para a ação. 34
Essa ação, sendo baseada em inferências (ou interpretações) impregnadas de julgamentos, poderá vir a refletir uma verdade que é relativa. A tendência à acomodação e à repetição surge automaticamente. A realidade não é questionada, e sim perpetuada. Dessa forma, não há aprendizado e nem desenvolvimento. A partir dessas considerações, conhecer o contexto do cliente é relevante e premissa básica no Coaching Ontológico. Um determinado texto (fala, comportamento, expressão) somente será comunicado e escutado efetivamente a partir do entendimento do contexto no qual se está inserido. A identificação do contexto serve tanto para situar o cliente em seu cenário, quanto para que o coach possa ter um entendimento do universo desse cliente. É esse entendimento que contribuirá para a escolha das propostas de ações a serem desenhadas, de modo a favorecer ao cliente, a distinção entre fatos e julgamentos, e a consequente mudança de sua visão de mundo. A partir desse novo olhar, cria- -se, para o cliente, uma nova perspectiva, não mais baseada em suposições e sim em dados. Essa nova forma de ver é geradora de novas possibilidades para o cliente. A legitimação ou não desses novos padrões também ocorrerá na comunidade na qual o cliente está inserido, pois as mudanças pessoais provocarão mudanças nas relações interpessoais. No entanto, essas premissas, por si só, não garantem que uma mudança ocorra. Para que as mudanças desejadas sejam efetivas, cabe ao coach que trabalha com as bases do coaching ontológico, atuar além da linguagem, isto é, buscar também, por meio de coerência e congruência, a observância dos aspectos corporais e emocionais, atuando de forma sistêmica com esse ser. Esse será o diferencial nesse processo. Segundo Leonardo Wolk, o coaching mesmo não sendo pcicoterapia é um processo terapêutico, no sentido de que interfere no ser e em sua emocionalidade. Dessa maneira, novos padrões de competências e domínios específicos serão criados, produzindo-se a efetividade nas aprendizagens do cliente, porque este foi trabalhado em sua totalidade e não somente através de sua linguagem. Coaching Ontológico é um processo de aprendizagem transformacional e de tomada de consciência. Nesse processo, com a ajuda do coach, o cliente aprimora suas habilidades e técnicas, internalizando a capacidade de encontrar em si mesmo as soluções e encaminhamentos necessários às questões da sua vida; além de ampliar e transformar a visão que tem de si e do mundo; identificar como se posiciona; como faz suas escolhas e principalmente optar por quem vai querer ser realmente. Ao fazer suas escolhas, passa a assumir- -se como protagonista e não como vítima de sua existência. Ser protagonista é mais compensador do que ser vítima. O protagonista, num contexto social que valoriza o sofrimento, precisa ser muito forte e autoconfiante para saber lidar com as críticas e as retaliações do sistema. Quando a gente muda, o mundo muda. Os que mudam tornam-se líderes da sua própria vida. Quando o cliente assume o poder frente a sua vida, assumindo também a responsabilidade por seus atos e escolhas, tem maior consciência da sua liberdade, de quem é e de como é ser. 35
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