Porto da Barra do Dande... Uma referência no Transporte Marítimo... Um Hub Portuário no West Africa. Francisco Venâncio Presidente do Porto de Luanda

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Transcrição:

Porto da Barra do Dande...... Uma referência no Transporte Marítimo... Um Hub Portuário no West Africa Francisco Venâncio Presidente do Porto de Luanda

Sumário 2 1 2 3 4 5 6 7 Principais dinâmicas no tráfego marítimo em África O posicionamento e a vocação potencial dos portos Angolanos A situação actual dos portos Angolanos (nomeadamente do porto de Luanda) A relevância de um novo porto O porto da Barra do Dande Caracterização do porto da Barra do Dande Modelo de Gestão e Governação

Sumário 3 1 2 3 4 5 6 7 Principais dinâmicas no tráfego marítimo em África O posicionamento e a vocação potencial dos portos Angolanos A situação actual dos portos Angolanos (nomeadamente do porto de Luanda) A relevância de um novo porto O porto da Barra do Dande Caracterização do porto da Barra do Dande Modelo de Gestão e Governação

Principais dinâmicas no tráfego marítimo em África 4 O tráfego marítimo em África apresenta sinais de forte desenvolvimento e de um crescimento muito significativo, fundamentalmente na vertente da contentorização Previsões de Crescimento do Tráfego Contentorizado em África 10,2% até 2013 Região CAGR 2007-2013 América do Norte Norte de Europa Sul de Europa Sudeste Asiático Extremo Oriente América Latina África 4,3% p.a. 6,4% p.a. 4,7% p.a. 7,4% p.a. 10,8% p.a. 7,5% p.a. 10,2% p.a. Fonte: Drewry

Principais dinâmicas no tráfego marítimo em África 5 Este crescimento acentuado do tráfego contentorizado coloca forte pressão sobre diversas infra-estrutruturas portuárias em África registando-se...... taxas de ocupação médias acima dos 80% podendo, nalguns casos e com o crescimento do tráfego, entrar em situação de esgotamento em 2015... Importantes constrangimentos operacionais que podem afectar, decisivamente, a capacidade operacional dos portos Taxa Média de Ocupação (%) Fonte: Drewry; Metodologia FORDESI

Principais dinâmicas no tráfego marítimo em África 6 Paralelamente, é fundamental que as infra-estruturas portuárias se adaptem às principais tendências que pautam o comércio marítimo internacional Aumento das Distâncias entre os Centros de Produção e de Consumo Necessidade de Reduzir o Peso dos Custos Logísticos nos Custos de Produção Utilização de Navios com maior capacidade de carga Esta situação reflecte-se naturalçmente num aumento muito significativo do calado médio dos navios que, pelo acréscimo de carga movimentada, possibilitam importantes reduções de custos

Principais dinâmicas no tráfego marítimo em África 7 E estas dinâmicas de desenvolvimento têm conduzido a que comecem a emergir Plataformas de Distribuição Regionais e Sub- Reguionais com uma forte componente de carga Transhipment...... baseados em infra-estruturas, equipamentos e modelos organizativos muito eficientes... Assentes parcerias com operadores portuários ou armadores globais. É fundamental que seja explorado o potencial de parceria junto de operadores globais de referência (muitos deles ainda sem presença activa no continente) Fonte: Drewry

Principais dinâmicas no tráfego marítimo em África 8 O Transhipment aliás, cujo crescimento tem sido bastante acentuado, impõe um desígnio fundamental... a necessidade de portos mais ágeis e com maior capacidade operacional Fonte: Drewry É assim fundamental que os portos Africanos se adaptem às principais necessidades e tendências de mercado, criando condições de resposta para: O aumento do tamanho dos navios impõe portos adaptados e, muitas vezes, de águas profundas A complexidade crescente das operações portuárias impõe portos cada vez mais ágeis e eficientes

Sumário 9 1 2 3 4 5 6 7 Principais dinâmicas no tráfego marítimo em África O posicionamento e a vocação potencial dos portos Angolanos A situação actual dos portos Angolanos (nomeadamente do porto de Luanda) A relevância de um novo porto O porto da Barra do Dande Caracterização do porto da Barra do Dande Modelo de Gestão e Governação

Principais dinâmicas no tráfego marítimo em África 10 Principais Linhas de Navegação que escalam Portos Concorrentes No particular dos portos Angolanos, a exploração destas oportunidades poderá contribuir para: Alavancar o posicionamento de Angola como Hub regional para o West Africa Assumir-se como alternativa competitiva para o abastecimento dos hinterlands de proximidade Estabelecer alternativas para serviços que escalam portos concorrentes.

O posicionamento e a vocação potencial dos portos Angolanos 11 Face às dinâmicas de desenvolvimento dos corredores portuários e logísticos no West Africa Existe massa crítica de tráfego para o estabelecimento de uma plataforma de distribuição regional no tráfego contentorizado Fonte: Drewry-2006 Movimentação de contentores nos principais portos Africanos

O posicionamento e a vocação potencial dos portos Angolanos 12 E a sua articulação na rede CPLP permite alavancar-se numa rede que integra: Uma superpotência emergente (Brasil) Uma porta de entrada para a Europa (Portugal) Um gateway regional para os países Africanos da zona Oriental (Moçambique) Países como Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Timor-Leste Linhas de Navegação entre Portos da CPLP Fonte: FORDESI

Sumário 13 1 2 3 4 5 6 7 Principais dinâmicas no tráfego marítimo em África O posicionamento e a vocação potencial dos portos Angolanos A situação actual dos portos Angolanos (nomeadamente do porto de Luanda) A relevância de um novo porto O porto da Barra do Dande Caracterização do porto da Barra do Dande Modelo de Gestão e Governação

A situação actual dos portos Angolanos Angola Análise SWOT 14 Pontos Fortes Massa crítica de tráfego para o estabelecimento de uma plataforma de transbordo para a zona West Africa Ligação a Corredores Estratégicos (Europa, América Norte e Sul e outros) Operadores globais a operar no Porto de Luanda Forte investimento em curso na melhoria das infra-estruturas Crescimento significativo da economia angolana

A situação actual dos portos Angolanos Angola Análise SWOT 15 A análise da realidade dos portos Angolanos permitiu construir a seguinte análise SWOT Pontos Fracos Acessibilidades de penetração no hinterland por desenvolver/em desenvolvimento Precaridade e congestionamento das vias terrestres Baixos índices de capacidade portuária Custos de transporte elevados (incluindo os custos de inland) Baixa eficiência das instituições alfandegárias Baixa qualidade e eficiência dos serviços logísticos

A situação actual dos portos Angolanos Angola Análise SWOT 16 A análise da realidade dos portos Angolanos permitiu construir a seguinte análise SWOT Oportunidades Crescimento significativo dos países africanos, em particular os localizados na África Subsahariana Captação de novo tráfego RDC e Zâmbia (e eventualmente outros países interiores ) Custos de acesso logístico aos países interiores Instabilidade social na Costa do Marfim (poderá comprometer a competitividade do Porto de Abidjan no Tráfego West Africa) Extensão dos corredores para servir os países interiores Fonte: FORDESI Países interiores Países costeiros Países insulares Fonte: World Bank

A situação actual dos portos Angolanos Angola Análise SWOT 17 A análise da realidade dos portos Angolanos permitiu construir a seguinte análise SWOT Ameaças Crescimento dos calados médios dos navios Dependência forte de um produto nas exportações: petróleo e derivados Desenvolvimento de corredores multimodais, países a sul e leste

Principais Conclusões 18 Da análise da realidade dos portos Angolanos face às principais dinâmicas globais do transporte marítimo, resulta que: O crecimento do tráfego marítimo à escala global (e no continente Africano em particular) vai criar novos desafios de complexidade para os portos na região O volume de tráfego movimentado e as dinâmicas de crescimento económico expectáveis sustentam a oportunidade e a necessidade de existirem infra-estruturas portuárias com capacidade para se assumirem como hubs regionais Na situação actual, e considerando o crescimento previsto mesmo em cenários de menor aceleração, o estrangulamento das infra-estruturas portuárias será um problema estrutural Com as necessidades impostas pelas novas dinâmicas do comércio marítimo internacional, particularmente pela crescente necessidade e utilização de navios de grande porte, as actuais infra-estruturas portuárias marítimas apresentam limitações As infra-estruturas portuárias enfrentam, cada vez mais, uma necessidade de melhoria de eficiência operacional e de incremento dos niveis de serviço.

Sumário 19 1 2 3 4 5 6 7 Principais dinâmicas no tráfego marítimo em África O posicionamento e a vocação potencial dos portos Angolanos A situação actual dos portos Angolanos (nomeadamente do porto de Luanda) A relevância de um novo porto O porto da Barra do Dande Caracterização do porto da Barra do Dande Modelo de Gestão e Governação

A relevância de um novo porto 20 Considerando a evidente oportunidade para estabelecer em Angola um hub de distribuição regional, torna-se necessário que sejam criadas novas condições que pemitam: Navegabilidade de navios com calados até aos 16 m Eficiência e agilidade ao nível da articulação intermodal Operações portuárias e terrestres a um nível de eficiência de referência no continente Africano É fundamental o desenvolvimento de uma nova infra-estrutura portuária que contribua para limitar os índices de estrangulamento actuais...... Afirmando-se como hub de transhipment de referência na costa ocidental africana Porto da Barra do Dande

Sumário 21 1 2 3 4 5 6 Principais dinâmicas no tráfego marítimo em África O posicionamento e a vocação potencial dos portos Angolanos A situação actual dos portos Angolanos (nomeadamente do porto de Luanda) A relevância de um novo porto O porto da Barra do Dande Caracterização do porto da Barra do Dande

O porto da Barra do Dande 22 O desenvolvimento do Porto da Barra do Dande visa, fundamentalmente, criar condições infra-estruturais e operacionais que possibilitem: I. Afirmar-se como uma referência para o tráfego contentorizado no continente Africano: Com infra-estruturas de excelência e elevado grau de especialização Com níveis de serviço de referência Com níveis médios de calado competitivos Com capacidade para responder às necessidades em horizontes de curto, médio e longo prazo Dando resposta ao desenvolvimento e ao crescimento sustentado da economia Angolana e aos graves problemas de expansão do Porto de Luanda Calado Médio dos Principais Portos Africanos a) Com capacidade para atingir os 20 m na vertente contentorizada

O porto da Barra do Dande II. Alterar o paradigma actual ao nível do transhipment : Não existe um hub de distribuição de referência no West África A necessidade crescente de uma redução dos custos de produção potencia o desenvolvimento esta vertente de transporte Dande Área de Influência Potencial dos Principais Portos Africanos com Perfil de Hub

Sumário 24 1 2 3 4 5 6 7 Principais dinâmicas no tráfego marítimo em África O posicionamento e a vocação potencial dos portos Angolanos A situação actual dos portos Angolanos (nomeadamente do porto de Luanda) A relevância de um novo porto O porto da Barra do Dande Caracterização do porto da Barra do Dande Modelo de Gestão e Governação

Caracterização do porto da Barra do Dande 25 Critérios fundamentais de escolha Existência de capacidade de construção de cais e áreas portuárias Existência de profundidades compatíveis com os previsíveis crescimentos dos calados dos navios que se pretende acolher no porto Boa capacidade de estabelecimento de acessibilidades rodoviárias de ligação ao hinterland

Caracterização do porto da Barra do Dande 26 A Baía do Dande responde aos requisitos definidos como fundamentais...... Situa-se suficientemente próxima da capital... Apresenta condições de protecção e de profundidades adequadas (superior a 16 metros e muitas vezes superiores a 20 m) e com possibilidades futuras... Encontra-se numa zona de possibilidade de ligação às rodovias e ferrovias mais importantes... Possui um hinterland (a Norte e a Leste) com significativo interesse futuro em termos económicos e cujos portos apresentam evidentes dificuldades de crescimento

Caracterização do porto da Barra do Dande 27 Principais características Um porto polivalente com Terminais Especializados de contentores, granéis líquidos, granéis sólidos, multi-usos (cabotagem e carga a granel e ainda de apoio a actividades petrolíferas) Um Estaleiro Naval com capacidade para construção e reparação dos navios e embarcações Uma Base Naval para a Marinha de Angola Barra do Rio Dande

Caracterização do porto da Barra do Dande Complexo portuário 28 Porto de Dande Vs Porto de Luanda

Caracterização do porto da Barra do Dande Layout do porto 29 Terminal de Granéis Sólidos Terminal de Granéis Líquidos Terminal de Contentores Terminal Multi-Usos Zona de Apoio a Actividades Petrolíferas Base Naval Estaleiros Navais ZAL Terminal Off-shore

Caracterização do porto da Barra do Dande Layout do porto 30 Terminal de Granéis Sólidos Fase 1: Reserva Terraplenos: 25 ha Comprimento do Cais: 250 m Fundos: 12 a 16 m Área Disponível: 268 ha Comprimento do Cais: 750 m Fundos: 12 a 16 m Terminal Off-Shore Prevê-se a construção de um terminal oceânico para navios de 20 metros de calado A zona leste do terminal será, enquanto necessário, a zona de deposição de dragagens

Caracterização do porto da Barra do Dande Layout do porto 31 Terminal de Granéis Líquidos Fase 1: Reserva: Terraplenos: 35 ha Comprimento do Cais: 330 m Fundos: 12 a 16 m Área Disponível de 75 ha Comprimento do Cais: 720 m Fundos: 12 a 16 m

Caracterização do porto da Barra do Dande Layout do porto 32 Terminal de Contentores Teve como base de dimensionamento as previsões de tráfego contentorizado no porto de Luanda (ANEXO) Prevê-se a criação de 2 Terminais de Contentores: Terminal Sul (Inicialmente) Terminal Norte (Quando necessário) Os calados admissíveis permitirão suportar a vocação de hub regional Terminal Sul Fase 1 (Terraplenos: 92 ha; Comprimento do Cais: 1850 m) Reserva (Área Disponível: 70 ha; Comprimento do Cais: 1700 m) Fundos: 12 a 16 m Terminal Norte Reserva (Área Disponível: 139 ha; Comprimento do Cais: 4700 m Fundos: 12 a 16 m

Caracterização do porto da Barra do Dande Layout do porto 33 Zona de Apoio a Actividades Petrolíferas Esta Zona Integra: Zona de cais Zona de apoio logístico (para oriente da via de cintura do complexo) No futuro, se se justificar, poderá ser transformada num terminal especializado Áreas Disponíveis: Terraplenos: 208 ha Comprimento do Cais: 1800 m Zona de Apoio Logístico: 65 ha Fundos : 10 a 12 m

Caracterização do porto da Barra do Dande Layout do porto 34 Terminal Multi-Usos Será construído na 1ª Fase Integra os postos de atracação destinados a carga geral, carga frigorífica e cabotagem Áreas Disponíveis: Área Disponível: 90 ha Comprimento do Cais: 2200 m Fundos : 10 a 12 m Integra ainda uma zona de apoio naval adjacente a construir na 1ª Fase: Comprimento do Cais: 400 m Fundos : 5 a 8 m

Caracterização do porto da Barra do Dande Necessidades em Termos de Capacidade Projecção a 20 Anos 35 Terminal Fase Cais (m) Área disponível (ha) 1ª 330 35 Granéis Líquidos Reserva 720 75 Total 1050 110 1ª 250 75 Granéis Sólidos Reserva 750 25 Off-shore - 268 Total 1000 293 Base Apoio Petrolíferas Total 1800 208 a) Multi-Usos Total 2200 90 1ª 1850 92 Contentores Sul Reserva 1700 70 Total 3550 162 1ª 0 0 Contentores Norte Reserva 4700 139 Total 4700 139 1ª 1850 92 Contentores Total Reserva 6400 209 Total 8250 301 Fundos m ZH -12 a -16-12 a -16-16 a -20 - -10 a -12-10 a -12-12 a -16-12 a -16-12 a -16 Total do Porto 14300 1002

Sumário 36 1 2 3 4 5 6 7 Principais dinâmicas no tráfego marítimo em África O posicionamento e a vocação potencial dos portos Angolanos A situação actual dos portos Angolanos (nomeadamente do porto de Luanda) A relevância de um novo porto O porto da Barra do Dande Caracterização do porto da Barra do Dande Modelo de Gestão e Governação

Modelo de gestão e governação 37 A componente de gestão portuária é um aspecto fundamental para o estabelecimento de hubs de âmbito regional ou sub-regional É fundamental articular, de forma eficiente, a componente de gestão portuária com a componente infra-estrutural Só assim se conseguirá elevar os índices de produtividade dos portos para patamares elevados. Uma gestão eficiente permitirá reduzir os custos portuários que se têm verificado em África e que comprometem, em parte, a produtividade dos seus portos

Modelo de gestão e governação 38 A Visão de desenvolvimento para o Porto de Dande pressupõe uma infra-estrutura Portuária de Referência no Continente Africano Ao nível da Gestão Portuária, deverá considerar-se uma vertente de gestão por objectivos, assente em indicadores de monitorização da performance mensuráveis É fundamental assim que se diferencie nos principais factores críticos de sucesso: COMPETITIVIDADE, EFICIÊNCIA E AGILIDADE Neste contexto, o modelo de gestão e governação mais ajustado será: Landlord Port Model: A posse das infra-estruturas pertence a uma entidade pública A gestão das áreas deverá ser concessionada a operadores privados.

Obrigado! Francisco Venâncio Presidente do Porto de Luanda

Anexos

Terminais de contentores - Dimensionamento Para o projecto do Terminal de Contentores, efectuou-se uma análise da sua movimentação no porto de Luanda numa década (1987-97) O crescimento anual da carga foi de 5%, sendo de 10% o da carga contentorizada. Em 2000-2006, verifica-se um crescimento anual de carga de 15%, representando o total em carga contentorizada. Verificou-se ainda que a evolução do crescimento da carga contentorizada acompanhou o crescimento do PIB (total da movimentação de contentores foi da ordem dos 42 milhões de toneladas.)

Terminais de contentores - Dimensionamento Foram efectuadas previsões de movimentação de contentores para um período de 10 anos subsequentes (até 2026), Consideraram-se 3 cenários (pessimista, optimista e intermédio). Os resultados permitiram projectar a primeira fase do terminal Sul, que terá a possibilidade de ser praticamente duplicado em fases posteriores. Quando necessário, será possível construir o terminal Norte com maior capacidade que o terminal Sul. Considera-se assim que os terminais de contentores do porto poderão constituir um hub regional