Protocolo de Sedação e Anestesia no Serviço de Radiologia - Diagnóstico por Imagem

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Transcrição:

Protocolo de Sedação e Anestesia no Serviço de Radiologia - Diagnóstico por Imagem Descrição do Procedimento Operacional Padrão Quando Pacientes que forem submetidos a procedimentos anestésicos e /ou sedativos para realização de exames e/ou procedimentos no Serviço de Radiologia / Diagnóstico por Imagem. Objetivo Garantir segurança nos procedimentos anestésicos e de sedação realizados no serviço de Radiologia / Diagnóstico por Imagem Condições Necessárias Monitor Cardíaco (Frequência Cardíaca, Frequência Respiratória, Pressão Arterial e Oximetria de pulso - SpO2); Equipamento de Anestesia; Estetoscópio; Ambú Completo (Máscara, Bolsa Reservatória enriquecida com O2); Kit Anestesia para Radiologia (Maleta); Carro de PCR; Cardioversor. Descrição do POP Conceitos ANESTESIOLOGIA Especialidade médica que tem como objetivo proporcionar a segurança e o conforto aos pacientes a serem submetidos a procedimentos cirúrgicos, diagnósticos e terapêuticos sem a percepção da dor e isentos dos efeitos reflexos indesejáveis do trauma cirúrgico. ANESTESIA GERAL É um estado do nível de consciência durante o qual o paciente não é despertado, mesmo por estímulos dolorosos. A habilidade de manter a ventilação é frequentemente comprometida, necessitando de assistência respiratória para manutenção da permeabilidade da via aérea e uso de ventilação com pressão positiva devido à depressão da ventilação espontânea por drogas e/ou relaxantes musculares. ANALGESIA Consiste na diminuição ou supressão da sensação dolorosa, sem perda de consciência.

SEDAÇÃO É um estado de depressão do nível de consciência induzida por drogas, em diferentes níveis de intensidade. De acordo com doses administradas e respostas individuais do paciente, o resultado pode variar desde a consciência com leve tranquilidade até a inconsciência. É classificada em 3 níveis: ANÓLISE (SEDAÇÃO MÍNIMA) É o estado de tranquilidade e calma induzido por drogas, durante a qual, o paciente responde normalmente aos comandos verbais. Embora as funções cognitivas e de coordenação possam estar comprometidas, a função cardiovascular e ventilatória estão preservadas. SEDAÇÃO MODERADA ( SEDAÇÃO CONSCIENTE ) É uma depressão da consciência induzida por drogas, durante a qual o paciente desperta intencionalmente a um comando verbal e/ou um leve estímulo tátil. Nenhuma intervenção é necessária para manter a via aérea permeável e a ventilação espontânea está adequada. A função cardiovascular está preservada. Os reflexos de retirada aos estímulos dolorosos não são válidos como resposta esperada nesse nível de sedação. SEDAÇÃO PROFUNDA É uma depressão da consciência induzida por drogas, durante a qual o paciente não acorda facilmente, porém responde aos estímulos dolorosos repetidos. A habilidade de manter a função ventilatória espontânea pode estar comprometida. Paciente pode requerer assistência para a manutenção da permeabilidade das vias aéreas e/ou suporte ventilatório. A função cardiovascular está frequentemente preservada. Os reflexos de retirada aos estímulos dolorosos não são válidos como resposta esperada nesse nível de sedação. ACOMPANHAMENTO ANESTÉSICO É caracterizado pelo transporte do paciente entre destino e origem sob cuidados do anestesiologista, sem administração de agentes psicotrópicos, podendo ocorrer ou não intervenção terapêutica para a manutenção da condição clínica (hemodinâmica e ou respiratória) estável e segura. Pode ocorrer a necessidade de intervenção anestésica por falta de colaboração do paciente, mudança de condição clínica ou necessidade de realização de procedimentos dolorosos não planejados.

Responsabilidades 1. O anestesiologista deve oferecer ao paciente os melhores padrões de cuidado na sua especialidade em respeito à dignidade do paciente. 2. O médico anestesiologista deve respeitar a lei e sugerir mudanças nos cuidados assistenciais pelo interesse da segurança de seus pacientes e sua prática. 3. O médico anestesiologista deve respeitar os direitos dos pacientes, seus familiares, demais médicos e outros profissionais da saúde. 4. O anestesiologista deve atualizar seus conhecimentos de forma contínua, objetivando proporcionar uma prática anestésica de qualidade aos seus pacientes. 5. O médico anestesiologista tem responsabilidade ética com a comunidade e a sociedade. 6. Todo paciente e seus familiares devem ser tratados com respeito, devendo ser identificadas suas necessidades e dúvidas, as quais devem ser esclarecidas antes de procedimento anestésico. 7. O médico anestesiologista é responsável em realizar uma avaliação clínica prévia à cirurgia, estabelecendo um plano anestésico para seu paciente. 8. É dever do médico anestesiologista solicitar consentimento informado anestésico antes

de qualquer procedimento de anestesia ou sedação, conforme Política de Consentimento Informado POP GESQ -015. 9. É de responsabilidade do médico anestesiologista promover a vigilância do paciente durante todo o procedimento anestésico cirúrgico, diagnóstico ou terapêutico, não estando autorizado a sair de sala até o final do procedimento. Se a saída de sala do anestesiologista for necessária, ela deverá ocorrer mediante a substituição por outro anestesiologista cadastrado, o qual deverá receber todas as informações referentes ao procedimento anestésico, devidamente registradas na ficha de anestesia (GMED - 021). 10. O médico anestesiologista deve manusear os agentes psicotrópicos, respeitando todas as etapas (registro, manuseio e descarte) conforme regras institucionais. Descrição do Procedimento AVALIAÇÃO PRÉ-ANESTÉSICA 1. É obrigatória em todos os pacientes submetidos a procedimentos cirúrgicos, diagnósticos com ou sem intervenção que necessitem de anestesia, sedação ou acompanhamento anestésico em caráter eletivo. 2. Nas emergências, quando a condição clínica permitir, o paciente (ou seu familiar) deverá ser submetido a uma anamnese breve, acompanhada de exame físico para o efetivo planejamento anestésico. Nas situações de urgência, com risco eminente de morte, as medidas clínicas de suporte de vida devem ser imediatamente iniciadas e posteriormente documentadas no prontuário do paciente. 3. A revisão do prontuário do paciente seguida de anamnese, exame físico, checagem de exames laboratoriais devem ser documentadas no impresso de Avaliação Pré-Anestésica (GMED - 021) sendo base para a determinação do estado físico do paciente e pré-

requisito para o encaminhamento do mesmo para o Centro Cirúrgico e/ou outros ASA 1 ASA 2 ASA 3 Paciente hígido, sem nenhuma patologia sistêmica além da que requer a cirurgia. Paciente com alteração sistêmica leve ou moderada que pode ou não estar associada ao procedimento cirúrgico. Paciente portador de doença sistêmica grave, com limitação de atividades que pode ou não estar associada ao procedimento cirúrgico. Paciente portador de doença sistêmica incapacitante que ameaça a vida, nem sempre ASA 4 corrigíveis pela cirurgia. Paciente com risco iminente de morte e pequena chance de sobreviver apesar da cirurgia. ASA 5 Paciente declarado com morte cerebral e pequena chance de sobreviver apesar da ASA 6 cirurgia. Observação: nas situações de urgência deve ser acrescido da letra U ao estado físico do doente. PLANEJAMENTO ANESTÉSICO Uma história clínica detalhada facilita a tomada de decisões e evita erros e enganos grosseiros como a administração de medicamentos para os quais o paciente possui alergia conhecida. Trata-se de uma consulta médica tradicional, na qual o anestesiologista realiza anamnese e exame físico para o planejamento anestésico, que tem como objetivo a preparação do paciente e a discussão do plano anestésico. Plano que só será executado se o paciente estiver de pleno acordo. Nesse momento o paciente tira suas dúvidas, discute sobre as vantagens e desvantagens de cada técnica com o médico anestesiologista, os possíveis efeitos colaterais, dentre outros. É o momento da discussão entre paciente e anestesiologista sobre o esclarecimento das dúvidas e a diminuição das angústias. CHECAGEM DE ACESSÓRIOS E EQUIPAMENTOS

A checagem de equipamentos e acessórios necessários para o manuseio de vias aéreas para a indução e manutenção anestésica deve ser realizada antes da indução anestésica e registrada na Ficha de Anestesia (GMED - 021). Na ocorrência de falhas nos equipamentos, a equipe da Engenharia Clínica deverá ser acionada para o efetivo suporte. AVALIAÇÃO IMEDIATAMENTE ANTES DA INDUÇÃO A dupla checagem da avalição pré-anestésica e seus pontos fundamentais, assim como o plano proposto deve ser realizada imediatamente antes da indução anestésica e registradas na ficha de anestesia nos campos apropriados (GMED - 021). A verificação dos sinais vitais é realizada concomitantemente com a monitorização. MONITORIZAÇÃO A presença do médico anestesiologista garantindo a vigilância permanente do paciente e as frequentes alterações clínicas decorrentes da anestesia e trauma cirúrgico é OBRIGATÓRIA, o qual não deve se ausentar da sala de procedimentos. Nas situações onde pacientes recebam tratamento com substâncias radioativas, a monitorização do paciente deve ser garantida remotamente.

deve avaliar a condição clínica do seu paciente e designar outro profissional médico para garantir a vigilância do paciente. A prática de anestesias simultâneas não é permitida, ainda que seja no mesmo ambiente cirúrgico, conforme Resolução do CFM Nº1.802/2006, caracterizando grave infração ética. Todos os procedimentos de anestesia, sedação ou acompanhamento anestésico devem utilizar os recursos mínimos obrigatórios de monitorização estabelecidos pela Resolução do CFM Nº1.802/2006 que incluem: - Eletrocardiografia contínua; - Pressão arterial média não invasiva; - Oximetria de pulso. O uso da capnografia em anestesias gerais em pacientes intubados, em uso de máscara laríngea ou qualquer dispositivo artificial para manutenção de via aérea é obrigatório. Os alarmes de segurança dos monitores multiparâmetros e da estação anestésica devem estar acionados durante a cirurgia ou exame diagnóstico. A utilização de recursos de monitorização adicionais é de julgamento do anestesiologista, baseado nas condições clínicas do paciente e complexidade do procedimento. Os recursos de monitorização devem ser registrados na ficha de anestesia em campo específico para tal finalidade (GMED - 021). APLICAÇÃO DA TÉCNICA ANESTÉSICA

Somente são permitidas para uso as medicações psicotrópicas padronizadas e dispensadas pela Farmácia da CSSJ. As medicações psicotrópicas são dispensadas pela farmácia mediante a solicitação do anestesiologista que preencherá e assinará o impresso de solicitação. O setor de Radiologia / Diagnóstico por Imagem possui o Kit de Anestesia para Radiologia. Tratase de uma maleta cujo seu conteúdo foi confeccionado pelos principais Médicos Anestesiologistas que atendem no setor. Este Kit é solicitado pela equipe de enfermagem do serviço de radiologia / Diagnóstico por Imagem ao serviço de farmácia em nome do paciente que será submetido ao procedimento anestésico/sedação. Esta maleta é entregue no setor por um funcionário da farmácia devidamente lacrada. Esta será aberta, SOMENTE, pelo Anestesista. Caso o Anestesista precise de alguma medicação que não esteja disponível neste kit, a medicação será dispensada pela Farmácia mediante prescrição médica. A equipe de enfermagem da unidade estará a todo tempo disponível ao Médico Anestesista auxiliando em todas as etapas do procedimento anestésico. As medicações residuais e os cascos vazios, ao final da anestesia, devem ser descartados conforme POP HIGN 010. RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA Todo paciente, após o término do procedimento sob anestesia ou sedação deverá ser submetido a um processo de recuperação anestésica.

do paciente (oximetria de pulso, cardioscopia, pressão arterial não invasiva, FC, FR), assistência médica e de enfermagem e registro. No serviço de Radiologia / Diagnóstico por Imagem a recuperação anestésica do paciente será realizada na sala de exames ou no Repouso de acordo com a avaliação do Médico Anestesista. O médico anestesiologista deve planejar a transferência do paciente, prevendo eventuais complicações que possam ocorrer durante a mobilização. Os critérios de alta da recuperação pós-anestésica é baseado na Escala de Aldret, onde o paciente com score > ou = a 7 poderá ser liberado para a Unidade de Internação, já com score < a 7, este deve ser transferido para a unidade fechada (UTI, USIPO, UCOR). *Déficits neurológicos, motores e auditivos prévios não contra-indicam a alta. A alta poderá ser avaliada pelo anestesiologista com o score mínimo desde que não haja ocorrência de padrões avaliados: - Saturação de oxigênio pela oximetria menor que 90% - Variação de pressão arterial diastólica menor ou maior que 30% em relação ao valor préanestésico - Náuseas e vômitos presentes - Ausência de resposta a estímulos auditivos* - Incapacidade de movimentar as 4 extremidades*

Em procedimentos ambulatoriais, além da aplicação dos critérios de alta descritos, devemos considerar que os pacientes apresentem: - Orientação no tempo e espaço; - Estabilidade hemodinâmica; - Ausência de vômitos; - Ausência de dificuldade respiratória; - Capacidade de ingerir líquidos; - Capacidade de locomoção como antes, se o procedimento familiar; - Sangramento mínimo ou ausente; Dar conhecimento ao paciente e ao acompanhante, verbalmente e por escrito das instruções relativas aos cuidados pós-anestésicos, bem como a determinação da Unidade para atendimento das eventuais ocorrências. A prescrição da alta anestésica é de responsabilidade intransferível do anestesiologista Aldret. É de responsabilidade do anestesiologista realizar as transferências internas dos pacientes. A ausência do anestesiologista nas transferências internas/externas da pacientes em ventilação mecânica, só será permitida quando houver um médico intensivista ou emergencista, o qual será responsável pelo transporte. Consequência caso não atinja o esperado Procedimento Anestésico e/ou Sedação ineficaz gerando angústia e insegurança ao paciente O que fazer caso não atinja o esperado

Rever processos, corrigir falhas Referência Técnicas, Legais e Regulatórias Resolução do Conselho Federal de Medicina Nº 1802/2006 Avaliação pré, durante e pós, anestesia; vigilância constante da anestesista (em sala), necessidade de monitoração e equipamentos. Norma sobre edificações em Salas de Operação RDC/ANVISA Nº50/2002 American Society of Anesthesiologists ww.asahq.org Sociedade Brasileira de Anestesiologia www.sba.com.br Resolução do Conselho Federal de Medicina Nº1670/03 Sedação Profunda Resolução SS-169 de 19/06/96 procedimentos ambulatoriais Practice Guidelines for Preoperative Fashing and the Use of Pharmacologic Agents to Reduce the Risk of Pulmonary Aspiration: Application to Healthy Patients Undergoing. Elective Procedures A Report by the American Society of Anesthesiologists developed by the Task Force on Preoperative Fasting and the Use of Pharmacologic Agents to Reduce the Risk on Pulmonary Aspiration.

Manual for Anesthesia Departament Organization and Management 2005/2006 American Society of Anesthesiologists. SOBECC2007