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Transcrição:

Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 11/2015 Rio Grande do Sul // Federal IPI Exposições e feiras... 01 // Estadual ICMS Retorno de mercadoria não entregue ao destinatário.... 06 // IOB Setorial Federal Gráfico - DIF-Papel Imune - Apresentação semestral.... 11 // IOB Comenta Estadual ICMS - Remessa de mercadorias para venda em exposição-feira.... 12 // IOB Perguntas e Respostas IPI Suspensão - Conceito de preponderância.... 13 IOF Doações efetuadas por instituições religiosas - Remessas ao exterior - Incidência... 13 ICMS/RS Crédito presumido - Bolacha de arroz - Apropriação pelo fabricante... 13 Crédito presumido - Lentilha pronta para o consumo - Apropriação pelo fabricante.... 13 Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Importação por conta e ordem de terceiros a ICMS - Cesta básica

2015 by IOB SAGE Capa: Marketing IOB SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB SAGE Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : exposições e feiras : IOB setorial : gráfico : DIF : papel imune : apresentação semestral. -- 11. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2015. -- (Coleção manual de procedimentos) ISBN 978-85-379-2392-4 1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série. 15-01406 CDU-34:336.223(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB

Boletimj Manual de Procedimentos a Federal Exposições e feiras IPI SUMÁRIO 1. Introdução 2. Conceito 3. Suspensão 4. Feiras e exposições internacionais 5. Procedimentos fiscais 6. Alienação da mercadoria no local do evento 7. Modelos 1. Introdução Com o objetivo de divulgar seus produtos, marcas e potencialidades, os contribuintes eventualmente participam de feiras de amostras, exposições ou eventos semelhantes, ambientes estes que proporcionam a seus integrantes, além de outras vantagens, a oportunidade de promover e comercializar os referidos produtos. Na remessa de mercadoria para a exposição em feiras de amostras ou eventos semelhantes, deverão ser adotados procedimentos específicos, os quais examinaremos neste texto, com base no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010. (RIPI - Decreto nº 7.212/2010) 2. Conceito Considera-se feira de amostra o evento em que o contribuinte expõe, demonstra ou promove seus produtos perante o público. (Parecer Normativo CST nº 78/1973, item 3) 3. Suspensão A saída (e o retorno) de produtos do estabelecimento industrial ou a ele equiparado destinada à exposição em feiras Considera-se feira de amostra o evento em que o contribuinte expõe, demonstra ou promove seus produtos perante o público de amostras ou eventos semelhantes poderá ser realizada com a suspensão do IPI. Para a efetiva suspensão, é necessário que a remessa seja destinada exclusivamente à exposição e vinculada, portanto, ao retorno da mercadoria, mesmo que simbólico, ao estabelecimento do remetente. Em relação ao retorno da mercadoria ao remetente, observa-se que a legislação não prevê prazo específico para que ele ocorra, razão pela qual julgamos conveniente que o retorno seja efetuado tão logo se finalize o evento, uma vez que, após esse período, não há justificativa para que a mercadoria permaneça no local da feira. (RIPI/2010, art. 43, caput, II; Parecer Normativo CST nº 242/1972, item 5) 4. Feiras e exposições internacionais Estão beneficiados com a isenção do IPI os produtos importados destinados a consumo no recinto de congressos, feiras e exposições internacionais e eventos assemelhados, a título de promoção ou degustação, de montagem ou conservação de estandes ou de demonstração de equipamentos em exposição, observando-se que tal isenção: a) não se aplica aos produtos destinados à montagem de estandes suscetíveis de serem aproveitados após o evento; b) está condicionada a que nenhum pagamento, a qualquer título, seja efetuado ao exterior, em relação aos produtos objeto da isenção; c) está sujeita a limites de quantidade e de valor, além de outros requisitos, estabelecidos pelo Ministro de Estado da Fazenda. (RIPI/2010, art. 54, XXIV) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2015 - Fascículo 11 RS11-01

4.1 Despacho aduaneiro de admissão temporária O regime aduaneiro especial de admissão temporária é o que permite a importação de bens que devam permanecer no País durante prazo fixado, com suspensão total do pagamento de tributos incidentes na importação, ou com suspensão parcial, no caso de utilização econômica, na forma e nas condições previstas na Instrução Normativa. RFB nº 1.361/2013. IPI. A suspensão dos tributos abrange, entre outros, a do Para a concessão e aplicação do regime, deverão ser observadas as seguintes condições: a) importação em caráter temporário; b) importação sem cobertura cambial; c) adequação dos bens à finalidade para a qual foram importados; d) utilização dos bens em conformidade com o prazo de permanência constante da concessão; e e) identificação dos bens. Quando se tratar de bens com importação sujeita à prévia manifestação de outros órgãos da administração pública, a concessão do regime dependerá da satisfação desse requisito ou da obtenção da licença de importação correspondente. Poderão ser submetidos ao regime, com suspensão total do pagamento de tributos incidentes na importação, os bens, inclusive semoventes, admitidos ao amparo de acordos internacionais, e os destinados a eventos científicos, técnicos, políticos, educacionais, religiosos, artísticos, culturais, esportivos, comerciais ou industriais. (Instrução Normativa RFB nº 1.361/2013, arts. 3º, caput, 1º, II, 4º e 5º, caput, I) 5. Procedimentos fiscais 5.1 Remessa A remessa de mercadoria para o local onde será realizada a feira de amostras deverá ser acobertada por Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou por Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), se o contribuinte estiver obrigado à emissão desse documento fiscal, na forma do Ajuste Sinief nº 7/2005 e legislação complementar. Além dos requisitos exigidos, essas notas fiscais deverão conter, no campo Informações Complementares do quadro Dados Adicionais, a expressão Saída com suspensão do IPI - art. 43, II, do RIPI/2010. (RIPI/2010, arts. 43, II, 396, I, e 415, III; Ajuste Sinief nº 7/2005) 5.2 Retorno Com vistas a acobertar o retorno da mercadoria ao estabelecimento de origem, deverá ser emitida Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, identificada como Entrada, ou NF-e, se o contribuinte estiver obrigado à emissão desse documento fiscal, na forma do Ajuste Sinief nº 7/2005 e legislação complementar. Esse documento deverá ser emitido, também, quando ocorrer a venda ou a transferência da mercadoria a terceiros sem que haja o seu retorno ao estabelecimento de origem. A nota fiscal relativa à entrada, além de conter os dados constantes do documento fiscal que acobertou a remessa da mercadoria para o local do evento, conterá também o dispositivo concessivo da suspensão, ou seja, a expressão Retorno com suspensão do IPI - art. 43, II do RIPI/2010. (RIPI/2010, arts. 43, II, 434, V, e 435, II; Ajuste Sinief nº 7/2005) 6. Alienação da mercadoria no local do evento Na hipótese de ocorrer alienação da mercadoria no local do evento, o contribuinte deverá emitir: a) nota fiscal relativa à entrada simbólica, na qual serão indicados os dados do documento fiscal que acobertou a remessa da mercadoria para o local do evento; b) nota fiscal com lançamento do IPI (se incidente na operação), na qual será indicada, no campo Informações Complementares do quadro Dados Adicionais, a expressão O produto sairá de..., sito à Rua...nº..., na Cidade de.... (RIPI/2010, arts. 415, VII, e 434, V) 7. Modelos Admitamos que determinada empresa pretenda participar da Feira Nacional do Mobiliário, a ser realizada no Pavilhão de Exposições XX, para a qual remeterá 5 jogos de quarto de madeira. Nesse caso, os documentos fiscais serão emitidos conforme os exemplos desenvolvidos nos subitens a seguir, ressaltando-se, ainda, que, em relação ao ICMS, deverá ser observada a legislação do Estado onde se localiza o estabelecimento. 11-02 RS Manual de Procedimentos - Mar/2015 - Fascículo 11 - Boletim IOB

7.1 Remessa da mercadoria para o local do evento Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2015 - Fascículo 11 RS11-03

7.2 Alienação da mercadoria durante a realização do evento com saída direta desse local Vamos supor que a mercadoria tenha sido alienada durante a realização do evento e que a sua saída para o adquirente será efetuada diretamente desse local. Nesse caso, os documentos fiscais serão emitidos conforme ilustrado nos subitens a seguir. 7.2.1 Retorno simbólico ao estabelecimento remetente 11-04 RS Manual de Procedimentos - Mar/2015 - Fascículo 11 - Boletim IOB

7.2.2 Venda da mercadoria com saída do local do evento N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2015 - Fascículo 11 RS11-05

a Estadual ICMS Retorno de mercadoria não entregue ao destinatário SUMÁRIO 1. Introdução 2. Diferença entre devolução e retorno de mercadoria 3. Retorno de mercadoria não entregue 4. Aproveitamento do crédito no retorno 5. Anotações no verso da nota fiscal 6. Penalidades 7. Nota fiscal 8. Escrituração - Principais reflexos na EFD 1. Introdução No dia a dia das empresas, pode ocorrer, pelos mais diversos motivos, que determinada mercadoria vendida, ao ser remetida ao destinatário, não seja por ele aceita, ou mesmo, por outra razão, não lhe seja entregue. Nesses casos, deverão ser adotados (pelo remetente das mercadorias) procedimentos fiscais específicos dos quais trataremos neste texto. Assim, abordaremos os aspectos fiscais relacionados com o retorno de mercadoria em razão de não ter sido efetivada a entrega ao destinatário. Em virtude de o tema ser confundido com a devolução de mercadoria, trataremos apenas dos procedimentos relativos ao retorno, previstos na legislação do Rio Grande do Sul. Ressaltamos que, com a implementação da Escrituração Fiscal Digital (EFD), nos procedimentos mencionados adiante, os contribuintes que a ela estiverem obrigados devem observar as disposições contidas na Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo LI, a fim de cumprirem as determinações nela estabelecidas. Quanto à Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), devem ser observados os procedimentos previstos na Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo XI, seção 20.0, a fim de adequá-los aos mencionados neste texto. (RICMS-RS/1997, Livro II, arts. 25, 26, 29; Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo XI, seção 4.0) 2. Diferença entre devolução e retorno de mercadoria A devolução ocorre quando o vendedor (remetente) efetua a tradição da mercadoria, ou seja, quando esta é efetivamente entregue ao destinatário indicado na nota fiscal que, por sua vez, acoberta o seu transporte. Nesse momento, o destinatário assina o canhoto e o entrega ao transportador, como prova de que a operação foi consumada. Por outro lado, podem ocorrer hipóteses em que o transportador não consiga entregar a mercadoria, tais como: o destinatário se recusar a recebê-la por estar em desacordo com o que foi pedido; feriado local; horário posterior àquele em que o destinatário determinou para o recebimento da mercadoria. Quando a mercadoria, por qualquer motivo, não puder ser entregue, ocorre o seu retorno, ficando novamente em poder do estabelecimento remetente. No momento em que ocorre o retorno, no verso da nota fiscal emitida por ocasião da saída, deverá ser feita a indicação (pelo destinatário ou pelo transportador) do motivo pelo qual a mercadoria não foi entregue. Assim, o retorno não se confunde com a devolução, visto que, nesta operação, a mercadoria entra no estabelecimento do destinatário e gera todos os procedimentos legais decorrentes da respectiva entrada, o que não ocorre no retorno, pois, neste caso, a mercadoria não chega a ser entregue. (RICMS-RS/1997, Livro I, art. 31, IV, Nota 02; Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo XI, item 4.1) 3. Retorno de mercadoria não entregue Importa esclarecer, preliminarmente, que na legislação do Rio Grande do Sul não há disposição específica que discipline o procedimento adotado pelos contribuintes no retorno de mercadoria não entregue ao destinatário, em regulamentação às disposições contidas no Convênio Sinief s/nº de 15.12.1970, art. 54, 3º. Na hipótese de mercadorias não entregues ao destinatário, a mesma nota fiscal que acobertou a saída do estabelecimento remetente servirá para o acobertamento do respectivo retorno ao estabelecimento de origem. Entretanto, o RICMS-RS/1997 determina que o retorno deve ser comprovado. Nesse caso, o transportador e, se possível, também o destinatário, mediante declaração datada e assinada, consignarão no verso do documento as razões pelas quais a mercadoria não foi entregue, observando-se que será aposto o carimbo do CNPJ no caso de o destinatário ser contribuinte do ICMS. (RICMS-RS/1997, Livro I, art. 31, IV; Convênio Sinief s/nº/1970, art. 54, 3º, cláusula primeira, XII; Convênio Sinief nº 6/1989, art. 72) 3.1 Serviço de transporte Quando o transporte da mercadoria for executado pelo próprio vendedor (sem contratação de serviços de terceiros), o retorno da mercadoria será acompanhado apenas pela nota fiscal que deu origem à saída. É considerado veículo próprio - além do que estiver registrado em nome da própria empresa - aquele que estiver em sua posse em razão de contrato de locação ou qualquer outra forma. Por outro lado, quando o transporte for executado por terceiros (transportadores), o retorno da mercadoria deve ser acompanhado pela nota fiscal e pelo Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas (CTRC), modelo 8, emitido originariamente para a remessa, desde que o motivo da não entrega seja declarado no verso deste e indicadas a data e a assinatura do transportador e, se possível, também do destinatário. 11-06 RS Manual de Procedimentos - Mar/2015 - Fascículo 11 - Boletim IOB

Quando da entrada do veículo no estabelecimento transportador, este emitirá o CTRC correspondente à prestação do serviço de transporte referente ao retorno da mercadoria ou do bem. (Convênio Sinief nº 6/1989, art. 72; RICMS-RS/1997, Livro II, art. 63, Nota 02) 4. Aproveitamento do crédito no retorno No retorno integral de mercadoria não entregue, a recuperação do ICMS pago por ocasião da saída originária, a título de crédito, será feita mediante a adoção dos seguintes procedimentos: a) emissão de nota fiscal na entrada, com referência à nota fiscal que acobertou o transporte da mercadoria; b) escrituração da nota fiscal mencionada na letra a no livro Registro de Entradas, na forma estabelecida na legislação própria, com crédito ao imposto; c) manutenção em arquivo, pelo prazo de 5 anos, do documento fiscal que acobertou o transporte da mercadoria, com a anotação da ocorrência. Observe-se que a recuperação do ICMS somente será possível se houver a comprovação do retorno e o contribuinte tiver emitido a nota fiscal de entrada citada na letra a, que deve ser mantida com a nota fiscal de saída original. (RICMS-RS/1997, Livro I, art. 31, IV, nota 01) 5. Anotações no verso da nota fiscal O transporte da mercadoria não entregue ao destinatário, conforme abordado no tópico 3, será acobertado pela própria nota fiscal emitida pelo remetente, mas esta somente será documento hábil se os motivos da não entrega constarem em seu verso. O preenchimento do motivo da não entrega deve ser efetuado pelo destinatário no momento em que o transportador constatar que não poderá efetuar a entrega ao destinatário. Na impossibilidade de essa declaração ser feita pelo destinatário, como no caso de o estabelecimento estar fechado, ela será feita pelo transportador. Enfatizamos o fato de que o transportador não deverá sair do local antes de fazer as anotações citadas anteriormente, pois só então o documento será hábil para acompanhar o transporte da mercadoria em retorno ao estabelecimento de origem, evitando, dessa forma, a ação fiscalizadora que porventura surja durante o transporte. No caso de emissão de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), essa declaração poderá ser feita no verso do Danfe. (Convênio Sinief s/nº/1970, art. 54, 3º) 5.1 Motivos para a não entrega São os mais diversos os motivos para a não entrega de mercadoria ao estabelecimento destinatário. Dentre eles destacamos alguns com os respectivos exemplos de anotações. Lembramos que os modelos descritos neste subtópico servem apenas para elucidar e orientar o contribuinte em suas anotações, podendo ser utilizado qualquer outro modelo de interesse do contribuinte. Ressalte-se que a legislação do Rio Grande do Sul não dispõe sobre os modelos de anotações que devam ser realizados. Assim, os modelos demonstrados a seguir servem apenas de orientação ao contribuinte. 5.1.1 Destinatário não localizado Neste caso, a declaração deverá ser datada e assinada pelo transportador, nos seguintes termos: Mercadorias não entregues por não ter sido localizado o destinatário...., de... de.... 5.1.2 Mercadorias em desacordo com o pedido Neste caso, a declaração deverá ser datada e assinada pelo transportador, nos seguintes termos: Recusamo-nos a receber as mercadorias constantes desta nota fiscal por estarem em desacordo com o nosso pedido...., de... de.... 5.1.3 Estabelecimento destinatário fechado Neste caso, a declaração deverá ser datada e assinada pelo transportador, nos seguintes termos: Mercadorias não entregues porque no momento da entrega o estabelecimento destinatário se encontrava fechado...., de... de.... 5.1.4 Mudança de endereço do estabelecimento destinatário Neste caso, a declaração deverá ser datada e assinada pelo transportador, nos seguintes termos: O destinatário das mercadorias constantes desta nota fiscal mudou-se para local não sabido, razão pela qual as mercadorias não foram entregues...., de... de.... 6. Penalidades O descumprimento das formalidades previstas na legislação implica ao contribuinte infrator, quando estas forem apuradas no curso da fiscalização, as penalidades previstas na legislação, cuja capitulação é feita pelo agente fiscal e estão previstas na Lei nº 6.537/1973. (Lei nº 6.537/1973) 7. Nota fiscal Com o intuito de facilitar o entendimento, exemplificamos a forma de emissão dos documentos fiscais emitidos na operação de retorno de mercadorias não entregues ao destinatário. Assim, suponhamos que determinado contribuinte pediu 10 guarda-sóis de jardim na cor branca e o vendedor os enviou na cor verde. Por não estar de acordo com o pedido, o destinatário se recusa a receber a mercadoria. No verso do Danfe, deverá ser mencionado o motivo dessa recusa, conforme indicamos nos modelos a seguir. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2015 - Fascículo 11 RS11-07

Os dados utilizados são hipotéticos, lembrando que a nota fiscal deve ser preenchida de acordo com as exigências contidas na legislação em vigor à época em que ocorrer a operação. Ressaltamos que os contribuintes que emitem a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) devem cumprir essa obrigação na forma estabelecida na legislação própria. 7.1 Nota fiscal de venda Exemplificamos neste tópico o preenchimento da nota fiscal de venda das mercadorias. DANFE - VENDA 11-08 RS Manual de Procedimentos - Mar/2015 - Fascículo 11 - Boletim IOB

7.2 Nota fiscal relativa à entrada de mercadoria Neste subtópico, demonstramos o preenchimento da nota fiscal relativa à entrada da mercadoria não entregue ao destinatário. DANFE - RETORNO DE MERCADORIA NÃO ENTREGUE Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2015 - Fascículo 11 RS11-09

8. Escrituração - Principais reflexos na EFD Ao contribuinte que estiver obrigado à apresentação da EFD, para o lançamento fiscal das NF-e reproduzidas nos subtópicos 7.1 e 7.2, apresentamos, a seguir, a título exemplificativo, o preenchimento dos principais registros/campos. Salientamos que, para a efetiva geração da EFD, outros registros deverão ser apresentados, devendo o contribuinte observar as disposições do Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, bem como o Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital - EFD- -ICMS/IPI. Deve-se observar, ainda, a Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo LI, que contém instruções relativas à EFD e que devem ser observadas pelos contribuintes gaúchos. 8.1 Registro C100 Este registro destina-se ao lançamento dos totais de valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada, teríamos o preenchimento da seguinte forma: REGISTRO C100 Registro C100 Nº Campo Valor Obrigatoriedade 1 REG C100 O 2 IND_OPER 1 O 3 IND_EMIT 0 O 4 COD_PART * Código interno declarante O 5 COD_MOD 55 O 6 COD_SIT 00 O 7 SER 1 OC 8 NUM_DOC 20 O 9 CHV_NFE 4315027736421564079455001 0000000201760008100 O 10 DT_DOC 11022015 O 11 DT_E_S OC 12 VL_DOC 1000,00 O 13 IND_PGTO 0 O 14 VL_DESC OC 15 VL_ABAT_NT OC 16 VL_MERC 1000,00 OC 17 IND_FRT 9 O 18 VL_FRT OC 19 VL_SEG OC 20 VL_OUT_DA OC 21 VL_BC_ICMS 1000,00 OC 22 VL_ICMS 170,00 OC 23 VL_BC_ICMS_ST OC 24 VL_ICMS_ST OC 25 VL_IPI OC 26 VL_PIS OC 27 VL_COFINS OC 28 VL_PIS_ST OC 29 VL_COFINS_ST OC A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será: C100 1 0 * Código interno declarante 55 00 1 20 4315027 7364215640794550010000000201760008100 11022015 1000,00 0 1000,00 9 1000,00 170,00 Nota Considerando que os valores referentes ao PIS e à Cofins dependem do tipo de apuração adotado pelo contribuinte, optamos por não apresentá- -los neste texto. 8.2 Registro C190 O Registro analítico de documento fiscal C190 tem por objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por CST, CFOP e alíquota de ICMS. Para o exemplo em questão, teríamos os seguintes preenchimentos: REGISTRO C190 Registro C190 Nº Campo Valor Obrigatoriedade 1 REG C190 O 2 CST_ICMS 000 O 3 CFOP 5102 O 4 ALIQ_ICMS 17,00 OC 5 VL_OPR 1000,00 O 6 VL_BC_ICMS 1000,00 O 7 VL_ICMS 170,00 O 8 VL_BC_ICMS_ST 0,00 O 9 VL_ICMS_ST 0,00 O 10 VL_RED_BC 0,00 O 11 VL_IPI 0,00 O 12 COD_OBS *Código interno declarante OC A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será: C190 000 5102 17,00 1000,00 1000,00 170,00 0,00 0,00 0,00 0,00 *Código interno declarante 8.3 Escrituração da NF-e de retorno da mercadoria Ao contribuinte que estiver obrigado à apresentação da EFD, para o lançamento fiscal da NF-e reproduzida no subtópico 7.2, apresentamos, a seguir, a título exemplificativo, o preenchimento dos principais registros/campos. 8.3.1 Registro C100 Este registro destina-se ao lançamento dos totais de valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada, teríamos o preenchimento da seguinte forma: REGISTRO C100 Registro C100 Nº Campo Valor Obrigatoriedade 1 REG C100 O 2 IND_OPER 0 O 3 IND_EMIT 0 O 4 COD_PART * Código interno declarante O 5 COD_MOD 55 O 6 COD_SIT 00 O 7 SER 1 OC 8 NUM_DOC 21 O 9 CHV_NFE 431502773642156407945500100 00000211139350402 O 10 DT_DOC 11022015 O 11 DT_E_S O 12 VL_DOC 1000,00 O 11-10 RS Manual de Procedimentos - Mar/2015 - Fascículo 11 - Boletim IOB

Registro C100 Nº Campo Valor Obrigatoriedade 13 IND_PGTO 2 O 14 VL_DESC OC 15 VL_ABAT_NT OC 16 VL_MERC 1000,00 OC 17 IND_FRT 9 O 18 VL_FRT OC 19 VL_SEG OC 20 VL_OUT_DA OC 21 VL_BC_ICMS 1000,00 OC 22 VL_ICMS 170,00 OC 23 VL_BC_ICMS_ST OC 24 VL_ICMS_ST OC 25 VL_IPI OC 26 VL_PIS OC 27 VL_COFINS OC 28 VL_PIS_ST OC 29 VL_COFINS_ST OC A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será: C100 0 0 * Código interno declarante 55 00 1 21 431502 77364215640794550010000000211139350402 1102201 5 1000,00 2 1000,00 9 1000,00 170,00 Nota Considerando que os valores referentes ao PIS e à Cofins dependem do tipo de apuração adotado pelo contribuinte, optamos por não apresentá- -los neste texto. 8.3.2 Registro C110 Este registro destina-se ao lançamento da informação apresentada no campo Informações Complementares na nota fiscal. Para a NF-e exemplificada, teríamos o preenchimento da seguinte forma: REGISTRO C110 Registro C110 Nº Campo Valor Obrigatoriedade 1 REG C110 O a IOB Setorial Federal Gráfico - DIF-Papel Imune - Apresentação semestral A obrigação tributária se divide em principal e acessória. A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente. A obrigação acessória, por sua vez, decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos. Registro C110 Nº Campo Valor Obrigatoriedade 2 COD_INF *Código interno declarante O 3 TXT_COMPL Retorno de mercadoria remetida por meio da NF-e 20, de 11.02.2015, não entregue por estar em desacordo com o pedido. OC A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será: C110 *Código interno declarante Retorno de mercadoria remetida por meio da NF-e 20, de 11.02.2015, não entregue por estar em desacordo com o pedido. 8.3.3 Registro C190 O Registro analítico de documento fiscal C190 tem por objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por CST, CFOP e alíquota de ICMS. Para o exemplo em questão, teríamos os seguintes preenchimentos: REGISTRO C190 Registro C190 Nº Campo Valor Obrigatoriedade 1 REG C190 O 2 CST_ICMS 000 O 3 CFOP 1949 O 4 ALIQ_ICMS 17,00 OC 5 VL_OPR 1000,00 O 6 VL_BC_ICMS 1000,00 O 7 VL_ICMS 170,00 O 8 VL_BC_ICMS_ST 0,00 O 9 VL_ICMS_ST 0,00 O 10 VL_RED_BC 0,00 O 11 VL_IPI 0,00 O 12 COD_OBS *Código interno declarante OC A representação deste registro no arquivo txt da EFD, considerando as informações deste exemplo, será: C190 000 1949 17,00 1000,00 1000,00 170,00 0,00 0,00 0,00 0,00 *Código interno declarante N Em termos práticos, tudo o que a legislação tributária exige do contribuinte, além do pagamento do tributo propriamente dito, enquadra-se como obrigação acessória (emissão de documentos e escrituração de livros fiscais, prestação de informações ao Fisco etc.). Destaque-se que a obrigação acessória, pelo simples fato de sua inobservância, é convertida em obrigação principal relativamente à penalidade pecuniária. Dessa forma, o contribuinte que deixar de cumprir qualquer obrigação acessória, dentro do prazo fixado pela legislação, ficará sujeito à respectiva penalidade. As pessoas jurídicas fabricantes, distribuidoras, importadoras, as empresas jornalísticas ou editoras e as gráficas que Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2015 - Fascículo 11 RS11-11

realizarem operações com papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, e obrigadas à inscrição no registro especial instituído pelo art. 1º da Lei nº 11.945/2009, deverão apresentar a Declaração Especial de Informações Relativas ao Controle de Papel Imune (DIF-Papel Imune). A DIF-Papel Imune deverá ser apresentada pelo estabelecimento matriz, contendo as informações referentes a todos os estabelecimentos da pessoa jurídica que operarem com papel destinado à impressão de livros, jornais e periódicos, por meio da Internet, com a utilização de aplicativo disponível no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), www. receita.fazenda.gov.br. As pessoas jurídicas ora mencionadas ficam obrigadas à apresentação da DIF-Papel Imune, mesmo quando não houver movimentação de estoques e/ou produção no semestre- -calendário. A Instrução Normativa RFB nº 1.064/2010 aprovou o programa gerador, versão 2.0, para o preenchimento da DIF-Papel Imune, a qual deverá ser entregue por meio do programa Receitanet, disponível no site da RFB, nos seguintes prazos: a) em relação ao 1º semestre-calendário, até o último dia útil do mês de agosto; e b) em relação ao 2º semestre-calendário, até o último dia útil de fevereiro do ano subsequente. A não apresentação da DIF-Papel Imune nos prazos citados sujeitará a pessoa jurídica às seguintes penalidades: a) 5%, não inferior a R$ 100,00 e não superior a R$ 5.000,00, do valor das operações com papel imune omitidas ou apresentadas de forma inexata ou incompleta; e b) R$ 2.500,00, para micro e pequenas empresas, e de R$ 5.000,00, para as demais, independentemente da penalidade mencionada na letra a, se as informações não forem apresentadas no prazo estabelecido, sendo reduzida à metade se apresentada antes de qualquer procedimento de ofício. A omissão ou a prestação de informações falsas configura hipótese de crime contra a ordem tributária, prevista no art. 2º da Lei nº 8.137/1990, sem prejuízo das demais sanções cabíveis, podendo ainda ser aplicado à pessoa jurídica o regime especial de fiscalização previsto no art. 33 da Lei nº 9.430/1996. (Código Tributário Nacional, art. 113; Lei nº 11.945/2009, art. 1º; Lei nº 8.137/1990, art. 2º; Lei nº 9.430/1996, art. 33; Instrução Normativa RFB nº 976/2009, arts. 10 a 13; Instrução Normativa RFB nº 1.064/2010) N a IOB Comenta Estadual ICMS - Remessa de mercadorias para venda em exposição-feira O Fisco gaúcho, por meio do ato legal em fundamento, alterou procedimentos a serem observados pelos contribuintes que remetem mercadorias para serem vendidas em feiras e exposições, concernentes à emissão de documentos fiscais na remessa e no eventual retorno daquelas que não forem vendidas e ao pagamento do imposto. Em vista dessas alterações, o expositor-feirante deverá emitir as notas fiscais relativas à remessa de mercadorias para o local da exposição-feira, às vendas realizadas e ao retorno ao estabelecimento daquelas não vendidas, adotando, no que couber, os procedimentos previstos na Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo XIX, Seção 1.0. O contribuinte não inscrito em cadastro estadual, mesmo se domiciliado em outro Estado, interessado em participar desse tipo de exposição-feira deverá emitir Nota Fiscal Avulsa, com destaque do imposto que será calculado, aplicando-se a alíquota interna sobre o valor provável de venda. O comprovante de pagamento do imposto e essa nota fiscal servirão para acobertar a remessa das mercadorias até o local da exposição-feira, inclusive quando se tratar de suprimento, e devem ser mantidos no seu estande durante a realização do evento. Relativamente à Nota Fiscal Avulsa, para pagamento do imposto deverá preencher a Guia de Arrecadação em 2 vias adicionais, a Guia Nacional (GNRE) com cópia ou emitir o comprovante de pagamento autoatendimento com 2 cópias, que servirão para comprovar, no trânsito, o pagamento do imposto no momento da ocorrência do fato gerador. Deve, ainda, pagar o imposto por meio de guia de recolhimento ou utilizando a modalidade autoatendimento no momento da saída da mercadoria. Esse recolhimento não se aplica quando se tratar de Nota Fiscal Avulsa emitida por microempreendedor individual (MEI) que recolhe o imposto de acordo com o Simei, na qual deverá constar a expressão Não gera direito a crédito de ICMS (RICMS-RS/1997, Livro I, art. 46, II, b ). Tratando-se de mercadorias adquiridas de terceiros, neste Estado, por contribuinte não inscrito, será observado o seguinte: a) o imposto correspondente ao débito fiscal próprio do fornecedor e o correspondente ao débito fiscal de responsabilidade por substituição tributária previsto no RICMS, Livro III, art. 59, quando devida- 11-12 RS Manual de Procedimentos - Mar/2015 - Fascículo 11 - Boletim IOB

mente destacados na nota fiscal de aquisição das mercadorias, serão apropriados como crédito fiscal na apuração do imposto a ser recolhido; b) a 1ª via da nota fiscal de aquisição das mercadorias poderá documentar a remessa das mesmas ao local da exposição-feira, desde que contenha o destaque, inclusive, do imposto relativo ao débito fiscal de responsabilidade por substituição tributária, bem como a data e o horário da efetiva saída das mercadorias para o local da exposição-feira; c) o contribuinte não inscrito, antes do início da exposição-feira, deverá apresentar a 1ª via da nota fiscal de aquisição das mercadorias: c.1) à Fiscalização de Tributos Estaduais à qual se vincula o local da realização do evento; c.2) à Central de Atendimento ao Contribuinte (CAC), se o evento ocorrer em Porto Alegre. Os procedimentos a serem adotados por contribuintes de outros Estados interessados em participar das referidas exposições são os previstos na Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo XIX, Seção 2.0. Outros procedimentos relacionados ao tema em comento estão previstos na Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo XIX, Seção 4.0. Observe-se que os termos relacionados à emissão de documentos fiscais devem ser adequados àqueles próprios previstos na Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo XI, Seção 20.0, que trata da emissão da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). (Instrução Normativa DRP nº 45/1998, Título I, Capítulo XI, Seção 20.0, Capítulo XIX, Seção 4.0; Instrução Normativa RE nº 10/2015) N a IOB Perguntas e Respostas IPI Suspensão - Conceito de preponderância 1) Como definir se o estabelecimento se dedica preponderantemente à elaboração dos produtos citados no caput do art. 29 da Lei nº 10.637/2002 para efeito da suspensão do IPI na aquisição de insumos? Para que seja caracterizado como estabelecimento preponderantemente produtor, para efeito de aquisição de insumos com a suspensão do IPI, o estabelecimento deverá ter auferido no ano imediatamente anterior receita bruta, decorrente das operações com os produtos dos capítulos da TIPI citados no caput do art. 29, superior a 60% da receita bruta total auferida. (Lei nº 10.637/2002, art. 29; Instrução Normativa RFB nº 948/2009, art. 23) IOF Doações efetuadas por instituições religiosas - Remessas ao exterior - Incidência 2) Há incidência do IOF nas remessas de doações, efetuadas por instituições religiosas, com objetivo de desenvolvimento de atividades de apoio a diversas igrejas e a missionários religiosos residentes ou domiciliados no exterior? Sim. Na hipótese aventada, não se aplica a não incidência do IOF determinada pelo inciso II do 3º do art. 2º do Decreto nº 6.306/2007, tendo em vista que, ao instituir a imunidade para templos de qualquer culto, a Constituição Federal referiu-se, taxativamente, às instituições religiosas sob cuja denominação se concretiza o livre exercício dos cultos religiosos garantido pela Constituição nos termos do inciso VI do art. 5º. Assim, a entidade que se constitui com a finalidade de colaborar ou cooperar com igrejas, auxiliá-las ou prestar- -lhes qualquer serviço relacionado às finalidades essenciais do templo não se qualifica como templo para fins de imunidade. (Constituição Federal, arts. 5º, caput, VI, e 150, caput, VI, b, 4º; Decreto nº 6.306/2007, art. 2º, 3º, II; Solução de Divergência Cosit nº 16/2014) ICMS/RS Crédito presumido - Bolacha de arroz - Apropriação pelo fabricante 3) O estabelecimento fabricante pode apropriar crédito presumido na saída de bolacha de arroz? Sim. O estabelecimento fabricante pode apropriar a título de crédito presumido o valor correspondente a 5% do valor da operação na saída interna de bolacha de arroz, classificada no código 1904.10.00 da NBM/SH-NCM, no valor equivalente a 5% do valor dessas saídas. (RICMS-RS/1997, Livro I, art. 32, CLXIII, b ) Crédito presumido - Lentilha pronta para o consumo - Apropriação pelo fabricante 4) O estabelecimento fabricante pode apropriar crédito presumido na saída de lentilha pronta para o consumo? Sim. O estabelecimento fabricante pode apropriar a título de crédito presumido o valor correspondente a 5% do valor da operação nas saídas interestaduais tributadas a 12% e a 3% naquelas tributadas a 7%, de lentilha pronta para o consumo, classificada no código 2005.99.00 da NBM/SH-NCM. (RICMS-RS/1997, Livro I, art. 32, CLXIII, a, item 3) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Mar/2015 - Fascículo 11 RS11-13