Informativo Agronômico n o 01 v2.0 NETAFIM BRASIL IRRIGAÇÃO LOCALIZADA NA CULTURA DO EUCALIPTO INFORMAÇÕES DE CULTIVO
1. CULTURA Eucalipto Nome Científico: Eucalyptus spp. Família: Myrtaceae Origem: Oceania Cultivo: Perene 2 Netafim Brasil
2. INTRODUÇÃO Principais países produtores Índia, Brasil, China, Portugal Possui uma área plantada de 20 milhões de hectares no mundo A maior área plantada encontra-se na Índia com aproximadamente 8 milhões de hectares plantados Mercado mundial Principais exportadores: Brasil, Índia Principais importadores: EUA, Japão e União Européia 3
2. INTRODUÇÃO Mercado Brasileiro Área plantada de aproximadamente 4,8 milhões de hectares Produtividade média: 41 m 3 /ha/ano Destaque em área plantada: Minas Gerais e São Paulo A baixa produtividade nacional é devido à inclusão da produção das áreas de sequeiro, sujeitas aos riscos da irregularidade das chuvas 4
2. INTRODUÇÃO Área plantada com eucaliptos por estado ESTADO ÁREA PLANTADA Minas Gerais 1.401.787 São Paulo 1.031.677 Bahia 607.440 Mato Grosso do Sul 475.528 Rio Grande do Sul 280.198 Espírito Santo 197.512 Paraná 188.153 Maranhão 165.717 Pará 151.378 Santa Catarina 104.686 Tocantins 65.502 Goiás 59.624 Mato Grosso 58.843 Amapá 50.099 Outros Estados 35.807 Total 4.873.952 Fonte: Anuário Estatístico da ABRAF, 2012. 5
2. INTRODUÇÃO Indicação de espécies de acordo com as condições de ambiente e finalidade de uso Localidade da Propriedade Agrícola Uso da Madeira Eucalipto Indicado Regiões sujeitas a geadas severas e frequentes Regiões sujeitas a geadas severas e frequentes Regiões livres de geadas severas Fins energéticos e serraria Fins energéticos Fins energéticos, celulose de fibra curta, construção civil e serraria E. dunnii E. benthamii E. grandis Regiões livres de geadas severas Uso em geral E. urophylla Regiões livres de geadas severas Regiões livres de geadas severas Fonte: Embrapa Fins energéticos, laminação, móveis, postes, mourões e celulose. Fins energéticos, construção civil, mourões, serraria E. saligna E. camaldulensis 6
3. CLIMA Duração do cultivo: em média 5 anos Espécies adaptadas a diferentes regiões Adapta-se bem em climas tropicais e subtropicais Altamente sujeitos a danos por baixas temperaturas nos estágios iniciais da cultura Suportam temperaturas de 6 a 32 C 7
4. SOLO Importante Solos profundos Preferencialmente textura média Solos com boa drenagem e aeração Evitar solo com Alta salinidade e altos valores de ph 8
5. ESPAÇAMENTO Variam de acordo com a finalidade do plantio, geralmente adota-se 3,0 X 1,5 m; 3,0 x 2,0 m; 3,0 x 2,5 m; 2,5 x 2,5 m; 3,0 x 3,0 m - Espaçamentos maiores (densidade baixa): menor produção em volume individual, menor custo de implantação, maior número de tratos culturais, maior conicidade de fuste e desbastes tardios - Espaçamentos menores (densidade alta): maior produção em volume por hectare, rápido fechamento do dossel, menor número de tratos culturais, menor conicidade do fuste e exigem desbastes precoces 9
6. PLANTIO Alguns fatores devem ser definidos previamente como: espaçamento, operações de manejo, tratos culturais e adubação das mudas Modo de plantio - Manual: indica para relevos declivosos ou áreas que impossibilitam o uso de máquinas - Mecanizado: indicado para relevos planos 10
7. GOTEJAMENTO Emissor: Autocompensado: DripNet PC (16250) Não autocompensado: Tiran (16009) Número linhas: 1 linha de emissor para 1 linha de cultivo Espaçamento dos gotejadores: 0,5 a 0,7 m (depende da textura do solo) Vazão : 1,0 1,6 2,0 L/h 11
8. COEFICIENTE DE CULTIVO Evapotranspiração de referência - ETo Coeficiente de cultivo - Kc ETo X Kc Fase inicial: 0,7 Fase média de desenvolvimento: 0,82 Fonte: (Alves, 2009, Viçosa) 12
9. DEMANDA HÍDRICA Demanda hídrica: total anual de 1.000 a 1.800 mm, bem distribuídos Demanda crítica: 3,0 a 7,0 mm/dia Período crítico: pegamento das mudas (garantia do estande de plantas) e dos 1,5 à 3,5 anos (estágio de maior crescimento do eucalipto) Tensiômetria: excelente ferramenta de monitoramento D = ¼ da distância entre gotejadores 13
10. SISTEMA RADICULAR Sistema radicular pivotante - Profundidade: pode ultrapassar 10 m Eficiência - Sistema radicular efetivo de aproximadamente 2,3 m 14
11. NUTRIÇÃO Demanda Nutricional - Para uma tonelada (1 ton) de biomassa aos 6 anos - Nitrogênio: 5,7 Kg - Fósforo: 0,87 Kg - Potássio: 6,8 kg Adubação - Nitrogênio: 30 a 60 kg/ha - Fósforo: 20 a 120 kg/ha - Potássio: 30 a 80 kg/ha 15
11. NUTRIÇÃO Níveis ótimos de nutrientes nas folhas Macronutrientes (mg/g) Micronutrientes (µg/g) N P K Ca Mg B Mn Fe 20 a 22 0,9 a 1,4 7,5 a 8,3 3,8 a 6,0 2,6 a 6,2 20 a 60 10 a 15 300 a 700 Fonte: EMBRAPA 16
12. PRAGAS Principais pragas Nome Comum Besouros desfolhadores Psilídeos Formigas Cortadeiras Cupins Lagarta desfolhadora Grilo Espécies Costalimaita ferruginea Ctenarytaina spatulata Atta sexdens piriventris Famílias Rhinotermitidae e Termitidae Thyrinteina arnobia Gryllus assimilis Fonte: EMBRAPA 17
13. DOENÇAS Principais doenças Nome Comum Podridão das raízes em mudas Mofo-cinzento Oídio Ferrugem do eucalipto Manchas foliares Rubelose do eucalipto Cancro do eucalipto Espécies Fusarium e Phytophthora Botrytis cinerea Oidium eucalypti Puccinia psidii Pseudomonas e Xanthomonas Erytricium salmonicolor Cryphonectria cubensis Fonte: EMBRAPA 18
14. NEMATÓIDES Os principais nematóides que ocorrem na cultura do eucalipto são dos gêneros Mesocriconema (mais comum), Meloidogyne e Pratylenchus (maior dano a cultura) Gêneros Mesocriconema sp Meloidogyne sp Pratylenchus sp Foto de Mesocriconema spp 19
15. COLHEITA Critérios adotados para a colheita A colheita é realizada aproximadamente aos 5 anos Na fase de corte são realizadas as operações de: derrubada, desgalhamento, traçamento, preparo da madeira para o arraste e empilhamento 20
16. PRODUTIVIDADE Dependente da variedade, espaçamento e tratos culturais Em média 41 m 3 /ha/ano em sequeiro Irrigação localizada (irrigação + fertirrigação): pode-se alcançar 78 m 3 /ha/ano 21
16. PRODUTIVIDADE Atingível Potencial Fatores definidores: Genótipo, Temperatura, CO 2 e Radiação. Fatores limitantes: Água, Nutrientes e Solo. Real Fatores redutores: Ervas, Pragas, Doenças e Fogo. 0 22 m 3 /ha/ano Através do gráfico observa-se que a água e nutrientes são fatores limitantes para uma boa produtividade do eucalipto. A irrigação localizada por gotejamento proporciona fornecimento adequada de água e nutrientes para o eucalipto conquistando assim altas produtividades
17. RESULTADOS Parceria: Netafim Departamento Agrônomico Inst. Pesquisa (Uniube) Dr. André Fernandes Vale do Rio Grande Local: Uberaba, MG Plantio: Dezembro, 2004 Emissor: Ram 1,6 L/h x 0,5 m Objetivo: Comparativo entre Sequeiro e Gotejamento Nutrição: 25, 50 e 100% via fertirrigação Cultura: Eucalipto (4,0 x 1,5 m) 23
17. RESULTADOS Data: 23/05/2007 (2,5 anos) Menor Diâmentro Maior Diâmentro Sem irrigação Irrigado por gotejamento 24
17. RESULTADOS Primeira Avaliação (3 anos): medidas de altura e diâmetro (altura do peito) Espécie florestal Nutrição (%) Irrigado Altura (m) Não irrigado Aumento relativo (%) Irrigado D.A.P. (cm) Não irrigado Aumento relativo (%) 25,0 22,5 18,1 23,9 14,9 14,4 3,5 Eucalipto 50,0 22,7 19,1 18,4 16,7 14,0 19,5 100 22,8 19,4 17,2 17,6 15,0 17,2 Altura: 20% D.A.P: 20% 25
17. RESULTADOS Segunda Avaliação (4,5 anos) (I.M.A) Incremento médio anual - Sequeiro: 56 m 3 /ha/ano - Gotejamento (melhor tratamento, 50%): 78 m 3 /ha/ano - Incremento: 22 m 3 /ha/ano = 28% 26
17. RESULTADOS Parceria: Netafim Departamento Agronômico Empresa MMX Local: Mato Grosso Plantio: Junho, 2007 Emissor: Dripnet PC 1,0 L/h X 1,125 m Objetivo: Testes de Lâminas de Irrigação (sequeiro, 50% 75% 100%) Nutrição: 100% via fertirrigação (Nitrogênio) Culturas: Eucalipto (4,0 X 1,5 m) 27
17. RESULTADOS 100% de lâmina testemunha Observa-se na área irrigada plantas com boas quantidades de folhas ao contrário da área de sequeiro na qual predomina desfolha acentuada 28
17. RESULTADOS Aferição em maio/09 idade 23,7 meses 29 Netafim Brasil Clone Plantas/ha Testemunha 50% irrigação 75% irrigação 100% irrigação M13 M32 962 32,16 40,66 43,36 48,10 1.111 29,86 42,13 47,48 48,03 1.316 32,80 45,45 51,55 53,57 Média ( m3/ha/ano ) 31,61 42,75 47,46 49,90 % ganho x test. 35% 50% 58% 962 23,98 33,03 36,40 39,83 1.111 25,23 36,75 39,15 42,37 1.316 26,39 40,17 41,34 46,15 Média (m 3 /ha/ano) 25,20 36,65 38,96 42,78 % ganho x test. 45% 55% 70% M13 X M32 25% 17% 22% 17% A fertirrigação iniciou quando o plantio tinha 6 meses de idade, portanto os resultados acima refere-se a 17 meses de funcionamento do sistema
18. FOTOS NÃO IRRIGADO IRRIGADO Irrigado com 2 anos do plantio Não irrigado com 4,5 anos do plantio 30
OBRIGADO 31