Relações da água no Sistema Solo-Planta-Atmosfera LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO
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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA AGRONÔMICA IRRIGAÇÃO Relações da água no Sistema Solo-Planta-Atmosfera LÂMINAS DE IRRIGAÇÃO Antenor de Oliveira de Aguiar Netto
2 Introdução A quantidade de água a ser aplicada ao solo para suprir a necessidade das culturas agrícolas é importante para fins de dimensionamento e manejo da irrigação. A lâmina de irrigação pode ser determinada por métodos baseados: no solo retenção e armazenamento de água no solo, tensiometria ou medidores do teor de água no solo; no clima evapotranspiração de referência; e na planta fluxo de seiva, medida do potencial de água na folha; ou na contabilização da entrada e saída de água no sistema balanço de água no solo.
3 Água disponível O solo funciona como um reservatório de água para as plantas porque apesar de ser aberto para a atmosfera e para os horizontes mais profundos do perfil, ele retém água através de sua interação com a matriz. A água disponível no solo para as plantas pode ser considerada como o intervalo entre a capacidade de campo e o ponto de murcha permanente. AD CC PM
4 Determinação da capacidade de campo in situ, no Perímetro Irrigado Platô de Neopólis.
5 Determinação do ponto de murcha in situ, no Perímetro Irrigado Platô de Neopólis.
6 Disponibilidade total da água no solo DTA CC PM 10 d a em que: DTA = Disponibilidade total d água no solo, mm/cm CC = Capacidade de campo, % massa PM = Ponto de murcha, % massa da = densidade aparente do solo, kg/dm 3
7 Reservatório de água no solo
8 Capacidade total da água no solo A profundidade efetiva do sistema radicular (z) das culturas é fator importante no estabelecimento da capacidade de armazenamento de água no solo, porque determina a altura da lâmina de água que o solo pode armazenar na zona de concentração das raízes. A profundidade efetiva deve ser tal que de 60 a 90 % do sistema radicular das culturas esteja nela contido.
9 Profundidade efetiva do sistema radicular
10 Capacidade total da água no solo CTA DTAxz em que: CTA = Capacidade total d água no solo, mm DTA = Disponibilidade total d água no solo, mm/cm z = profundidade do sistema radicular das culturas, cm
11 Profundidade efetiva do sistema radicular CULTURAS PROFUNDIDADE (CM) Quiabo Feijão Citros Sorgo Cana-de-açúcar
12 Capacidade real da água no solo A profundidade, a densidade e a distribuição do sistema radicular das plantas são fatores importantes no processo de absorção de água, irrigação e estabelecimento do fator f. O limite ideal de aplicação de água entre a CC e o PM depende de vários aspectos, destacando-se a cultura, o sistema de irrigação utilizado e a estratégia de manejo adotada.
13 Capacidade real da água no solo CRA IRN CTA f em que: CRA = Capacidade real d água no solo, mm IRN = Irrigação real necessária, mm CTA = Capacidade total d água no solo, mm f = fator de disponibilidade da água no solo, admensional
14 Irrigacão real necessária Reservatório da água no solo
15 CULTURA E PROFUNDIDADE DO SISTEMA RADICULAR Frutas e vegetais de FATOR f 0,25-0,40 preços elevados, com raízes rasas Frutas e culturas com 0,4-0,50 sistema radicular de profundidade média Forrageiras, grãos e 0,50 culturas com sistema radicular profundo Fator f de disponibilidade da água no solo
16 Irrigação real necessária Como os métodos de irrigação apresentam perdas por percolação, por escoamento superficial e por evaporação, é necessário, portanto, corrigir o valor da lâmina líquida de irrigação, em função da eficiência do método
17 Irrigação total necessária ITN IRN Ea em que: ITN = Irrigação total necessária, mm IRN = Irrigação real necessária, mm Ea = Eficiência de irrigação, admensional
18 MÉTODO DE IRRIGAÇÃO EFICIÊNCIA IDEAL (%) EFICIÊNCIA ACEITÁVEL (%) Superfície Aspersão Localizada Eficiência nos sistemas de irrigação
19 Irrigacão real necessária Eficiência nos sistemas de irrigação
20 Evapotranspiração potencial da cultura A evapotranspiração da cultura (ETPc) se refere a perda de um cultivo livre de pragas e doenças, que se desenvolve em uma área extensa, em condições ótimas de solo, incluindo fertilidade e umidade e que alcança o seu potencial máximo de produção nestas condições.
21 Evapotranspiração potencial da cultura ETPc EToxKc em que: ETPc = Evapotranspiração potencial da cultura, mm/dia ETo = Evapotranspiração de referência, mm/dia Kc = Coeficiente da cultura, admensional
22 Estação agrometeorológica automática, UFS - Itabaiana-se.
23 Total no CULTURAS período de crescimento Quiabo 0,75-0,90 Feijão 0,85-0,90 Citros 0,65-0,75 Sorgo 0,75-0,85 Cana-de-açúcar 0,85-1,05 Coeficiente de cultura
24 Turno de Rega Grande parte do sucesso de um programa de irrigação depende da determinação correta do turno de rega, ou seja, do intervalo entre duas irrigações sucessivas. O turno de rega deve ser determinado, de modo que permita o suprimento d água aos vegetais, de acordo com suas necessidades nos diferentes estádios do seu desenvolvimento e dentro das limitações de vazão e distribuição d água existentes
25 Turno de Rega Tr IRN ETPc em que: Tr = Turno de rega, dias IRN = Irrigação real necessária, mm ETPc = Evapotranspiração potencial da cultura, mm/dia
26 Irrigacão real necessária Balanço de água em culturas irrigadas
27 Movimento da água Fonte: Diretório no dos sistema Grupos de Pesquisa no solo-planta-atmosfera Brasil /
28 Irrigação localizada Um fator importante que deve ser considerado no dimensionamento de sistemas de irrigação localizada é a proporção de superfície ou de volume de solo, que deve ser umidecido, com respeito à superfície total ou ao volume de solo que pode estar ocupado pelas raízes, normalmente denominado de porcentagem de molhamento. DTA CC PM 10 d P 100 a
29 Irrigação localizada Uma outra metodologia para cálculo das necessidades de irrigação em sistemas localizados é considerar o turno de rega como um critério de projeto e assim determinar as lâminas de irrigação e o turno de rega e posteriormente o volume de água aplicado por planta.
30 Irrigação localizada Vp EpxElxETPcx P 0,15x(1 P) em que: Vp = Volume de água por planta, L Ep = Espaçamento entre plantas, m Ep = Espaçamento entre linhas, m P = Porcentagem de sombreamento
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