IT AGRICULTURA IRRIGADA
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- Adelino Carvalhal Fonseca
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1 4 Manejo da irrigação
2 4.1 Introdução A água é fator limitante para o desenvolvimento agrícola, sendo que tanto a falta ou excesso afetam o crescimento, a sanidade e a produção das plantas. O manejo racional de qualquer projeto de irrigação deve considerar os aspectos sociais e ecológicos da região e procurar maximizar a produtividade e a eficiência do uso da água e minimizar os custos, quer de m.d.o., quer de capital.
3 Além disso, visa manter as condições de umidade do solo e de fitossanidade favoráveis ao bom desenvolvimento da cultura irrigada, bem como melhorar ou manter as características físicas, químicas e biológicas do solo. O manejo da irrigação depende de parâmetros como: - tipo de sistema de irrigação; - grau de automação; - reuso de água no final da parcela (irrig. sulcos); - necessidade de sistematização; - medição de vazão; - disponibilidade de água e m.d.o.
4 Além desses fatores: - quando irrigar; - quanto aplicar por irrigação; - uniformidade de aplicação; - eficiência de irrigação; - benefícios da irrigação.
5 4.2 Época de irrigação e turno de rega O propósito da irrigação é abastecer as plantas de água à medida que elas necessitem, de modo a obter ótima produção em quantidade e qualidade. A quantidade de água requerida por uma cultura e a resposta de cada cultura à irrigação variam com o tipo de solo, tipo de cultura, os estádios de crescimento e as condições climáticas da região, sendo então impossível determinar um turno de rega fixo para cada cultura.
6 As plantas diferem entre si, quanto à tolerância, a limites máximos da tensão d água no solo, antes das irrigações. Umas respondem a maiores níveis de umidade no solo enquanto outras apresentam maiores resistências, sem prejudicar a produção.
7 Condições que tendem a requerer irrigações freqüentes Planta - raízes rasas esparsas e de crescimento lento; - maior desenvolvimento vegetativo ocorrendo durante estações sem chuva ou em períodos de alta demanda evapotranspirométrica; - parte ou órgão da planta colhidos sob a forma de peso verde (fresco) Solo - raso ou mal estruturado, impedindo crescimento de raízes;
8 - infiltração e drenagem lenta, baixa aeração; - solos salinos ou água para irrigação com altos teores de sais; - fertilidade e nutrientes concentrados na superfície do solo. Clima - alta demanda de evaporação; - ausência de chuva durante o período de crescimento; - árido; Manejo - plantio no início da estação seca; - valor de mercado; - quando se deseja máxima produção
9 Condições que tendem a requerer irrigações não freqüentes Planta - raízes profundas, densas e de crescimento rápido; - maior desenvolvimento vegetativo ocorrendo durante estações chuvosas ou em períodos de baixa demanda evapotranspirométrica; - colheita de órgãos secos.
10 Solo - profundo e de boa estrutura; - com boa infiltração, drenagem e aeração; - grande parte da água sisponível mantida sob baixa tensão; - solos não salinos; - lençol freático pouco profundo. Clima - baixa demanda de evaporação; - chuva durante o período de crescimento - úmido; Manejo - plantio no início da estação chuvosa; - valor de mercado determinado pelo peso seco;
11 4.3 Formas de manejo racional da irrigação Monitoramento do estado hídrico das plantas - Avaliação visual?
12 É uma forma muito subjetiva, pois os sintomas são muito dependentes da espécie vegetal. A sintomatologia geral de estresse é a perda de turgescência, mudança da posição e coloração das folhas, redução do crescimento de suas partes mais expostas, aumento da temperatura das folhas devido ao fechamento dos estômatos etc. A médio e longo prazo, ocorre morte das raízes superficiais, amarelecimento e senescência das folhas inferiores; as plantas crescem menos, ficando com estatura e enfolhamento menores em relação as áreas irrigadas.
13 Existem inúmeros métodos para se avaliar o estado hídricos das plantas: - Temperatura foliar (termometria ao infravermelho) - Temperatura foliar (termometria ao infravermelho) - Potencial de água na folha - Conteúdo relativo de água na planta - Resistência estomática - Grau de turgescência - Diâmetro do caule - Fluxo de seiva
14 - Equipamentos necessários: - Radiômetro de microondas - Medidores de dissipação térmica - Sonda de calor transiente (pulso de calor) - etc.
15 -Temperatura foliar (termometria ao infravermelho) Quando 1,0 g de água se evapora, a 20 ºC, absorve 2,45 kj do ambiente (calor latente de vaporização). Portanto, as plantas evaporam grandes quantidades de água para a atmosfera e, assim, dissipam grandes quantidades de energia rebaixando assim a temperatura da sua parte aérea.
16 -Temperatura foliar (termometria ao infravermelho) Ao se medir as temperaturas do ar (Ta) acima do dossel e a da parte aérea de uma cultura (Tc), pode-se assim determinar um diferencial de temperatura, que se correlaciona a disponibilidade de água no solo. Assim, quanto maior for este diferencial menor será o déficit de umidade no solo, permitindo que a planta transpire para promover o arrefecimento das folhas.
17 -Temperatura foliar (termometria ao infravermelho) Por outro lado, se há déficit de umidade no solo, Por outro lado, se há déficit de umidade no solo, haverá um decréscimo da transpiração que promoverá um aquecimento das folhas, fazendo com que Tc se aproxime de Ta.
18 -Transpiração e resistência estomática A perda de água por transpiração nas plantas se deve A perda de água por transpiração nas plantas se deve à transpiração cuticular, à transpiração lenticular e à transpiração estomática, sendo esta última a mais importante na interação entre a planta e o ambiente. Por esta razão, e porque quando se considera a transpiração como um todo, a componente estomática é a que prevalece dentre as demais.
19 - Potencial hídrico foliar O potencial hídrico foliar indica o estado hídrico das O potencial hídrico foliar indica o estado hídrico das plantas, expressando a reação da planta ao excesso ou ao déficit de água no solo, permitindo, assim, definir o momento de se iniciar a irrigação. O estado hídrico da planta é dinâmico, modificando não somente em função da disponibilidade de água no solo e das condições atmosféricas, mas também com o estádio de desenvolvimento da planta.
20 - Fluxo de seiva De forma rápida e precisa, os métodos de dissipação De forma rápida e precisa, os métodos de dissipação térmica são empregados em medições do fluxo de seiva no xilema com o propósito de investigar a taxa de transpiração das plantas, nos quais uma fonte de calor contínua ou um pulso direcionado de calor é produzido por meio de dispositivos termoelétricos.
21 - Fluxo de seiva Para isso, sensores são fixados ou inseridos nos troncos Para isso, sensores são fixados ou inseridos nos troncos ou ramos de plantas, principalmente frutíferas lenhosas, para medição do fluxo de seiva que, no período de 24 horas, tem demonstrado grande aproximação com a transpiração.
22 4.3.2 Manejo das irrigações via clima - Consumo de água pelas plantas (ETc) - evapotranspiração de referência (ETo) - evapotranspiração da cultura (ETc) - determinação do kc (cap. 3) - determinação do ks
23
24 - Equipamentos necessários: - Tanque classe A - Termômetro de máxima e mínima - Estação meteorológica - Lisímetros
25 4.3.2 Manejo das irrigações baseado em dados climáticos - Manejo com base na evapotranspiração de referência (ETo) obtida por lisímetro
26 4.3.2 Manejo das irrigações baseado em dados climáticos - Manejo com base na evapotranspiração de referência (ETo) obtida por Penman-Monteith/FAO
27 4.3.2 Manejo das irrigações baseado em dados climáticos - Manejo com base na evapotranspiração de referência (ETo) obtida pelo tanque Classe A
28 4.3.3 Manejo das irrigações via solo - Disponibilidade hídrica do solo - profundidade efetiva das raízes - fator de depleção ou consumo de água (f) - pot. de água crítico para as culturas
29 - Equipamentos necessários: - Sonda de nêutrons - Sonda de raios gama - Blocos porosos - Tensiômetros - Reflectometria no domínio do tempo - TDR
30 Existem inúmeros métodos para se avaliar o estado hídricos das plantas: - Manejo com base na umidade do solo utilizando tensiômetro
31 Existem inúmeros métodos para se avaliar o estado hídricos das plantas: - Manejo com base na umidade do solo utilizando TDR
32 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA Professor Daniel Fonseca de Carvalho ENGENHARIA DE ÁGUA E SOLO Instituto de Tecnologia - Depto. de Engenharia BR 465, km 7 - Seropédica-RJ (21) ; carvalho@ufrrj.br
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