PERSPECTIVAS PARA OS MERCADOS DE AÇÚCAR E ETANOL



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Transcrição:

PERSPECTIVAS PARA OS MERCADOS DE AÇÚCAR E ETANOL Marcos Sawaya Jank Presidente da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA) São Paulo, 26 de maio de 2011

SOBRE A UNICA Maior organização representativa do setor de açúcar, etanol e bioeletricidade do Brasil Mais de 120 associadas, que respondem por cerca de 60% da cana-deaçúcar, açúcar e etanol produzidos no Brasil Atuação nas áreas de legislação, meio-ambiente, estatísticas, tecnologia, comércio exterior, responsabilidade corporativa, sustentabilidade e comunicação Escritórios em 5 localidades: São Paulo (sede), Ribeirão Preto, Brasília, Washington e Bruxelas

GRANDES NÚMEROS DO SETOR SUCROENERGÉTICO Estrutura produtiva 432 plantas (2010¹) Fornecedores de cana 70.000 Postos de trabalho formais PIB da cadeia sucroenergética 1,28 milhão² US$ 28 bilhões Divisas externas US$ 13,8 bilhões (2010) Investimentos diretos mais de US$ 20 bilhões (2006-2009) % na matriz energética nacional 18% (> hidroeletricidade) Redução de emissões CO 2 > 600 milhões toneladas desde 1975 Elaboração: UNICA. Nota: 2010¹ - posição em 30/08/2010; ² dados de 2008 da Rais (Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho e Emprego); ³ Neves, Marcos Fava et. al, (2009) - Mapeamento da cadeia sucroenergética

Tecnologia Atual PRINICIPAIS PRODUTOS DA CANA-DE-AÇÚCAR Açúcar Tecnologia em Desenvolvimento Colmos da Cana Caldo de cana Bio-hidrocarbonetos (Diesel de cana) Cana-de- Açúcar Etanol Bagaço Bioplásticos Palha (pontas e folhas) Bioeletricidade Visite a nossa usina virtual: http://www.unica.com.br/usina-virtual/

Elaboração: UNICA. INDÚSTRIA CANAVIEIRA: NOVOS PRODUTOS E NOVOS USOS Novos produtos Açúcar Novos usos Ônibus Etanol Aviões Bioeletricidade Bio-etileno Bio-hidrocarbonetos Motocicleta Álcoolquímica (bioplásticos) Bio-hidrocarbonetos (diesel de cana, combustível de aviação)

ROTEIRO I. AÇÚCAR II. ETANOL Potencial de crescimento da oferta e da demanda Riscos e desafios

ROTEIRO I. AÇÚCAR II. ETANOL Potencial de crescimento da oferta e da demanda Riscos e desafios

INDUTORES DE CRESCIMENTO DA DEMANDA DE AÇÚCAR I. Crescimento populacional, principalmente nos países em desenvolvimento II. Urbanização acelerada, implicando em mudanças nos hábitos de consumo III. Efeitos renda e graduação Processo gradativo de substituição do consumo de cereais e tubérculos (situados na base da pirâmide alimentar) por produtos processados e de origem animal (localizados no topo da pirâmide), principalmente nos países em desenvolvimento Ampliação da renda em países pobres implica em aumento do consumo per capita de alimentos Cereais, tubérculos, raízes Doces, óleos e gorduras Carnes, lácteos, leguminosas Frutas, hortaliças

MUDANÇA NOS PADRÕES DE CONSUMO Alimentos Renda Alimentos dietéticos e funcionais Conveniência, snacks, doces Carnes, lácteos, frutas, vegetais China Índia Europa Oriental América Latina EUA Japão Canadá Europa Ocidental Grãos, raízes, arroz, feijão África Sub-saariana Sobrevivência Produtos de base Variedade Qualidade Alta Tecnologia Composição da dieta Fonte: ICONE.

kg/pessoa/ano PROJEÇÃO DO CONSUMO PER CAPITA DE ALIMENTOS NO MUNDO Fonte: Icone.

Mil toneladas EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO E DO CONSUMO MUNDIAL DE AÇÚCAR 180.000 Déficit 160.000 140.000 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000-00/01 01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 Produção Consumo Fonte: LMC, FOLicht. Elaboração: UNICA. Nota: 09/10* - preliminar.

Milhões de toneladas PRODUÇÃO MUNDIAL DE AÇÚCAR 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 Outros União Européia China Tailândia EUA Brasil India Fonte: LMC, FOLicht, UNICA.

Milhões de toneladas CONSUMO MUNDIAL DE AÇÚCAR 180 160 No período, a taxa geométrica média de crescimento do consumo de açúcar foi 2,3% ao ano. Esse crescimento foi 0,58% ao ano para os países desenvolvidos e 4,22% ao ano para os países em desenvolvimento. 140 120 100 80 60 40 20 0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 Outros India UE-27 China Brasil Estados Unidos Rússia Fonte: LMC, FOLicht, USDA, ISO, Czarnikow.

Milhões de toneladas EXPORTAÇÕES MUNDIAS DE AÇÚCAR 60 O Brasil representou 50% das exportações mundiais de açúcar na safra 2010/2011 50 40 30 20 10 0 2003/04 2004/05 2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 Tailândia Austrália India Outros União Européia Brasil Fonte: LMC, FOLicht, UNICA.

Milhões de toneladas 40 35 30 BRASIL: PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO DE AÇÚCAR Para a safra 2011/2012 estima-se que o Brasil exporte cerca de 70% da sua produção de açúcar 80% 70% 60% 25 20 15 10 5-01/02 02/03 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12e 50% 40% 30% 20% 10% 0% Produção Exportação/produção Fonte: MAPA, UNICA e Secex. Nota: os dados para a safra 11/12 são estimados.

Fonte: SECEX. Elaboração: UNICA EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE AÇÚCAR EM 2010 Argélia 4% Indonésia 4% China 5% Egito 4% Síria 4% Outros 43% 118 países Total de 28 milhões de toneladas exportadas em 2010, crescimento de 15% frente a 2009 Arábia Saudita 5% Emirados Árabes Unidos 5% Irã 6% Índia 8% Rússia 12% Mais de 100 nações importam açúcar do Brasil (em 2010: 128 países) Cotas de importação preferenciais destinadas ao Brasil por países desenvolvidos são muito pequenas em comparação ao volume total das vendas brasileiras de açúcar

ROTEIRO I. AÇÚCAR II. ETANOL Potencial de crescimento da oferta e da demanda Riscos e desafios

POTENCIAL DE CRESCIMENTO DE OFERTA E DEMANDA Demanda» Crescimento da frota de veículos e motocicletas flex» Novos produtos e novos usos» Ampliação do uso do etanol na indústria química (bioplásticos)» Uso da bioeletricidade» Aumento no consumo mundial de etanol» Expansão das exportações brasileiras de açúcar Oferta» Competitividade do sistema produtivo e potencial de expansão

Milhões EVOLUÇÃO DA FROTA BRASILEIRA DE VEÍCULOS COMERCIAIS LEVES (CICLO OTTO) 60 50 Hoje, 12 montadoras oferecem cerca de 90 modelos de veículos flex fuel, que já respondem por 45% da frota brasileira de veículos comerciais leves 40 30 20 86% 10 45% 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 Veículo Flex Gasolina Etanol (dedicado) Fonte: UNICA.

Bilhões de litros Bilhões de litros PRODUÇÃO E EXPORTAÇÃO MUNDIAL Produção Mundial X Exportação Mundial 120 110 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 6 5 4 3 2 1 0 Exportação por país Exportação Brasil EUA Outros Fonte: LMC. Elaboração: UNICA. Nota: 2010 p previsão ; 2011 e - estimado

PROGRAMA DE BIOCOMBUSTÍVEIS NO MUNDO Mandato Vigente Mandato futuro pretendido Em discussão Mandato em teste Mandato Cancelado Não Avaliado Consumo de petróleo (milhões de litros/ano) Nota: O consumo de óleo inclui: gasolina, querosene de aviação, querosene, óleo combustível destilado, óleo combustível, gás liquefeito de petróleo e outros produtos

jan/76 jan/77 jan/78 jan/79 jan/80 jan/81 jan/82 jan/83 jan/84 jan/85 jan/86 jan/87 jan/88 jan/89 jan/90 jan/91 jan/92 jan/93 jan/94 jan/95 jan/96 jan/97 jan/98 jan/99 jan/00 jan/01 jan/02 jan/03 jan/04 jan/05 jan/06 jan/07 jan/08 jan/09 jan/10 Preço do petróleo, US$/barril EVOLUÇÃO DO PREÇO DO ETANOL ANIDRO RECEBIDO PELO PRODUTOR E DO PREÇO INTERNACIONAL DO PETRÓLEO 120,00 3,00 100,00 80,00 60,00 40,00 Petróleo Etanol 2,50 2,00 1,50 Preço do etanol anidro R$/l 20,00 1,00-0,50 Fonte: UNICA e Banco Mundial. Nota: valores deflacionados para dezembro de 2010 usando IGP-DI (preços do etanol anidro) e o CPI (preços do petróleo).

ROTEIRO I. AÇÚCAR II. ETANOL Potencial de crescimento da oferta e da demanda Riscos e desafios

Milhões de toneladas Crise financeira global EVOLUÇÃO DA MOAGEM DE CANA-DE-AÇÚCAR NO BRASIL 650 Taxa de crescimento 3,3% aa 600 550 500 450 400 350 300 250 200 O lançamento dos veículos flex e outras variáveis permitiram um significativo crescimento da produção. Contudo, a crise financeira do final de 2008 provocou um processo profundo de consolidação do setor e redução no nível de investimentos. Fonte: UNICA e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Nota: 10/11p - dados preliminares; 11/12e estimativa; safra estende-se de abril a março.

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE NOVAS UNIDADES PRODUTORAS NA REGIÃO CENTRO-SUL 35 30 25 20 15 10 5 0 30 25 19 19 9 10 5 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12e Safras? Diante do cenário promissor, observou-se um aumento do número de novas unidades produtoras, além da expansão nas usinas tradicionais. Entretanto, a partir da safra 08/09, esse crescimento começou a perder força e para os próximos anos não existem indicações de investimentos significativos para aumento da produção. Fonte: UNICA. Nota: - e estimativa.

R$/litro PREÇO DA GASOLINA C E DO ETANOL HIDRATADO AO CONSUMIDOR NO ESTADO DE SÃO PAULO 2,6 2,4 Evolução nos últimos 5 anos Preço da gasolina C ao consumidor Variação dos preços 2,2 2 1,8 1,6 1,4 1,2 Preço do etanol hidratado ao consumidor 1. Etanol hidratado: * cv = 13% 2. Gasolina C: * cv = 2% 3. Petróleo: * cv = 27% 1 cv = coeficiente de 0,8 variação Fevereiro 2006 Fevereiro 2011 Nas condições atuais, se o etanol fosse vendido ao preço exigido para cobrir os custos de produção, o consumo do produto seria economicamente viável apenas no Estado de São Paulo e em algumas regiões menores de outros estados - menos de 40% da demanda potencial seria atendida. Fonte: ANP. Elaboração: UNICA..

jan/05 abr/05 jul/05 out/05 jan/06 abr/06 jul/06 out/06 jan/07 abr/07 jul/07 out/07 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 R$/litro PREÇO DA GASOLINA A E DIESEL NA REFINARIA E ETANOL HIDRATADO AO PRODUTOR NO ESTADO DE SÃO PAULO 1,60 1,40 1,20 1,00 0,80 0,60 0,40 0,20 0,00 Gasolina A Óleo Diesel Etanol Hidratado Fonte: ANP. Elaboração: UNICA..

CUSTO DE PRODUÇÃO E PREÇOS DO ETANOL HIDRATADO AO PRODUTOR E PREÇOS DA GASOLINA NO ESTADO DE SÃO PAULO Fonte: Unica, Cepea, Orplana e ANP. Nota: valores nominais; preço líquido ao produtor; valores refletem os preços e custos de produção no Estado de São Paulo. Preços da gasolina refletes o preço médio de bomba no Estado de São Paulo.

R$/tonelada Crescimento (base 100 = 2005) EVOLUÇÃO DO CUSTO DE PRODUÇÃO DA CANA-DE-AÇÚCAR 60 50 40 160 140 120 100 30 20 10 0 2005 2006 2007 2008 2009 2010 80 60 40 20 0 Os custos de produção agrícola do setor sucroenergético cresceram 38% nos últimos 5 anos. Destaque coube aos aumentos registrados nos custos de arrendamento (alta de 57%), mão-de-obra (47%) e mecanização (28%). Fonte: Orplana.

1.600 1.400 1.200 1.000 800 CANA NECESSÁRIA PARA ATENDER A DEMANDA NOS PRÓXIMOS 10 ANOS Proporção de carro flex usando etanol 45% 44% 37% 775,6 975,7 778,0 1.372,8 974,0 Déficit de cana Etanol carburante mercado interno (66% da frota flex usando etanol) Etanol outros fins Etanol exportação 600 632,0 Açúcar 400 200 0 2011/2012 2015/2016 2020/2021 Cenário tendencial (manutenção do ritmo de crescimento atual) Fonte: Copersucar e Unica.

DESTINO DA CANA PROCESSADA PELAS UNIDADES PRODUTORAS NO CENTRO-SUL 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 48,6% 49,6% 48,3% 49,5% 44,1% 39,5% 42,6% 44,7% 45,3% 51,4% 50,4% 51,7% 50,5% 55,9% 60,5% 57,4% 55,3% 54,7% 03/04 04/05 05/06 06/07 07/08 08/09 09/10 10/11 11/12e Proporção para açúcar Proporção para etanol O crescimento observado nos últimos anos foi prioritariamente direcionado à produção de etanol (a alteração do mix de produção é limitada por questões técnicas e pela capacidade instalada). Fonte: Unica e MAPA.

DESTINO DO ETANOL PRODUZIDO NO BRASIL Produção de etanol Etanol CARBURANTE Anidro e hidratado ~ 89% - 23,98 bilhões de litros Etanol outros fins/industrial ~ 4% - 1,11 bilhões de litros MI 93% Etanol para exportação ~ 7% - 1,90 bilhões de litros ME 7% Fonte: Elaborado a partir de dados do Secex, UNICA e MAPA.

abr/07 jul/07 out/07 jan/08 abr/08 jul/08 out/08 jan/09 abr/09 jul/09 out/09 jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 Bilhões de litros de etanol PRODUÇÃO DE ETANOL E ESTOQUES NAS USINAS REGIÃO CENTRO-SUL 30 25 Safra 07-08 Safra 08-09 Safra 09-10 Safra 10-11 20 15 10 5 0 PRODUÇÃO ESTOQUE VENDAS Elaboração: UNICA

ESTIMATIVA SAFRA 2011/2012 - REGIÃO CENTRO-SUL Produtos Safras 2010/11 2011/12 Var. (%) MOAGEM Cana-de-açúcar (mil toneladas) 556.945 568.500 2,07% PRODUÇÃO Açúcar (mil toneladas) 33.501 34.580 3,22% Etanol anidro (milhões de litros) 7.413 8.300 11,96% Etanol hidratado (milhões de litros) 17.971 17.207-4,25% Etanol total (milhões de litros) 25.385 25.507 0,48% QUALIDADE DA CANA ATR (mil toneladas) 78.249 80.045 2,30% Kg de ATR / toneladas de cana 140,50 140,80 0,22% * MIX DE PRODUÇÃO açúcar 44,93% 45,34% - Mix (%) etanol 55,07% 54,66% - DESTINO DA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR Disponível para exportação (mil toneladas) 24.640 24.900 1,06% Estoque e abastecimento interno - * mercado 8.861 9.680 9,24% Centro-Sul e transferência NNE (mil toneladas) DESTINO DA PRODUÇÃO DE ETANOL Disponível para exportação (milhões litros) 1.768 1.450-17,97% Estoque e abastecimento interno - mercado * 23.617 24.057 1,86% Centro-Sul e transferência NNE (milhões litros) Fonte: UNICA.

Considerações Finais

CONSIDERAÇÕES FINAIS Assim como em outros segmentos da economia, o setor sucroenergético brasileiro vivenciou um período de dificuldades financeiras nos últimos anos, agravado pela crise econômica mundial em 2008; Esse aspecto promoveu uma redução na taxa de crescimento da produção e um profundo processo de consolidação, com a inserção de novos grupos no setor produtivo, com estratégias de crescimento e objetivos distintos; No médio e longo prazos, as perspectivas para o setor sucroenergético permanecem sólidas: I. Demanda de etanol no mercado doméstico crescente; II. Perspectivas de crescimento do consumo mundial de etanol, com possibilidade de aumento das exportações brasileiras; III. Necessidade de maior produção de energia elétrica, criando boas perspectivas para bioeletricidade; IV. Crescimento da demanda mundial por açúcar, criando oportunidades para o Brasil um dos poucos com potencial de aumento significativo da produção.

Desafios Curto prazo Redução da sazonalidade e volatilidade dos preços do etanol na entressafra, aumentando a segurança do abastecimento doméstico; Longo prazo CONSIDERAÇÕES FINAIS Aumentar a eficiência energética e ambiental dos veículos flex, permitindo ganhos de competitividade do etanol frente à gasolina; Incentivos para programas de P&D e inovação visando aumentar a produtividade e eficiência da produção, com consequentes reduções de custo; Revisão da estrutura tributária aplicada aos combustíveis, incorporando as externalidades positivas do etanol ao sistema de preços; Uso da CIDE como instrumento regulatório para garantir a competitividade dos combustíveis renováveis frente aos fósseis; Incentivos para o aumento da expansão do uso da bioeletrecidade, via regulação que favoreça o uso de energia de fontes alternativas. Precisamos estruturar um arcabouço institucional claro, estável e perene para o restabelecimento da competitividade do etanol hidratado combustível, criando estímulos para o aumento da produção

Obrigado!