Papel dos biocombustíveis na matriz energética brasileira
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- Raíssa Vilanova Bentes
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1 Papel dos biocombustíveis na matriz energética brasileira
2 Agenda Arcabouço Legal Panorama Brasil o Matriz Energética Brasileira o Biodiesel o Etanol o Novos Biocombustíveis Comentários Finais
3 Arcabouço Legal Leis nº 9.478/1997 e nº11.097/2005 Atribuições da ANP: Implementar a política nacional de petróleo, gás natural e biocombustíveis com ênfase na: garantia do suprimento de derivados de petróleo, gás natural e seus derivados e de biocombustíveis; proteção dos consumidores quanto a preço, qualidade e oferta de produtos. Lei /2011 expande a esfera de atribuição da ANP para toda a indústria dos biocombustíveis.
4 Matriz Energética Brasil: diversidade e disponibilidade de recursos naturais que podem ser usados como combustíveis ou para geração de energia elétrica. Parcela renovável da matriz energética tende a aumentar segundo o Plano Decenal de Energia elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética PDE/EPE. EPE (PDE 2022*) Composição da oferta interna de energia por fonte nos próximos dez anos (%) Petróleo e Derivados Gás Natural Carvão Mineral e Derivados Urânio (U3O8) e Derivados Hidráulica e Eletricidade Lenha e Carvão Vegetal Derivados da Cana-de- Açúcar Outras Renováveis * Dados preliminares versão submetida à Consulta Pública
5 Matéria-Prima Matéria-prima ideal: Balanço energético positivo; Carbono neutro ou positivo; Custo; Disponibilidade; Estocagem, portabilidade, segurança; Aproveitamento integral; Sistemas de produção consolidados; Rentabilidade superior ao paradigma; Cadeia produtiva organizada ou organizável; Tecnologia e logística. Requisitos explicam domínio das matériasprimas tradicionais. Desafio à capacidade inovadora da indústria. Referência: BOMTEMPO, J. V - O Futuro dos Biocombustíveis XIII: a matéria-prima como fator estruturante da indústria (
6 Biodiesel Projeções PDE 2022* Demandas potenciais: adição ao diesel mineral e autoprodução no setor agropecuário. Cenário: projeção da demanda se refere basicamente ao percentual da mistura obrigatória (5%); preço do óleo de soja tende a acompanhar os preços das commodities, em geral, e deverá permanecer superior ao projetado para o óleo diesel. Aumento esperado no consumo nacional de biodiesel é de 2,9 bilhões de litros para 4,0 bilhões de litros entre 2013 e * Dados preliminares versão submetida à Consulta Pública
7 % Biodiesel 120 Participação das matérias primas usadas na produção de biodiesel Outros Materiais Graxos óleo de Algodão Gordura Bovina Óleo de Soja Óleo de soja deve seguir como matéria-prima mais importante, seguida do gordura bovina. Criação de programas governamentais de incentivo à diversificação do mix (dendê, mamona, algodão, entre outras culturas) podem surtir algum efeito ao final do período, mas não alteram significativamente o cenário atual.
8 Biodiesel Iniciativas Mobilidade sustentável: empresas como Vale e Petrobras pretendem ampliar o uso de combustíveis renováveis em sua frota. São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba: leis ou acordos voltados às mudanças climáticas (incentivos à redução das emissões de GEE no transporte público). Opções podem envolver alternativas tecnológicas: ônibus de ciclo diesel movidos a etanol com maximizador de ignição; aumento da porcentagem de biodiesel no diesel fóssil; ou uso de combustíveis ainda não especificados pela ANP, como o diesel de cana e aqueles obtidos por processos termoquímicos, como o hidrotratamento de óleos vegetais e o BTL (biomass to liquids).
9 Etanol PDE 2021* Cenário Atual Queda nos investimentos na cadeia produtiva; Problemas climáticos; Problema de renovação dos canaviais; Queda da produtividade; Redução no ritmo de expansão das áreas de plantio. Investimentos em renovação do canavial tornarão possível uma recuperação da produtividade para os níveis de 2008 apenas na safra 2016/17. Modelo Além do cenário econômico, considera: vendas de veículos leves, eventuais restrições à oferta de etanol, preferência do consumidor entre etanol e gasolina C no abastecimento dos veículos flex fuel. Crescimento da frota nacional de veículos leves: 6,0% a.a. (atingindo, em 2021, 56 milhões de unidades; flex fuel representarão aproximadamente 75% desta frota, ou 42 milhões de unidades). Retomada da preferência do consumidor pelo etanol a partir de Aumentos progressivos da mistura do anidro, até atingir 25% no segundo semestre de 2013.
10 Etanol Resultados Modelo Área colhida aumentará de 8,5 para 12,2 Mha (crescimento de 2,8 % a.a. e relação a 2012); Aumento da produtividade de 69,9 para 88,6 tc/ha; Cana para etanol varia de 52,9% em 2013 para 62,1% em 2022; 2017: novo ciclo de expansão, com produção chegando a 53,8 bilhões de litros em 2022.
11 Etanol Demanda Cenário de médio prazo mais favorável em termos de preço relativo e disponibilidade: expansão continua. Estoque Regulador: garantia de suprimento; redução das incertezas no mercado; contribuição para a redução da volatilidade dos preços. Investimentos BNDES: investimentos para atender crescimento da demanda potencial até 2015 estimados em R$ 85 bi. BNDES Prorenova: financiamento à renovação e implantação de novos canaviais (R$ 4 bi até dez/12). Previsão de incremento de 2 a 4 bi de litros entre 2013 e 2014.
12 Novos Biocombustíveis
13 Regulamentação Biocombustíveis não especificados Resolução ANP nº 23/2012 Necessidade de autorização prévia da ANP para uso experimental de biocombustíveis não especificados cujo consumo seja superior a litros; Para testes experimentais com volume inferior a litros, não há obrigatoriedade de obtenção de autorização prévia; O uso específico é considerado uma etapa subsequente ao uso experimental.
14 Autorizações para usos Experimental e Específico Autorização Mistura Vol./ano (L) 1 B B B B B5 + 10% Diesel de cana Etanol + aditivo de ignição B5 + 30% Diesel de cana
15 Novos Biocombustíveis Etanol de 2ª geração: sinalizações a partir de dados do PAISS (BNDES/Finep) Foram disponibilizadas três linhas temáticas no âmbito do programa: Bioetanol de 2ª Geração Novos produtos de cana-de-açúcar Gaseificação: Tecnologias, equipamentos, processos e catalisadores Estimativa de recursos entre 2011 e 2014 era de R$ 1 bilhão. Resultado final: aprovação de 35 planos de negócios (de 25 empresas diferentes), totalizando R$ 3,1 bilhões de potencial de investimento em P&D e industrialização.
16 Querosene de Aviação Alternativo Resolução ANP n 20/2013 Estabelece as especificações dos Querosenes de Aviação Alternativos, e de suas misturas com o Querosene de Aviação (QAV-1), bem como as obrigações quanto ao controle da qualidade a serem atendidas pelos diversos agentes econômicos que comercializam esses produtos em todo o território nacional. Querosenes de Aviação Alternativos especificados: FT SPK: oriundo de carvão e gás natural, mas é permitido o udo de biomassa como matéria-prina; HEFA SPK: oriundo de gorduras e óleos. Ambos devem ser misturados até 50% com o querosene fóssil. E o produto final ser um drop in, que não exigem adaptações de estruturas.
17 Combustíveis Marítimos Cenário atual: Não há adição de biodiesel ao óleo diesel marítimo Iniciativas ANP: Reuniões mensais ABNT; Participação em Grupo de Trabalho internacional WG6 ISO TC28/SC4 (ISO 8217); Revisão em andamento para adição de 7% de biodiesel no ODM, alinhando com mistura atual no rodoviário.
18 Considerações Finais
19 Desafios e oportunidades Falta de competitividade em preços faz renováveis dependerem de subsídios e mandatos problemáticos, pelo menos nos próximos anos; Matéria-prima versus alimentos incentivo ao desenvolvimento de biocombustíveis avançados, que atualmente sofrem pela falta de tecnologias disseminadas e pela escalabilidade lenta; Aumento de investimentos em P&D&I em biocombustíveis ainda não há uma estratégia vencedora; Reforço da cooperação internacional para alcançar um mercado sustentável de biocombustíveis, inclusive nos setores de transporte aeronáutico e marítimo, e para fomentar a consolidação das alternativas mais competitivas.
20 Visão ANP A aceitação dos biocombustíveis no mercado depende de discussão ampla, e da confiabilidade do combustível, que deve ser obtida pela normalização. Eliminação de barreiras técnicas é vital para a consolidação dos biocombustíveis no mercado mundial. ANP acompanha de perto discussões internacionais, e busca criar incentivos ao desenvolvimento de tecnologias a partir de novas regulamentações. ANP busca reduzir informação assimétrica: confiabilidade das ações governamentais; transparência e informações para novos investidores.
21 Superintendência de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Av. Rio Branco, 65-17º andar Rio de Janeiro RJ Brasil
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