GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E COGERAÇÃO COM GÁS NATURAL: BARREIRAS TECNOLÓGICAS E INSTITUCIONAIS
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- Igor Valverde Fialho
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1 GERAÇÃO DISTRIBUÍDA E COGERAÇÃO COM GÁS NATURAL: BARREIRAS TECNOLÓGICAS E INSTITUCIONAIS
2 AGENDA O Projeto P124 Geração Distribuída (GD) Estudo de caso: Porto de Santos
3 AGENDA O Projeto P124 Geração Distribuída (GD) Estudo de caso: Porto de Santos
4 O Projeto P124: Contexto Penetração limitada da cogeração no país frente à sua expansão no mundo Redução do despacho nos sistemas já instalados nos anos de 2013 e 2014 Falta de politicas públicas para injeção na rede em média tensão
5 O Projeto P124: Objetivos Identificar as barreiras na difusão da cogeração e da geração distribuída no país, considerando os aspectos: 1. Mapeamento do potencial 2. Análise da cadeia industrial 3. Interface com a rede elétrica 4. Análise tarifária e regulatória 5. Programa de Usos Finais em Energia (software)
6 O Projeto P124: Resultados 1. Mapeamento do potencial 18 edifícios comerciais mapeados: Porto de Santos, CEAGESP, Biblioteca Mindilin (USP), datacenter, lavanderia comercial, edifícios de escritórios 27 simulações realizadas: 3 tipologias X 3 características construtivas X 3 padrões de operação Permitiram gerar indicadores de consumo, complementados com levantamentos da literatura nacional e internacional
7 Resultados da simulação Gráfico 01 Consumo mensal de energia por uso final por m 2 (kwh/m 2.mês) 100% 80% 60% 40% 20% 0% 100% Consumo de escritório típico (horário comercial) 7,31 9,07 9,35 3,66 2,15 3,66 3,66 3,22 3,22 1,51 2,20 2,47 Tradicional Transição Moderno Consumo de shopping center (horário comercial estendido) 11,38 14,09 14,31 80% 60% 40% 5,28 3,49 5,28 5,28 5,24 5,24 20% 0% 2,62 3,57 3,79 Tradicional Transição Moderno
8 O Projeto P124: Resultados 2. Análise da cadeia industrial Levantamentos dos principais fornecedores, equipamentos, sistemas e custos Avaliação dos entraves tecnológicos: manutenção, necessidade de importação de componentes Realização de 37 balanços térmicos para: Geração de eletricidade Recuperação de calor a baixa temperatura (água quente) Recuperação de calor a média temperatura (vapor) Resfriamento para ar condicionado Resfriamento para refrigeração
9 Exemplo de balanço de massa Gráfico 02 Cogeração com resfriamento para ar condicionado
10 O Projeto P124: Resultados 3. Interface com a rede elétrica Limitações do Decreto 5.163/2004 que define a Cogeração Qualificada Falta de arcabouço regulatório para injeção de eletricidade na rede de distribuição das concessionárias elétricas Possibilidade de aplicar a tarifa especial para cogeração adotada no Estado de São Paulo para outros estados
11 O Projeto P124: Resultados 4. Análise tarifária e regulatória Levantamento de legislação ambiental sobre controle de emissões em plantas de GD Cálculo dos custos de GD e cogeração em R$/MWh para comparação com as tarifas de eletricidade
12 Exemplo de análise tarifária Gráfico 03 Custos médios de geração estimados com tarifas do início de 2014 Tarifa elétrica (R$MWh) Tarifa gás (R$/m3)
13 Exemplo de análise tarifária Gráfico 03 Custos médios de geração estimados com tarifas do início de 2014 Tarifa elétrica (R$/MWh) Tarifa gás (R$/m3) Tarifa elétrica atual
14 O Projeto P124: Resultados 5. Programa de Usos Finais em Energia Softwarede auditoria energética para levantamento da curva de carga de consumo de edificações Programação do módulo para estimativa do potencial técnico e financeiro da cogeração (projeto / retrofit)
15 Programa de Usos Finais de Energia Gráfico 04 Curva de carga desenvolvida no software PUFE (versão beta ainda em espanhol, a versão final foi entregue traduzida)
16 O Projeto P124: Conclusões A principal barreira à expansão da cogeração e geração distribuída são os aspectos econômicos do negócio Falta de viabilidade econômica por descompasso tarifário entre a eletricidade e o gás natural Falta de arcabouço regulatório para definir os procedimentos de inserção da GD na rede de distribuição Expansão tecnológica e de serviços relacionados a GD são decorrência da falta de viabilidade econômica
17 Tarifas de eletricidade AES Eletropaulo Gráfico 05 Evolução das tarifas da AES Eletropaulo a partir da entrega do P124
18 O Projeto P124: Propostas Proposta de uma modalidade nova de leilão com foco em geração distribuída e plantas de cogeração Respaldo legal: leilões de energia solar
19 AGENDA O Projeto P124 Geração Distribuída (GD) Estudo de caso: Porto de Santos
20 Geração Distribuída (GD) Ministério de Minas e Energia MME Portaria 44, de 10 de março de 2015 Portaria 381, de 12 de agosto de 2015 Os agentes de distribuição de energia elétrica deverão realizar Chamada Pública para incentivo à geração própria de unidades consumidoras, de acordo com as diretrizes definidas na presente Portaria
21 Geração Distribuída (GD) Ministério de Minas e Energia MME Portarias 44 e 381 (2015) Apenas para grupo tarifário A (média tensão) O CMO equivale ao preço de unidade de energia produzida para atender a um acréscimo de demanda de carga no sistema, em R$/MWh. Fonte: ANEEL, Sistema de Bandeiras Tarifárias, 2015
22 Geração Distribuída (GD) Ministério de Minas e Energia MME Portarias 44 e 381 (2015) Requer Resolução Normativa da ANEEL para operalizacionar as Portarias. Por conta da menor demanda de eletricidade no país em 2015, a elaboração da RN foi postergada
23 Geração Distribuída (GD) Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL Resolução Normativa 482, de 17 de abril de 2012 Estabelece as condições gerais para o acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia elétrica
24 Geração Distribuída (GD) Ministério de Minas e Energia MME RN 482 (2012) Permite cogeração qualificada de sistemas com até 1 MW de potência instalada (não se aplica a geração apenas) Remunera o gerador por crédito na conta de eletricidade, descontado de impostos
25 AGENDA O Projeto P124 Geração Distribuída (GD) Estudo de caso: Porto de Santos
26 Estudo de caso: Contexto Maior porto em movimentação da América Latina Responsável pela movimentação de ¼ da balança comercial brasileira 39ª maior porto do mundo em movimentação de contêineres
27 Estimativa de movimentação do Porto de Santos Gráfico 06 Estimativa de crescimento na movimentação do Porto de Santos em milhões de toneladas
28 Estudo de caso: Contexto A movimentação de contêineres é a atividade com maior retorno comercial A movimentação de contêineres consome mais eletricidade que outras cargas A usina hidroelétrica do Porto de Santos não atende a carga das concessionárias e a outorga de geração vence em 2015
29 Estudo de caso: Contexto Existem graves restrições de oferta de eletricidade na Baixada Santista Não existe previsão de aumento da oferta nos próximos anos Existe perspectiva de cold ironing no médio prazo
30 Estudo de caso: Mapeamento Consumo mapeado com base em levantamento de dados, visitas técnicas e entrevistas para os diferentes usos finais: Terminais de carga, descarga e manuseio Navios atracados Frota de caminhões
31 Estudo de caso: Mapeamento Cold ironing Processo no qual os navios atracados são alimentados por eletricidade gerada na costa, ao invés da gerada pelo acionamento de seus motores
32 Estudo de caso: Mapeamento Cold ironing 20 portos no mundo já possuem tecnologia de cold ironing disponível, dentre eles o Porto de Rotterdan Em 2012 foi estudada a possibilidade de criar uma mandatória progressiva para adoção de cold ironing na frota de navios existentes Desde 2007 existe na Califórnia regulamentação para redução das emissões em Portos, com uso do cold ironing
33 Consumo por usos finais (2012/2013) Gráfico 07 Resultados: Estimativa de consumo por tipo de combustível
34 Consumo por usos finais (2024) Gráfico 08 Resultados: Estimativa de consumo por tipo de combustível
35 Consumo por usos finais (2024 com cold ironing) Gráfico 09 Resultados: Estimativa de consumo por tipo de combustível
36 Evolução da demanda Gráfico 10 Resultados: Estimativa de demanda por eletricidade 2024
37 Estudo de caso: Potencial GD Instalação de central termoelétrica no Porto Santos para geração de eletricidade com injeção na rede nos momentos de menor consumo Instalação de centrais de GD nas concessionárias para abastecimento da carga própria (substituição diesel por GN) Potências estimadas entre 50 e 100 MW sem cold ironing e de 100 a 200 MW com cold ironing
38 Estudo de caso: Potencial GD Possibilidade de modulação para aumento progressivo da capacidade geradora (turbinas de 20 MW) Atendimento da demanda atual e estimada com redução das emissões de poluentes locais e globais Garantia de suprimento de energia para alimentação do Porto e manutenção de suas atividades e plano de expansão
39 Obrigado! Arthur Cursino (11)
40
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