A GOVERNANÇA CORPORATIVA E A REDUÇÃO DO CUSTO DE CAPITAL DAS EMPRESAS DO MERCADO IMOBILIÁRIO O CASO DAS EMPRESAS INCLUÍDAS NO NOVO MERCADO DA BOVESPA



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Transcrição:

A GOVERNANÇA CORPORATIVA E A REDUÇÃO DO CUSTO DE CAPITAL DAS EMPRESAS DO MERCADO IMOBILIÁRIO O CASO DAS EMPRESAS INCLUÍDAS NO NOVO MERCADO DA BOVESPA Marcio Teixeira da Silva (MSc.) Osvaldo Luiz Gonçalves Quelhas (Dsc.)

Justificativa do Estudo: Ao lançar suas ações no Mercado as Organizações captam recursos com investidores que emprestam recursos à empresa, com objetivo de obter retornos financeiros, seja através da distribuição de dividendos ou através do aumento do preço da ação para posterior realização de lucros. Neste sentido, surgem as práticas de governança corporativa possibilitando à empresa melhores desempenhos, não estando ainda muito claro ao mercado como calcular o ganho agregado ou a perda agregada pela ausência de práticas de governança corporativa no preço das ações.

Situação Problema: A situação problema a ser resolvida através das respostas às questões de pesquisa, é a metodologia para determinação do ganho de valor agregado obtido com a adoção de práticas de Governança Corporativa.

Objetivo Geral: Determinar o valor agregado das práticas de governança corporativa na precificação de ativos de empresas do Setor de Construção Civil listadas no Novo Mercado através da comparação de seus custos de capital com o de outras companhias listadas nos demais Níveis da Bovespa.

Objetivos Específicos: Verificar associações e correlações entre Custos de Capital de dez diferentes empresas do Setor Imobiliário listadas no Novo Mercado da BOVESPA; Determinar um Índice Setorial para as Empresas do Mercado Imobiliário analisando sua performance frente a outros índices já determinados tais como IBOV, INM e ISE; Procurar analisar o Índice Setorial obtido frente à conjuntura atual do Mercado Imobiliário e as perspectivas para o Setor no curto e no médio prazo.

Governança Corporativa: Segundo a OCDE (1999) Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a governança corporativa é definida como um conjunto de relações entre a administração de uma empresa, seu conselho de administração, os acionistas, e outras partes interessadas. A governança corporativa também proporciona a estrutura para definição dos objetivos da empresa, como atingi-los e a fiscalização do desempenho da mesma. (ROSENBERG, 2000)

O Brasil e a Governança Corporativa: Segundo HALLQVIST apud HERBERT (2003), a governança corporativa no Brasil tem seu início no ano de 1994, quando ele e seus amigos se encontravam para debater sobre os problemas dos conselhos de administração dos quais faziam parte. Como conseqüência nasceu o Instituto Brasileiro de Conselheiros de Administração(IBCA). A Reforma da Lei da S/A (Lei 6406/76) na edição de Lei Federal 10303/01 teve como objetivo maior o fortalecimento do Mercado de Capitais no Brasil, conferindo maior transparência e credibilidade. Na concepção dos autores do projeto aprovado, um mercado acionário verdadeiramente democratizado e desenvolvendo toda sua potencialidade de alavancagem econômica, depende de que os investidores, especialmente os pequenos e médios, sintam-se protegidos e vejam os seus interesses defendidos.

Estudos sobre Governança Corporativa: Segundo HANDA e LINN (1993) e COLES et al. (1995) um maior nível de transparência pode reduzir a estimativa de risco e, conseqüentemente, o custo do capital. Tais estudos sustentam que há uma correlação negativa entre o nível de transparência de informações e o custo do capital da empresa. CARVALHO (2003) analisou os efeitos do comprometimento com as boas práticas de governança corporativa, verificando o comportamento das ações das empresas que voluntariamente, aderiam ao Novo Mercado ou aos índices diferenciados de governança corporativa da BOVESPA. O estudo detectou um impacto sobre o valor das ações, aumento do volume de negociação e liquidez.

Estados Unidos Brasil Controle pulverizado no mercado, com o controlador tendo menos de Controle concentrado nas mãos do fundador e s ua família 20% da companhia. Conselho funciona como fiscal da Administração. Conselhos pouco atuantes. Estrutura familiar presente nos conselhos. Muitos insiders. O Conselho é uma extensão da Administração Maior transparência facilita as relações entre os acionistas e a empresas, possibilitando criação de Menor transparência prejudica o monitoramento por parte dos minoritários. valor.

Retrato Atual da Governança Corporativa: Como conseqüência, as empresas devem ter um melhor desempenho devido a melhores estratégias e, potencialmente, menor custo de capital, além de maior atratividade para os investidores. Para 49% dos entrevistados na pesquisa, é possível criar valor através do aprimoramento das práticas de governança corporativa.

Empresa Setor Segmento Abyara Imobiliário Novo Mercado Brascan Properties Imobiliário Novo Mercado Company Imobiliário Novo Mercado Cyrela Brazil Realty Imobiliário Novo Mercado Gafisa S/A Imobiliário Novo Mercado PDG Realty Imobiliário Novo Mercado Tecnisa Imobiliário Novo Mercado Klabin Segall Imobiliário Novo Mercado Even Imobiliário Novo Mercado Rodobens Imobiliário Novo Mercado

Empresa Setor Segmento Lix da Cunha Construção Pesada Não listada em Níveis de Governança Marco Polo Automotivo Não listada em Níveis de Governança JB Duarte Construção Pesada Não listada em Níveis de Governança Sultepa Construção Pesada Não listada em Níveis de Governança Porto Bello Materiais de Construção Não listada em Níveis de Governança Acesita Siderurgia Nível 01 João Fortes Imobiliário Não listada em Níveis de Governança Tecnosolo Engenharia Consultiva Não listada em Níveis de Governança Braskem Petroquímica Nível 01 Sabesp Infra Estrutura Não listada em Níveis de Governança

Pesquisa dos Dados: Com a utilização dos bancos de dados da BOVESPA, CVM e Economática foram obtidos dados para o beta doméstico, endividamento e patrimônio líquido utilizados no cálculo do WACC das empresas. Também foram utilizados dados de fechamento dos pregões para cálculo da pontuação do Índice Teórico do Mercado Imobiliário.

Modelo Puramente Doméstico: Ri = Rfd + βdi x PMRD Onde: Rfd: Taxa Livre de risco doméstica. β: Coeficiente obtido através das variações da ação da empresa ou do setor, mediante a variação do índice mais representativo do mercado. PMRD: Prêmio de risco de mercado doméstico.

Modelo Puramente Global: Ri = Rfg + βgi x PMRG + Equalização Inflacionária Onde: Rfg: Taxa de Retorno Livre de Risco em dólar. βg: Beta da Empresa em relação ao fator de risco global. PMRG: Taxa de Risco pelo prêmio global de mercado. Equalização Inflacionária: Diferencial de Inflação Esperada (Estimativa em reais do custo de capital, considerando a paridade do poder de compra). Pode ser traduzido como sendo a diferença entre a Inflação Brasileira e a Inflação Americana.

Modelo Empírico Híbrido: Ri = Rfg + βs x PMRG + PRB + Equalização Inflacionária βs = βg x [1+(1-τ) x D/E] Onde: Ri - taxa de retorno esperada pelo acionista Rfg - taxa de retorno livre de risco em dólar βg - beta global do setor sem alavancagem PRMG - Expectativa de prêmio pelo risco = taxa de prêmio pelo risco global de mercado PRB = Risco Brasil Equalização Inflacionária = diferencial de inflação esperada (estimativa em reais do custo de capital, considerando paridade do poder de compra) = Inflação brasileira Inflação Americana.

Modelo Empírico Híbrido: Como a maioria das empresas ainda não possui um β doméstico calculado, será utilizado o modelo híbrido, alavancando o β global do setor através das informações de relação entre o passivo e o patrimônio líquido das empresas. Como o modelo mescla a utilização de um β setorial com dados de alavancagem relacionados ao desempenho de endividamento em relação ao patrimônio líquido, o modelo foi considerado o mais apropriado para a execução de uma pesquisa comparativa envolvendo os aspectos de Custos de Capital e de Governança Corporativa.

Tratamento dos Dados: Os custos de capital próprio foram calculados pelo Modelo Empírico Híbrido Ri = Rfg + βs x PMRG + PRB + Equalização Inflacionária βs = βg x [1+(1-τ) x D/E] Os custos de capital de terceiros calculados com base nas DFP de 2006. Com isto, os WACC foram calculados

Índice Bursátil do Mercado Imobiliário: IMB(t)= IMB (t-1) x (Σ Qi x Pi t) / (ΣQi t-1 x Pi t-1) i=1 >n Onde: IMB (t) = valor do índice no mês t IMB (t-1) = valor do índice no mês t-1 n = número de ações integrantes da carteira teórica do índice Qi t-1 = quantidade teórica da ação i disponível à negociação no mês t-1. Na ocorrência da distribuição de proventos recalcula-se a quantidade disponível em função desta distribuição. Pi t = preço médio da ação i no mês t Pi t-1 = preço médio da ação i no mês t-1, ou seu preço ex-teórico no caso da distribuição de proventos neste dia.

Estudo do Caso: Os custos de capital foram calculados e observou-se que a Carteira das Incorporadoras listadas no Novo Mercado apresentam WACC menor. Muito pouco endividadas (Baixo Custo de Capital de Terceiros); Ofertas públicas muito recentes, passivos muito baixos; Melhor performance também no Custo de Capital Próprio; Empresas com financiamento externo conseguem um WACC com melhor performance, em função do Custo de Capital de Terceiros ser muito menor.

Carteira das Incorporadoras: Empresa Custo de Capital Próprio Custo de Capital de Terceiros WACC Abyara 12,61% 19,00% 12,61% Brascan 13,03% 16,20% 12,50% Company 13,67% 16,50% 12,55% Cyrela 12,65% 16,38% 12,54% Gafisa 13,15% 14,00% 12,11% PDG 13,28% 15,00% 12,25% Tecnisa 12,68% 17,80% 12,61% Klabin Segall 12,66% 11,31% 12,32% Even 13,76% 17,25% 12,76% Rodobens 14,09% 16,00% 12,40% Média 13,16% 15,94% 12,46%

Carteira das Outras Empresas: Empresa Custo de Capital Próprio Custo de Capital de Terceiros WACC Lix da Cunha 12,99% 24,40% 13,60% Sultepa 12,97% 25,00% 14,50% João Fortes 13,04% 15,20% 11,70% Tecnosolo 14,60% 23,00% 14,60% Marcopolo 13,15% 7,50% 9,10% JB Duarte 14,00% 28,00% 16,00% Braskem 14,80% 16,40% 12,40% Portobello 15,28% 14,50% 11,30% Acesita 13,52% 9,80% 12,40% Usiminas 13,75% 5,90% 11,50% Média 13,81% 16,97% 12,71%

Carteira das Outras Empresas: Empresa Custo de Capital Próprio Custo de Capital de Terceiros WACC Lix da Cunha 12,99% 24,40% 13,60% Sultepa 12,97% 25,00% 14,50% João Fortes 13,04% 15,20% 11,70% Tecnosolo 14,60% 23,00% 14,60% Marcopolo 13,15% 7,50% 9,10% JB Duarte 14,00% 28,00% 16,00% Braskem 14,80% 16,40% 12,40% Portobello 15,28% 14,50% 11,30% Acesita 13,52% 9,80% 12,40% Usiminas 13,75% 5,90% 11,50% Média 13,81% 16,97% 12,71%

Comparações entre as carteiras: Comparativo entre Carteiras - Capital Próprio 15,00% 14,50% 13,76% 14,00% 13,16% Incorporadoras Outras Empresas 13,50% 13,00% 12,50% 12,00% Custo de Capital Próprio

Comparações entre as carteiras: Comparativo entre Carteiras - Capital de Terceiros 18,00% 16,97% 17,50% 17,00% 16,50% 15,94% Incorporadoras Outras Empresas 16,00% 15,50% 15,00% 14,50% Custo de Capital de Terceiros

Comparações entre as carteiras: Comparativo entre Carteiras - WACC 12,46% 12,72% 15,00% 13,00% 11,00% 9,00% Incorporadoras Outras Empresas 7,00% 5,00% 3,00% 1,00% -1,00% WACC

Desempenho do IMB: Desempenho - IMB - De Julho de 2005 à Maio de 2007 7.000,00 6.000,00 5.000,00 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00-31 de Julhoa 02 de Agostode 2008 Evolução IMB mai/07 abr/07 mar/07 fev/07 jan/07 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05 dez/05 jan/06 fev/06 mar/06 abr/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 out/06 nov/06 dez/06

IMB x ISE x IBOV: 7.000,00 6.000,00 5.000,00 4.000,00 3.000,00 2.000,00 1.000,00 - IMB x IBOVESPA x ISE 31 de Julhoa 02 de Agostode 2008 IMB IBOVESPA ISE abr/07 mai/07 mar/07 fev/07 jan/07 dez/06 nov/06 out/06 mai/06 jun/06 jul/06 ago/06 set/06 abr/06 mar/06 fev/06 jan/06 dez/05 jul/05 ago/05 set/05 out/05 nov/05

Conclusões: Confirmação da hipótese de que a adoção de práticas de Governança Corporativa favorece a diminuição do Custo de Capital. Observação por maior rentabilidade e liquidez, comprovada pela valorização da carteira teórica das incorporadoras. Comprovação dos menores custos de capital próprio e de terceiros para empresas listadas no Novo Mercado e no Nível 01 de Governança Corporativa.

Conclusões: Fica evidente que a redução do custo de capital possibilita a Empresa a obter melhores taxas e oportunidades de financiamento e alavancagem, conseguindo com isso maior volume de negócios e maior possibilidade de efetuar pagamentos de dividendos aos seus acionistas. Percebe-se que todas as Aberturas de Capital realizadas pelas Incorporadoras se deram no mais alto nível de Governança Corporativa da BOVESPA, o Novo Mercado, denotando a preocupação dos dirigentes do mercado imobiliário com a transparência e comprometimento com os investidores, visando obviamente o aumento da atratividade da oferta e maior captação de recursos.

Conclusões: Quanto o Índice Teórico do Mercado Imobiliário, o IMB, evidenciouse um excelente desempenho, motivado na verdade pelas recentes aberturas de capital. Quando comparado à evolução de índices consagrados como o IBOVESPA e o ISE, o IMB apresentou rendimentos muito superiores, provocados pelo interesse atual dos investidores por empresas inseridas no Mercado Imobiliário, auxiliado pela atual conjuntura macro-econômica com estabilidade e queda das taxas de juros, permitindo maiores períodos de financiamento e acesso da classe média aos projetos da casa própria.

Conclusões: Quanto o Índice Teórico do Mercado Imobiliário, o IMB, evidenciouse um excelente desempenho, motivado na verdade pelas recentes aberturas de capital. Quando comparado à evolução de índices consagrados como o IBOVESPA e o ISE, o IMB apresentou rendimentos muito superiores, provocados pelo interesse atual dos investidores por empresas inseridas no Mercado Imobiliário, auxiliado pela atual conjuntura macro-econômica com estabilidade e queda das taxas de juros, permitindo maiores períodos de financiamento e acesso da classe média aos projetos da casa própria.

Conclusões: Fica evidente, frente ao cenário macro-econômico extremamente favorável, e a presença cada vez maior dos investidores institucionais que as Incorporadoras devem investir no desenvolvimento e aprimoramento de suas práticas de governança corporativa, tendo como certo o retorno de maior confiança de seus acionistas, menores custos de capital e possibilidade de maior alavancagem financeira.

Recomendações para Estudos: Avaliar Empresas Imobiliárias que efetivamente venham a adotar práticas de sustentabilidade, e que com isso venham a fazer parte do ISE, analisando a possível melhoria de retorno, e reduções de custo de capital em função da adoção destas práticas. Avaliar as perdas por não se aderir ao Novo Mercado ou aos Níveis de Governança em função da cada vez mais crescente presença de investidores institucionais estrangeiros.