Desde as décadas de 60 e 70 o exercício promove Aumento do volume sanguíneo Aumento do volume cardíaco e suas câmaras Aumento do volume sistólico
Aumento do débito cardíaco que pode ser alcançado Aumento na densidade de capilares musculares Aumento dos componentes de produção de energia no músculo Melhora a dissipação de calor pela melhora na capacidade de suar e de dissipar calor pela usando a vasculatura da pele.
Algumas dessas adaptações são similares as adaptações hormonais na gestação. Aumento do volume sanguíneo Aumento na vasculatura da pele Aumento nas câmaras cardíacas Aumento do débito cardíaco Aumento da disponibilidade de O para os tecidos
O estado do sistema cardiovascular em uma gestante normal é similar ao de uma mulher não grávida treinada.
Segundo Clapp III, quando uma mulher treinada se torna gestante e mantém o treinamento durante o período haverá uma superposição dos efeitos do pré-treinamento.
Os resultados são aditivos o aumento do volume sanguíneo, número de hemácias, em uma mulher treinada e gestante é de 10 a 15% maior que em uma gestante sedentária.
Assim, a gestante treinada tem uma maior reserva circulatória, que melhora a habilidade de adaptação a um possível estresse circulatório. Da mesma forma que na mulher ativa a gestação promove um aumento no volume ventricular esquerdo, que resulta em um aumento de 30 a 50% maior que na gestante sedentária saudável.
Parece que o único problema cardiocirculatório na gestação e no exercício é... Para onde o sangue vai??????
Durante a gestação deverá existir suplemento sanguíneo para os tecidos reprodutivos rins e pele sem uma alteração significante para as outras estruturas envolvidas no exercício diretamente. O problema então está em saber se as alterações promovidas pela gestação e pelo exercício são suficientes para manter o fluxo útero-pacentário eficiente.
Segundo Clapp III uma das formas mais confusas de monitorar os exercícios durante a gestação é a frequência cardíaca. Normalmente é o que se usa antes da gestação. 70 a 85% da Fc max Como prescrito pelo ACSM 2000, 220 idade= Fc max
Porém, durante a gestação ocorre uma mudança na frequência cardíaca... Muitas perguntas podem ser elaboradas então......depende
Possíveis razões para explicar por que não é seguro prescrever exercícios para gestante baseado somente na frequência cardíaca...
Tipo de Exercício Gestaçã o Intensidade do Exercício Duração do Exercício Genética Frequência cardíaca no Exercício Idade Nível de Treinamento Nível de hidratação F. cardíaca no repouso Gestação
Segundo Clapp III é muito provável que a gestante conheça a sua variação de frequência antes da gestação. Dessa forma ela é levada a acreditar que a sua frequência na gestação é elevada. Seria melhor a Escala de Borg (Borg Rating of Perceived Extertion RPE) para a determinação da intensidade de exercício.
Mesmo fora do período gestacional existem razões para não se usar somente a frequência cardíaca para prescrever exercícios. Variações individuais Frequência cardíaca de repouso variável Diminuição da taxa de resposta cardíaca Frequência cardíaca máxima variável Fatores ambientais Técnicas de medição
Geneticamente pode haver variações de 15 a 30 bpm por minuto, durante exercícios moderados a intensos. Indivíduos com 20 anos ou menos podem ter 10 a 20 bpm a mais que indivíduos com 35 anos em exercícios de mesma intensidade.
Indivíduos treinados regularmente apresentam frequência cardíaca menores na mesma carga de trabalho que indivíduos não treinados. Indivíduos bem hidratados apresentam frequência cardíaca menores que indivíduos desidratados ou que estejam ao final de uma sessão de exercícios, pois a volemia é menor.
A magnitude da resposta cardíaca é proporcional ao exercício. Exercícios sem sustentação de peso tem resposta diferente do exercício com peso sustentado (corrida X ciclismo ou natação). Há uma variação da frequência cardíaca segundo a hora do dia em relação ao alimento, ansiedade, sono, estresse...
Os efeitos sobrepostos da gestação sobre a frequência cardíaca variam muitas vezes durante a gestação. Pode ocorrer um batimento cardíaco aumentado no exercício de baixa intensidade, normal no exercício moderado e uma redução no exercício máximo... Isso parece ocorrer por um melhor ajuste e adaptação no final da gestação e não uma melhora na resposta circulatória necessariamente
Assim o monitoramento pode se apresentar muito confuso...
No início da gestação a vasculatura está relaxada e dilatada e o volume sanguíneo ainda não está muito elevado, a frequência cardíaca está elevada. No exercício a elevação será maior porque não há ainda quantidade suficiente de sangue para ser bombeado pelo coração a cada sístole que possa suprir as necessidades musculares.
Com o avanço da gestação o volume sanguíneo aumenta e assim o volume sistólico O débito cardíaco no repouso continua a subir e a frequência cardíaca no repouso não declina, mas a frequência cardíaca no exercício cai gradualmente.
No meio do período gestacional a relação entre a frequência cardíaca e exercício, normalmente é similar a frequência cardíaca de antes da gestação. No final da gestação os efeitos combinados da gestação e do exercício parecem expandir o volume sanguíneo ainda mais.
Isso parece aumentar ainda mais a quantidade de sangue a cada sístole, de tal forma que algumas mulheres treinadas relatam que não conseguem sentir suas frequências quando estão fazendo um exercício que elas classificariam como muito forte.
As variações nos parâmetros dos exercícios podem ser influenciados pelo nível de treinamento. Tanto na modalidade quanto no volume do exercício. Dessa forma, assumir que exercícios prescritos de 70 a 85% da frequência cardíaca máxima são satisfatórios, seguros e saudáveis para qualquer exercício durante a gestação parece imprudente (Clapp III, 2000)
Durante a gestação os índices de frequência cardíaca podem ter valor apenas se monitorados constantemente e interpretados no contexto da gestação e comparados com várias medidas que reflitam a intensidade do exercício e efeitos fisiológicos. grau de intensidade do exercício consumo de oxigênio frequência cardíaca fetal fadiga
Como a gestante relata estar se sentindo antes, durante e após a sessão de exercícios parece ser uma forma segura, saudável mais que as respostas de frequência cardíaca.
Adaptações Cardiorrespiratórias da Alterações no fluxo sanguíneo no interior dos pulmões no exercício agudo melhoram a transferência dos gases. Há uma melhora no sangue com relação ao transporte de oxigênio para os músculos.
Adaptações Cardiorrespiratórias da Melhora a habilidade da célula em usar o oxigênio. Isso ocorre por um aumento dos capilares entre a vasculatura maior e as células musculares diminuindo a distância para a difusão entre vasos e célula muscular. Dessa forma aumenta a disponibilidade de O e nutrientes.
Adaptações Cardiorrespiratórias da Aumento no número de mitocrôndrias nas células para melhor produção de energia. Com isso pode-se ventilar menos vezes e obter a mesma quantidade de O durante o exercício moderado e durante todo exercício a capacidade máxima de ventilação está aumentada. O exercício pode induzir asma por desidratação e reação de bronquiconstrição ao ar frio.
Adaptações Cardiorrespiratórias da Alterações hormonais diminuem a constrição brônquica e melhoram os sintomas. Porém, a asma induzida pelo exercício não é uma contraindicação para o exercício. A gestação não compromete as funções pulmonares em gestantes saudáveis e treinadas.
Adaptações Cardiorrespiratórias da Na verdade a gestação induz aumento na ventilação alveolar, nas transferência de gases ao nível celular. A capacidade máxima aeróbia é mantida durante a gestação e associada ao exercício promove um aumento de 5 a 10% até seis meses ou um ano após o parto
Adaptações Cardiorrespiratórias da As gestantes respondem ao exercício leve e máximo com um aumento na ventilação, mas no exercício moderado a resposta é de menor ventilação. Essa resposta pode ser devido a alcalose respiratória que ocorre na gestação e a uma menor produção de CO.
Adaptações Cardiorrespiratórias da Na gestante há uma hiperventilação, no repouso e que aumenta no exercício. Com isso ocorre menor tensão de CO, e diminuição da concentração de bicarbonato no sangue. Durante o exercício intenso o QR revela o uso de lipídios mais que de carboidratos unido à uma ventilação aumentada e acidose respiratória
Adaptações Cardiorrespiratórias da Essa situação pode indicar uma menor habilidade para atividades anaeróbias. Pode ser hipotetizado como um mecanismo protetor contra hipóxia, ou um mecanismo para manter os níveis de carboidrato.
Exercício Regular Aumento do volume da Placenta Aumento da Volemia Melhora das funções da Placenta Melhora da disponibilidade de Oxigênio para o Feto no Repouso e no Exercício Aumento da Volemia Aumento da PO Arterial Aumento do Fluxo Uterino Gestação
Adaptações Cardiorrespiratórias da Com relação ao feto as alterações do exercício e da gestação são aditivas e protetora. As alterações ocorrem antes das necessidades fetais se manifestarem A placenta das gestantes que fazem exercício crescem mais, funcionam melhor e antes que as placentas das gestantes saudáveis e sedentárias.
Adaptações Cardiorrespiratórias da Isso significa que os fetos das gestantes que se exercitam recebem mais nutrientes e oxigênio que os fetos das gestantes que não se exercitam. Isso é interessante durante o exercício e caso haja alguma alteração patológica.