Interpretação de Exames Complementares na Síndrome Plurimetabólica



Documentos relacionados
EXERCÍCIO E DIABETES

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes

AGENTE DE FÉ E DO CORAÇÃO PASTORAL NACIONAL DA SAÚDE 04 de outubro de Dislipidemias

Figura 1: peridrociclopentanofenantreno

Colesterol O que é Isso? Trabalhamos pela vida

Na diabetes e dislipidemia

Conheça o lado bom e o lado ruim desse assunto. Colesterol

Profa. Alessandra Barone

Perfil Lipídico. Prof. Fernando Ananias FUNÇÃO DOS LIPÍDIOS

VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA LIGA DE DIABETES ÂNGELA MENDONÇA


Colesterol 3. Que tipos de colesterol existem? 3. Que factores afectam os níveis de colesterol? 4. Quando está o colesterol demasiado elevado?

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE. Profª Sandra Carvalho

DOENÇAS CARDÍACAS NA INSUFICIÊNCIA RENAL

O que é O que é. colesterol?

Sybelle de Araujo Cavalcante Nutricionista

Programa Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) Campanha de Prevenção e Controle de Hipertensão e Diabetes

Coração Saudável! melhor dele?

As proteínas transportadoras

O QUE SÃO OS TRIGLICERÍDEOS?

Convivendo bem com a doença renal. Guia de Nutrição e Diabetes Você é capaz, alimente-se bem!

Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI

Proteger nosso. Futuro

Que tipos de Diabetes existem?

Prevenção Cardio vascular. Dra Patricia Rueda Cardiologista e Arritmologista

Complicações Metabólicas da Terapia Anti-retroviral

DIABETES MELLITUS. Ricardo Rodrigues Cardoso Educação Física e Ciências do DesportoPUC-RS

INTRODUÇÃO. Diabetes & você

Por não serem solúveis na água, os lípidos circulam no plasma sob a forma de lipoproteínas. Os ácidos gordos livres circulam ligados à albumina.

Ácido nicotínico 250 mg, comprimido de liberação Atorvastatina 20 mg, comprimido; Bezafibrato 400 mg, comprimido; Pravastatina 20 mg, comprimido;

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR PRESENCIAL

Triglicerídeos altos podem causar doenças no coração. Escrito por Fábio Barbosa Ter, 28 de Agosto de :19

Congresso do Desporto Desporto, Saúde e Segurança

UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL PEDE AUTOCONHECIMENTO. PAINEL GENÔMICO DE NUTRIÇÃO E RESPOSTA AO EXERCÍCIO

O que é diabetes mellitus tipo 2?

O QUE É COLESTEROL? TIPOS

Tipos de Diabetes e 10 Super Alimentos Para Controlar a Diabetes

INFLUÊNCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO E ORIENTAÇÃO ALIMENTAR EM NÍVEIS DE TRIGLICERIDEMIA DE ADOLESCENTES OBESOS

O QUE É COLESTEROL? Sinônimos: colesterol hdl, colesterol ldl

Diminua seu tempo total de treino e queime mais gordura

Conheça mais sobre. Diabetes

Promoção para a Saúde

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si

Alterações Metabolismo Carboidratos DIABETES

COLESTEROL. Colesterol é o substrato para formar hormônios,membranas, ele é o tijolo essencial para todo o corpo.( Sposito AC,2010).

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO DIABETES MELLITUS: SULFONILUREIAS E BIGUANIDAS

Campanha da Rede Asbran alerta este mês sobre consumo de açúcar

A SAÚDE DO OBESO Equipe CETOM

O papel da Nutrição na Saúde dos Peixes. João Manoel Cordeiro Alves Gerente de Produtos Aquacultura Guabi Nutrição Animal

Yerba mate extrato EXTRATO DE MATE PADRONIZADO CAFEÍNA POLIFENÓIS TEOBROMINA

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel

Suco de Laranja diminui o Estresse Oxidativo, Diabetes e o Risco de Doenças Cardiovasculares

DOSSIER INFORMATIVO ANTIOXIDANTES

ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M.

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

Metabolismo do colesterol e das lipoproteínas

Entendendo a lipodistrofia

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NO PERFIL LIPÍDICO E GLICÊMICO DE PACIENTES HIV POSITIVOS QUE FAZEM USO DE ANTIRETROVIRAIS

Lípidos e dislipidemia. Cláudio David

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

OS 5 PASSOS QUE MELHORAM ATÉ 80% OS RESULTADOS NO CONTROLE DO DIABETES. Mônica Amaral Lenzi Farmacêutica Educadora em Diabetes

Retinopatia Diabética

Função orgânica nossa de cada dia. Profa. Kátia Aquino

Homeopatia. Copyrights - Movimento Nacional de Valorização e Divulgação da Homeopatia mnvdh@terra.com.br 2

Consulta de Enfermagem para Pessoas com Hipertensão Arterial Sistêmica. Ms. Enf. Sandra R. S. Ferreira

O corpo humano está organizado desde o mais simples até o mais complexo, ou seja, do átomo microscópico ao complexo organismo humano macroscópico.

REGISTRO: Isento de Registro no M.S. conforme Resolução RDC n 27/10. CÓDIGO DE BARRAS N : (Frutas vermelhas) (Abacaxi)

Tópicos da Aula. Classificação CHO. Processo de Digestão 24/09/2012. Locais de estoque de CHO. Nível de concentração de glicose no sangue

Células A (25%) Glucagon Células B (60%) Insulina Células D (10%) Somatostatina Células F ou PP (5%) Polipeptídeo Pancreático 1-2 milhões de ilhotas

O HDL é conhecido como o bom colesterol porque remove o excesso de colesterol e traz de volta ao fígado onde será eliminado. O LDL-colesterol é o

Vida saudável. Dicas e possibilidades nos dias de hoje.

Eliane Petean Arena Nutricionista - CRN Rua Conselheiro Antônio Prado 9-29 Higienópolis Bauru - SP Telefone : (14)

Como saber que meu filho é dependente químico e o que fazer. A importância de todos os familiares no processo de recuperação.

Reparo, formação de cicatriz e fibrose. Prof. Thais Almeida

RESPOSTA RÁPIDA /2014

A patroa quer emagrecer

EXERCÍCIOS ON LINE DE CIÊNCIAS 8 AN0

A importância do tratamento contra a aids

Como prescrever o exercício no tratamento do DM. Acad. Mariana Amorim Abdo

Hipertensão Arterial no idoso

RELAÇÃO ENTRE OS NÍVEIS SÉRICOS DE PCR AS E COLESTEROL-HDL EM TRABALHADORES DE EMPRESAS PRIVADAS

ESPECTRO. ALTERAÇÕES METABÓLICAS DA OBESIDADE e DMT2 EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Diabetes Tipo 2 em Crianças. Classificação de Diabetes em Jovens

ENFRENTAMENTO DA OBESIDADE ABORDAGEM TERAPÊUTICA

INFORMAÇÃO PARA A PREVENÇÃO

Por uma pedagogia da juventude

Descobrindo o valor da

à diabetes? As complicações resultam da de açúcar no sangue. São frequentes e graves podendo (hiperglicemia).

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 064 / CESAU

Saúde da mulher em idade fértil e de crianças com até 5 anos de idade dados da PNDS 2006

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ

OUTUBRO ROSA UMA CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA SOFIS TECNOLOGIA

Alimentos de Soja - Uma Fonte de Proteína de Alta Qualidade

METABOLISMO DE LIPÍDEOS

Os lipídios são substâncias com estrutura variada sendo muito abundantes em animais e vegetais;

COLESTEROL DEFINIÇÃO

Transcrição:

Interpretação de Exames Complementares na Síndrome Plurimetabólica

Vamos lembrar Hipócrates Que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja o seu remédio

Integração É importante buscar um estado de integração entre as diversas profissões que cuidam da saúde em nosso país. A segmentação é ineficiente e cria questões internas que não beneficiam nem profissionais nem pacientes.

Integração O Nutricionista precisa estar apto a solicitar e interpretar exames, laboratoriais ou não, que sejam pertinentes a sua prática clínica. Muito mais que um direito profissional, isto deveria ser um pré-requisito fundamental à prática da profissão. Quem deve determinar isto é a necessidade na assistência, não as empresas de seguro-saúde.

Integração É fundamental que sejam promovidos momentos de integração profissional teórica e prática, com o objetivo de tornar congruentes os pensamentos e práticas de todos os profissionais envolvidos na assistência à saúde. Combatamos a sectarização Ela é contraproducente.

Síndrome Plurimetabólica O que é isso?

Síndrome Plurimetabólica A síndrome metabólica ou plurimetabólica, antes conhecida como síndrome X, é caracterizada pela associação de fatores de risco para as doenças cardiovasculares e diabetes. Ela tem como base a resistência à insulina e o desenvolvimento exagerado de gordura visceral, levando a diversos distúrbios metabólicos. Por isso é plurimetabólica; É um resultado da piora na qualidade alimentar moderna, tanto nos alimentos quanto na forma de alimentar-se. Tudo isso associado ao sedentarismo, cria espaço para o surgimento da síndrome; Seus aspectos inflamatórios têm sido cada vez mais estudados e enfatizados.

Síndrome Plurimetabólica Diagnóstico Formal Apresentar 3 ou mais dos seguintes critérios: Perímetro de cintura aumentado: Homem Igual ou superior a 102 cm / 40 polegadas Mulher Igual ou superior a 88 cm / 35 polegadas Trigliceridemia elevada: Igual ou superior a 150 mg/dl Colesterol HDL diminuído: Homem - Inferior ou igual a 40 mg/dl Mulher - Inferior ou igual a 50 mg/dl Pressão arterial elevada: Igual ou superior a 130/85 mmhg Elevação da glicose em jejum: Igual ou superior a 110 mg/dl (5.6 mmol/l)

Síndrome Plurimetabólica Ponderações Perímetro de cintura aumentado: Homem Igual ou superior a 102 cm / 40 polegadas Mulher Igual ou superior a 88 cm / 35 polegadas Se seu paciente aumenta drasticamente seu perímetro abdominal em pouco tempo, isso não já o incluiria em um estágio inicial da síndrome, ou em um estágio de instalação da mesma? Devemos esperar ele se enquadrar FORMALMENTE para tratá-lo?

Síndrome Plurimetabólica Ponderações Trigliceridemia elevada: Igual ou superior a 150 mg/dl Colesterol HDL diminuído: Homem - Inferior ou igual a 40 mg/dl Mulher - Inferior ou igual a 50 mg/dl Similar ao pensamento anterior. Se seu paciente passa a apresentar níveis de triglicerídios elevados ou HDL diminuídos frente a dados anteriores, não merece cuidados precoces? Importância dos exames seriados e da geração de curvas; O suposto aumento de custo com a solicitação de mais exames é facilmente compensado pela economia do nãoadoecimento posterior.

Síndrome Plurimetabólica Ponderações Pressão arterial elevada: Igual ou superior a 130/85 mmhg Atenção às variações por faixa etária; Medições isoladas não têm tanto valor; Assistência do profissional médico é fundamental; Assistência do educador físico é fundamental;

Síndrome Plurimetabólica Ponderações Elevação da glicose em jejum: Igual ou superior a 110 mg/dl (5.6 mmol/l) Elevação da glicose pós-prandial: Igual ou superior a 140 Algumas referências falam em valores entre 100 e 125; Também merece uma curva, tanto com exames periódicos mais próximos quanto com realização da curva glicêmica; Este dado será muito mais útil associado a dados relativos à curva insulínica.

O que são exames complementares? Quaisquer avaliações que possamos realizar para complementar os dados e percepções da anamnese e do exames físico, de forma a nos aproximar de uma maior precisão diagnóstica. Costumam se apresentar em faixas de normalidade que podem derivar de diversas origens, desde estudos laboratoriais até avaliações populacionais.

O que são exames complementares? Ponderações São COMPLEMENTARES, não diminuindo a importância da avaliação clínica; Trazem informações importantes que nos ajudam a decidir o que fazer e, principalmente, o que não fazer; Em sua maioria, são apresentados com uma faixa de valores de REFERÊNCIA, não sendo, necessariamente, absolutos.

O que são exames complementares? O que é DISTRIBUIÇÃO NORMAL? Baseada no Teorema do Limite Central: Toda soma de variáveis aleatórias independentes, de média finita e variância limitada, é aproximadamente Normal desde que o número de termos da soma seja suficientemente grande" Curva de GAUSS

O que são exames complementares? O que é DISTRIBUIÇÃO NORMAL? A grande dificuldade em encaixar os parâmetros de avaliação do organismo humano em um padrão de distribuição normal está no fato de que nosso domínio sobre os fatores que determinam nosso metabolismo é ainda insuficiente. Sistemas matemáticos perfeitos dependem de um conhecimento igualmente perfeito de seus fatores, algo que ainda estamos longe de alcançar; Por isso também as ciências da saúde, sob alguns aspectos, ainda podem ser vistas mais como arte do que como ciência, cabendo o desenvolvimento do raciocínio crítico e da prática da ciência factual, envolvendo observação e confronto constante de resultados; A criação de protocolos, não raro, atrapalha mais do que ajuda; Não podemos parar de estudar pois ainda sabemos muito pouco sobre quase nada.

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica Glicemia em jejum e curva glicêmica Diagnóstico: Jejum > 110 Pós-prandial > 140

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica Insulina em jejum e curva insulinêmica Não fazem parte do diagnóstico formal; Importantes para avaliar o grau de sobrecarga pancreática; Se o valor em jejum estiver superior a 12, seu paciente já não está bem. O ideal é mantê-lo abaixo de 8.

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica Resistência insulínica Glicemia pós-prandial >140; Pico da curva insulínica igual a 7X ou mais o valor basal; Aumento da circunferência abdominal é um indicativo; Índice HOMA é útil no diagnóstico, mas seus valores de referência estão em constante atualização e adequação a grupos e faixas etárias.

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica Proteína C Reativa Ultrassensível Proteína de fase aguda produzida pelo fígado durante processos inflamatórios; Pode ter relação com doenças cardiovasculares; Ideal é < 0,3mg/dl; É preciso afastar outras causas inflamatórias e considerar outros resultados de exames de risco cardiovascular; O acúmulo de gordura visceral piora o perfil inflamatório do paciente; Atenção ao equilíbrio Ω6/Ω3.

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica Imagem de: http://www.efdeportes.com/efd150/tecido-adiposo-como-regulador-da-obesidade.htm

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica Ácido Úrico Elevação é indicativa de inflamação de tecido adiposo por hipoperfusão; Também indica falha na renovação de ATP, apontando para a redução da eficiência mitocondrial; Pode ser um fator precoce preditivo para a síndrome plurimetabólica.

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica Fibrinogênio Fundamental para a formação de fibrina e a coagulação; Sua elevação favorece processos trombóticos; Está envolvido no processo de proliferação da placa ateromatosa, por responder a sinalizadores inflamatórios envolvidos.

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica Lipidograma Existem muitas controvérsias no que diz respeito aos benefícios da redução do colesterol sérico para seres humanos; O que dosamos, na verdade, são complexos lipoproteicos carreadores de colesterol, e não o colesterol em si; Colesterol não é uma gordura, e sim, um álcool. Sua gênese se inicia na glicose, e não em gorduras; Sem LDL oxidada, não há o processo da gênese da placa de ateroma; A placa prolifera através da formação de matriz extracelular de miócitos da camada íntima vascular e deposição de colágeno e fibrina, pela atividade inflamatória. Ela não é alimentada por colesterol; O colesterol é molécula fundamental para a existência e sobrevivência dos seres humanos, estando envolvido na produção de hormônios, vitamina D e paredes celulares.

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica V Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose Colesterol Total esta avaliação pode fornecer dados enganosos em algumas situações ; A fração colesterol não-hdl ou a determinação da apolipoproteína B pode fornecer melhor estimativa da concentração de partículas aterogênicas, especialmente em pacientes de alto risco portadores de diabetes e/ou síndrome metabólica. Valores (mg/dl) <200 Desejável 200-239 Limítrofe 240 Alto Categoria

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica V Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose LDL (Low Density Lipoprotein) leva triglicerídios, colesterol e outras substâncias lipossolúveis (como a vitamina E) para as células de todo o corpo; Valores (mg/dl) Categoria <100 Ótimo 100-129 Desejável 130-159 Limítrofe 160-189 Alto 190 Muito Alto

LDL

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica V Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose HDL (High Density Lipoprotein)...também tem outras ações que contribuem para a proteção do leito vascular contra a aterogênese, como a remoção de lípides oxidados da LDL, a inibição da fixação de moléculas de adesão e monócitos ao endotélio e a estimulação da liberação de óxido nítrico ; Evita a oxidação da LDL através da enzima antioxidante PON1 (paraoxonase-1) Valores (mg/dl) >60 Desejável <40 Baixo Categoria

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica V Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose TG (Triglicerídios): Valores (mg/dl) Categoria <150 Desejável 150-200 Limítrofe 200-499 Alto 500 Muito Alto

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica V Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose Colesterol Não-HDL...pode fornecer melhor estimativa do risco em comparação com o LDL-C, principalmente nos casos de hipertrigliceridemia associada à diabetes, à síndrome metabólica ou à doença renal. Valores (mg/dl) Categoria <130 Ótimo 130-159 Desejável 160-189 Alto 190 Muito Alto

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica V Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose Apolipoproteína B principal apoproteína das partículas aterogênicas constituídas pelas lipoproteínas VLDL, IDL e LDL produzidas no fígado. 1 apob por partícula de LP; Vários estudos clínicos prospectivos têm demonstrado que a apob é igual ao LDL-C na predição de risco. É a melhor maneira de dosar lipoproteínas que contêm apob, ou seja, são aterogênicas; É essencial para a ligação das partículas de LDL aos receptores celulares. Não é exatamente negativa ou ruim; Está envolvida na retenção da LDL e de outras moléculas que contêm apob na camada íntima; Idealmente, deve estar abaixo de 120mg/dl. Em DAC, abaixo de 90mg/dl.

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica V Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose Apolipoproteína A1 O colesterol livre da HDL, recebido das membranas celulares, é esterificado por ação da lecitinacolesterolaciltransferase (LCAT). A apo A1, principal proteína da HDL, é cofator dessa enzima. O processo de esterificação do colesterol, que ocorre principalmente nas HDLs, é fundamental para sua estabilização e transporte no plasma, no centro desta partícula ; Deve ser 40% ou mais superior à dosagem de apo B.

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica Anti-LDL oxidada avalia a concentração de anticorpos contra LDL-C na forma oxidada, que é imunogênica. LDLox não é reconhecida pelos receptores normais de LDL, mas pelos receptores scavengers dos macrófagos, que não têm regulação pelo volume de colesterol captado, o que leva a formação de células espumosas; LDLox aumenta a ativação, adesão e migração de monócitos; LDLox estimula a liberação de IL-1 pelos monócitos, o que estimula a proliferação de células musculares lisas no local.

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica V Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose Lipoproteína a (Lp(a))...conforme sugerido por vários estudos, é um marcador de risco adicional de doença arterial coronariana (DAC). O nível plasmático de Lp(a) é, em grande parte, determinado geneticamente. Existem vários métodos para determinação de Lp(a), mas ainda se faz necessária a sua padronização ;...a sua determinação pode ser considerada em pessoas com alto risco para doença CV ou com forte história familiar de doença prematura aterotrombótica, como na Hipercolesterolemia Familiar ; É uma macromolécula com um núcleo semelhante à LDL, ligado a uma cadeia de aminoácidos idênticos aos do plasminogênio, conferindo-lhe ação trombogênica.

Exames Complementares em Síndrome Plurimetabólica Lipoproteína a (Lp(a)) o pior problema? Liga-se à fibronectina (presente nas lesões ateromatosas) e glicosaminoglicanos da parede arterial; Move-se através do endotélio até a íntima; Pode ser oxidada in vitro e formar células espumosas; Induz da proliferação de células musculares lisas; Apresenta apob na sua composição; Há referências para valores ideais abaixo de 30 a para abaixo de 50mg/dl; Lp(a) elevada associada a LDL-C muito elevada podem aumentar em até 5 vezes o risco DAC; Niacina em altas doses, bezafibrato e óleo de côco parecem ser úteis na diminuição dos níveis de Lp(a) e as estatinas se mostraram inúteis na tentativa de controla-la. Será que é prudente deixar ela de lado?!

Concluindo Vale ressaltar: Há alguns subtipos de HDL e LDL, com comportamentos que podem diferir e que ainda não estão totalmente desvendados; A cada dia se descobrem mais enzimas e receptores com diversas influências sobre o processo de geração, transporte e degradação das milhares de substâncias que circulam pelo nosso organismo; A cada nova solução proposta, surgem inúmeras dúvidas e, quase invariavelmente, batemos na trave ; A única verdade que temos é o fato de que precisamos descobrir muita coisa ainda, em uma busca multidisciplinar e sem brios, para promover verdadeiras melhorias à saúde humana; Inúmeros estudos, recentes e antigos, mostram menor sobrevida e qualidade de vida em pacientes com níveis de colesterol sérico baixos.

Vamos lembrar Hipócrates... De novo!

Concluindo Finalmente, sobre a Síndrome Plurimetabólica: Perder peso é a solução?

Concluindo NÃO!!! Precisamos eliminar GORDURA VISCERAL e modular adequadamente os PROCESSOS INFLAMATÓRIOS. Afinal de contas, uma amputação de membro inferior não melhora o perfil lipídico (e olha que uma perna pesa uns 13 a 15% do seu peso corporal!)

Vamos Refletir! "O sábio pode mudar de opinião. O idiota NUNCA. Immanuel Kant A tarefa não é tanto ver aquilo que ninguém viu, mas pensar o que ninguém ainda pensou sobre aquilo que todo mundo vê. Arthur Schopenhauer

Muito obrigado!!! www.clinicasallus.com.br adolfoduarte.blogspot.com Curtam nossa Fanpage no FaceBook! Sallus Saúde Integrada