COMO SEGUIR AS PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA? Dr. José Luiz B. Bevilacqua



Documentos relacionados
Toxicidade tardia da terapia adjuvante: o que não posso esquecer. Maria de Fátima Dias Gaui CETHO

DR.PRIMO PICCOLI CANCEROLOGIA CIRÚRGICA.

O Que solicitar no estadiamento estádio por estádio. Maria de Fátima Dias Gaui CETHO

Os Trabalhos/Abstracts mais Relevantes em Avaliação genética e tratamentos preventivos

Atualidades na doença invasiva do colo uterino: Seguimento após tratamento. Fábio Russomano IFF/Fiocruz Trocando Idéias 29 a 31 de agosto de 2013

Atuação da Acupuntura na dor articular decorrente do uso do inibidor de aromatase como parte do tratamento do câncer de mama

Atualização do Congresso Americano de Oncologia Fabio Kater

Como tratar o câncer de mama na paciente com mutação genética? Prof. Dr. Giuliano Duarte

RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

Diagnóstico do câncer de mama Resumo de diretriz NHG M07 (segunda revisão, novembro 2008)

Entenda o que é o câncer de mama e os métodos de prevenção. Fonte: Instituto Nacional de Câncer (Inca)

CAPÍTULO 2 CÂNCER DE MAMA: AVALIAÇÃO INICIAL E ACOMPANHAMENTO. Ana Flavia Damasceno Luiz Gonzaga Porto. Introdução

OUTUBRO. um mes PARA RELEMBRAR A IMPORTANCIA DA. prevencao. COMPARTILHE ESSA IDEIA.

Dra Adriana de Freitas Torres

Diagnóstico do câncer

04/06/2012. Curso Nacional de Atualização em Pneumologia SBPT Tratamento da dor oncológica. Definição. Dr Guilherme Costa

*CD * Discurso proferido pelo deputado GERALDO RESENDE (PMDB/MS), em sessão no dia 11/02/2014. MAMOGRAFIA EM UMA SÓ MAMA: IGNORÂNCIA

TOMOSSÍNTESE MAMÁRIA CASOS CLÍNICOS

RASTREAMENTO EM CÂNCER CRITÉRIOS EPIDEMIOLÓGICOS E IMPLICAÇÕES

RASTREAMENTO (Screening)

EMENTA: Câncer urológico - Critérios de alta para pacientes com câncer CONSULTA

Hipogonadismo. O que é Hipogonadismo? Causas 25/02/ Minhavida.com.br

Descobrindo o valor da

TUMORES BENIGNOS DOS OVARIOS. Pedro Cordeiro de Sá Filho

Alexandre de Lima Farah

Diretrizes ANS para realização do PET Scan / PET CT. Segundo diretrizes ANS

Departamento de Cirurgia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

Paciente de Alto Risco

Identifique-se na parte inferior desta capa. Caso se identifique em qualquer outro local deste Caderno, você será excluído do Processo Seletivo.

Terapia hormonal de baixa dose. Elvira Maria Mafaldo Soares UFRN/SOGORN

Apesar de ser um tumor maligno, é uma doença curável se descoberta a tempo, o que nem sempre é possível, pois o medo do diagnóstico é muito grande,

Rastreamento Populacional. Maria Isabel do Nascimento Instituto de Saúde Coletiva - UFF

Veículo: Site Correio Braziliense Data: 11/11/2011

Desigualdades no Acesso à Tecnologia: Relevância para Grupos de Pacientes

CANCER DE MAMA FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

RM MAMÁRIA: quando indicar?

É por isso que um exame clínico anual das mamas, através de um médico, é obrigatório.

LIGA DA MAMA: AÇÕES COMUNITÁRIAS DE PREVENÇÃO E RASTREAMENTO DO CÂNCER DE MAMA EM Palavras-chave: Câncer de mama; rastreamento, prevenção.

É possível omitir Radioterapia adjuvante em mulheres idosas com Receptor Hormonal positivo?

OUTUBRO ROSA REFORÇA A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE NA CURA DO CÂNCER DE MAMA

Situação do Câncer de Mama na Região de Campinas. Dr. Carlos Alberto Menossi

O que é câncer de mama?

DETECÇÃO, DIAGNÓSTICO E ESTADIAMENTO DO CÂNCER DE MAMA

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

Tratamento do câncer no SUS

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

CÂNCER DE MAMA: é preciso falar disso. Ministério da Saúde Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva

1. Da Comunicação de Segurança publicada pela Food and Drug Administration FDA.

vulva 0,9% ovário 5,1%

CANCER DE COLO DE UTERO FERNANDO CAMILO MAGIONI ENFERMEIRO DO TRABALHO

Ceci Mendes Carvalho Lopes Professora assistente-doutora da Clínica Ginecológica do HCFMUSP Diretora da Sobrafito (Associação Médica Brasileira de

CÂNCER DE MAMA PREVENÇÃO TRATAMENTO - CURA Novas estratégias. Rossano Araújo

Check-ups Específicos

UNILAB no Outubro Rosa Essa luta também é nossa. CUIDAR DA SAÚDE É UM GESTO DE AMOR À VIDA. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR

Arn Migowski. Diretrizes Nacionais para a Detecção Precoce do Câncer de Mama

POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DO

Histórico. O Outubro Rosaéum movimento popular dedicado a alertar as mulheres para a importância da prevenção e da detecção precoce do câncer de mama.

O Cancro da Mama em Portugal. 1 em cada 11 mulheres em Portugal vai ter cancro da mama

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

Instituto Nacional de Câncer Fisioterapia HCII/INCA

FÓRUM Câncer de Mama. Políticas Públicas: Tratamento e Apoio Dra. Nadiane Lemos SSM-DAS/SES-RS

Lidando com o paciente oncológico C A M I L A M A N O S S O F U N E S J É S S I C A D E O L I V E I R A S T O R R E R

Equipamentos de Imagem e Equipes Médicas Integradas: O binômio para o pleno retorno do investimento em novas tecnologias

Assistência Farmacêutica na Depressão

Elevação dos custos do setor saúde

16/04/2015 CÂNCER DE PULMÃO. Rastreamento do Câncer de Pulmão: Solução ou Complicação?

MELANOMA EM CABEÇA E PESCOÇO

29/5/2012 DIPOSICIONAL SITUACIONAL OTIMISMO DISPOSICIONAL INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA MÉTODOS FONTE DE DADOS PROJETO INSTRUMENTOS RESULTADOS

Modelo de Atenção às Condições Crônicas. Seminário II. Laboratório de Atenção às Condições Crônicas. O caso da depressão. Gustavo Pradi Adam

Diretrizes Assistenciais

INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RS PORTARIA 13/2014

OUTUBRO ROSA UMA CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA SOFIS TECNOLOGIA

Climatério Resumo de diretriz NHG M73 (primeira revisão, abril 2012)

CARCINOMA DO OVÁRIO EM MULHER JOVEM QUANDO CONSERVAR?

Apresentador: Dr. Saul Oliveira e Costa Coordenador: Dr. Gustavo Caldas

Oncogenética: quando suspeitar e encaminhar para avaliação.

Maisa Kairalla e Valmari Aranha Presidentes da comissão científica do Gerp.13 PROGRAMAÇÃO PRELIMINAR

INFLUÊNCIA DOS HÁBITOS H VIDA NO CÂNCER DE MAMA. Prof. Dr. Henrique Brenelli CAISM - UNICAMP

Protocolo de Tratamento do Câncer de Mama Metastático. Versão eletrônica atualizada em Dezembro 2009

Apoio e realização: II Congresso Brasileiro de Ginecologia Oncológica AGINON 2015 I Jornada Latino-Americana de Ginecologia Oncológica - LASGO

Sexualidade e Câncer de Mama

Núcleo Mama Porto Alegre (NMPOA) Estudo longitudinal de rastreamento e atenção organizada no diagnóstico e tratamento do câncer de mama

NOVAS RECOMENDAÇÕES PARA O RASTREAMENTO DA MAMA SIMONE ELIAS MARTINELLI

Devemos fazer a triagem de Câncer de Próstata em pacientes com menos de 70 anos? Wilson Busato Jr

Sistema Público de Saúde em Curitiba

Climatério. Indicações e Contraindicações. ao Uso da Terapia Hormonal

Saúde da Próstata. XXX Ciclo de Debate Município Saudável Envelhecimento Ativo. Claudio B. Murta

Câncer de Mama COMO SÃO AS MAMAS:

Numeração Única: TEMA: TAMOXIFENO NO TRATAMENTO ADJUVANTE DO CANCER DE MAMA

NOVEMBRO DOURADO VIVA ESTA IDEIA! VENHA PARTICIPAR!

Prof.: Luiz Fernando Alves de Castro

Influência do peso corporal no tratamento adjuvante do câncer de mama

III CONGRESSO BRASILEIRO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE DO PODER JUDICIÁRIO. Valéria M. Natale Divisão Médica - TRF 3ª. Região HCFMUSP

O que é câncer de estômago?

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Reabilitação em Dores Crônicas da Coluna Lombar. Michel Caron Instituto Dr. Ayrton Caron Porto Alegre - RS

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER

Transcrição:

COMO SEGUIR AS PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA? Dr. José Luiz B. Bevilacqua

DECLARAÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSE Nenhum conflito de interesse

COMO SEGUIR AS PACIENTES COM CÂNCER DE MAMA? Como fazer o acompanhamento Novos estadiamentos são necessários? Qual o benefício do diagnóstico precoce de metástases? Exames ou conversa: o que as pacientes preferem?

Follow-up em Ca de mama Aspectos da Abordagem Aconselhamento genético Rastreamento de recorrência Rastreamento de novos primários Sintomas comuns associados ao tratamento contra o câncer de mama Riscos de longo prazo do tratamento oncológico

Follow-up em Ca de mama Introdução Câncer de mama é altamente controlado Grande prevalência da doença Importância da abordagem racional do diagnóstico de recorrência e complicações de longo prazo

Follow-up em Ca de mama Critérios de encaminhamento para aconselhamento genético Idade <40 anos ao diagnóstico Ascendência judaica Ashkenazi História de pessoal ou parente (1º ou 2º G) com Ca de ovário Parente de 1º G com história de Ca de mama diagnosticado < 50 anos 2 parentes (1º ou 2º G) com história de Ca de mama em qualquer idade História pessoal ou parente (1º ou 2º G) de mama bilateral Parente homem com histórico de Ca de mama New Engl J Med 2007; 356: 2505-13

Follow-up em Ca de mama Rastreamento de recorrência ou novo Ca primário de mama Guideline NCCN, 2008 ICSI, 2003 FNCLCC (Mauriac), 2001 ESMO, 2001 NHMCR, 2003 NHMCR, 2001 SIGN, 1998 Canadian Task Force on Preventive Health Care, 1999 Canadian Medical Association, 1998 Malaysian Ministry of Health, 2002 Royal Australasian College of Surgeons (Collins), 1997 ANAES, 2000 British Colombia Cancer Agency, 2001 ASCO, 1999 NICE, 2002 Mamografia após Cirurgia Conservadora Aproximadamente 6 meses após RXT Aproximadamente 6 meses após RXT 6 a 12 meses após RXT na mama conservada 6 a 12 meses após RXT na mama conservada 1 ano após tratamento; depois anual ou 2/2 anos Sem evidências p/ recomendações Aproximadamente 6 meses após RXT Em 6 a 12 meses no 1o ano; depois anual indefinidamente Aproximadamente 6 meses após RXT; depois anual Aproximadamente 6 meses após RXT; depois anual Rojas MP, Telaro E, Russo A, Moschetti I, Coe L, Fossati R, Palli D, Roselli del Turco M, Liberati A. Follow-up strategies for women treated for early breast cancer (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 4, 2008. Oxford: Update Software.

Follow-up em Ca de mama Rastreamento de recorrência ou novo Ca primário de mama Guideline NCCN, 2008 ICSI, 2003 FNCLCC (Mauriac), 2001 ESMO, 2001 NHMCR, 2003 NHMCR, 2001 SIGN, 1998 Canadian Task Force on Preventive Health Care, 1999 Canadian Medical Association, 1998 Malaysian Ministry of Health, 2002 Royal Australasian College of Surgeons (Collins), 1997 ANAES, 2000 British Colombia Cancer Agency, 2001 ASCO, 1999 NICE, 2002 Mamografia de Rastreamento Anual Anual indefinidamente Anual A cada 1-2 anos Anual indefinidamente Anual indefinidamente A cada 1-2 anos Sem evidências p/ recomendações Anual indefinidamente Anual Anual Em 6 a 12 meses no 1º ano; depois anual Anual Anual Rojas MP, Telaro E, Russo A, Moschetti I, Coe L, Fossati R, Palli D, Roselli del Turco M, Liberati A. Follow-up strategies for women treated for early breast cancer (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 4, 2008. Oxford: Update Software.

Follow-up em Ca de mama Rastreamento de recorrência ou novo Ca primário de mama Guideline NCCN, 2008 Consulta Clínica (História + Exame Físico) 4/4 ou 6/6 meses por 5 anos; depois 12/12 meses ICSI, 2003 3/3 ou 4/4 meses por 2 anos; depois 6/6 meses por 3 anos FNCLCC (Mauriac), 2001 6/6 meses por 5 anos; depois anual por 10 anos ESMO, 2001 3-6/3-6 meses por 3 anos; 6-12/6-12 meses por 2 anos; depois anual indefinidamente NHMCR, 2003 3/3 meses por 2 anos; 6/6 meses por 3 anos; depois anual indefinidamente NHMCR, 2001 3/3 meses por 2 anos; 6/6 meses por 3 anos; depois anual SIGN, 1998 6/6 meses por 2 anos; depois anual Continua Rojas MP, Telaro E, Russo A, Moschetti I, Coe L, Fossati R, Palli D, Roselli del Turco M, Liberati A. Follow-up strategies for women treated for early breast cancer (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 4, 2008. Oxford: Update Software.

Follow-up em Ca de mama Rastreamento de recorrência ou novo Ca primário de mama Continuação Guideline Canadian Task Force on Preventive Health Care, 1999 Consulta Clínica (História + Exame Físico) Sem evidências p/ recomendações Canadian Medical Association, 1998 2x em 6 meses; depois anual Malaysian Ministry of Health, 2002 3/3 ou 4/4 meses por 2 anos; depois 6/6 meses por 3 anos Royal Australasian College of Surgeons (Collins), 1997 3/3 ou 4/4 meses por 2 anos; depois 6/6 meses por 3 anos ANAES, 2000 Em 6 a 12 meses no 1o ano. Anual British Colombia Cancer Agency, 2001 4/4 ou 6/6 meses por 5 anos; depois anual. Pós cirurgia conservadora 5-6 semanas após RXT; depois 6/6 meses por 5 anos; depois anual ASCO, 1999 3/3 ou 6/6 meses por 3 anos; 6/6 ou 12/12 meses por 2 anos; depois anual NICE, 2002 Rojas MP, Telaro E, Russo A, Moschetti I, Coe L, Fossati R, Palli D, Roselli del Turco M, Liberati A. Follow-up strategies for women treated for early breast cancer (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 4, 2008. Oxford: Update Software.

Follow-up em Ca de mama Rastreamento de recorrência ou novo Ca primário de mama Guideline NCCN, 2008 ICSI, 2003 FNCLCC (Mauriac), 2001 ESMO, 2001 NHMCR, 2003 NHMCR, 2001 SIGN, 1998 Canadian Task Force on Preventive Health Care (Temple), 1999 Canadian Medical Association, 1998 Malaysian Ministry of Health, 2002 Royal Australasian College of Surgeons (Collins), 1997 ANAES, 2000 British Colombia Cancer Agency, 2001 ASCO, 1999 NICE, 2002 Auto-exame das mamas Ensinar se a mulher quiser Mensal Recomendação individualizada Ensinar toda mulher Mensal Rojas MP, Telaro E, Russo A, Moschetti I, Coe L, Fossati R, Palli D, Roselli del Turco M, Liberati A. Follow-up strategies for women treated for early breast cancer (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 4, 2008. Oxford: Update Software.

Follow-up em Ca de mama Rastreamento de recorrência ou novo Ca primário de mama Guideline NCCN, 2008 ICSI, 2003 FNCLCC (Mauriac), 2001 ESMO, 2001 NHMCR, 2003 NHMCR, 2001 SIGN, 1998 Canadian Task Force on Preventive Health Care (Temple), 1999 Canadian Medical Association, 1998 Malaysian Ministry of Health, 2002 Royal Australasian College of Surgeons (Collins), 1997 ANAES, 2000 British Colombia Cancer Agency, 2001 ASCO, 1999 NICE, 2002 Follow-up Intensivo sem sintomas Não recomendado Não recomendado Não recomendado Não recomendado Não recomendado Não recomendado Não recomendado Não recomendado Não recomendado Não recomendado Não recomendado Não recomendado Não recomendado Não recomendado Não recomendado Rojas MP, Telaro E, Russo A, Moschetti I, Coe L, Fossati R, Palli D, Roselli del Turco M, Liberati A. Follow-up strategies for women treated for early breast cancer (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 4, 2008. Oxford: Update Software.

Follow-up em Ca de mama Definição de follow-up Intensivo sem sintomas Exames Radiológicos Cintilografia óssea Tomografias computadorizadas RX de tórax USG de abdome/pelve Ressonância Magnética PET Exames Laboratoriais Marcadores tumorais (CA 15.3, CEA, etc) Enzimas hepáticas DHL Fosfatase alcalina

Follow-up em Ca de mama Qual o benefício do diagnóstico precoce de metástases? Metanálise Follow-up Clinico x Follow-up Intensivo Nº de Estudos Nº de Pacientes Risco Relativo Mortalidade Global 2 2553 0.98 (0.84, 1.15) Mortalidade Global 5 anos 2 2563 0.96 (0.80, 1.15) Sobrevida livre de doença 2 2562 0.84 (0.71, 1.00) Rojas MP, Telaro E, Russo A, Moschetti I, Coe L, Fossati R, Palli D, Roselli del Turco M, Liberati A. Follow-up strategies for women treated for early breast cancer (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 4, 2008. Oxford: Update Software.

Follow-up em Ca de mama Qual o benefício do diagnóstico precoce de metástases? Metanálise Follow-up Clinico x Follow-up Intensivo Mortalidade Global Rojas MP, Telaro E, Russo A, Moschetti I, Coe L, Fossati R, Palli D, Roselli del Turco M, Liberati A. Follow-up strategies for women treated for early breast cancer (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 4, 2008. Oxford: Update Software.

Follow-up em Ca de mama Qual o benefício do diagnóstico precoce de metástases? Metanálise Follow-up Clinico x Follow-up Intensivo Mortalidade Global em 5 anos Rojas MP, Telaro E, Russo A, Moschetti I, Coe L, Fossati R, Palli D, Roselli del Turco M, Liberati A. Follow-up strategies for women treated for early breast cancer (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 4, 2008. Oxford: Update Software.

Follow-up em Ca de mama Qual o benefício do diagnóstico precoce de metástases? Metanálise Follow-up Clinico x Follow-up Intensivo Sobrevida Livre de Doença Rojas MP, Telaro E, Russo A, Moschetti I, Coe L, Fossati R, Palli D, Roselli del Turco M, Liberati A. Follow-up strategies for women treated for early breast cancer (Cochrane Review). In: The Cochrane Library, Issue 4, 2008. Oxford: Update Software.

Follow-up em Ca de mama Rastreamento com RM de Mamas NCCN (2008) RM de Mamas é opcional após tratamento principalmente em mulheres de alto risco p/ Ca contralateral (p.ex mutação de BRCA).

Follow-up em Ca de mama Rastreamento com RM de Mamas NCCN (2008) RM de Mamas é opcional após tratamento principalmente em mulheres de alto risco p/ Ca contralateral (p.ex mutação de BRCA). Bevilacqua (2008) O risco de ca de mama contralateral é aproximadamente o dobro do Ca inicial ~ 0,5 a 1% ao ano. Breast Cancer Res Treat. 2007;105:229-36 New Engl J Med 2007; 356: 2505-13 Recomendação de RM de rastreamento Risco ao longo da vida >20-25%. American Cancer Society Guidelines. CA Cancer J Clin. 2007; 57:75-89 Portanto a RM de mama deve ser utilizada no rastreamento após tratamento por CA de mama em com expectativa de vida acima de 25-50 anos.

Follow-up em Ca de mama Rastreamento de outras neoplasias primárias (não-mamárias) Novo Tumor Primário Ovário Leucemia Mielóide Angiossarcoma Ca de endométrio Fatores associados ao alto risco Nenhum ou outro que não justifique rastreamento genético Tratamento com doses altas cumulativas de agentes alquilantes ou antracíclicos RXT de parede de tórax Tratamento com tamoxifeno ou mulheres na menopausa Rastreamento recomendado Exame ginecológico anual de rotina Nenhum Nenhum Nenhum New Engl J Med 2007; 356: 2505-13

Follow-up em Ca de mama Sintomas comuns associados ao tratamento contra o Ca de mama e riscos de longo prazo Sintoma ou Problema Edema / Linfedema de membro Rastreamento recomendado História e Medidas de volume/perimetria de rotina Intervenção Recomendada Orientações e encaminhamento a fisioterapia especializada Ondas de Calor História Inibidores seletivos da recaptação da serotonina (p.ex Fluoxetina) Gabapentina (ondas de calor noturna) Tamoxifeno Inibidores seletivos da recaptação da serotonina e norepinerina (p.ex venlafaxine) New Engl J Med 2007; 356: 2505-13

Follow-up em Ca de mama Sintomas comuns associados ao tratamento contra o Ca de mama e riscos de longo prazo Sintoma ou Problema Rastreamento recomendado Intervenção Recomendada Perda de libido História Terapia sexual Dispareunia Secura Vaginal História Lubrificante vaginal Preparados com estradiol (com muito cuidado) Artralgia Dores musculoesqueléticas História Descartar metástase Paracetamol AINH New Engl J Med 2007; 356: 2505-13

Follow-up em Ca de mama Sintomas comuns associados ao tratamento contra o Ca de mama e riscos de longo prazo Sintoma ou Problema Rastreamento recomendado Intervenção Recomendada Disfunção cognitiva História Avaliar Alzheimer e outras causas orgânicas Depressão História Abordagem usual Antidepressivo Fatiga História Descartar e tratar causas psicológicas ou outras orgânicas (anemia, hipotireoidismo) New Engl J Med 2007; 356: 2505-13

Follow-up em Ca de mama Sintomas comuns associados ao tratamento contra o Ca de mama e riscos de longo prazo Sintoma ou Problema Rastreamento recomendado Intervenção Recomendada Ganho de peso História + EF Abordagem usual (dieta e exercício) Osteopenia Osteoporose Densitometria óssea (antes do IA e a cada 1 ou 2 anos) Cálcio; exercício Parar tabagismo Bifosfonatos (se necessário) New Engl J Med 2007; 356: 2505-13

Follow-up em Ca de mama Sintomas comuns associados ao tratamento contra o Ca de mama e riscos de longo prazo Sintoma ou Problema Doenças cardiovasculares ICC Rastreamento recomendado História + EF FE em usuárias de trastuzumab Intervenção Recomendada Tratamento específico e orientações para redução de risco TVP AVC História + EF Tratamento específico apropriado Ausência de terapêutica preventiva comprovada New Engl J Med 2007; 356: 2505-13

Follow-up em Ca de mama Exames ou conversa: o que as pacientes preferem? Questionamento em aberto. Minha opinião: Frente ao dados apresentados sugiro somente conversa Exames aumento de ansiedade e falsa impressão de que fazer exame é bom Minhas pacientes preferem conversa O problema é segurar os onco clinicos

Follow-up em Ca de mama Implicações da Metánalise na prática clínica da Meta De acordo com a evidência científica apresentada, estratégias de follow-up menos intensivo (EF periódico e mamografia anual) parece tão efetiva quanto o follow-up intensivo Outros exames radiológicos e laboratoriais podem ser úteis em mulheres sintomáticas ou naquelas com alteração na visita clínica.

Follow-up em Ca de mama Como eu faço Follow-up Intensivo sem sintomas Não recomendo Mamografia após Cirurgia Conservadora Aproximadamente 6 meses após RXT Mamografia de Rastreamento Anual RM de mamas Anual (principalmente se mama densa) USG de mamas Consulta Clínica História + Exame Físico Completo Anual Em mudança somente se RM alterada De 6 em 6 meses por 5 anos e depois anual Auto-exame das mamas Não recomendo Exames laboratoriais e radiológicos Somente se sinais clínicos ou sintomas

Follow-up em Ca de mama Perspectiva futura Estudos de follow-up foram foram realizados num contexto de drogas menos eficientes das disponíveis hoje. São necessários novos estudos prospectivos e randomizados.

Muito Obrigado Dr. José Luiz B. Bevilacqua bevilacqua@hsl.org.br