III CONGRESSO BRASILEIRO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE DO PODER JUDICIÁRIO. Valéria M. Natale Divisão Médica - TRF 3ª. Região HCFMUSP
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1 III CONGRESSO BRASILEIRO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE DO PODER JUDICIÁRIO Valéria M. Natale Divisão Médica - TRF 3ª. Região HCFMUSP
2 DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS PRINCIPAL CAUSA DE MORTE NO MUNDO!! AS PRINCIPAIS DCNT SÃO: DOENÇAS CARDIOVASCULARES CÂNCER DOENÇAS RESPIRATÓRIAS CRÔNICAS DIABETES MELLITUS
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4 DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS NO BRASIL: CARGA E DESAFIOS ATUAIS Maria Inês Schmidt, Bruce Bartholow Duncan, Gulnar Azevedo e Silva, Ana Maria Menezes, Carlos Augusto Monteiro, Sandhi Maria Barreto, Dora Chor, Paulo Rossi Menezes AS DCNT CAUSARAM 72% DAS MORTES EM A MORBIMORTALIDADE É MAIOR NA POPULAÇÃO MAIS POBRE. AS TAXAS DE MORTALIDADE POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES E RESPIRATÓRIAS ESTÃO DIMINUINDO, PROVAVELMENTE COMO RESULTADO DO CONTROLE DO TABAGISMO E DO MAIOR ACESSO À ATENÇÃO PRIMÁRIA. A PREVALÊNCIA DE DIABETES E HIPERTENSÃO ESTÁ AUMENTANDO, PARALELAMENTE À PREVALÊNCIA DE EXCESSO DE PESO; ESSES AUMENTOS ESTÃO ASSOCIADOS A MUDANÇAS DESFAVORÁVEIS NA DIETA E NA ATIVIDADE FÍSICA. The Lancet Saúde no Brasil maio de
5 CONSEQUÊNCIAS DAS DOENÇAS CRÔNICAS MORTE PREMATURA INCAPACITAÇÃO EMPOBRECIMENTO (INDIVIDUAL / PAÍS)
6 PRINCIPAIS DETERMINANTES DE DOENÇAS HÁBITOS E ESTILO DE VIDA PESSOAL CONDIÇÕES DO MEIO AMBIENTE EM GERAL CONDIÇÕES E AMBIENTE DE TRABALHO HEREDITARIEDADE ACESSO AOS SERVIÇOS DE SAÚDE
7 CAUSAS DE DOENÇAS CRÔNICAS DETERMINANTES SÓCIO- ECONÔMICOS, CULTURAIS, POLÍTICOS E AMBIENTAIS FATORES DE RISCO MODIFICÁVEIS DIETA SEDENTARISMO FATORES DE RISCO INTERMEDIÁRIOS HIPERTENSÃO PRINCIPAIS DOENÇAS CRÔNICAS DÇA. CARDÍACA GLOBALIZAÇÃO URBANIZAÇÃO TABAGISMO ALCOOLISMO OBESIDADE FATORES DE RISCO NÃO MODIFICÁVEIS HIPERGLICEMIA AVC CÂNCER DÇA.RESP.CRÔN. ENVELHECIMEN/o IDADE HEREDITARIE// DISLIPIDEMIA DIABETES
8 FATORES DE RISCO EM COMUM MODIFICÁVEIS TABAGISMO* ÁLCOOL* INATIVIDADE FÍSICA* ALIMENTAÇÃO NÃO SAUDÁVEL* OBESIDADE A abordagem integrada desses fatores de risco atuará nos quatro principais grupos de DCNT e trará benefícios para as demais DCNT. *Foco principal da OMS.
9 PREVENÇÃO ESTÁ DIRETAMENTE LIGADA À AQUISIÇÃO DE HÁBITOS DE VIDA MAIS SAUDÁVEIS MUDANÇA DE HÁBITOS DE VIDA!!
10 FASES DA PREVENÇÃO DE DOENÇAS Fase pré-patogênica Fatores de risco Prevenção Primária Fase inicial da doença Rastreamento precoce Prevenção Secundária Fase de doença franca Tratamento e reabilitação Prevenção Terciária
11 PRINCÍPIOS DA PRÁTICA CLÍNICA PREVENTIVA 1. Qualquer procedimento preventivo proposto a um cliente deve ter a capacidade de melhorar a qualidade ou prolongar a vida do mesmo. 2. O diagnóstico precoce de uma doença deve implicar, obrigatoriamente, em uma intervenção precoce efetiva. 3. A saúde do cliente deve ser avaliada como um todo, ou seja, considerando-se o seu bem estar físico, psíquico, social e ambiental. 4. Intervenções que visem às práticas individuais de saúde são vitalmente importantes.
12 PRINCÍPIOS DA PRÁTICA CLÍNICA PREVENTIVA 5. O médico e o cliente devem decidir e se responsabilizar pela conduta em conjunto. 6. O médico deve basear a solicitação de exames complementares e a prescrição preventiva em dados de comprovada evidência. 7. Toda a oportunidade deve ser aproveitada para se prestar um serviço médico preventivo. 8. Em alguns casos, medidas coletivas em nível de comunidade podem ser melhores que as individuais.
13 PROCEDIMENTOS PREVENTIVOS 1. RASTREAMENTO (SCREENING) Identificação de fatores de risco à saúde e diagnóstico precoce de doenças. 2. ACONSELHAMENTO Incentivo à mudança de hábitos e comportamentos de risco prejudiciais à saúde. 3. QUIMIOPROFILAXIA Prevenção primária de certas doenças ou condições específicas por medicamentos ou vacinas.
14 REFERÊNCIAS US Preventive Services Task Force (USPSTF) Canadian Task Force for Preventive Health Care Centro de Promoção da Saúde do HCFMUSP Instituto Nacional do Câncer (INCA)
15 RASTREAMENTO A. Rastreamento Básico (qualquer indivíduo) B. Rastreamento para Grupos de Risco Risco Ocupacional Risco aumentado de Câncer Risco aumentado para Doenças Metabólicas e Vasculares Risco para Doenças Transmissíveis Risco para Deficiência Auditiva em Idosos
16 RASTREAMENTO 1. Anamnese com enfoque preventivo 2. Questionários específicos a) Alcoolismo (CAGE ou Audit) b) Depressão 3. Exame físico e outras medidas físicas: Medida da Pressão Arterial rastreamento de HAS em todo adulto > que 18 anos (USPSTF recomendação A) Peso, Altura, Cálculo do Índice de Massa Corpórea, Circunferência Abdominal periodicamente
17 RASTREAMENTO 4. EXAMES COMPLEMENTARES: EXAME COLESTEROL TOTAL GLICEMIA DE JEJUM PAPANICOLAOU (P/ NEOPLASIA DE COLO DE ÚTERO) MAMOGRAFIA (P/ NEOPLASIA DE MAMA) PESQUISA DE SANGUE OCULTO NAS FEZES (P/ NEOPLASIA DE COLORRETAL) DENSITOMETRIA ÓSSEA FREQÜÊNCIA 3 5 anos em homens 35 anos e mulheres 45 anos 3 5 anos, todos acima de 45 anos 1/1 ano (se dois exames classe I ou II: 3/3 anos) mulheres com vida sexual ativa e <= 65 anos 1/1 ou 2/2 anos em mulheres entre 50 e 69 anos (benefício crescente a partir dos 40 anos) 1/1 ano, todos acima de 50 anos (até os 75 anos) (ou colonoscopia cada 5-10 anos) Periodicamente, em todas as mulheres > de 65 anos
18 RASTREAMENTO 4.1.EXAMES COMPLEMENTARES PARA RISCO DE CÂNCER CÂNCER DE MAMA CÂNCER DE CÓLON Mamografia anual, para mulheres a partir de 40 anos com parentes de primeiro grau com história de câncer de mama; ou mulheres em uso de TRH. Pesquisa de sangue oculto nas fezes anual e colonoscopia a cada 10 anos, para indivíduos a partir de 40 anos (até 75 anos) com parentes de primeiro grau com história de câncer colorretal ou polipose adenomatosa familiar. Colonoscopia: a critério do médico, para indivíduos de qualquer idade com antecedentes pessoais de pólipo adenomatoso, câncer colorretal ou doença inflamatória intestinal.
19 RASTREAMENTO 4.2.EXAMES COMPLEMENTARES PARA RISCO AUMENTADO DE DISTÚRBIOS METABÓLICOS OU VASCULARES: COLESTEROL (TOTAL, HDL E LDL) GLICEMIA DE JEJUM URINA TIPO I (PROTEINÚRIA) FUNDO DE OLHO ECG DE ESFORÇO PALPAÇÃO E US DE AORTA ABD. DENSITOMETRIA ÓSSEA pessoas com história de hipercolesterolemia familiar ou hipertensas ou diabéticas ou com IMC acima de 30, independente do sexo e idade. pessoas hipertensas ou com IMC acima de 30, independente do sexo e idade. para diabéticos de qualquer sexo e idade. para diabéticos de qualquer sexo e idade. antes de iniciar atividade física intensa, para indivíduos com mais de 40 anos de idade e com pelo menos 2 fatores de risco de DCV. homens, tabagistas ou ex-tabagistas, entre 65 e 75 anos de idade. mulheres acima de 60 anos de idade com fatores de risco para osteoporose (magras, brancas, tabagistas).
20 ACONSELHAMENTO 1. ATIVIDADE FÍSICA 2. DIETA SAUDÁVEL 3. HIGIENE BUCAL 4. TABAGISMO 5. ABUSO DE ÁLCOOL E DROGAS 6. HÁBITO SEXUAL 7. EXPOSIÇÃO AOS RAIOS UV 8. ACIDENTES E VIOLÊNCIA
21 ACONSELHAMENTO - ATIVIDADE FÍSICA RECOMENDADO PARA TODOS, VISANDO A REDUZIR RISCOS DE DOENÇA CORONÁRIA, HIPERTENSÃO, OBESIDADE E DIABETES. INCENTIVAR A INCORPORAÇÃO DE ATIVIDADE FÍSICA AUTO- DIRIGIDA, MODERADA E REGULAR NA VIDA DIÁRIA POR EXEMPLO: SUBIR ESCADAS CAMINHAR OU PEDALAR VARRER, CORTAR GRAMA A META DE CURTO PRAZO SERIA ESTABELECER UM NÍVEL DE ATIVIDADE LIGEIRAMENTE SUPERIOR AOS NÍVEIS DE BASE.
22 ACONSELHAMENTO - ATIVIDADE FÍSICA COMO META DE LONGO PRAZO (EM VÁRIOS MESES): REALIZAR EXERCÍCIOS CARDIOVASCULARES DE INTENSIDADE MODERADA 30 MINUTOS POR DIA, CINCO DIAS POR SEMANA OU REALIZAR EXERCÍCIOS CARDIOVASCULARES DE INTENSIDADE ALTA 20 MINUTOS POR DIA, TRÊS DIAS POR SEMANA E MAIS REALIZAR DE 8 A 10 EXERCÍCIOS RESISTIDOS (MUSCULAÇÃO), COM 1 SÉRIE ENTRE 8 A 12 REPETIÇÕES POR EXERCÍCIO, 2 VEZES POR SEMANA. PARA A PERDA OU MANUTENÇÃO DO PESO CORPORAL PODEM SER NECESSÁRIOS DE 60 A 90 MINUTOS DE ATIVIDADE FÍSICA.
23 ACONSELHAMENTO - DIETA SAUDÁVEL Pirâmide criada por Walter C. Willet -
24 ACONSELHAMENTO - DIETA SAUDÁVEL 5 ao dia é um programa para lembrar você de comer, no mínimo, 5 porções de frutas ou hortaliças, todos os dias.
25 ACONSELHAMENTO - TABAGISMO É RECOMENDADO O ACONSELHAMENTO VISANDO À CESSAÇÃO DO USO DE TODAS AS FORMAS DE TABACO, PARA PESSOAS DE QUALQUER FAIXA ETÁRIA. GRÁVIDAS E PAIS FUMANTES DEVEM SER INFORMADOS QUANTO AOS POSSÍVEIS EFEITOS DELETÉRIOS DO TABAGISMO SOBRE A SAÚDE FETAL E DAS CRIANÇAS. ABORDAGEM MÍNIMA - PANPA PERGUNTE ACONSELHE NEGOCIE PREPARE ACOMPANHE
26 ACONSELHAMENTO TABAGISMO AS ESTRATÉGIAS QUE PODEM AUMENTAR A ADESÃO DOS CLIENTES: CONSELHOS DIRETOS E SUGESTÕES REFORÇOS E LEMBRETES MATERIAL DE AUTO-PROMOÇÃO DA SAÚDE PROGRAMAS COMUNITÁRIOS TERAPIA MEDICAMENTOSA
27 ACONSELHAMENTO - ALCOOLISMO USPSTF RECOMENDA RASTREAMENTO E ACONSELHAMENTO COMPORTAMENTAL DE INTERVENÇÕES QUE AUXILIEM NA REDUÇÃO DO CONSUMO DE ÁLCOOL POR ADULTOS. (RECOMENDAÇÃO B) O ACONSELHAMENTO DEVE INCLUIR A DISCUSSÃO DO PAPEL DO ÁLCOOL COMO CAUSA DE ACIDENTES, VIOLÊNCIA E DOENÇAS, CONSELHO DIRETO PARA REDUZIR O CONSUMO, E PLANOS PARA ACOMPANHAMENTO REGULAR.
28 PACIENTES COM EVIDÊNCIA DE DEPENDÊNCIA ALCOÓLICA OU DE OUTRAS DROGAS DEVEM SER ENCAMINHADOS PARA TRATAMENTO COM ESPECIALISTAS OU PROGRAMAS COMUNITÁRIOS, SEMPRE QUE POSSÍVEL.
29 IMUNIZAÇÕES E QUIMIOPROFILAXIA 1. IMUNIZAÇÕES (VACINAS) 2. QUIMIOPROFILAXIA A.ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO SEU USO ESTÁ INDICADO PARA TODOS OS INDIVÍDUOS (HOMENS ENTRE ANOS E MULHERES ENTRE ANOS) EM SITUAÇÃO DE RISCO CARDIOVASCULAR AUMENTADO (HIPERTENSOS, DIABÉTICOS, HIPERCOLESTEROLÊMICOS, TABAGISTAS, COM ANTECEDENTES FAMILIARES DE DOENÇA CORONARIANA PRECOCE).
30 IMUNIZAÇÕES E QUIMIOPROFILAXIA B. SUPLEMENTAÇÃO VITAMÍNICA SEU USO, EM GERAL, NÃO É RECOMENDADO VITAMINA D SUPLEMENTAÇÃO EM IDOSOS (600 A 800 U/DIA) C. TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL (TRH) A INDICAÇÃO DE TRH DE ROTINA NÃO É RECOMENDADA. PORÉM, TODAS AS MULHERES INTERESSADAS OU JÁ EM USO DE TRH DEVEM RECEBER INFORMAÇÃO ATUALIZADA SOBRE OS RISCOS E EVENTUAIS BENEFÍCIOS DA REPOSIÇÃO HORMONAL.
31 INTERVENÇÕES NO AMBIENTE DE TRABALHO LEVAM A GRANDES GANHOS, TANTO A CURTO QUANTO A LONGO PRAZO, TANTO PARA EMPREGADOS QUANTO PARA EMPREGADORES. O GANHO PODE SER OBSERVADO ATRAVÉS DE: AUMENTO DA PRODUTIVIDADE DO TRABALHADOR REDUÇÃO DOS NÍVEIS DE ABSENTEÍSMO REDUÇÃO DOS GASTOS DO EMPREGADOR OS PROGRAMAS QUE CONTEMPLAM MÚLTIPLOS FATORES DE RISCO SÃO MAIS SUJEITOS AO SUCESSO E ADESÃO.
32 INTERVENÇÕES NO AMBIENTE DE TRABALHO NO TRF3 GINÁSTICA LABORAL TRATAMENTO DE HAS, DM, DISLIPIDEMIA (+ MEDICAÇÃO) ACONSELHAMENTO E TRATAMENTO DO TABAGISMO CAMPANHAS PERIÓDICAS DE CONSCIENTIZAÇÃO (FATORES DE RISCO)
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