VOTO PROCESSO: 48500.003850/2012-05.



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Com a citada modificação, o artigo 544, do CPC, passa a vigorar com a seguinte redação:

Transcrição:

VOTO PROCESSO: 48500.003850/2012-05. INTERESSADOS: Edifício Master Tower Ibirapuera, Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. - AES Eletropaulo, Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo Arsesp. RELATOR: Diretor Romeu Donizete Rufino. RESPONSÁVEL: Diretoria - DIR. ASSUNTO: Recurso Administrativo interposto pelo Condomínio Master Tower Ibirapuera em face da decisão proferida pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo Arsesp referente à classificação da unidade consumidora pela Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. - AES Eletropaulo. I RELATÓRIO 2. Em 1º de junho de 2009, o Condomínio Master Tower Ibirapuera solicitou à Ouvidoria da AES Eletropaulo a alteração da classificação da unidade consumidora de residencial para comercial. 3. Em 23 de setembro de 2009, a AES Eletropaulo respondeu que realizou o cancelamento das faturas referentes aos meses de junho e julho de 2009 e a alteração das faturas dos meses de agosto e setembro de 2009 para, segundo a Distribuidora, cobrança da alíquota de ICMS correta. 4. Em 23 de março de 2010, o Condomínio Master Tower Ibirapuera solicitou a revisão do faturamento no período de abril de 2005 a maio de 2009 em razão da alteração da classificação da unidade consumidora. 5. Em 12 de abril de 2010, a Ouvidoria da AES Eletropaulo respondeu ao Condomínio Master Tower Ibirapuera informando que a classificação da unidade consumidora foi feita segundo as informações do CNPJ do reclamante e que a alteração cadastral

solicitada dependeria do envio de documentos que comprovassem a atividade exercida na unidade consumidora. 6. Em 27 de abril de 2010, o Condomínio Master Tower Ibirapuera encaminhou à Distribuidora documentos atinentes à descrição do empreendimento, com o objetivo de comprovar a atividade exercida na unidade consumidora. 7. Em 27 de maio de 2010, a Ouvidoria da AES Eletropaulo respondeu que recebeu os documentos enviados pelo condomínio e que a análise do pedido de alteração cadastral dependeria do envio da Ata de Constituição do Condomínio e que o não envio dessa documentação resultaria no retorno do cadastro da unidade consumidora para Residencial. 8. Em 1º de setembro de 2010 a Ouvidoria da AES Eletropaulo respondeu que recebeu, por intermédio da Arsesp, a Ata de Constituição do Condomínio fornecida pelo reclamante e que, a partir da análise do documento, concluiu pela manutenção da situação cadastral. 9. Em 1º de dezembro de 2010, o Condomínio Master Tower Ibirapuera encaminhou à Arsesp solicitação de abertura de processo administrativo, ocasião em que solicitou a devolução dos valores cobrados a maior. 10. Em 6 de dezembro de 2010, a AES Eletropaulo respondeu informando que, para proceder à alteração da classificação solicitada, o reclamante deveria apresentar um documento da Prefeitura ou outro documento oficial que caracterize que o imóvel é comercial. 11. Em 11 de janeiro de 2011, o Condomínio Master Tower Ibirapuera reiterou a solicitação de abertura de processo administrativo junto à Arsesp, apresentou documentos complementares e requereu a reclassificação da unidade consumidora, a compensação das cobranças a maior no período de julho de 2010 a janeiro de 2011 e a compensação das cobranças a maior no período de abril de 2005 a maio de 2008. 12. Em 18 de janeiro de 2011, a Arsesp comunicou às partes que procedeu à abertura do processo administrativo conforme solicitado pelo Condomínio Master Tower Ibirapuera e concedeu prazo de dez dias para envio de contrarrazões por parte da Distribuidora.

13. Em 2 de fevereiro de 2011, a AES Eletropaulo apresentou suas contrarrazões, ocasião em que reiterou o posicionamento expresso no âmbito da Ouvidoria e adicionalmente afirmou que não é cabível a revisão de cobranças do período de abril de 2005 a janeiro de 2006 em função do prazo prescricional de cinco anos. 14. Em 15 de março de 2011, a Arsesp promoveu reunião com as partes, ocasião em que foi acordada com Distribuidora a apresentação de faturas de unidades consumidoras similares a fim de caracterizar que houve isonomia em relação à classificação das unidades consumidoras do reclamante. 15. Em 6 de abril de 2011, a AES Eletropaulo apresentou cópias de faturas de energia elétrica de unidades consumidoras similares às do reclamante e informou que, após a publicação da Resolução Normativa nº 414/2010, passou a reclassificar as unidades consumidoras que atendem as áreas comuns de edifícios residenciais sob a responsabilidade dos respectivos condomínios. 16. Em 14 de abril de 2011, a Arsesp comunicou ao Condomínio Master Tower Ibirapuera que recebeu a documentação enviada pela AES Eletropaulo e solicitou posicionamento sobre as informações enviadas pela Distribuidora. 17. Em 26 de abril de 2011, o Condomínio Master Tower Ibirapuera encaminhou correspondência à Arsesp informando sobre a existência de unidades consumidoras onde era exercida a atividade de Flat / Apart Hotel classificadas pela Distribuidora como comerciais. 18. Em 16 de maio de 2011, a Diretoria de Regulação Técnica e Fiscalização dos Serviços de Energia da Arsesp decidiu conceder à Distribuidora a oportunidade de responder aos questionamentos acerca da suposta falta de isonomia no procedimento de classificação das unidades consumidoras localizadas em edifícios com a característica de Apart Hotel. 19. Em 23 de agosto de 2011, a Arsesp comunicou a Distribuidora que concedeu a oportunidade para manifestação sobre a reclamação e concedeu prazo de dez dias para envio. 20. Em 5 de setembro de 2011, a AES Eletropaulo manifestou-se conforme requerido pela Arsesp e informou que atenderia parcialmente o pedido do reclamante, alterando a classificação da unidade consumidora no período de julho de 2010 a janeiro de 2011 e procedendo as devoluções decorrentes dessa alteração e informou que em relação ao período de abril de 2005 a maio de 2009 não caberia qualquer devolução, pois a classificação

ocorrera conforme a Resolução Normativa nº 456/2000, e que, em relação à devolução de valores relativos a impostos, a Distribuidora não era parte legítima para atender à solicitação. 21. Em 8 de setembro de 2011, a Arsesp comunicou o Condomínio Master Tower Ibirapuera que recebeu a manifestação da Distribuidora e concedeu prazo de dez dias para envio de contrarrazões. 22. Em 26 de setembro de 2011, o Condomínio Master Tower Ibirapuera encaminhou contrarrazões, ocasião em que contestou as manifestações feitas pela Distribuidora e encaminhou documentos anexos que descrevem a ação de outra Distribuidora em caso semelhante. 23. Em 6 de outubro de 2011, a Arsesp comunicou à Distribuidora que concedeu a oportunidade para nova manifestação sobre os documentos apresentados pelo Reclamante e concedeu prazo de dez dias para envio. 24. Em 24 de outubro de 2011, a AES Eletropaulo manifestou-se conforme requerido pela Arsesp e reiterou a manifestação apresentada em 5 de setembro de 2011. 25. Em 27 de outubro de 2011, a Arsesp encaminhou o expediente à Superintendência de Mediação Administrativa Setorial SMA da ANEEL para análise. 26. Em 13 de janeiro de 2012, a SMA devolveu o expediente à Arsesp a fim de que a Agência Estadual proferisse a decisão administrativa em primeira instância. 27. Em 1º de março de 2012, a Diretoria de Regulação Técnica e Fiscalização dos Serviços de Energia da Arsesp decidiu pela procedência parcial do pedido e determinou que a Distribuidora procedesse a devolução dos valores cobrados a maior em decorrência do erro na classificação da unidade consumidora no período de abril de 2010 a janeiro de 2011. 28. Em 16 de abril de 2012, a Arsesp comunicou às partes que considerou parcialmente procedente o pleito apresentado pelo reclamante e determinou que a Concessionária realizasse a devolução dos valores cobrados a maior em decorrência do erro na classificação da unidade consumidora no período de abril de 2010 a janeiro de 2011 e concedeu prazo de dez dias para interposição de recurso administrativo.

29. Em 24 de abril de 2012, o Condomínio Master Tower Ibirapuera interpôs recurso administrativo em face da decisão da Arsesp e apresentou documentação comprobatória de devolução feita pela Distribuidora referente ao período de julho de 2010 a janeiro de 2011. 30. Em 3 de maio de 2012, a AES Eletropaulo manifestou-se à Arsesp e apresentou cópia de documentação comprobatória de devolução ao Reclamante referente ao período de julho de 2010 a janeiro de 2011. 31. Em 11 de maio de 2012, a Arsesp informou à AES Eletropaulo que conheceu do recurso interposto pelo reclamante e concedeu prazo de dez dias para apresentação de contrarrazões. 32. Em 28 de maio de 2012, a AES Eletropaulo apresentou suas contrarrazões e requereu a manutenção da decisão proferida pela Agência Estadual. 33. Em 20 de junho de 2012, a Arsesp informou que a decisão recorrida foi mantida no âmbito do juízo de reconsideração e encaminhou o expediente à Diretoria da ANEEL para análise e deliberação. 34. Em 31 de outubro de 2012, a SMA recomendou 1 (i) conhecer e negar provimento ao Recurso Administrativo interposto pelo Condomínio Master Tower Ibirapuera; e (ii) manter a decisão exarada pela Arsesp, determinando à Distribuidora a devolução dos valores faturados indevidamente no período de abril de 2010 a janeiro de 2011, com base no art. 78 da Resolução nº 456/2000. 35. Em 21 de novembro de 2012, a Superintendência de Regulação dos Serviços Comerciais SRC manifestou 2 sua concordância com o posicionamento da SMA. 36. Em 30 de janeiro de 2013, a Procuradoria Geral da ANEEL PGE opinou 3 no sentido de conhecer e negar provimento ao recurso interposto. 37. Em 31 de janeiro de 2013, a Comissão Técnica de Avaliação de Processos 4 informou 5 haver convergência entre as áreas com relação à recomendação à Diretoria Colegiada. 1 Nota Técnica nº 191/2012-SMA/ANEEL. 2 Memorando nº 0426/2012-SRC/ANEEL. 3 Parecer nº 0073/2013/PGE-ANEEL/PGF/AGU.

38. Em 11 de março de 2013 fui sorteado relator do presente Processo. 39. Em 13 de maio de 2013, após a realização de nova consulta, a PGE manifestou-se 6 pela reforma da decisão da Arsesp. 40. Em 29 de maio de 2013, a Comissão Técnica de Avaliação de Processos reuniu-se para tratar de divergência no presente processo sobre a legalidade da decisão da Arsesp, decidindo por manter sua recomendação anterior. 41. É o relatório. II FUNDAMENTAÇÃO 42. A unidade consumidora em questão é atendida pela AES Eletropaulo em tensão secundária, tendo como titular o Condomínio Master Tower Ibirapuera, sendo que a presente controvérsia diz respeito à sua classificação como Residencial ou Comercial no período de 2005 a 2010. 43. Sobre o tema, a Resolução nº 456/2000 dispõe que a concessionária classificará a unidade consumidora de acordo com a atividade nela exercida. Na situação em que são exercidas atividades de categorias diferentes, ao classificar a unidade consumidora, a Distribuidora deve optar pela atividade predominante. 44. No caso do Condomínio Master Tower Ibirapuera, verificou-se que, das classificações das unidades autônomas como Residenciais, decorreu a classificação da unidade consumidora do condomínio também como Residencial. 45. A Arsesp, com fundamento na documentação da junta comercial e do contrato de convenção do condomínio apresentados pelo Reclamante, concluiu não estar caracterizado o empreendimento como Comercial. Tal classificação se fez presente apenas com a publicação e vigência da Resolução Normativa nº 414/2010, que estabeleceu que as 4 A Comissão Técnica de Avaliação de Processos é constituída por representantes da Procuradoria Federal - PF, da Superintendência de Mediação Administrativa Setorial SMA, da Superintendência de Regulação da Comercialização de Eletricidade SRC e da Assessoria da Diretoria. 5 Despacho nº 3/2013. 6 Parecer nº 0257/2013/PGE-ANEEL/PGF/AGU.

unidades consumidoras referentes à administração condominial serão classificadas como Comerciais. Entretanto, esse dispositivo normativo, ainda que perfeitamente adequado para resolver a questão, por ter sido publicado em data posterior à da reclamação, não pode ser utilizado de forma retroativa. 46. Assim, conforme análise da PGE, (i) o enquadramento inicial da unidade consumidora no grupo tarifário residencial foi correta, (ii) não foi caracterizada nenhuma ilegalidade ou má-fé procedida pela AES Eletropaulo e (iii) não se aplica ao caso o princípio da isonomia, uma vez que possíveis erros de classificação efetivados pela Distribuidora em outras unidades consumidoras não devem ser tomadas como justificativa para evoluir o procedimento indevido a outras unidades, devendo-se preservar o diploma regulatório em questão. 47. Entretanto, conforme observa a Procuradoria-Geral, a Concessionária, por mera liberalidade, optou em reclassificar a unidade consumidora para o grupo tarifário Comercial, na ocasião apenas para os meses de abril/2010 a junho/2010 e, posteriormente, também para o período de julho/2010 a janeiro/2011, não se identificando qualquer óbice a tal procedimento. 48. A Arsesp, por sua vez, ao analisar o caso, decidiu pelo provimento parcial do recurso da Recorrente, determinando a devolução dos valores faturados a maior no período de abril de 2010, ciclo posterior à reclamação do Condomínio, a janeiro de 2011, último ciclo onde a Resolução nº 456/2000 encontrou-se vigente. Em sede de juízo de reconsideração a Arsesp manteve sua decisão. 49. Destaco que a Concessionária informou que já devolveu ao Cliente os valores reclamados referentes aos meses de julho/2010 a janeiro/2011 e que o período de abril/2010 a junho/2010 já havia sido faturado com a unidade consumidora classificada como Comercial, o que foi confirmado pelo Condomínio. Dessa forma, a decisão da Arsesp já pode ser considerada atendida pela Distribuidora e do Recurso apresentado não se vislumbram argumentos que justifiquem sua reforma. 50. Assim, merece ser acolhida a recomendação da Comissão Técnica de Avaliação de Processos de manter a decisão exarada pela Agência Estadual.

III DIREITO 51. A presente análise foi realizada com observância dos seguintes dispositivos legais e regulamentares: (i) Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999; (ii) Resolução nº 456, de 29 de novembro de 2000; (iii) Norma de Organização ANEEL 001, aprovada pela Resolução nº 273, de 10 de julho de 2007; e (iv) Resolução Normativa n 414, de 15 de setembro de 2010. IV DISPOSITIVO 52. Do exposto e do que consta do Processo nº 48500.003850/2012-05, voto por (i) conhecer e negar provimento ao recurso interposto pelo Condomínio Master Tower Ibirapuera; e (ii) manter a decisão exarada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo Arsesp que determinou à Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. - AES Eletropaulo a devolução dos valores faturados a maior no período de abril de 2010 a janeiro de 2011 associados com a alteração da classificação da unidade consumidora de Residencial para Comercial, observando-se o disposto no art. 78 da Resolução nº 456, de 29 de novembro de 2000. Brasília, de junho de 2013. ROMEU DONIZETE RUFINO Diretor

AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL DESPACHO Nº, DE DE JUNHO DE 2013 O DIRETOR-GERAL DA AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA ANEEL, no uso de suas atribuições regimentais, tendo em vista deliberação da Diretoria e o que consta do Processo nº 48500.003850/2012-05, resolve (i) conhecer e negar provimento ao recurso interposto pelo Condomínio Master Tower Ibirapuera; e (ii) manter a decisão exarada pela Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo Arsesp que determinou à Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. - AES Eletropaulo a devolução dos valores faturados a maior no período de abril de 2010 a janeiro de 2011 associados com a alteração da classificação da unidade consumidora de Residencial para Comercial, observando-se o disposto no art. 78 da Resolução nº 456, de 29 de novembro de 2000. ROMEU DONIZETE RUFINO

DESPACHO DE DE JUNHO DE 2013 Nº. Processo nº 48500.003850/2012-05. Interessados: Condomínio Master Tower Ibirapuera e Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S.A. - AES Eletropaulo. Decisão: conhecer e negar provimento ao recurso interposto pelo Condomínio Master Tower Ibirapuera. A íntegra deste Despacho está juntada aos autos e estará disponível no endereço eletrônico www.aneel.gov.br/biblioteca. ROMEU DONIZETE RUFINO Diretor-Geral