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' A? C sát - "M nemnffr ESTADO DA PARAÍBA PODER JUDICIÁRIO GAB. DES. SAULO HENRIQUES DE SÃ E BENEV/DES ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL N 001.2006.013964-7/001 6 Vara Cível de Campna Grande RELATOR : Des. Saulo Henrques de Sá e Benevdes APELANTE : Assocação Comercal de São Paulo ADVOGADO : Samuel Marques Custódo de Albuquerque e outros APELADO : Julan Maurco da Slva ADVOGADO : José Laeco Mendonça APELAÇÃO CÍVEL INDENIZAÇÃO POR DANOS MO- RAIS COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA _ AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO SOBRE INSERÇÃO NO CADASTRO RESTRITIVO DE CRÉDITO PROCEDÊNCIA IRRESIGNAÇÃO PRELIMINAR DE 'ILEGITIMIDADE PASSIVA REJEIÇÃO OBRIGA- ÇÃO DO ÓRGÃO RESPONSÁVEL PELA MANUTENÇÃO DO CADASTRO PELO ENVIO DA NOTIFICAÇÃO PRE- VISTA EM LEI ALEGAÇÃO DE COMUNICAÇÃO PRÉ- / VIA EFETIVADA ARGUMENTAÇÃO ESCASSA NE- ' CESSIDADE DE PRÉVIA NOTIFICAÇÃO COM AVISO DE RECEBIMENTO (AR) DEVEDOR CONTUMAZ DANO MORAL NÃO CARACTERIZADO PROVIMENTO PAR- CIAL. "A comuncação ao consumdor sobre a nscrção de seu nome nos regstros de proteção ao crédto consttu obrgação do órgão responsável pela manutenção do cadastro e não do credor, que meramente nforma a exstênca da dvda". (REsp 442483 / RS ; RE- CURSO ESPECIAL 2002/0071453-4 Mnstro BARROS MONTEIRO (1089) dj 05/09/2002) É dever da entdade de proteção ao crédto comuncar prevamente com avso de recebmento (AR) ao consumdor acerca de sua nscrção em banco de dados, sob pena de ser responsablzado por e- ventuas danos daí decorrentes. Em se tratando de devedor contumaz é ndscutível que o mesmo não está ncólume perante o meo socal, razão pela qual não há lesão à sua magem ou à boa-fama. cma dentfcados. VISTOS, RELATADOS E DISCUTIDOS os presentes autos a- ACORDAa Egréga Tercera Câmara Cível do Colendo Trbunal de Justça do Estallo da Paraíba, à unanmdade, em rejetar a prelmnar e dar provmento parcal à kelação Cível. RELATÓRIO Trata-se de Apelação Cível nterposta pela Assocação Comercal de São Paulo, nos autos da Ação de Indenzação por Danos Moras com peddo de Antec- 1

pação de Tutela para Retrada de Restrção Cadastral em Banco de Dados, movda por Julano Maurco da Slva, contra a sentença de fls. 98/103, proferda pelo Juz a quo, que julgou procedente o peddo do autor, condenando a promovda ao pagamento do valor de R$ 1.000,00 (hum ml reas), por dano moral causado, corrgdos desde a data da anotação, bem como nas custas p ocessuas e honoráros advocatícos no valor de R$ 1.000,00 (hum ml reas). A apelante, em suas razões recursas de fls. 105/127, suscta prelmnar de legtmdade passva, assegurando que a responsabldade pelos regstros supostamente ndevdos é Mputada às empresas assocadas que efetuaram os apontamentos. No mérto, a apelante alega a nexstênca de ato lícto e nexo causal a ensejar ndenzação ao apelado, já que assegura ter remetdo a comuncação prevsta em le. Por fm, pugna pela redução dos honoráros advocatícos. Em contra-razões fls.153/161 o apelado, requer que seja negado provmento ao recurso de apelação, para que seja mantda a sentença proferda pelo magstrado a quo em todos 9s seus termos. A Douta Procuradora de Justça, em parecer fls.180/183, opnou pela rejeção da prelmnar, dexando de se manfestar acerca do mérto, porquanto ausente nteresse que recomende sua ntervenção. É o relatóro. VOTO PRELIMINAR: A) Ilegtmdade Passva ad causam A prelmnar de legtmdade passva ad causam levantada pela a- pelante, não deve ser acolhda. É pacífco na jursprudênca pátra o fato de ser a empresa mantedora de cadastro de restrção ao crédto responsável pela notfcação préva ao devedor. É o que se deprevde de julgados do Superor Trbunal de Justça, senão vejamos: INDENIZAÇÃO. DANOS MORAIS. AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO DA INSCRIÇÃO DO NOME DO DEVEDOR EM CADASTRO NEGATIVO DE CRÉDITO. ILEGITIMIDADE PASSIVA DO BANCO CREDOR ART. 43, 2, DO CDC.- A comuncação ao consumdor sobre a nscrção de seu nome nos regstros de proteção ao crédto consttu obrgação do órgão responsável pela manutenção do cadastro e não do credor, que meramente nforma a exstênca da dívda. Precedente da Quarta Turma. - Recurso especal, conhecdo e provdo. (REsp 442483 / RS ; RECURSO ESPECIAL 2002/0071453-4 Mnstro BARROS MONTEIRO (1089) dj 05/09/2002) CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO DA INSCRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA- ILE- GITIMIDADE PASSIVA DO BANCO CREDOR. CDC ART. 43, 2. - A centfcação do devedor sobre a nscrção prevsta no ctado dspostvo do CDC, consttu obrgação exclusva da entdade responsável pela manutenção do cadastro, pessoa jurídca dstnta, de modo que o credor, que meramente nforma da exstênca da dvda não é parte legtmada passvamente por ato decorrente da admnstração do cadastro.( RESP 345674/PR, Mn. Aldr Passarnho Junor, RI 18/03/2002). Trbunal a respeto: Para frmar esta acepção, fo edtada Súmula pelo mesmo Superor

.. I Súmula 359 I Cabe ao órgão mantenedor do Cadastro de Proteção ao Crédto a!notfcação do devedor antes de proceder à nscrção. 1 No mesmo norte, Decsão do TJMG:, AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - NOME REGISTRADO EM SERVIÇO DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO - AUSÊNCIA DE NOTIFICAÇÃO PRÉVIA - 1 LEGITIMIDADE PASSIVA DA ENTIDADE MANTENEDORA DO CA-, DASTRO - RESTRIÇÃO IRREGULAR - DANO MORAL CONFIGURADO - QUANTUM INDENIZATÓRIO. - Consoante o dsposto no 2, do art. 43, do CDC, cabe à entdade mantenedora do banco de dados o dever de notf-, car prevamente o devedor acerca da nclusão de seu nome nos cadastros de I nadmplentes. - A omssão do órgão responsável pela manutenção do cadastro 1 quanto a essa provdênca, torna-o cvlmente responsável pelos danos acarretados ao devedor, em vrtude da restrção rregular. - A smples negatvação rreguar do nome do devedor caracterza o dano moral, passível de ndenzação. N 1.0024.04.513029-1/001; Relator: Helosa Combat; dj;22/09/2005. grfo nosso. 1 1111 Portando, rejeto a prelmnar susctada. NO MÉRITO ' O caso em tela trata de peddo de ndenzação por danos moras, contra a Assocação Comercal de São Paulo, por ter nserdo o nome do apelado em seu banco de dados, conforme demonstra o documento de fls. 13. O recorrdo afrma que se drgu ao Banco Ital pretendendo abrr uma conta corrente e rtostular uma lnha de crédto junto ao referdo banco, quando recebeu negatva dante de su 21, pretensão, posto que seu nome constava no banco de dados da empresa promovda, fca do este, portanto, mpossbltado de realzar qualquer operação fnancera 1 O douto magstrado a quo, por sua vez, julgou procedente o peddo, por entender que a negatvação fo rregular, já que não restou demonstrada nos autos a comuncação préva efetvada, condenando, anda, o recorrente ao pagamento da ndenzação por danos moras fxados em R$ 1.000,00 (hum ml reas). 1 Sustenta o apelante que a sentença merece reforma, já que notfcou prevamente o apelado de que seu nome sera negatvado, conforme documentos de fls. 31/65., Com efeto, é entendmento pacfco em nossos Trbunas que a ausênca de notfcação do devedor, quando da nscrção do seu nome nos cadastros de restrção ao crédto, ocasona um dano moral, tendo em vsta que o 2, do art. 43, do CDC, é mperatvo no sentdo de que a nscrção do consumdor, em qualquer tpo de cadastro, deve ser precedda de not4cação, consoante se nfere da transcrção a segur: Art. 43 "Omsss" " 2. A abertura de cadastro, fcha, regstro e dados pessoas e de consumo deverá ser comuncada por escrto ao consumdor, quando não solctada por ele." A doutrna e a jursprudênca frmaram posconamento no sentdo de que a nserção do nome do consumdor nos cadastros restrtvos de crédto, deve anteceder de uma préva comuhcação feta com avso de recebmento-ar, em mãos do consumdor, já que a prova de qu o procedmento de comuncação fo realzado corretamente ncumbe à empresa ré. Assm merece relevânca as doutrnas a segur expostas:.1 1

, Segundo a doutrna do jursta ARAKEM DE ASSIS: ; "Não basta que a anotação seja verdadera. É precso comuncá-la ao consumdor, para que ele, cente da mesma, não passe pela stuação vexatóra de tomar conhecmento através de tercero recusando conceder- lhes, em razão dela o pretenddo crédto. Além dsso, a jursprudênca e a doutrna afrmam que tal comuncação deve ser feta cont avso de recebmento- ar, em mãos do consumdor". No mesmo dapasão, ADA PELLEGRINI GRINOVER: "A boa prátca recomenda que a comuncação, se por correo, seja com avso de recebmento. É bom lembrar aqu toda a cautela é pouca por parte das empresas envolvdas, já que a prova de que o procedmento de comuncação fo cumprdo adequadamente a elas ncumbe com eventual desvo, ensejando o dever de reparar eventuas danos patrmonas e moras causados". Deste modo, devdo à falta de prova que evdence a comuncação préva do consumdor, o ônus desta passará a ser da empresa ré, para que a mesma reconheça ser rregular o cadastro que ncluu o nome do autor no regstro de nadmplentes. Ora, a notfcação do devedor, quanto à sua nclusão nos cadastros de nadmplentes, além de evtar que o mesmo venha a sofrer o nfortúno de ser surpreenddo pela mpossbldade de efetuar contratações a prazo, serve também para evtar os danos moras e patrmonas decorrentes da ncorreção dessas nformações. ' Assm sendo, se o apelado, ora devedor, houvesse sdo notfcado efetvamente da negatvação de seu nome, tera oportundade de admplr o débto antes da realzação do regstro, o que não se comprova nos autos, devendo aqueles que teram de notfcá-lo serem responsablzados pelos danos moras decorrentes da ausênca dessa notfcação. Os documentos acostados aos autos pela recorrda (fls. 31/65) não possuem valor probatóro, pos não comprovam a efetva entrega da comuncação ao apela- * do, já que os mesmos foram produzdos pelos própros computadores da recorrente. Deste modo, percebe-se ser necessára a préva comuncação ao consumdor, para fazer a nscrção no cadastro de nadmplentes, mesmo havendo a nadmplênca pelo consumdor, não excepcona o dever de comuncação., Logo, não exstndo comprovação de notfcação préva, faz jus a retrada do nome do apelado do cadastro de maus pagadores. Vejamos: CIVIL. INSCRIÇÃO DE NOME EM BANCO DE DADOS. AUSÊNCIA DE COMUNICAÇÃO. CDC, ART. 43, 2. RESOLUÇÃO N. 2.724/2000 E CIRCULAR N. 2.250/1992-BACEN. RESPONSABILIDADE DA ENTI- DADE CADASTRAL. CANCELAMENTO DO REGISTRO. I. O cadastro de emtentes de cheques sem fundo mantdo pelo Banco Central do Brasl é de consulta restrta, não podendo ser equparado a dados públcos, como os orundos dos cartóros de protesto de títulos e de dstrbução de processos judcas, de sorte que a negatvação do nome decorrente de elementos de lá coletados pelo SERASA deve ser comuncada à devedora, ao teor do art. 43, 2, do CPC, gerando dreto ao cancelamento e/ou à ndenzação, quando requerda, se a tanto não procede. II. Recurso especal conhecdo e provdo. (REsp 1032090/RS, Rel. Mnstro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, QUARTA TURMA, julgado em 10/06/2008, DJe 12/08/2008) No tocante ao peddo de danos moras, não há como o mesmo ser a- colhdo, tendo vsta er o apelante devedor contumaz, pos possu 20 (vnte) ocorrêncas no 4

.. -... regstro de nadmplênca - SPC (fl. 13), logo, é ndscutível que o mesmo não está ncólume perante o meo socal, razão pela qual não há lesão à sua magem ou à boa-fama., Prma face, mpende gzar a respeto do dano moral, que emergu da Carta Polítca de 1988f a qual trouxe o dreto a sua reparação no artgo 5 0, ncsos V e X, e, mas recentemente, o atual Códgo Cvl, cumprndo as dretrzes consttuconas, garantu o ressarcmento por abalos emoconas e psíqucos a quem forem causados, consoante se verfca do artgo 186, njverbs, respectvamente: 'Art. 5 0 Todos são guas perante a le, sem dstnção de qualquer natureza, gaantdo-se aos brasleros e aos estrangeros resdentes no País a nvolabldade 1. lo dreto à vda, à lberdade, à gualdade, à segurança e à propredade, nos termos seguntes: v,..._ / b.1,v- é assegurado o dreto de resposta, proporconal ao agravo, além da ndenza- 07o por dano materal e moral ou à magem. 1-1, são nvoláves a ntmdade, a vda prvada, a honra e a magem das pessoas, assegurado o dreto a ndenzação pelo dano materal ou moral decorrente de sua volação". "A r. 186. Aquele que, por ação ou omssão voluntára, neglgênca ou mprudênca, volar dreto e causar dano a outrem, anda que exclusvamente moral, comete ato lícto".. Verfca-se, pos, que o dreto braslero tutela os valores íntmos da personaldade, possbatando mecansmos adequados de defesa contra as agressões njustas que alguém possa sofrer no plano subjetvo, mpondo um dever legal amplo de não lesar. Não obstante, n casu, não é possível vslumbrar qualquer aparênca de dano moral, porquanto nexstu conduta lícta da nsttução apelante, tendo esta, a contráro senso, agdo em conformdade com a le, exercendo regularmente o seu dreto. Ora, não podera magnar o devedor que mantendo a condção de devedor contumaz fcara mune à nscrções em Cadastros de Proteção ao Crédto. É sabdo o dever de qualquer nsttução empresaral de nscrever o nadmplente pertnaz no órgão devdo, pos este é o meo legal pelo qual esta classe pode garantr a saúde fnancera, porquanto é cedço que devedores contumazes são capazes de ocasonar graves lesões patrmonas, devdo ao seu estado de nsolvênca permanente. Desta feta, no caso dos autos, não restou caracterzado o dano moral pleteado, es que se trata de devedor contumaz. Assm, não há como se amparar a sua pretensão, vsto que se utlzou da va judcal com o ntuto de locupletamento sem causa.,.agasalhando esse entendmento: "APELAÇÃO Cá/EL - RESPONSABILIDADE CIVIL - SERASA - MANU- TENÇÃO INDEVIDA - PERMANÊNCIA NO CADASTRO ORIUNDA DE OU- TROS DÉBITOS ALÉM DOS JÁ QUITADOS - DEVEDOR CONTUMAZ - DANO MORAL NÃO CARACTERIZADO - SENTENÇA REFORMADA. Não caracterza dano moral a manutenção ndevda no cadastro da Serasa daquele que á fgurava no referdo rol por outras questões de nadmplênca. RECURSO PROVIDO" (Apelação ave] n. 00.008727-0, de Pçarras, Rela- 1 to::des.mazonferrera). DANO MORAL NOTIFICAÇÃO PRÉVIA. INEXISTÊNCIA. VALOR DA INS- CRIÇÃO DEVIDO. DEVEDOR CONFESSO E CONTUMAZ. AUSÊNCIA DE DIREITO À INDENIZAÇÃO. VOTO VENCIDO. O descumprmento da norma nsculpda no art. 43 do Códgo de Defesa do Consumdor não gera, em se tratando de negatvação de devedor confesso e contumaz, ndenzação por danos moras. Se o valor que embasa a nscrção em cadastro de proteção ao crédto é devdo, a nobservânca quanto ao dever de promover a notfcação préva, não é capaz de gerar dreto ao recebmento de ndenzação de cunho moral. Apelação 5

ão provdl VV Comprovada ausenc t de comum tço do devedor a respeto ( a exstenca de slido remanescente a ser qutado conforme avençado a nscrção legatva do devedor anda que nadmplente confgura ato ndenzavel (TJ MG 1pelaçao Cvel n 1 0024 07 451579 2/001 Reltor Des Cabral dl Slva 10` -jamara Cvel Data Julgamento 12/08/2008 Data de Publcaçao 05/092008) `( ) A EXISTÊNCIA DE OUTROS REGISTROS EM CADASTRO DE I- NADIMPLENTFS, APESAR DA FALTA DF NOTIFICAÇÃO EM RFLA- Ç.ÃO A ALGUNS Drus, AFASTA A INDENIZAÇÃO POR DANO MO- AL ( ) (Agra o N 70026050047 Nona Camara Cvel Trbun t de Justça do qs Relator Odont. Sangune, Julgado em 08/10/200S) Deste modo, consderando que a pretensão da apelada não fo atngda ntegralmente, restou caracterzada a sucumbênca recproca, ja que alem do peddo de retrada de seu nome (lo cadastro de mau pagadores pleteou tambem a ndenzação por dano moral, mas somenqe o prmero fora conceddo sendo, portanto cabvel o art 21, caput do CPC Vejamos I Ir! 21 - Sc cada ltgante for em parte sencedor L lencdo, serão recproca t 1 proporconalmente dstrbuídos e compensados entrt eles os honoranos e as despesas Nesse sentdo fxo os honoraros em R$ 500 00 (qunhentos) reas devendo ser dstrbu( os e compensados recproca e proporconalmente Vale salentar que, mesmo com a conce ssão da assstênca judcara, a apelada não fca afastada da possbldade de pagamento d tas despesas desde que possa fazê-lo, sem prejuzo do sustento proplo ou da famla, d ntro de cnco anos, a contar da sentença fnal porem, não podendo satsfazer tal pagameato no referdo lapso temporal fla a obrgação prescrta, nos termos do art 12 da Le 1 06')/..0 Pelas razões declnadas, dante da ausênca dos elementos ensejadores a ndenzação r )r dano moral no caso vertente, DOU PROVIMENTO PARCIAL A APELAÇÃO apena, para cancelar os regstros aqu mpugnados, fxando os honoraros advocatcos R$ 500,00 (qunhentos), nos termos do artgo 21 do CPC E COMO OtO Presdu a Sessão o Exmo Sr Des Saulo Ilennques de Sa e IkneN Ides Partcparan do julgamento, alem do relator, Emnente Des Saulo Henrques de Sa e Benevdes, o Ermo Dr Eduardo Jose de Carvalho Soares, Juz convocado para substtur o Ermo Des GLneso Gomes Perera Flho e o Exmo Dr 'I erco Chaves de Moura, Juz convocado para 'substtur o Ermo D.s Marco Murlo da Cunha Ramos Procurador de Justç, Presente ao julgamento o Exmo Sr Dr Done' Vloso Gouvea, João Pessoa, 25 de novembro de 2008 A Des Saulo H umes de a e Benevules Relatar

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