Quarterly Economic Bulletin Angolan Economy/Economia Angolana February, 2013 Issue N 2

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Transcrição:

Quarterly Economic Bulletin Angolan Economy/Economia Angolana February, 2013 Issue N 2 Contents This report is the second of a series of Economic Quarterly Reviews by the African Development Bank s Country Office in Angola. It covers Angola s economic performance up to January, 2013 based on data available at the time of its publication. The report comprises the following sections: 1. Global Economic Trends...3 2. Angola: Economic Climate Indicators...3 3. Macroeconomic developments.7 3.1. Economic Growth.7 3.2. Inflation trends.8 3.3. Interest rate developments 9 3.4. Foreign exchange market.10 4. Banking sector and monetary developments.11 5. Fiscal performance 12 6. External sector developments 13 Disclaimer: This research report is produced by the African Development Bank (AfDB), Angola Field Office (AOFO). The report is based on information from AfDB Group believes to be reliable. Whilst every care has been taken in preparing this document, no research analyst or member of the AfDB gives any representation, warranty or undertaking and accepts responsibility or liability as to the accuracy or completeness of the information set out in this document. Comments on this report should be directed Septime Martin, Resident Representative, Angola Field Office (email: s.martin@afdb.org) with copy to Joel D. Muzima, Principal Country Economist AOFO (email: j.muzima@afdb.org). Este documento foi preparado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Escritório Local de Angola (AOFO) com base em informação de fontes que o Grupo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) acredita e são confiáveis. Apesar de todo o cuidado ter sido tomado na elaboração deste documento, nenhum analista ou membro do Grupo BAD fornece qualquer garantia ou aceita qualquer responsabilidade sobre a informação contida neste documento. Comentários sobre este relatório devem ser encaminhados a Septime Martin, Representante Residente, Escritório Local de Angola (email: s.martin@afdb.org) com conhecimento de Joel D. Muzima, Economista Principal do País, AOFO (email: j.muzima@afdb.org). Key highlights of this report Economic GDP growth accelerated 8 percent in 2012, against 3.9 percent growth in 2011. Growth is projected to expand 8.2 percent in 2013 before stabilizing at 7.8 percent in 2014. Consumer price inflation decelerated to 8.9 percent in January, 2013 reaching an historic low level for the first time in a decade. This was due to stable exchange rate and fuel subsidies. Regarding Monetary Policy, the Central Bank of Angola lowered its reference lending interest rate by 25 percentage points to 10 percent in January, 2013 while the absorption capacity rate stood at historical low level of 1.5 percent. This was followed by a slight decline in commercial bank s lending interest rates by 2 percentage points but the spread between lending and borrowing interest rates remains relatively significant (about 7 percentage points). Meanwhile, the BNA s bill interest rate for 63-days maturity increased from 3.76 in October, 2012 to 4.12 percent in December, 2012. Domestic currency exchange rate continued to record significant stability against the US dollar and the Euro closing the month of December at levels of AKz/USD 95.8 and AKz/EUR 126.38 respectively as a result of strong composition of foreign reserves and prudent monetary policy. Net international reserves recorded a new historic high, at a balance of USD 30.6 billion, which represents an import cover ratio of 7 months. Trade balance improved to a surplus of USD 11.7 billion in December, 2012 up from USD 9.1 billion in the similar period of 2011 driven by rising oil exports. Fiscal balance registered a surplus of 8.8 percent of GDP in 2012 but is expected to record a deficit of 3.4 percent of GDP in 2013 (about 4.2 billion). This will be driven by the anticipated expenditures with infrastructure projects and quasi-fiscal operations. Public external debt dropped to 19.5 percent of GDP by the end of December, 2012, compared to 22 percent of GDP in 2010. External debt remains manageable, with debt-to-exports ratio currently standing at 32.4 percent of GDP well below the IMF threshold of 150 percent. For 2013, the Government plans to borrow USD 5.9 billion to cover the fiscal deficit. This amount will be raised through issuance of 20-years Treasury Bills in an amount AKz 48,150 million (about USD 502 million), sovereign bonds denominated Eurobonds in an amount of USD 1 billion and traditional lines of credit for exports and public investment programs. ANGOLA FIELD OFFICE: Quarterly Economic Bulletin Page 1

Executive summary The Angolan economy rebounded strongly after several years of low growth attributed to the lingering effects of the global financial crisis. Real gross domestic product (GDP) grew at an estimated rate of 8 percent (up from 3.9 percent in 2011) on account of strong performance of energy, transportation and construction sectors. Year-on-year inflation declined from 11.4 percent in 2011 to 9.02 percent in December, 2012, helped by a stable exchange rate and fuel price subsidies, and reached unprecedented single-digit values for the first time in a decade. The implementation of the 2009 2012 Stand-By Arrangement (SBA) Program of the International Monetary Fund (IMF) helped the country to regain macroeconomic stability, achieve an improved fiscal position, more comfortable level of international reserves, stable exchange rate, and lower inflation. Furthermore, large domestic arrears were settled, and progress was made in strengthening fiscal transparency and accountability. However, the country continues to face massive developmental policy challenges including the reduction of the dependency on oil, the diversification of the economy, the rebuilding of the economic and social infrastructure, the improvement of the institutional capacity, governance, public financial management systems, human development and living conditions of the population. These factors are constraining the pace of diversification of the economy and prevent small and medium enterprises development and job creation. Unemployment remains significant at about 25 percent, and poverty incidence remains high at 36.6 percent of the population. The outlook for 2013 and 2014 remains positive, with economic growth projected to reach at 8.2 percent and 7.8 percent, respectively. This will be driven by a combination of continued output expansion in the oil and gas sectors and a public expenditure program designed to encourage economic diversification. The energy, transportation, and construction sectors are likely to benefit from a gradual scaling up of public investment programs. However, agricultural output and food prices are affected by a drought. Sumário Executivo A economia Angolana recuperou fortemente após vários anos de lento crescimento atribuido aos efeitos persistentes da crise financeira global. O Produto Interno Bruto (PIB) real cresceu a uma taxa estimada de 8 por cento (contra os 3.9 por cento registados em 2011) como resultado do forte desempenho do sectores da energia, transportes e construção. A inflação anual reduziu de 11.4 por cento em 2011 para 9.02 por cento em Dezembro de 2012, devido à estabilidade cambial e o efeito dos subsídios aos combustíveis, tendo alcançado um nível sem precedentes de um-dígito, pela primeira vez em uma década. A implementação do programa Stand-By Arrangement (SBA) de 2009-2012 do Fundo Monetário Internacional (FMI) ajudou o país a recuperar a estabilidade macroeconómica, permitiu uma melhoria na sua posição fiscal, um nível confortável de reservas internacionais, uma maior estabilidade cambial e baixa taxa de inflação. Por outro lado, elevados montantes de pagamentos em atraso foram regularizados, e registaram-se progressos no fortalecimento da transparência e responsabilidade fiscal. Contudo, o país ainda enfrenta sérios desafios no seu desenvolvimento, que incluem a redução da dependência no sector petrolífero, dibersificação da economia, reconstrução da infra-estrutura económica e social, melhoria da capacidade instituicional, governação, sistemas de gestão das finanças públicas, desenvolvimento humano e melhoria das condições de vida das populações. Estes factores tem estado a constrangir o ritmo de diversificação da economia e tem inibido o desenvolvimento das pequenas e médias empresas incluindo a criação de emprego. O desemprego ainda é significativo em cerca de 25 por cento, e a incidência da pobreza ainda é elevada, situando-se em 36.6 por cento da população. As perspectivas para 2013 e 2014 são favoráveis, e projecta-se que o crescimento económico irá alcançar 8.2 por cento e 7.8 por cento, respectivamente. Este desempenho será influenciado por uma combinação da expansão contínua da produção nos sectores petrolíferos e do gás e bem como a implementação do programa de investimento público designado a promover a diversificação da economia. Os sectores da energia, transporte e construção poderão se beneficiar mais da expansão fiscal em investimentos públicos. Contudo, a seca irá afectar negativamente a produção agrícola e os preços dos alimentos. ANGOLA FIELD OFFICE: Quarterly Economic Bulletin Page 2

GDP growth (%) 1. Global Economic Trends Global financial conditions improved further in the fourth quarter of 2012 although a broad set of indicators for global industrial production and trade still suggest that growth did not strengthen further. The economic activity in the Euro area was softer than expected. In China, growth will average 8.2 percent in 2013, but it will require continued progress with market-oriented structural reforms and the rebalancing of the economy more toward private consumption. The January, 2013 World Economic Outlook report by the IMF projects that the global economy will grow 3.5 percent in 2013, up 0.2 percentage points from the October, 2012 forecast and 4.1 percent in 2014, 0.5 percentage points higher than initially projected. Growth in the United States is forecasted to average 2 percent in 2013 and 3 percent in 2014. In some emerging economies (Brazil and India), growth has been hampered by supply bottlenecks and policy uncertainty but is expected to reach 5.5 percent in 2013. Figure 1: Global GDP growth (annual percent change) 15 10 1. Tendências da Economia Global A situação financeira global melhorou substancialmente durante o quarto trimestre de 2012 embora o indicadores da produção industrial global e do comércio continuem a sugerir um fraco desempenho. A actividade económica na zona Euro esteve abaixo das expectativas. Na China, espera-se que o crescimento económico se situe em 8.2 por cento em 2013, contudo tal irá requerer um progresso contínuo na implementação de reformas de ajustamento estrutural e orientadas para o desenvolvimento dos mercados e bem como o rebalanceamento da economia com vista a incentivar o consumo privado. As previsões do FMI sobre as perspectivas da economia mundial publicadas em Janeiro de 2013 projectam que a economia hlobal irá crescer em 3.5 por cento em 2013, 0.2 pontos percentuais acima das últimas previsões de Outubro de 2012 e irá alcançar 4.1 por cento em 2014, cerca de 0.5 pontos percentuais acima das previsões inciais. O crescimento económico nos EUA está previsto situar-se numa média de 2 por cento em 2013 e 3 por cento em 2014. Algumas economias emergentes (Brasil e India), o crescimento económico tem sido afectado por insuficiências do lado da oferta e bem como a incerteza política, mas espera-se que o mesmo alcance 5.5 por cento em 2013. 5 0 2010 2011 2012 2013 2014 World Angola Emerging Economies China USA Sub-Saharan Africa Source: IMF, World Economic Outlook Growth prospects for Angola are positive well above emerging economies, and only being surpassed by China (Figure 1). In 2013, output is expected to remain high due to strong performance of the non-oil sector, but the downside risks of oil price decline should be closely monitored. 2. Angola: Economic Climate Indicators The National Institute of Statistics (INE) economic confidence index based on qualitative responses from 631 firms distributed by 6 sectors (extractive industries, manufacturing, construction, trade, tourism and transport) shows that during the fourth quarter of 2012, the global economic confidence in Angola maintained an upward trend owing to good prospects regarding total output and employment in the economy. As perspectivas de crescimento da economia angolana são positivas com o crescimento do produto interno bruto (PIB) a situar-se acima do nível das economias emergentes, sendo apenas superado pela China (Figura 1). Em 2013, espera-se que o PIB mantenha-se elevado devido ao forte desempenho do sector nãopetrolífero, mas os riscos derivados da baixa dos preços de petróleo devem ser monitorados devidamente. 2. Angola: Indicadores de Confiança Económica O indice de confiança económica publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), baseado em respostas qualitativas de 631 firmas distribuídas por 6 sectores (indústria extractiva, industria transformadora, construção, comércio, turismo e transporte) mostra que durante o segundo trimestre de 2012, o indicador de confiança económica global em Angola manteve a estabilidade iniciada no período homólogo de 2011, mas permaneceu abaixo da média da série. Os sectores da indústria extractiva, manufactura, tarnsportes e comércio mostraram uma evolução positiva nos seus indicadores de confiança económica ANGOLA FIELD OFFICE: Quarterly Economic Bulletin Page 3

The extractive industries, manufacturing, transport and trade sectors displayed a positive economic confidence driven by the following factors: ongoing investments for future exploration of deep water crude oil and natural gas, rising stocks in trade and manufacturing sectors and good employment prospects in transport sector. In the medium term, economic confidence is expected to improve in the construction sector as the government implements its public investment program to close the country s infrastructure gap. In addition, the recent signing by ANIP (National Agency for Private Investment) of 6 infrastructure investment contracts worth USD 13.5 million will further improve the economic confidence in construction and service sectors. influenciados pelos seguintes factores: investimentos correntes com vista a futura exploração de gás e crude em águas profundas, aumento dos stocks na indústria transformadora e no sector do comércio, e perspectivas favoráveis em relação ao emprego no sector dos transportes. A médio prazo, espera-se uma melhoria no clima de confiança económico no sector da construção a medida que o governo avançar com o seu programa de investimento público para reduzir o défice de infra-estruturas. Por outro lado, a assinatura recente pela ANIP (Agência Nacional de Investimento Privado) de 6 acordos de investimento em infraestruturas avaliados em USD 13.5 milhões de dólares irá melhorar o índice de confiaça económico nos sectores da construção e serviços. Figure 2: Angola s Economic Climate Indicators áreas da indústria alimentar, construção civil e prestação de serviços. motivado pelos investimentos nas estradas e reabilitação das linhas férreas. No sentido inverso, o clima de confiança económico manteve-se desfavorável Source: National Institute of Statistics (INE). Sample comprises 631 responses from firms located in the provinces of Luanda, Benguela, Huila and Kwanza sul which concentrate 80% of country s industrial park and 53.5% of total employment. The economic confidence index is an arithmetic average of qualitative responses of the variables comprising the indicator. The sample responses were distributed as follows: extractive industries (32), manufacturing (150), construction (50), trade (300), tourism (49) and transport (50). ANGOLA FIELD OFFICE: Quarterly Economic Bulletin Page 4

International commodity Prices The precious metals markets along with energy markets had a volatile performance over the past three months (Table 1). Copper prices climber from USD 7,963.49 in December, 2012 to USD 8,053.74 in January, 2013 as investors weighted the implications of the elections in Italy and the possibility of stronger demand from China. Gold prices fell from USD 1,721.64/oz in November, 2012 to USD 1,671.85 in January, 2013 on reduced concern that South African supplies will be disrupted coupled with the negative impacts of Italy s election outcome on commodities and equities. Iron rose as much as 4 percent to close December, 2012 at USD 128.87/tonne. Iron spot prices for January, 2013 climber further to USD 150.49/tonne and are expected to remain high on account of strong demand from China and India. Crude oil prices fell 9.6 percent on an 11 month average closing January, 2013 at USD 112.93/barrel. The combination of reports of eventual increases in US stocks and the fears of worsened European debt crisis due to politically instability in Italy are likely to drive oil prices down in the following months. Natural gas prices stood at USD 119.78/1000m 3 in January, 2013 down from USD 120.24/1000m 3 in December, 2012. According to the United States Energy Information Administration (EIA), natural gas prices are expected to remain up due to strong demand from residential/commercial sector and power generation consumption. Evolução dos preços internacionais de mercadorias Os mercados de energia e de metais preciosos tiveram um desempenho volátil durante os últimos três meses (Tabela 1). Os preços do cobre aumentaram de USD 7,963.49 em Dezembro de 2012 para USD 8,053.74 em Janeiro de 2013, na medida em que os investidores ponderavam as implicações das eleições na Itália e uma forte demanda da China. O preço do ouro baixou de USD 1,721.64/oz em Novembro de 2012 para USD 1,671.85 em Janeiro de 2013 devido a eventual interrupção na produção na África do Sul associada aos impactos negativos dos resultados das eleições na Itália, sobre os preços das principais mercadorias e acções. O preço do ferro teve um aumento de 4 por cento tendo encerrado o mês de Dezembro de 2012 em USD 128.87/tonelada. Os preços comerciais do ferro em Janeiro de 2013 subiram para USD 150.49/tonelada e espera-se que os mesmos se mantenham elevados como resultado da forte demanda na China e India. Os preços do crude baixaram em média, cerca de 9.6 por cento nos últimos 11 meses tendo encerrado o mês de Janeiro em USD 112.93/baril. A conjugação de informações sobre um eventual aumento dos stocks nos Estados Unidos da América e o agravamento da crise da dívida Europeia como resultado da instabilidade política na Itália, poderão levar a uma queda acentuada dos preços de petróleos nos próximos meses. Por sua vez, os preços do gás natural fixaramse em USD 119.78/1000m 3 em Janeiro de 2013 ligeiramente abaixo dos USD 120.24/1000m 3 registados em Dezembro de 2012. De acordo com a Agência de Energia norte-americana, os preços dos gás poderão manter-se elevados devido a forte procura no sector comercial/redidencial e de produção de energia. Table 1: International Commodity Prices, March, 2012 to January, 2013 Gold Copper Iron Natural Gas Brent Crude Oil USD/oz USD/tonne USD/tonne USD/1000m 3 USD/barrel March, 2012 1,673.77 8,470.78 144.66 77.89 124.93 April, 2012 1,649.69 8,285.53 147.65 70.31 120.59 May, 2012 1,591.19 7,896.91 136.27 87.56 110.52 June, 2012 1,598.76 7,428.29 134.62 88.36 95.59 July, 2012 1,589.90 7,584.26 127.94 106.73 103.14 August, 2012 1,630.31 7,510.43 107.80 102.14 113.34 September, 2012 1,744.81 8,087.74 99.47 102.68 113.38 October, 2012 1,746.58 8,062.03 113.95 119.49 111.97 November, 2012 1,721.64 7,711.23 120.35 127.42 109.71 December, 2012 1,684.76 7,963.49 128.87 120.24 109.64 January, 2013 1,671.85 8,053.74 150.49 119.78 112.93 Percentage change (base: March, 2012) -0.1% -4.9% 4.0% 53.8% -9.6% Source: Bloomberg ANGOLA FIELD OFFICE: Quarterly Economic Bulletin Page 5

Table 2: Agricultural international Commodity Prices, March, 2012 to January, 2013 Maize (USA) Rice Coffee Wheat Soybeans USD/tonne USD cents/pound USD cents /pound USD/tonne USD/metric tonne March, 2012 280.66 577.05 113.60 283.88 496.29 April, 2012 274.21 585.95 111.71 266.32 529.42 May, 2012 268.79 612.43 116.01 264.36 520.93 June, 2012 267.23 606.14 113.34 276.19 522.33 July, 2012 332.95 578.36 113.37 345.69 609.45 August, 2012 332.17 577.56 113.01 349.40 622.91 September, 2012 320.72 590.57 110.87 353.42 615.18 October, 2012 321.63 584.74 109.87 358.20 565.53 November, 2012 321.54 590.73 102.94 361.00 533.03 December, 2012 308.72 565.52 102.30 347.89 534.79 January, 2013 303.29 573.39 105.79 335.50 526.05 Percentage change (base: March, 2012) 8.1% -0.6% -6.9% 18.2% 5.9% Source: International Grain Council, Bloomberg Wheat prices declined 3.5 percent in January, 2013 to reach a six month low of USD 335.50/tonne as blizzards hitting the key United States growing areas raised expectations of increased moisture that would help growing conditions. Overall, wheat prices grew by a cumulative 18.2 percent since the March, 2012 and are set to stabilize with support from the U.S. market, where weather conditions tend to improve. Meantime, maize continued to experience low supplies thus pushing up prices. The low supply has been blamed on the unreliable weather conditions which has affected farmer s productivity. As a result, prices surged by 8.1 percent since March, 2012, and according to United States Department of Agriculture (USDA) report, corn farmers are set to benefit from a price increase of their crop as it experiences strong and inelastic downstream demand from a wide range of food industries. By contrast, international rice and coffee prices were among the largest decliners due to rapid progress made in harvest in Brazil, Vietnam and Argentina. Os preços do trigo reduziram em 3.5 por cento em Janeiro de 2013 tendo atingido um mínimo histórico de USD 335.50/tonelada nos últimos seis meses, numa altura em que ondas de vento e neve cobrindo as maiores áreas de produção nos Estados Unidos da América auguram um aumento da humidade que irá permitir uma melhoria nas condições de produção. Em egeral, os preços do trigo aumentaram em cerca de 18.2 por cento desde Março de 2012 e espera-se que os mesmos possam estabilizar por influência do mercado norte-americano, onde as condições climatéricas tendem a melhorar. Entretanto, a cultura do milho registou uma escassez na sua oferta, ofirinando uma subida de preços. A fraca oferta tem sido atribuída a precariedade das condições climatéricas que afectaram a productividade dos principais produtores. Como resultado disso, os preços aumentaram em 8.1 por cento desde Março de 2012, e de acordo com o relatório do Departamento dos Estados Unidos para a Agricultura (USDA), os produtores de milho irão beneficiar do aumento dos preços dado que esta mercadoria enfrenta uma forte e inelástica demanda ao nível da cadeia de valor da indústria alimentar. Em contraste, os preços internacionais do arroz e café são os que registaram as maiores reduções devido ao progresso rápido verificado na campanha agrícola no Brazil, Vietname e Argentina. ANGOLA FIELD OFFICE: Quarterly Economic Bulletin Page 6

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 GDP growth (%) 3. Macroeconomic developments 3.1. Economic growth In 2012, Angola attained a robust economic growth bolstered by a recovery in oil production and a continuation of non-oil sector growth. GDP growth accelerated 8 percent in 2012 (up from 3.9 percent in 2011) and was mainly driven by the continued expansion in the oil and gas sector and a public expenditure program designed to encourage economic diversification, in particular, in the sectors of transportation, construction and energy. Nonetheless, the country still face massive developmental policy challenges that include the reduction of dependency from oil, building institutional and human capacity, improve the living conditions of the population. Meantime, a recent poll conducted by Reuters indicates that Angola s economy is set to return to its double-digit growth path boosted by a rebound in oil output after technical output problems and maintenance hampered production and economic performance last year. Figure 3: Angola: GDP Growth 30% 20% 3. Desempenho Macroeconómico 3.1. Crescimento Económico Angola alcançou um crescimento económico robusto em 2012 reforçado pela recuperação na produção petrolífera e a continuação do crescimento do sector não-petrolífero. A taxa de crescimento do PIB acelerou 8 por cento em 2012 (contra os 3.9 por cento registados em 2011) e foi dinamizado pela expansão contínua dos sectores petrolífero e do gás e bem como pelo program de investimento público destinado a promover a diversificação da economia, em particular, nos sectores dos transportes, construção e energia. Apesar elevado crescimento, o país ainda enfrenta vários desafios no se desenvolvimento que incluem, a redução da dependência do petróleo, capacitação instituicional e humana, melhoria das condições de vida da população. Entretanto, uma pesquisa recence da Reuters mostra que a economia Angolana irá retomar a sua tendência de crescimento de dois dígitos influenciada pela retoma da produção petrolífera, uma vez superados os problemas técnicos e de manutenção que condicionaram o desempenho económico no ano passado. Produção Petrolífera 10% 0% -10% Source: Ministry of Planning, IMF staff estimates Oil production Real GDP Oil GDP Non-oil GDP In 2012, oil production averaged 1.8 million barrels per day (bpd), up from 1.66 million bpd registered in 2011. The increase was due to production recovery in the oil blocks of Grande Plutónio and Pazflor. The Government aims to expand crude output to 1.84 million bpd in 2013 and reach 2 million bpd by 2015. Em 2012, a produção petrolífera atingiu uma média de 1.8 milhões de barris por dia (bpd), contra os 1.66 milhões de bpd registados em 2011. Este aumento deveu-se à recuperação da produção nos blocos de Grande Plutónio e Pazflor. O Governo tenciona expandir a produção de crude para 1.84 milhões de bpd em 2013 e possivelmente alcançar a produção de 2 milhões de bpd em 2015. Em geral, a produção petrolífera manteve-se volátil mas foi compensada pelos preços favoráveis que se situaram em 113.5 por barril. Em termos acumulados, as receitas de exportação de petróleo atingiram mais de USD 40 biliões de Janeiro a Dezembro de 2012, isto é, cerca de 7.4 por cento acima do nível registado no período homólogo em 2011 (Figura 4). Overall, crude oil output remained volatile but was compensated by favourable prices which stood at USD 113.5 per barrel. In cumulative terms, oil export revenues reached over USD 40 billion from January to December, 2012, that is 7.4 percent higher than the level registered in similar period of 2011 (Figure 4). ANGOLA FIELD OFFICE: Quarterly Economic Bulletin Page 7

Figure 4: Oil production, exports and revenues 200 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 Dec-11 Jan-12 Feb-12 Mar-12 Apr-12 May-12 Jun-12 Jul-12 Aug-12 Sep-12 Oct-12 Nov-12 Dec-12 4.500 4.000 3.500 3.000 2.500 2.000 1.500 1.000 0.500 - Production, barrels per day (right axe) Exports, million of barrels (left axe) Revenues of Exports, US$ billion (right axe) Average Oil Prices in US$ (left axe) Source: Ministry of Finance, OPEC 3.2. Inflation trends Domestic inflation continued to ease consistently, following a deflation trend that started in mid-april, 2011 due to prudent monetary policy and fiscal consolidation having closed the year at 9.02 percent. In January, 2013 inflation recorded a monthly variation of 0.61 percent and the Angola s twelve months average CPI recorded an historical low of 8.9 percent supported by the stable exchange rate and fuel subsidies (Figure 5). The underlying factors driving inflation included the slight increase in food and nonalcoholic beverage prices by 0.75 percent, furniture, domestic equipment and maintenance services by 0.72 percent and hotels and restaurant services by 0.71 percent. The current inflation trend shows that government can meet its target of ending 2013 with inflation at 9 percent but high costs of refined petroleum products and food by historical standards present a risk to the inflation outlook. In addition, growing internal demand, poor supply logistics, and expected increase in liquidity due to the oil companies shift of large share of their payments from offshore to domestic banks by October, 2013 as part of the implementation of the new foreign exchange law, means that keeping inflation at single digit will be a great challenge for the Central Bank. 3.2. Tendências da inflação A inflação doméstica continuou a sua tendência de desaceleração iniciada em meados de Abril de 2011 como resultado duma política monetária prudente e a consolidação fiscal tendo encerrado o ano em 9.02 por cento. Em Janeiro de 2013, a inflação atingiu uma variação mensal de 0.61 por cento, e o índice de preços ao consumidor de Angola, para os últimos doze mêses registou um mínimo histórico de 8.9 por cento em, influenciado pela estabilidade cambial e pela política de subsídio aos combustíveis (Figura 5). Os factores que mais contribuiram para a inflação incluem a subida ligeira nas classes de alimentação e bebidas não-alcólicas em 0.75 por cento, mobiliário, equipamento doméstico e serviços de manutenção em cerca de 0.72 por cento e serviços de hotelaria e restaurantes em 0.71 por cento. A actual tendência da inflação mostra que o governo poderá alcançar a meta de 9 por cento fixada para 2013 mas os altos custos dos produtos petrolíferos refinados e alimentares representam um risco para a estabilidade de preços. Por outro lado, a crescente demanda interna conjugada com a insuficiente logística para a oferta de bens e serviços, e a expectativa do aumento da liquidez devido a transferência de elevados pagamentos das companhias petrolíferas para os bancos nacionais até Outubro de 2013, como parte da implementação da nova lei cambial, implica que o controle da inflação em um dígito será um grande desafio para o Banco Central. ANGOLA FIELD OFFICE: Quarterly Economic Bulletin Page 8

Dec-10 Feb-11 Apr-11 Jun-11 Aug-11 Oct-11 Dec-11 Feb-12 Apr-12 Jun-12 Aug-12 Oct-12 Dec-12 lending rates (%) deposit rates (%) Oct-10 Nov-10 Dec-10 Jan-11 Feb-11 Mar-11 Apr-11 May-11 Jun-11 Jul-11 Aug-11 Sep-11 Oct-11 Nov-11 Dec-11 Jan-12 Feb-12 Mar-12 Apr-12 May-12 Jun-12 Jul-12 Aug-12 Sep-12 Oct-12 Nov-12 Dec-12 Jan-13 inflation (%) Figure 5: Angola Inflation trends 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 Source: Central Bank of Angola (BNA) 3.3. Interest rate developments Commercial bank s private sector lending interest rate for 181 days to 1 year in domestic currency declined from 14.25 percent in September, 2012 to 12.82 percent in December, 2012 (Figure 6). Over the same period, deposit interest rates for similar maturity and in domestic currency declined marginally from 5.57 percent in September, 2012 to 4.84 percent in December, 2012. Lending rates continue to soften which is favourable for borrowers. However, there is still a wide spread between lending and deposit rates suggesting high financial risks and banking sector operational inefficiencies. Central Bank lowered its basic reference lending rate taxa de juro BNA by 25 percentage points to 10 percent in January, 2013, but kept the overnight standing lending facility interest rate FPC at 11.25 percent a year while keeping the overnight standing absorption facility rate at an historic low level of 1.25 percent. Current low inflation prospects increase expectations of additional cuts in the FPC interest rate, which will most probably continue to pressurize downwards the lending interest rates. Figure 6: Angola: Interest rate trends 30% 20% 10% 15% 10% 5% 3.3. Evolução das taxas de juros A taxa de juros dos bancos comerciais para empréstimos ao sector privado por períodos de 181 dias a 1 ano, e em moeda nacional reduziram de 14.25 por cento em Setembro de 2012 para 12.82 por cento em Dezembro de 2012 (Figura 6). Durante o mesmo período, as taxas de juros de depósitos para iguais maturidades e em moeda nacional, reduziram ligeiramente de 5.57 por cento em Setembro, 2012 para 4.84 por cento em Dezembro de 2012. As taxas de juros sobre empréstimos continuaram com a sua tendência decrescente o que é favorável para os mutuários. Contudo, ainda persiste um elevada diferença entre as taxas de juro para empréstimos e depósitos pressupondo a existência de altos riscos financeiros e ineficiências operacionais no sector bancário. O Banco Central reduziu a sua taxa de juro de referência taxa de juro BNA 25 pontos percentuais para 10 por cento em Janeiro de 2013, mas manteve inalterada a taxa da facilidade permanente de cedência - FPC em 11.25 por cento ao ano, e bem como a taxa da facilidade permanente de absorção num minimo histórico de 1.25 por cento. As actuais perspectivas de inflação alimentam expectativas de cortes adicionais na taxa de juro da FPC, o que muito provavelmente irá continuar a pressionar para baixo as taxas de juro do crédito à economia. 0% 0% Source: Central Bank of Angola (BNA) lending rates, 181 days to 1 year Spread deposit rates, 181 days to 1 year ANGOLA FIELD OFFICE: Quarterly Economic Bulletin Page 9

Jan-11 Feb-11 Mar-11 Apr-11 May- Jun-11 Jul-11 Aug-11 Sep-11 Oct-11 Nov-11 Dec-11 Jan-12 Feb-12 Mar-12 Apr-12 May- Jun-12 Jul-12 Aug-12 Sep-12 Oct-12 Nov-12 Dec-12 Jan-13 currency sales (million USD) Jan-11 Feb-11 Mar-11 Apr-11 May-11 Jun-11 Jul-11 Aug-11 Sep-11 Oct-11 Nov-11 Dec-11 Jan-12 Feb-12 Mar-12 Apr-12 May-12 Jun-12 Jul-12 Aug-12 Sep-12 Oct-12 Nov-12 Dec-12 Jan-13 Net International Reserves (million USD) 3.4. Foreign exchange market The domestic currency (Kwanza) recorded some stability against the US dollar and Euro in 2012, having depreciated only 1.66 percent to the US Dollar and 0.8 percent (month-on-month) against the Euro, closing December, 2012, respectively, at levels of 95.8 AKz/USD and 126.38 AKz/EUR (Figure 7). 3.4. Mercado Cambial A moeda nacional (Kwanza) apresentou uma estabilidade face ao dólar e o Euro em 2012, tendo depreciado apenas 1.66 por cento face ao dólar e 0.8 por cento contra o Euro, respectivamente, numa base mensal, fechando o mês de Deembro a níveis de 95.8 AKz/USD e 126.38 AKz/EUR (Figura 7). Figure 7: Angola: Foreign Exchange Trends 97 96 95 94 93 92 91 90 140 135 130 125 120 115 110 105 O saldo de Reservas Internacionais Líquidas (RIL s) encerrou o ano de 2012 com um saldo histórico de USD 30.6 biliões (Figura 8), o que representa uma cobertura de importações de 7 meses, suportado pela entrada de divisas no âmbito do investimento directo estrangeiro para a exploração do petróleo nas áreas pré-sal e do aumento nas receitas de exportações de petróleo na ordem dos USD 19 biliões. Figure 8: Angola: Net International Reserves 35,000 AKz/USD (left axe) Source: Central Bank of Angola (BNA) AKz/EUR (right axe) Net International Reserves (NIR) closed the year of 2012 at an historic high balance of USD 30.6 billion in (Figure 8), which represents an import cover ratio of 7 months, supported by the inflow of foreign currency from the pre-salt oil fields foreign direct investment and oil export revenues at a level of USD 19 billion. At an annual basis, the local currency depreciated 2.2 percent (year-on-year) to the US Dollar, the first in 11 months, and 3.8 percent (year-on-year) against the Euro. In an effort to stabilize foreign exchange markets, the Central Bank injected from January to December, 2012, a cumulative of USD 18.2 billion dollars, 22 percent higher than the amount supplied in a similar period of 2011 (Figure 9). Figure 9: Angola US Dollar market currency sales 1800 1600 1400 1200 1000 800 600 400 200 0 30,000 25,000 20,000 15,000 10,000 Source: Central Bank of Angola (BNA) Em termos anuais, a moeda nacional registou uma depreciação face ao dólar americano de 2.2 por cento (ano-a-ano), pela primeira vez nos últimos 11 meses, e uma depreciação de 3.8 por cento (ano-a-ano) face ao Euro. Por seu turno, o Banco Central injectou de Janeiro a Dezembro, 2012 um valor acumulado de USD 18.2 biliões de dólares, cerca de 22 por cento acima do montante disponibilizado no mercado no período homólogo de 2011 (Figura 9). Source: Central Bank of Angola (BNA) ANGOLA FIELD OFFICE: Quarterly Economic Bulletin Page 10

Total deposits/credit to economy (million AKz) BNA interest rate (%) loan-deposit ratio (%) billion Kwanzas 4. Banking sector and monetary developments The growth in annual broad money (M3), defined as total banking sector deposits (net of inter-bank deposits), decreased from 23 percent in October 2012 to 17 percent in December, 2012 (Figure 10). This decline was due to Central Bank s efforts to mop up excess liquidity through bond s issuance, a measure aimed at controlling inflation. On a month-on-month basis, M3 growth declined from 3 percent in November 2012 to 2.8 percent in December, 2012. Despite this decline, average money supply growth since the beginning of the year (18.5 percent) indicates that there are no liquidity constraints in the economy. Figure 10: Monetary aggregates and BNA rate trends 12% 10% 8% 6% 4% 2% 0% 5,000 4,000 3,000 2,000 1,000 0 4. Sector bancário e desenvolvimento do mercado monetário A taxa de crescimento anual da massa monetária (M3), definida como o total dos depósitos do sector bancário (excluindo os depósitos inter-bancários), reduziu de 23 por cento em Outubro 2012 para 17 por cento em Dezembro de 2012 (Figura 10). Esta redução foi motivada pela acção do Banco Central na redução do excesso de liquidez no mercado através da emissão de títulos, uma medida destinada a controlar va inflação. Em termos mensais, a taxa de crescimento da M3 reduziu de 3 por cento em Novembro de 2012 para 2.8 por cento em Dezembro de 2012. Apesar deste declínio, a taxa média de crescimento da massa monetária (18.5 por cento) desde o início do ano mostra que não há constrangimentos de liquidez na economia. Figure 11: Total deposits and loan-to-deposit ratio 5,000 4,000 3,000 2,000 1,000 75 70 65 60 55 Money supply (M3) BNA interest rate, 63 days Source: Central Bank of Angola (BNA) Credit to the Economy Despite the monthly decline in the M3 growth rates, in absolute terms total banking sector deposits increased by 1.3 percent from USD 39.5 billion in November, 2012 to USD 40 billion in December, 2012 (Figure 11). Nonetheless, there is still need to attract more money into the formal banking sector. The loan-to-deposit ratio increased slightly from 65.3 in September 2012 to 66.8 percent in December, 2012 (Figure 11). Given the low rate of transformation of banking sector deposits, the slow growth of credit to the economy (which only increased 1.1 percent in December, 2012 and 22 percent on annual basis), and the prevailing level of non-performing loans (only 2.5 percent), there is still room for commercial banks in advancing more loans to private sector. In terms of lending to the private sector, bank loans were relatively diversified in a number of economic sectors. As of December, 2012, the distribution of bank loans (Figure 12) was as follows: individuals (19 percent); wholesale and retail trade (17 percent); private sector (15 percent); construction (12 percent), real estate (10 percent); manufacturing (10 percent); services (8 percent); extractive industries (4 percent); and agriculture (2 percent). 0 Total deposits Loans Loan-deposit ratio Source: Central Bank of Angola (BNA) Apesar do declínio mensal na taxa de crescimento da massa monetária (M3), em termos absolutos, houve um aumento dos depósitos totais do sector bancário em 1.3 por cento passando de USD 39.5 biliões em Novembro de 2012 para USD 40 biliões em Dezembro de 2012 (Figure 11). Contudo, ainda persiste a necessidade de atrair maior volume de moeda para o sector bancário formal. A taxa de transformação dos depósitos aumentou ligeiramente de 65.3 em Setembro, 2012 para 66.8 por cento em Dezembro de 2012 (Figura 11). Dada a baixa taxa de transformação dos depósitios no sector bancário, aliado ao lento crescimento do crédito à economia (que apenas conheceu um aumento de 1.1 por cento em Dezembro, 2012 e 22 por cento em termos anuais), e o nível prevalecente dos créditos de cobrança duvidosa (apenas 2.5 por cento), portanto, ainda existe espaço para os bancos comerciais expandirem o crédito ao sector privado. Em termos de crédito ao sector privado, os empréstimos bancários encontram-se ligeiramente diversificados por alguns sectores da economia. Em 50 ANGOLA FIELD OFFICE: Quarterly Economic Bulletin Page 11

billion Kwanza Figure 12: Distribution of credit to the economy, December, 2012 Agriculture Extractive Others and Fisheries industries 4% 2% 4% Services 8% Social and Individual Activities 18% Private Sector 15% Real Estate 10% Source: Central Bank of Angola (BNA) 5. Fiscal performance Wholesale and Retail Trade 17% Manufact. 10% Construction 12% Government s rationalization of current expenditure yielded a fiscal surplus of 8.8 percent of GDP in 2012 and allowed the authorities to repay domestic arrears of USD 7.5 billion which had been incurred since 2009. In comparative terms, revenue execution achieved 96 percent of the planned target for the fourth quarter of 2012 (up from 87.73 percent in the previous period). This was due to strong performance of oil revenues which exceeded the target by 24.2 percent as well as the incorporation into the budget of the revenues collected by the state-owned oil company Sonangol. On the expenditure side, Government remained prudent with total expenditure execution standing at 93 percent in the fourth quarter of 2012 (up from 68.14 percent registered in the previous quarter). This resulted in a total surplus of AKz 124,180.5 (about USD 1.3 billion) during the last quarter of the year. Consistent with government fiscal rationalization policy is the current trend of decline of total expenditure which fell from 44.2 percent of GDP in 2009 to 38.8 percent in 2012. Meantime, total capital expenditure, including quasi-fiscal operations increased from USD 7.8 billion in 2009 to 10.3 billion in 2012, a trend that reflects the authorities intentions to revitalize the country s infrastructure network (Table 4). Table 3: Angola: Fiscal performance, 2009-2012 Indicators (% of GDP) 2009 2010 2011 2012 Total revenue 34.5 43.5 48.8 44.9 Of which: Oil-related 24.2 33.0 39.0 34.4 Of which: Non-Oil Tax 9.0 7.8 7.3 8.6 Total expenditure 44.2 38.2 38.6 38.8 Current expenditure 31.7 28.5 29.9 29.8 Capital expenditure 12.4 9.7 8.7 9.0 Overall fiscal balance -9.6 5.3 10.2 6.1 Non-oil fiscal balance -32.1-24.3-25.3-24.9 Source: Ministry of Finance, Angola and IMF staff estimates Dezembro de 2012, a distribuição do crédito bancário (Figura 12) era a seguinte: individual (19 por cento); comércio a grosso e a retalho (17 por cento); sector privado (15 por cento); construção (12 por cento); imobiliária (10 por cento), indústria transformadora (10 por cento); serviços (8 por cento), indústria extractiva (4 por cento) e agricultura (2 por cento). Figure 13: Credit to the economy and M2, growth rates (y-o-y) 5000 4000 3000 2000 1000 0 Credit to the economy Money supply (M2) Source: Central Bank of Angola (BNA) 5. Desempenho do sector fiscal A racionalização da despesa por parte do Governo resultou num superávit fiscal de 8.8 por cento do PIB em 2012 e permitiu a eliminação de pagamentos em atraso no montante de USD 7.5 biliões que tinham sido incorridos desde 2009. Em termos comparativos, a execução da receita atingiu 96 por cento do programado durante o quarto trimestre de 2012 (uma subida em relação aos 87.73 por cento do período anterior). Este resultado foi devido ao forte desempenho das receitas petrolíferas que excederam a meta em 24.2 por cento e bem como a inclusão, no orçamento, das receitas colectadas pela companhia petrolífera Estatal Sonangol. Do lado da despesa, o Governo manteve-se prudente com a execução da despesa total a situar-se em 93 por cento durante o quarto trimestre de 2012 (um aumento em relação aos 68.14 por cento registados no trimestre anterior). Este cenário resultou num excedente fiscal de AKz 124,180.5 (cerca de USD 1.3 biliões) durante o último trimestre do ano. Table 4: Angola: capital expenditure financing Indicators 2009 2010 2011 2012 Capital expenditure (includes quasi-fiscal operations) in billion USD Total capital expenditure 7.8 7.7 8.9 10.3 Foreign financed 2.4 1.6 2.0 2.8 Domestic financed 5.4 6.1 6.9 7.5 Capital expenditure financing (Percentage of GDP) Total capital expenditure 12.4 9.7 8.7 9.0 Foreign financed 3.8 2.0 1.9 2.4 Domestic financed 8.6 7.6 6.7 6.6 GDP (billion USD) 75.5 82.5 104.3 112.7 Source: Ministry of Finance, Angola and IMF staff estimates ANGOLA FIELD OFFICE: Quarterly Economic Bulletin Page 12

6. External sector developments Angola s external sector position remains favourable with the country exporting more than it is importing, however, the balance of payment is susceptible to external shocks due to heavy dependency on oil exports, thus the need for economic diversification. In 2012, Angola remained a net exporter of goods and services. Current statistics from INE show that the first quarter of 2012 recorded the highest figure for net exports (USD 12.9 billion) for the past two years (Table 5). From January to September, 2012, the country imported a total of USD 16 billion (Annex 1) mostly from Portugal (16 percent), China (9 percent), and Belgium (7 percent). During the same period, the country exported a total of USD 53 billion, with major destination countries being: China, USA, India and Taiwan. The Angolan exports remain concentrated on oil and petroleum products while imports are mostly dominated by transport materials, vehicles, nuclear reactors and metal equipment (Annex 2). Table 5: Angola s trade balance (amounts in thousand USD) Period Exports Imports Trade balance 2011Q1 15,855.03 4,442.24 11,412.79 2011Q2 16,248.84 6,232.67 10,016.17 2011Q3 17,364.35 4,546.09 12,818.26 2011Q4 17,295.33 5,693.52 11,601.82 2012Q1 19,018.69 6,064.53 12,954.16 2012Q2 17,041.29 5,169.84 11,871.45 2012Q3 16,577.86 4,804.9 11,772.94 Source: National Institute of Statistics (INE) Public debt The Economic Commission of the Council of Ministers approved in February, 2013, the Public Debt Plan for the year which foresees a positive public net borrowing of USD 5.9 billion. This amount is in line with the 2013 State Budget approved by the Parliament that predicts a fiscal deficit of 3.4 percent of GDP (about USD 4.2 billion). This amount will be raised through issuance of 20-years Treasury Bills in an amount AKz 48,150 million (about USD 502 million), sovereign bonds denominated Eurobonds in an amount of USD 1 billion and traditional lines of credit for exports and public investment programs. Consistente com a actual política governamental de racionalização fiscal apresenta-se a tendência de declínio das despesas correntes, que reduziram de 44.2 por cento do PIB em 2009 para 38.8 por cento em 2012. Por outro lado, as despesas de capital, incluindo as operações quasi-fiscais cresceram de USD 7.8 biliões em 2009 para 10.3 biliões em 2012, uma tendência que reflecte a intenção das autoridades em revitalizar a rede de infra-estrtuturas nacionais (Table 4). 6. Sector Externo A posição externa de Angola permanence favorável com o país a exporter mais do que importa, contudo, a balança de pagamentos é susceptível a choques externos dada a dependência das exportações no petróleo, daí a necessidade de diversificar a economia. Em 2012, Angola manteve a sua posição de exportador líquido de bens e serviços. De acordo com dados do INE, o primeiro trimestre de 2012 registou o valor mais elevado de exportações líquidas (USD 12.9 biliões) dos últimos dois anos (Tabela 5). De Janeiro a Setembro de 2012, o país importou um total de bens e serviços avaliados em USD 16 biliões (Anexo 1). na sua maioria oriundos de Portugal (16 por cento), China (9 por cento), and Bélgica (7 por cento). Durante o mesmo período, o país exportou um total de USD 53 biliões, na sua maioria com destino para os seguintes países: China, EUA, India e Taiwan. As exportações Angolanas continuam concentradas no petróleo e produtos petrolíferos enquanto que as importações são dominados na sua maioria por equipamentos de transporte, veículos, reactores nucleares e equipamentos metálicos (Anexo 2). Dívida pública A Comissão Económica do Conselho de Ministros aprovou em Fevereiro de 2013, o Plano da Dívida Pública para o ano em curso que prevê um endividamento líquido de USD 5.9 biliões. Este valor está em consonância com o Orçamento de Estado aprovado pelo Parlamento que prevê um défice fiscal de 3.4 por cento do PIB (cerca de USD 4.2 biliões). Este montante será mobilizado através da emissão de Obrigações do Tesouro em moeda nacional num montante de AKz 48,150 milhões (cerca de USD 502 milhões), emissão de títulos de dívida soberana denominados Eurobonds num valor de USD 1 bilião e recurso a linhas de crédito tradicionais para exportação e financiamento de programas de investimeto público. ANGOLA FIELD OFFICE: Quarterly Economic Bulletin Page 13

GDP, External Debt (billion USD) External debt/gdp ratio) Angola s external public sector debt to GDP has declined from 67.2 percent in 2002 to less than 19.5 percent in 2012, but total public sector (gross) - external and internal - still account for one third of country s GDP in 2012. Overall, Angola s debt outlook appears sustainable with external debt to exports ratio averaging 32.4 percent in 2012 well below the IMF threshold of 150 percent. However, both external and domestic debt levels are vulnerable to oil price and growth shocks. Moreover, central government has difficulties in curtailing the acquisition of debt by state owned enterprises which is likely to exceed central government debt issuance. This will require strengthening of debt management capacities, in particular, with regards to borrowing by State-Owned Enterprises (SoEs) and other sovereign guaranteed loans. Figure 14: Angola - External Debt Trend 120 100 80 60 40 20 0 20022003200420052006200720082009201020112012 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% GDP External debt ExDebt/GDP A dívida externa pública de Angola como percentagem do PIB reduziu de 67.2 por cento em 2002 para menos de 19.5 por cento do PIB em 2012, mas a dívida total pública (bruta) externa e interna ainda constitui cerca de um terço do PIB em 2012. Em geral as perspectivas de gestão da dívida angolana são sustentáveis com o rácio da dívida externa sobre as exportações a situar-se em 32.4 por cento em 2012 bem abaixo do limite de 150 por cento estabelecido pelo FMI. Contudo, tanto os níveis da dívida externa como a interna são vulneráveis aos choques de crescimento económico e as flutuações nos preço do petróleo. Por outro lado, o Banco Central ainda enfrenta dificuldades no que respeita à imposição de limites de contratação de dívida externa por parte das empresas públicas, factor que poderá ser responsável no excesso da emissão da dívida do governo central. Este fenómeno requer um reforço das capacidades da unidade de gestão da dívida, em particular, no que respeita aos empréstimos às empresas públicas e outros créditos com garantias soberanas. Source: Ministry of Finance, Angola ANGOLA FIELD OFFICE: Quarterly Economic Bulletin Page 14