Banif SGPS, SA e Grupo Banif Consolidado



Documentos relacionados
INFORMAÇÃO TRIMESTRAL relativa à actividade desenvolvida durante o 1º TRIMESTRE DE 2001

FUNCIONAMENTO DA GESTÃO DA RESERVA FINANCEIRA DA REGIÃO ADMINISTRATIVA ESPECIAL DE MACAU E RESPECTIVOS DADOS

RELATÓRIO E CONTAS BBVA BOLSA EURO

As nossas acções Sonaecom

01 _ Enquadramento macroeconómico

RELATÓRIO E CONTAS BBVA MULTIFUNDO ALTERNATIVO

Fundo de Pensões BESA OPÇÕES REFORMA

Situação Económico-Financeira Balanço e Contas

PROMOTORES: PARCEIROS/CONSULTORES: FUNCIONAMENTO RESUMO

Economia dos EUA e Comparação com os períodos de e

Santander Totta. Santander Totta. Especializado no Negócio de PME

3.2 Companhias de seguros

EVOLUÇÃO DO SEGURO DE SAÚDE EM PORTUGAL

- Reforma do Tesouro Público

GRANDES OPÇÕES DO PLANO 2008 PRINCIPAIS ASPECTOS

Manual do Revisor Oficial de Contas. Directriz de Revisão/Auditoria 835

Semapa - Sociedade de Investimento e Gestão, SGPS, S.A. Sociedade Aberta

ESTRUTURA EMPRESARIAL NACIONAL 1995/98

As Estatísticas do Banco de Portugal, a Economia e as Empresas

O processo de criação de moeda. 1. Conceitos básicos 31

FACTO RELEVANTE INFORMAÇÃO PRÉVIA RELATIVA À ACTIVIDADE E RESULTADOS OBTIDOS PELO GRUPO BANIF NO EXERCÍCIO DE 2005

RELATÓRIO DE GESTÃO 2013

FACTO RELEVANTE INFORMAÇÃO PRÉVIA RELATIVA À ACTIVIDADE E RESULTADOS OBTIDOS PELO GRUPO BANIF NO 1º SEMESTRE DE 2005

Restituição de cauções aos consumidores de electricidade e de gás natural Outubro de 2007

Pelouro de Supervisão Bancária e de Seguros. Lara Simone Beirão

LUZ AO FUNDO DO TÚNEL TALVEZ SÓ EM As previsões do Euroconstruct para o sector da construção e da reabilitação em Portugal.

Informação complementar ao Relatório de Governo das Sociedades referente ao Exercício de 2007

RELATÓRIO DE GESTÃO 2012

Apoio à Internacionalização. CENA 3 de Julho de 2012

INFORMAÇÃO TRIMESTRAL INDIVIDUAL (Não Auditada) Sede: R. GENERAL NORTON DE MATOS, 68, PORTO NIPC:

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

RELATÓRIO & CONTAS Liquidação

GESTÃO BANCÁRIA (NOTAS DAS AULAS)

SAG GEST Soluções Automóvel Globais, SGPS, SA Sociedade Aberta

Resultados de »» As vendas consolidadas do Grupo VAA cresceram 20,3% face ao ano anterior atingindo os 65,2 milhões de euros;

M Pesa. Mobile Banking Quénia

RESULTADOS ANUAIS 2011

O valor da remuneração do Depósito Indexado não poderá ser inferior a 0%. O Depósito garante na Data de Vencimento a totalidade do capital aplicado.

Fundo de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Concelho de Sines

Depósito Indexado, denominado em Euros, pelo prazo de 6 meses (191 dias), não mobilizável antecipadamente.

Grupo Reditus reforça crescimento em 2008

O indicador de sentimento económico em Junho manteve-se inalterado na União Europeia e desceu 0.6 pontos na Área Euro.

Conjuntura da Construção n.º 77 O SETOR CONTINUA EM CRISE MAS EMPRESÁRIOS ACREDITAM NA RECUPERAÇÃO

Programa de Estabilidade e Programa Nacional de Reformas. Algumas Medidas de Política Orçamental

Lusoflora Crédito Agrícola. Santarém, 27 de Fevereiro

BANCO ESPIRITO SANTO RESULTADOS DO PRIMEIRO TRIMESTRE DE 2001

Análise de Conjuntura

Linhas de Crédito PME INVESTE IV

ÍNDICE. NOTAS EXPLICATIVAS Metodológica e Fontes Estatísticas.. 3 Conceitos...3 Sinais Convencionais... 6 Siglas e Abreviaturas...

RENAULT: A MARCA LÍDER DO MERCADO HÁ 16 ANOS DACIA: A MARCA COM O MELHOR DESEMPENHO DO TOP 20

INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA FINANÇAS. MBA 2006/2007 (1º Bloco) Caderno de Exercícios. José Azevedo Pereira

Seguros e Pensões em Portugal: Situação atual e perspetivas futuras

RESULTADOS CONSOLIDADOS A 30 DE JUNHO DE

Gabinete do Governador e dos Conselhos

CONDIÇÕES PARA OS MEMBROS E COLABORADORES TRABALHADORES POR CONTA DE OUTREM. Conta Ordenado Triplus

BRISA Concessão Rodoviária, S.A.

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

Apenas para referência CEPA. Sector ou. 7. Actividade Financeira. Subsector

Sessão de Esclarecimento Balanço das Medidas Anti-Cíclicas

Depósito Indexado, denominado em Euros, pelo prazo de 6 meses (178 dias), não mobilizável antecipadamente.

VALOR DOS DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL NO SECTOR CULTURAL E CRIATIVO

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO VERSÃO 2

CANDIDATURAS ABERTAS:

Banco de Portugal divulga estatísticas de balanço e taxas de juro dos bancos relativas a 2013

Programas de Apoio ao Investimento em Portugal - Síntese Zeta Advisors

Esclarecimento. De entre as acções dadas em garantia destacam-se as acções Cimpor, correspondentes a 9,58% do respectivo capital social.

ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL PORTUGUESA CCI/Câmara de Comércio e Indústria

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Avaliação do Instrumento de Apoio a Políticas Económicas (PSI)

Secção II 1* Fundos e sociedades de investimento imobiliário para arrendamento habitacional

Exmo. Senhor Bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique, Exmos. Senhores Membros dos Corpos Directivos da Ordem dos Advogados de Moçambique,

ASSUNTO: Plano de Contas (Caixa Central e Caixas de Crédito Agrícola Mútuo)

Glossário sobre Planos e Fundos de Pensões

PME INVESTE V milhões de euros - ENCERRADA. PME IINVESTE II / QREN milhões de euros ABERTA

Linha Específica Sectores Exportadores. Linha Micro e Pequenas Empresas

Apoios às s Empresas do Sector do Turismo. Portugal

SUMÁRIO. 3º Trimestre 2009 RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE SEGURADORA. Produção de seguro directo. Custos com sinistros

ANEXO VII OBJETIVOS DAS POLÍTICAS MONETÁRIA, CREDITÍCIA E CAMBIAL LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS

Comunicado à imprensa. Os investimentos e a gestão da Reserva Financeira em 2014

Jerónimo Martins, SGPS, S.A. Resultados do Primeiro Trimestre de 2006

Enquadramento da atividade bancária

INQUÉRITO AOS BANCOS SOBRE O MERCADO DE CRÉDITO Resultados para Portugal Outubro de 2015

INOVAÇÃO PORTUGAL PROPOSTA DE PROGRAMA

Programa de Apoio às Instituições Particulares de Solidariedade Social

O ESCONDIDO VALOR ECONÓMICO DOS SEGUROS

Resultados Consolidados. Exercício de 2007

A Carteira de Indicadores inclui indicadores de input, de output e de enquadramento macroeconómico.

Comunicado Reuters>bcp.Is Exchange>MCP Bloomberg>bcp pl ISIN PTBCP0AM00007

CONTAS CONSOLIDADAS I.A.S. 1º Trimestre 2009

AS RELAÇÕES ECONÓMICAS PORTUGAL ANGOLA E A ESTRATÉGIA DO BANCO BIC PORTUGUÊS*

Portaria n.º 913-I/2003 de 30 de Agosto

Senhor Presidente. Senhoras e Senhores Deputados. Senhoras e Senhores Membros do Governo

INOVAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E O FUTURO MINISTÉRIO DA ECONOMIA

Proveitos Operacionais da Reditus aumentam 12% no primeiro semestre de 2011

PROPOSTA DE VALOR PARA MEMBROS DA ORDEM DOS ADVOGADOS CONDIÇÕES

Banif SGPS, SA e Grupo Banif Consolidado

Resultado Líquido da Reditus aumenta 57,7% no 1º semestre de 2014

Este depósito não garante uma remuneração mínima.

Debate Quinzenal Economia Intervenção do Primeiro-Ministro José Sócrates

Transcrição:

RELATÓRIO DE GESTÃO E CONTAS 2002 Banif SGPS, SA e Grupo Banif Consolidado Banif SGPS, SA Sociedade com o capital aberto ao investimento do público Sede Social: Rua de João Tavira, 30-9 000 Funchal Capital Social: 200.000.000 Euros - Pessoa Colectiva n.º 511 029 730 Matrícula n.º 3658 da C.R.C. do Funchal

ÍNDICE MENSAGEM AOS ACCIONISTAS I. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 1. Conjuntura Internacional 2. Conjuntura Nacional 3. Sistema Financeiro II. ACTIVIDADE DO GRUPO BANIF EM 2002 1. BANIF SGPS, SA 1.1 ACTIVIDADE BANCÁRIA 1.2 ACTIVIDADE ENQUANTO EMPRESA-MÃE DO GRUPO BANIF 1.2.1 BANIF COMERCIAL SGPS, SA 1.2.1.1 Banif Banco Internacional do Funchal, SA 1.2.1.2 Banco Comercial dos Açores, SA 1.2.1.3 Mundileasing Sociedade de Locação Financeira, SA 1.2.1.4 Mundicre Sociedade Financeira para Aquisições a Crédito, SA 1.2.1.5 Banco Banif Primus, SA 1.2.2 BANIF SEGUROS SGPS, SA 1.2.2.1 Companhia de Seguros Açoreana, SA 1.2.3 BANIF INVESTIMENTOS SGPS, SA 1.2.3.1 Banif Banco de Investimento, SA 1.2.3.2 Banif Banco Internacional do Funchal (Cayman), Ltd 1.2.3.3 Banif Securities Holdings, Ltd 1.2.4 OUTRAS EMPRESAS DO GRUPO BANIF 1.2.4.1 Banif Imobiliária, SA 1.2.4.2 Banifserv Empresa de Serviços, Sistemas e Tecnologias de Informação, ACE

III. IV. ANÁLISE ÀS CONTAS INDIVIDUAIS E CONSOLIDADAS APLICAÇÃO DE RESULTADOS V. NOTA FINAL VI. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS VII. DOCUMENTAÇÃO ANEXA ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS Nota Introdutória 1. Anexo às Contas 1.1 Notas explicativas às Demonstrações financeiras 1.1.1- Banif SGPS, SA Contas Individuais 1.1.2- Banif SGPA, SA Contas Consolidadas 2. Demonstração de Fluxos de Caixa 3. Demonstração de Resultados por Funções VIII. IX. RELATÓRIO SOBRE O GOVERNO DA SOCIEDADE OUTRAS INFORMAÇÕES 1. Informação nos termos do artº 447º do Código das Sociedades Comerciais 2. Informação nos termos do artº 448º do Código das Sociedades Comerciais 3. Informação sobre Acções Próprias 4. Titulares de Participações Sociais Qualificadas

MENSAGEM AOS ACCIONISTAS O Grupo Banif conheceu, no decurso do exercício findo, um profundo processo de reestruturação no âmbito do qual, entre outros aspectos, o antigo Banif Banco Internacional do Funchal, SA alterou a sua firma social, objecto e pacto de sociedade, passando a designar-se Banif SGPS, SA. Mantendo a sua estrutura accionista, a sociedade passou a funcionar exclusivamente como empresa holding do Grupo Banif, transferindo integralmente a actividade bancária para um novo Banco com a mesma designação social do anterior Banif Banco Internacional do Funchal, SA - constituído com o capital social de? 200.000.000. A reestruturação em causa constituiu o acontecimento mais relevante verificado em 2002, no que respeita à organização interna do Grupo Banif. A estrutura anteriormente existente era a que resultava do próprio processo de crescimento gradual do Grupo, não de uma lógica orgânica ou funcional expressamente concebida para permitir alcançar mais elevados níveis de funcionalidade, eficiência e competitividade. Com vista a caminhar nesse sentido, reforçando a capacidade de manter um crescimento sustentado, optouse por agrupar as diversas sociedades do Grupo por áreas autónomas de negócio, sob uma de três sub holdings - duas, a constituir na altura, para a banca comercial e seguros (Banif Comercial SGPS, SA e Banif Seguros SGPS, SA), e uma terceira, já existente, para a área da banca de investimento e outras actividades financeiras (Banif Investimentos SGPS, SA). Em Assembleia Geral Extraordinária de Accionistas do Banif Banco Internacional do Funchal, SA, realizada em 21 de Dezembro de 2001, foi decidido proceder a todo um conjunto de operações necessárias à reformulação da estrutura do Grupo Banif, a qual, depois dos necessários actos de formalização, veio a ficar implementada a partir de 1 de Abril de 2002, configurando-se actualmente conforme consta do diagrama no final deste texto. A partir do segundo trimestre o Grupo Banif passou, assim, a funcionar em condições mais favoráveis à continuação da sua consolidação e crescimento, num contexto caracterizado por elevados níveis de competitividade. Durante o exercício de 2002 o Grupo Banif conheceu, também, um assinalável incremento das iniciativas com vista ao desenvolvimento do cross selling e à crescente integração e reforço das sinergias entre as diferentes sociedades que o integram, criando assim condições para uma intervenção cada vez mais eficaz e competitiva nos mercados em que desenvolve a sua acção. De entre os desenvolvimentos verificados no âmbito do Grupo em 2002, é de realçar a finalização da aquisição da corretora Indusval, USA Corp, de Nova Iorque, cuja designação foi alterada para Banif Securities, Inc. e através da qual o Grupo Banif passou a ter uma presença no floor da Bolsa de Valores de Nova Iorque. Já no final do ano e tendo em vista a criação de condições para o desenvolvimento sustentado das actividades do Grupo, procedeu-se ao aumento do capital social do Banif SGPS, SA de 150 para 200 milhões de Euros e, também, do Banif Banco Internacional do Funchal, SA, de 200 para 240 milhões de Euros. Entretanto, na sequência de um processo com vista à obtenção de rating internacional, foram, pelas agências Moody s e FitchIBCA, atribuídas ao Banif Banco Internacional do Funchal, SA, as notações de, respectivamente, Baa 1 e BBB+, de longo prazo e P-2 e F-2 de curto prazo, facto muito relevante e positivo para o crescente desenvolvimento das actividades do Banco e também do Grupo Banif. Durante o exercício em causa e não obstante uma conjuntura menos favorável, a Banif SGPS, SA registou um Cash Flow Consolidado de 83.325 milhares de Euros e um Resultado Líquido Consolidado de 20.868

milhares de Euros, valores que comparam com idênticos indicadores do Grupo Banif Consolidado em 2001, representando aumentos de 20,8% e de 3,9%, respectivamente. Não poderia terminar sem referir, também, a passagem, em 15 de Janeiro último, do 15º aniversário da constituição do Banif Banco Internacional do Funchal, SA, empresa - mãe do nosso Grupo de Empresas. Este acontecimento, devidamente celebrado no Funchal com uma efeméride de grande projecção, continuará a ser assinalado, durante o corrente ano, por diversas iniciativas, de entre as quais menciono a segunda edição do Grande Prémio Banif de Pintura, certame realizado com a colaboração do Centro Nacional de Cultura e destinado, exclusivamente, a artistas portugueses. Com a dinâmica que hoje caracteriza o Grupo Banif e a motivação dos nossos Colaboradores, cujo valioso contributo quero agradecer, estou certo que o percurso de sucesso até agora seguido vai prosseguir, para o que esperamos continuar a contar, também, com a confiança dos nossos Clientes, razão essencial da nossa existência e a quem, uma vez mais, asseguramos que tudo faremos no sentido de os servir sempre melhor. HORÁCIO DA SILVA ROQUE Presidente do Conselho de Administração

DIAGRAMA DE PARTICIPAÇÕES DO GRUPO BANIF em 31/12/2002 Banif - SGPS, SA Capital Social: 200.000.000? Banif Imobiliária Cap. Social: 750.000? 100% 100% BanifServ * Soc. Imobiliária Piedade Cap. Social: 50.000? 100% 100% 100% Banif Comercial-SGPS,SA Banif Seguros-SGPS, SA Banif Investimentos Cap.Social: 280.000.000? Cap.Social: 23.300.000? SGPS, SA Cap. Social: 8.750.000? 52,31% 100% Banif (Açores) Banif, SA C.S.A. 100% SGPS, SA 14,07 % 100% Cap.Social: 240.000.000? Cap. Social: Eur: 25.075.000 Cap. Social: 36.250.000? Banif Banco de Banif (Cayman) Ltd Investimento 100% 60% Cap. Social: USD 26.000.000 Cap. Social: 20.000.000 Euros FINAB C. Social: USD 35.000 Comercial Açores 100% San José Banif Securities Banif Securities Inc Cap. Social: USD 1.000 Banifundos 85% Holdings, Ltd 100% BCA 73,98% 70% Cisalpina Cap. Social: USD 1.000.000 C. Social: USD 1.120.100 Cap. Social: 51.892.365? Cap.Social: 1.500.000? Comercial Açores 100% Fall River 20% 80% Banif (Brasil), Ltd Banif Imo Cap. Social: USD 100 100% Cap. Social: R $ 150.000 Cap. Social: 500.000? 100% 30% Mundileasing 29,19 % Banif Banif Inf. Tech. Cap. Social: 10.000.000? 45,95% Açor Pensões 20% 10% 30% Holdings ** 85% Econofinance, SA 10,81 % Cap. Social: 1.850.000? Cap. Social: 1.000.000? C. Social: BRL: 2.817.750 100% Mundicre Banif Financial Cap. Social: 3.000.000? 100% Services Inc. 100% Banif Primus Cap. Social: USD 371.000 Corretora Banif Primus 70% Cap. Social: R $ 11.350.000 Banif Mortgage Cap. Social: R $ 31.000.000 10% 100% Company Banif Primus Asset Management Cap. Social: USD 300.000 90% Cap. Social: R $ 100.000 * Em virtude de ser um ACE, a sua localização no diagrama pode ser reaquacionada face à legislação dos ACE. ** Capital Social Realizado 100.000 Euros.

Redes de Distribuição do Grupo Banif Pontos de Venda em 31/12/02 Continente Madeira Açores Estrangeiro Total Banif Comercial 151 37 53 9 250 1. Banif 145 36 0 1 182 - Agências 111 32 0 0 143 - Centros de Empresas/ /Clientes (1) 19 2 0 0 21 - Call Center 1 0 0 0 1 - S.F.E. 0 2 0 0 2 - Outros (2) 14 0 0 1 15 2. BCA 1 0 53 4 58 - Agências 1 0 43 0 44 - Centros de Empresas 0 0 5 0 5 - S.F.E. 0 0 1 1 2 - Outros 0 0 4 3 7 3. Mundileasing/Mundicre 5 1 0 0 6 4. Banif-Primus (3) 0 0 0 4 4 Banif Seguros 40 1 17 0 58 1. CSA 40 1 17 0 58 Banif Investimentos 2 1 1 5 9 1. Banif-Cayman 0 0 0 1 1 2. Banif Banco de Investimento 2 1 1 0 4 3. Outros (4) 0 0 0 4 4 TOTAL 193 39 71 14 317 (1) Inclui Delegações e Equipas Residentes (2) Inclui, no Continente, 13 Delegações de Particulares e 1 loja de habitação e, no Estrangeiro, 1 Escritório de Representação (Venezuela) (3) Inclui a Banif Primus Corretora e a Banif Primus Asset Management (4) Inclui a Banif Securities, Banif Brasil, Banif Financial Services e Banif Mortgage Company

RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO I. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO 1. Conjuntura Internacional Depois do abrandamento macro-económico de 2001 nos Estados Unidos da América (EUA) ter sido agravado pelos atentados de 11 de Setembro, o ano de 2002 foi marcado por diversos escândalos empresariais nos EUA, que culminaram com as falências da Enron e WorldCom. Porém, em 2002 a economia norte-americana foi alvo de um estímulo fiscal muito forte, com um pacote global de USD 1.300.000 milhões por parte do governo norte-americano, que foi ainda complementado por uma política monetária expansionista que se traduziu no corte da principal taxa de referência da Reserva Federal norte-americana (FED), o Fed Funds Rate, em 50 pontos base para fechar o ano em 1,25%; em 2001 o Fed tinha cortado o Fed Funds Rate em 475 pontos base de 6,5% para os 1,75%. Desta forma, e depois do principal índice de confiança da indústria transformadora nos EUA, o ISM (Institute for Supply Management) ter terminado o ano com uma média de 52,4, o PIB dos EUA deverá ter registado uma taxa média de crescimento anual (TMCA) de 2,2% em 2002, face ao crescimento de 0,3% registado em 2001. Desta forma, com a retoma económica nos EUA a parecer cada vez mais sustentada, a economia mundial deverá ter registado uma TMCA de 2,8% em 2002, melhor que o crescimento de 2,2% alcançado em 2001, mas ainda longe dos 4,7% registados em 2000. A economia da Zona Euro seguiu uma tendência semelhante, onde se espera que o PIB a preços constantes tenha registado um crescimento de 0,9% em 2002 contra o aumento de 1,5% em 2001 e os 3,5% de 2000. Por seu turno, a taxa de desemprego da Zona Euro ter-se-á fixado em 8,4%, acima dos 8% registados em 2001, mas mesmo assim melhor que os 8,8% de 2000. Apesar da entrada em circulação da moeda única (Euro) a 1 de Janeiro de 2002, a confiança, tanto dos produtores como dos consumidores europeus, sofreu uma deterioração ao longo do ano, tendo atingido valores não verificados desde 1993; por exemplo, o índice IFO, que mede a confiança empresarial na Alemanha, caiu para os 84,8, o valor mais baixo desde os 80,3 alcançados em Fevereiro de 1993. No Japão, país que tem os EUA como principal parceiro comercial, assistimos a um agravamento do cenário recessivo, uma vez que se espera que o PIB tenha sofrido um novo decréscimo de aproximadamente 0,5% em 2002, com uma queda de 0,3% em 2001, após ter registado um crescimento saudável de 2,4% em 2000. A taxa de desemprego no Japão voltou a subir para um máximo histórico de 5,5%, contra os 5% e 4,7% de 2001 e 2000, respectivamente. Apesar de ter moderado substancialmente em relação a 2000, o crescimento do PIB a preços constantes dos principais países da Ásia (ASEAN) deverá ter continuado positivo em 2002, quando se espera que tenham registado um crescimento de 3,6%, cerva de 1% acima acima da TMCA alcançada em 2001, mas ainda abaixo dos 5,1% de 2000. Mais uma vez, o destaque da região vai para o crescimento económico da China, que deverá ter testemunhado um crescimento do seu PIB a preços constantes de 7,5% em 2002, melhor que os 7,3% de 2001, apesar de significar ainda um ligeiro abrandamento em relação aos 8% registados em 2000. Apesar da aproximação à Comunidade Europeia de alguns país da Europa do Leste, a economia desta região deverá ter registado uma moderação do crescimento do seu PIB em 2002, prevendo-se um crescimento de 2,7%, contra os 3% e 3,8% de 2001 e 2000, respectivamente. Com uma evolução semelhante esteve a Rússia, que deverá ter registado uma TMCA de 4,4% em 2002, abaixo dos 5,5% de 2001 e substancialmente inferior ao aumento de 9% registado no seu PIB em 2000. Os problemas financeiros sofridos na Argentina em 2001, que levaram à intervenção do FMI, foram ultrapassados no decorrer de 2002 pela incerteza política vivida no Brasil com as eleições presidenciais que terminaram com a vitória do candidato do Partido Trabalhista, Inácio Lula da Silva. Adicionalmente, a

instabilidade social na Venezuela, que representa 3,8% da produção mundial de petróleo e 10% dos fornecimentos aos EUA, agravou-se durante as últimas semanas do ano com uma greve geral, que afectou particularmente a indústria petrolífera. Assim, os países do Mercosur (Argentina, Brasil, Chile, e Uruguai, juntamente com a Bolívia e o Chile), deverão ter sofrido uma quebra no PIB de 2,6%, após terem terminado 2001 com uma TMCA quase nula, ou seja, um crescimento de 0,1%. Por seu turno, e de alguma forma sustentado pela desvalorização de 34,7% do Real face ao USD que beneficiou as exportações, o PIB do Brasil deverá ter crescido 1,5% em 2002, ao mesmo ritmo que em 2001, mas abaixo da TMCA de 4,4% alcançada em 2000. Em suma, a economia da América Latina deverá ter perdido globalmente cerca de 0,6% do seu PIB em 2002, depois de ter registado crescimentos de 0,6% e 4% em 2001 e 2000, respectivamente. A natureza anémica da recuperação económica a que se assistiu em 2002, originou novamente uma moderação da subida dos preços de uma forma generalizada. Em termos do preço médio do crude, e depois de ter registado uma queda de 15,3% dos USD 30,67/barril registados em 2000 para os USD 25,96/barril em 2001, este manteve-se quase inalterado em 2002 nos USD 26,17/barril. Contudo, o agravamento das tensões políticas entre os EUA e o Iraque na segunda metade do ano, fez com que a média do ano não fosse representativa, tendo o preço do crude subido dos USD 23,98/barril registado na primeira metade do ano para os USD 28,29/barril nos últimos seis meses. De facto, somente no mês de Dezembro o preço do crude subiu 16%, para fechar o ano nos USD 31,20/barril. Desta forma, a taxa média de inflação na Zona Euro deverá ter reduzido de 2,6% em 2001 para 2,1% em 2002, mas mesmo assim acima do objectivo de 2% estabelecido pelo Banco Central Europeu (BCE). Por outro lado, o controlo de preços foi ainda mais evidente nos EUA onde o índice de preços no consumidor (IPC) deverá ter registado uma subida de 1,5% em 2002, abaixo dos aumentos de 2,8% e 3,4% registados em 2001 e 2000, respectivamente. Em grande parte devido à incerteza geopolítica que se agravou no final do ano com a eminência de um possível confronto bélico no Iraque, os Bancos Centrais dos EUA e Europa reforçaram as suas políticas monetárias expansionistas. Como tal, e depois de ter cortado a sua taxa directora 475 pontos base em 2001, a Reserva Federal norte-americana reduziu o Fed Funds Rate em 50 pontos base na reunião de Novembro. Por seu turno, o Banco Central Europeu (BCE) fechou 2002 com uma taxa de refinanciamento de 2,75%, uma redução de 50 pontos base face aos 3,25% com que iniciou o ano, após o corte de 150 pontos base ao longo de 2001. 2. Conjuntura Nacional Afectada por uma profunda crise de confiança, que foi agravada pelas dificuldades do Estado português em cumprir os objectivos do Pacto de Estabilidade, nomeadamente no que diz respeito à política orçamental, a economia nacional sofreu de uma forma aguda o abrandamento mundial. Desta forma, o PIB nacional deverá ter crescido 0,4% em 2002, um crescimento inferior ao registado na Zona Euro no mesmo período, e abaixo da TMCA de 1,7% e 3,2% registada em 2001 e 2000, respectivamente. Apesar desta crise ter um maior impacto em termos do consumo privado, para o qual se espera uma variação entre os 0,25% e +0,75% em 2002, contra um crescimento de 1% registado em 2001, o investimento deverá ter sofrido também uma quebra entre os 5,25% e 3,25% em 2002, depois de ter registado um decréscimo de 0,4% em 2001. Ao conjugar uma deterioração da confiança dos consumidores e uma redução do investimento, é natural que o desemprego no país aumente. De facto, e depois de se ter mantido quase inalterada em 2001 nos 4,1%, a taxa de desemprego em Portugal deverá ter aumentado para os 4,7% em 2002.

A débil situação económica sentiu-se também na evolução dos preços, com a inflação média, medida pelo Índice de Preços no Consumidor Harmonizado (IPCH), a chegar aos 3,7%, um ritmo inferior ao dos 4,4% de aumento nos preços registado em 2001. Apesar de estar inserida no contexto de abrandamento global, a economia nacional parece ter beneficiado da valorização do Euro face ao USD, já que em termos de comércio externo, o défice da balança de transacções correntes e de capitais deverá ter melhorado dos 8,4% do PIB em 2001, para um valor entre os 6,75% a 5,25% em 2002. 3. Sistema Financeiro 3.1 Situação Global Ao longo de 2002 o sector bancário nacional concentrou-se essencialmente em processos de racionalização de custos, e no reforço das áreas de negócio relacionadas com a banca de retalho tradicional. De igual forma, houve uma crescente vontade de concentrar os negócios a nível doméstico, em detrimento de investimentos feitos no exterior. Por outro lado, e apesar do recurso ao crédito continuar atractivo com taxas historicamente baixas, assistiuse a um novo abrandamento do crédito concedido em 2002. Depois de ter crescido 20,3% e 13% em 2000 e 2001, respectivamente, o crédito à habitação em Portugal cresceu 13,5% até Outubro de 2002. A contribuir para este significativo crescimento em 2002 estiveram dois factos: i) a queda das taxas de financiamento; e ii) o fim do crédito subsidiado pelo Estado português no passado mês de Setembro, que provocou um aumento da procura de crédito imobiliário no terceiro trimestre de 2002. Uma evolução semelhante é observável no crédito ao consumo, que depois de ter crescido 20,8% em 2000 e de ter caído 1,7% em 2001, cresceu 2,6% em 2002 impulsionado por taxas de juro atractivas. Em termos globais, o crédito total a particulares cresceu 12,1% até Outubro de 2002, contra os 10,3% em 2001. Em 2002 verificou-se um novo reforço nos spreads de crédito, confirmado na melhoria de 3 pontos base na margem de intermediação financeira global do sector para os 2,31% em Setembro de 2002 contra os 2,28% registados em Setembro de 2001. 3.2 Mercado de Acções Com poucos sinais a serem dados ao longo do ano sobre a sustentabilidade da recuperação económica, os mercados accionistas continuaram a correcção em baixa iniciada em Março de 2000. Esta conjuntura macro-económica levou as principais empresas multinacionais a sofrerem com o enfraquecimento da procura, agravado pelo facto de muitas já terem esgotado as melhorias de eficiência possíveis. Várias foram, assim, as razões, para que se mantivesse a grande incerteza no que diz respeito à capacidade das empresas virem a alcançar os objectivos de resultados. Desta forma, os principais índices mundiais registaram um terceiro ano consecutivo de quedas. O índice Dow Jones perdeu 16,8% do seu valor, o Nasdaq 31,5%, e o S&P500 23,4% em 2002, depois de se terem desvalorizado 7,1%, 21,1%, e 13% em 2001, respectivamente. Na Europa, a elevada exposição das grandes empresas à América Latina, agravada pela continuação das dificuldades ao nível da estrutura de capital das empresas que, no caso particular das operadores de telecomunicações, se caracteriza por uma elevada alavancagem, foram os principais factores de pressão sobre o mercado accionista. Assim, o Eurostoxx50 caiu 37,3%, depois de se ter desvalorizado 19,8% em 2001, enquanto que o PSI20, Ibex35, FTSE-100, e DAX, caíram 25,6%, 28,1%, 24,5%, e 43,9%, respectivamente, depois de terem

registado quedas de 24,7%, 7,8%, 16,2%, e 19,8%, em 2001. Por seu turno, a mercado Japonês (Nikkei), sofreu uma desvalorização de 18,6% em 2002, após ter registado uma queda de 2,5% em 2001. O contexto do mercado nacional ao longo de 2002 foi muito similar ao registado nos restantes mercados mundiais, tendo sido novamente marcado pela falta de Ofertas Públicas de Venda (OPV). Como tal, as sessões normais da Euronext Lisboa registaram um total de 23,7 mil milhões de Euros de transacções em 2002, um decréscimo de 28,7% face aos 33,2 mil milhões de Euros alcançados em 2001. Um aumento na aversão ao risco, traduzido no aumento da procura de produtos de poupança tradicionais, como os depósitos a prazo, fundos de tesouraria, e os planos de reforma, em detrimento do mercado accionista, foi de novo a principal causa desta redução da actividade na bolsa nacional. De facto, o segmento accionista testemunhou novamente uma redução do seu peso no total de transacções nas sessões normais, caindo dos 94,9% e 92,4% em 2000 e 2001, respectivamente, para uma contribuição total de 91,5% em 2002. Por outro lado, o Mercado Especial de Operações por Grosso (MEOG), agora denominado Mercado Não Regulamentado, sofreu uma queda de 93,2% no volume transaccionado em relação ao ano transacto. 3.3 Mercados Monetário e Cambial A entrada em circulação do Euro a 1 de Janeiro de 2002, veio trazer algum apoio à moeda única no final de 2001 e início de 2002. Conjugando uma situação de incerteza quanto à recuperação nos EUA, com um agravar de tensões geo-políticas entre os EUA e o Iraque, o apoio ao Euro gerado no início do ano traduziuse numa valorização do Euro face ao USD de 18%, dos 0,8895 com que iniciou o ano para uma cotação EUR/USD de 1,0492 a 31 de Dezembro de 2002. Como consequência da política expansionista dos Bancos centrais dos EUA e da União Europeia, as taxas de referência Euribor desceram em todos os prazos, ainda que com maior incidência nos prazos mais longos. Assim, e tendo como base o corte de 50 pontos base efectuado no final do ano pelo BCE, as taxas de juros a 1 e 3 meses caíram de 3,33% e 3,30% no final de 2001, para 2,90% e 2,87%, no final de 2002, respectivamente, uma redução de 43 pontos base em ambos os casos. No mesmo período, as taxas Euribor a 6 meses e 1 ano, tomadas como referência para as taxas praticadas no crédito bancário, caíram de 3,26% e 3,32% para 2,80% e 2,75%, reflectindo quedas de 45 e 57 pontos base, respectivamente. 3.4 Mercado de Obrigações A conjugação de uma maior incerteza económica e política com consecutivas desvalorizações das bolsas internacionais, resultou numa maior inclinação das curvas de rendimentos tanto nos EUA como na Zona Euro. Nos EUA, e tendo o Fed cortado a sua taxa de referência somente 50 pontos base em 2002, a rendibilidade das obrigações do Tesouro norte-americano a 2 anos caiu 144 pontos base de 3,05% para os 1,61%. Apesar da política monetária nos EUA estar agora algo limitada, com uma taxa de referência nos 1,25%, e a política de último recurso a ser um maior estímulo fiscal, os prazos mais longos continuam a reflectir uma elevada incerteza na sustentabilidade da recuperação da procura. Como tal, a taxa de juro a 10 anos desceu 127 pontos base de 5,12% para os 3,85%, enquanto que a 30 anos decresceu 70 pontos base para os 4,84%, dos 5,54% registados no final do ano transacto. Consequentemente, assistiu-se a um aumento de inclinação da curva de rendimentos nos EUA durante este período. Na Zona Euro, as curvas de rendimentos seguiram a mesma tendência que a verificada nos EUA, com a economia europeia a registar um crescimento pouco expressivo ao longo do ano, mas com movimentos de menor dimensão dada a política conservadora de cortes de taxas prosseguida pelo BCE. Desta forma, o diferencial de taxas de juros entre as duas economias (Zona Euro versus EUA)situou-se nos 35 pontos base nos prazos de 10 anos, sendo de 111 pontos base nos 2 anos.

Em Portugal, e como é natural, a evolução das taxas de juro de longo prazo esteve de acordo com as taxas praticadas na Zona Euro, mas com os diferenciais de taxas de juro a 10 anos face à Alemanha a reduziremse, de 18 para 13 pontos base. 3.5 Mercado de Retalho Ao contrário das curvas de rendimentos, no mercado de retalho assistiu-se à manutenção das taxas de juro. Com efeito, as taxas de juro para operações activas entre 181 dias e 1 ano, a empresas não financeiras, subiram em média, dos 5% registados em Dezembro de 2001 para os 5,1% em Novembro de 2002. Nesse período, as taxas de juro activas praticadas em operações com prazo superior a 5 anos com particulares (na sua maioria, crédito imobiliário), decresceram em média de 5% para 4,9%. Da mesma forma, as taxas de juro médias aplicadas a depósitos a prazo entre 181 dias e 1 ano, e a mais de um ano, mantiveram-se inalteradas nos 2,9% e os 3,1%, respectivamente.

II. ACTIVIDADE DO GRUPO BANIF EM 2002 A actividade do Grupo, consubstanciada na actividade desenvolvida pelas sociedades que o integram, encontra-se descrita nos pontos que se seguem. 1. BANIF SGPS, SA 1.1 ACTIVIDADE BANCÁRIA Nota explicativa A reestruturação do Grupo Banif ocorrida no 1º trimestre de 2002, levou a que a actividade bancária que vinha sendo desenvolvida pelo Banif Banco Internacional do Funchal, SA fosse, durante o exercício, formalmente concretizada através de duas instituições de crédito juridicamente distintas, embora sem conhecer qualquer descontinuidade em termos substantivos. Assim: No 1º trimestre a actividade foi desenvolvida pelo antigo Banif Banco Internacional do Funchal, SA, cuja firma social se alterou para Banif SGPS, SA com efeitos a 1 de Abril de 2002; Nos restantes trimestres a actividade foi desenvolvida pelo novo Banif Banco Internacional do Funchal, SA, sociedade constituída com toda a actividade bancária do antigo Banif, SA. Tendo em conta esta realidade e com o objectivo de informar os accionistas e os mercados de forma clara e rigorosa e para se procurar assegurar a adequada comparabilidade dos exercícios de 2002/2001, integrou-se no Cap. VI Demonstrações Financeiras, uma Demonstração de Resultados com a inclusão de uma coluna Pro-Forma, contendo a actividade exercida no ano anterior que é comparável com o exercício em apreciação. Assim, a coluna Pro-Forma inclui a actividade bancária exercida sob a marca Banif apenas no 1º trimestre de 2001 e a actividade enquanto SGPS exercida durante todo o exercício de 2001. Em virtude da actividade bancária desenvolvida no 1º trimestre de 2002 sob a marca Banif ter uma reduzida relevância para a Banif SGPS, SA, enquanto sociedade holding, parece-nos mais transparente não produzir quaisquer relatos sobre aquela actividade no âmbito desta sociedade, remetendo-se para o ponto 1.2.1.1 deste relatório referente ao Banif Banco Internacional do Funchal, SA, no qual se fará a adequada análise à actividade bancária desenvolvida no exercício de 2002 sob a referida marca. 1.2 ACTIVIDADE ENQUANTO EMPRESA-MÃE DO GRUPO BANIF Em consequência do processo de reestruturação do Grupo Banif ocorrido no 1º trimestre de 2002, o desenvolvimento da actividade no 2º, 3º e 4º trimestres, já sob a denominação social de Banif SGPS, SA, consubstanciou-se exclusivamente na gestão das suas participações financeiras, enquanto no 1º trimestre de 2002 a actividade desenvolvida ainda sob a denominação social de Banif Banco Internacional do Funchal, SA consagrou quer a vertente da gestão de participações sociais quer a sua principal vocação o negócio bancário. Deste modo, a actividade associada à gestão de participações sociais desenvolveu-se no primeiro trimestre com a concretização das operações de reestruturação do Grupo Banif, nomeadamente a aquisição à Banif Investimentos SGPS, SA da totalidade do capital social das sociedades Mundileasing Sociedade de Locação Financeira, SA, Mundicre Sociedade Financeira para Aquisições a Crédito, SA, Banif Imobiliária, SA e de 52,31% do capital social da Companhia de Seguros Açoreana, SA. Após estas aquisições e as operações também integradas no processo de reestruturação e ocorridas no mês de Dezembro de 2001 efectuadas com a Banif (Açores) SGPS, SA e relativas ao Banco Comercial

dos Açores, SA, o antigo Banif Banco Internacional do Funchal, SA constituiu, com estes e outros activos financeiros, as sociedades Banif Comercial SGPS, SA e Banif Seguros SGPS, SA. A actividade desenvolvida pela sociedade a partir do início do 2º trimestre consistiu na gestão das suas participações sociais tendo obtido dois financiamentos de apoio de tesouraria concedidos pelo novo Banif Banco Internacional do Funchal, SA e pelo Banco Comercial dos Açores, SA, nos montantes de 100.000.000 de Euros e 25.000.000 de Euros, respectivamente, tendo liquidado em Dezembro de 2002 o financiamento e respectivos juros, obtido junto do Banco Comercial dos Açores, SA. Por outro lado, a Banif SGPS, SA, concedeu empréstimos a título de suprimentos às suas filiais Banif Seguros SGPS, SA, Banif Comercial SGPS, SA e Banif Imobiliária, SA, nos montantes respectivamente de 2.000.000 de Euros, 70.000.000 de Euros e 6.788.219,39 Euros, estando utilizados pelas referidas sociedades participadas os montantes de 10.000 de Euros, 51.100.000 de Euros e 6.788.219,39 Euros. A sociedade recebeu, exclusivamente, da sua participada Banif Investimentos, SGPS, SA, dividendos no montante de 1.200.000 de Euros e distribuição de outras reservas no montante de 1.550.000 de Euros. Tal facto, conjugado com a especificidade do exercício de 2002, associada ao processo de reestruturação e consubstanciada na indisponibilidade legal de pagamento de dividendos pelas restantes sociedades participadas bem como no pagamento e/ou periodificação dos juros inerentes aos financiamentos obtidos, e ainda as despesas associadas ao referido processo de reestruturação, conduziram ao apuramento de um resultado negativo de 1.083.200,76 Euros. Em Dezembro de 2002, a sociedade aumentou o seu capital social de 150.000.000 de Euros para 200.000.000 de Euros, através de emissão de 10.000.000 de acções ordinárias, nominativas e escriturais, de valor nominal de 5 Euros. A sociedade pagou dividendos aos seus accionistas relativamente ao exercício de 2001, no valor de 9.000.000 de Euros correspondentes a Eur.: 0,30 por acção. No final do exercício de 2002, o Activo Líquido elevava-se a 384.334.111,68 Euros. Como já referido, a reestruturação ocorrida no Grupo Banif levou à transferência da actividade bancária, exercida pelo antigo Banif Banco Internacional do Funchal, SA, até 31 de Março de 2002, para o novo Banif Banco Internacional do Funchal, SA, constituído com efeitos a partir de 1 de Abril de 2002, pelo que a generalidade das rubricas do balanço e da demonstração de resultados não são comparáveis com o exercício anterior, uma vez que o presente exercício contém apenas 3 meses de actividade bancária enquanto os comparativos a 31/12/2001 incluem 12 meses de actividade bancária. Assim, por forma a dar uma imagem mais clara e rigorosa da evolução da actividade, considerou-se adequado incluir a referida coluna Pro-Forma na demonstração de resultados constante do Capítulo VI, contendo a actividade exercida no ano anterior que é comparável com o exercício corrente. 1.2.1 BANIF COMERCIAL SGPS, SA Esta sociedade resultou do processo de reestruturação do Grupo Banif ocorrido no 1º trimestre de 2002, tendo iniciado a sua actividade no dia 1 de Abril de 2002. O capital social de 280.000.000 de Euros foi realizado em espécie, pelo antigo Banif Banco Internacional do Funchal, SA, que passou a denominar-se por Banif SGPS, SA, tendo recebido 100% do capital social do novo Banif Banco Internacional do Funchal, SA, 62,65% do capital social do Banco Comercial dos Açores, SA, 66% do capital social do Banif Banco Primus, SA, 100% do capital social da Mundileasing Sociedade de Locação Financeira, SA, 100% da Mundicre Sociedade Financeira para aquisições a Crédito, SA.

Durante os nove meses de actividade do exercício de 2002, a sociedade reforçou as suas participações financeiras tendo adquirido 3.137.097 acções representativas de 4% do Banif Banco Primus, SA pelo preço global de 796.250,88 Euros, passando a deter 70% e 1.175.878 acções representativas de 11,33% do Capital Social do Banco Comercial dos Açores, SA, passando a deter 73,98%. Reforçou ainda a sua participação financeira no novo Banif Banco Internacional do Funchal, SA, através do aumento do Capital Social de 200.000.000 de Euros para 240.000.000 de Euros, por emissão de 8.000.000 de acções, ordinárias, escriturais, nominativas, de valor nominal de 5 Euros cada uma, e na Mundileasing Sociedade de Locação Financeira, SA, através do aumento do capital social de 7.500.000 de Euros para 10.000.000 de Euros, tendo sido emitidas 500.000 acções, ordinárias, escriturais, nominativas, de valor nominal de 5 Euros cada acção. Esta sociedade obteve financiamentos a título de suprimentos junto do accionista único, Banif SGPS, SA, no valor total de 70.000.000 de Euros, à taxa Euribor (base 360) acrescida de um spread de 1,25 pelo prazo de 1 ano e 1 dia, tendo utilizado o montante de 51.100.000 Euros. Durante o exercício recebeu dividendos das sociedades participadas Banco Comercial dos Açores, SA, Mundileasing Sociedade de Locação Financeira, SA, e Mundicre Sociedade Financeira para aquisições a Crédito, SA, no valor total de 1.612.779,60 Euros. O valor do Activo Líquido da Sociedade ascendia, em 31/12/2002, a 334.924 milhares de Euros, tendo obtido um resultado líquido de impostos de 1.199 milhares de Euros. A sociedade não dispunha, no final de 2002, de um quadro de pessoal próprio. 1.2.1.1 Banif Banco Internacional do Funchal, SA ( actividade bancária desenvolvida em 2002 sob a marca Banif) 1. Negócio na Região Autónoma da Madeira A actividade do Banco na Região Autónoma da Madeira (RAM), no exercício de 2002, foi desenvolvida num contexto de desaceleração do investimento público e privado e marcado pela instabilidade política na Venezuela e África do Sul, principais centros de emigração madeirense. O investimento do sector público, principal dinamizador da economia da RAM, sofreu um abrandamento no ano de 2002, concluídas que foram as grandes obras de ampliação do aeroporto e reduzidos os investimentos nas áreas viárias e de saneamento básico. Apesar do ligeiro abrandamento, a evolução económica na RAM continuou a apresentar um grande dinamismo, tendo o Banco alcançado bons níveis de crescimento, que certamente contribuíram para a consolidação da sua posição de líder na Região. A nível de recursos, o crescimento do Banco na RAM foi de 8%, particularmente significativo, dado ter sido obtido a partir de uma base elevada e pelo acréscimo de 13% nos depósitos de residentes. Pela primeira vez a evolução de depósitos de não residentes foi negativa, devido, sobretudo, à evolução negativa do Dólar Americano, dado as remessas de emigrantes, ainda que decrescendo, terem mantido um bom ritmo. O crédito concedido voltou a registar um forte crescimento 20% - reflexo da importante contribuição do Banco para a economia da Região. É de salientar que esta evolução se refere sobretudo ao crédito ao investimento, dado que os valores do crédito ao consumo sofreram uma forte desaceleração, apresentando, no final do ano, uma evolução nula. Ao longo de 2002 foi possível redobrar a nossa acção comercial, com melhorias acentuadas de qualidade, eficiência e rapidez de serviço, com consequente reforço do grau de satisfação e fidelização dos nossos Clientes.

Com o objectivo de proporcionar melhores condições de atendimento e aproximar o Banco dos Clientes, executaram-se obras de remodelação nas Agências de Câmara de Lobos e Mercado, tendo-se procedido à abertura da 32ª Agência, na Vila do Porto Moniz, única sede de concelho onde o Banco não estava representado. Entrou em plena actividade o Centro de Particulares e Institucionais (CPIRAM), orientando a sua actividade fundamentalmente para o segmento médio/alto dos nossos Clientes, utilizando, como referencia, a marca Banifprivado e tendo atingido neste primeiro ano níveis de satisfação elevados, traduzidos por uma forte captação e recuperação de Clientes. A actividade do Centro de Empresas (CERAM) permitiu alargar ainda mais a base de Clientes, consolidando a posição de liderança e orientar-se por critérios de segurança, rentabilidade e melhoria de qualidade de serviço. A venda cruzada de produtos das várias empresas do Grupo atingiu níveis elevados, reflexo da forte implantação do Banco, permitindo acréscimos de rentabilidade e de fidelização de Clientes. Com o objectivo de reforçar a nossa capacidade de intervenção e quota no crédito à habitação, procedeu-se à criação do Núcleo de Crédito Imobiliário (NCI), com o objectivo de proporcionar aos promotores imobiliários com protocolo de cooperação com o Banco, e aos nossos Clientes, um melhor serviço, com qualidade acrescida e assente na rapidez de decisão e execução processual. A nível institucional aprofundaram-se os protocolos de cooperação celebrados com o Governo Regional da Madeira e autarquias, no âmbito dos serviços de empresas nas áreas da saúde, educação, desporto, construção civil e obras públicas. Na sequência de uma actividade orientada pelo importante papel que desempenhamos na RAM e pelo conhecimento profundo dos nossos Clientes, apoiámos diversos eventos científicos, desportivos e culturais, dos quais é de referir o protocolo de colaboração com a Escola Secundária Jaime Moniz para implementação de um projecto de automação dos serviços da escola e os patrocínios ao Clube Sport Marítimo e ao programa Jogos Escolares promovido pela Secretaria Regional de Educação. Em termos globais, o desenvolvimento da actividade do Banco foi, também, marcado por uma forte concorrência, tendo-se no entanto invertido a tendência de estreitamento das margens financeiras de crédito o que, ligado ao forte crescimento verificado, bem como à forte expansão da cobrança de comissões, permitiram alcançar um crescimento do produto bancário de 14%. Variação 2002/2001 Crédito + 20% Recursos + 8% Base de Clientes + 10% 2. Negócio no Continente 2.1 Negócio no Segmento de Empresas Tal como se antevia, o ano de 2002 foi marcado pelo abrandamento económico, quer interno quer externo, com as previsíveis consequências a nível da menor procura de crédito e ocorrência de dificuldades económicas, particularmente em alguns sectores exportadores.

A exemplo do sucedido em 2001, os objectivos do Banif Empresas consistiram num crescimento moderado do crédito, melhoria da rentabilidade e reforço dos mecanismos de monitorização do risco de crédito. Assim, a estrutura do Banif Empresas manteve-se inalterada, com 12 Centros de Empresa e 7 Delegações, não estando igualmente previstas alterações para 2003. O quadro de pessoal também não sofreu alterações significativas. Quer o crédito por desembolso, quer por assinatura, apresentaram, em termos médios, ligeiros aumentos face a 2001. Beneficiando de condições de mercado mais favoráveis e, também, em resultado de uma política deliberada nesse sentido, foi possível melhorar a margem de intermediação do crédito em cerca de 0,2%. Foi implementado o programa de acompanhamento dos créditos com problemas ou sob alerta e, apesar da conjuntura desfavorável, conseguiram-se reduzir os níveis de incumprimento. Os recursos cresceram, em termos médios anuais, cerca de 10%, embora, como resultado inevitável da descida das taxas de juro, a margem de intermediação tenha diminuído cerca de 0,35%. A componente não relacionada com juros do produto bancário (comissões e outros proveitos) aumentou cerca de 18,5% o que, face ao pequeno aumento dos activos, reflecte um melhor nível de comissionamento. Também na área do cross selling se conseguiram resultados significativamente superiores aos alcançados em 2001. Os esforços no sentido de melhorar a qualidade da informação de gestão permitiram colher excelentes resultados durante 2002 e foram já atingidos níveis plenamente satisfatórios, sem prejuízo, naturalmente, da necessidade permanente de actualização à medida que são implementados novos produtos. A estratégia a prosseguir em 2003 continuará a assentar no crescimento moderado do crédito, melhoria da rentabilidade, acompanhamento cuidadoso dos riscos e intensificação do aproveitamento de sinergias com as outras redes comerciais do Grupo Banif. Será também colocada ênfase na redução de custos com simplificação de alguns procedimentos internos. Apostar-se-á em 2003 em algum crescimento da base de Clientes, e também no aprofundamento da gama de produtos oferecidos. A qualidade do serviço prestado e a fidelização dos Clientes continuarão a ser timbre do Banif Empresas. Variação 2002 / 2001 Crédito +1,9 % Recursos +2,8 % Base de Clientes 0% 2.2 Negócio no Segmento Alto de Particulares O Banif Privado consolidou, durante o exercício de 2002, a sua presença nas áreas que marcaram a sua expansão no final de 2001: Setúbal, Almada, Cascais e Leiria.

Em 2002, os recursos de Clientes geridos pelos 20 Directores de Particulares, ascenderam a 660 milhões de Euros, o que representa um crescimento absoluto de 100 milhões de Euros, em linha com o objectivo estabelecido. O número de Clientes geridos situava-se em cerca de 3.500, sendo de 650 o número de novos Clientes captados em 2002, o que representa um acréscimo de 23% da base de Clientes. No que respeita ao crédito registou-se um crescimento absoluto de 11 milhões de Euros, com particular incidência no crédito imobiliário (+135%). O total de crédito ascendia a 52 milhões de Euros no final de 2002, ultrapassando igualmente o objectivo definido. O número médio de produtos bancários por Cliente no Banif Privado ascende a 3,5, o que, conjugado com a média de 0,91 produtos de cross-selling por Cliente, se traduz num forte grau de envolvimento dos Clientes com o Grupo Banif, aumentando o seu grau de fidelização ao mesmo. Como aspectos relevantes que marcaram o ano de 2002 salientam-se ainda: A dinamização do cross-selling com empresas do Grupo, nomeadamente no que concerne aos negócios de seguros e leasing. O estreitamento de relações com o Banif - Banco de Investimento, que permitiu um aumento significativo na venda de fundos de investimento e produtos estruturados. A colocação de fundos de investimento, quer mobiliários, quer imobiliários, teve um crescimento assinalável, traduzido numa taxa de cerca de 100%. A colocação de produtos estruturados na clientela aumentou mais de 20%. A forte adesão da base de Clientes à utilização do serviço Banif@st, permitindo um novo canal de acesso aos Clientes e proporcionando-lhes uma maior comodidade. Variação 2002 / 2001 Crédito +30 % Recursos + 16% Base de Clientes +23 % 2.3 Negócio no Segmento de Retalho A Direcção da Rede de Agências (DRA) manteve, durante 2002, a sua função essencial de captação de recursos e venda de produtos estratégicos: crédito pessoal, crédito imobiliário, Conta Gestão Tesouraria, cartões e fundos de investimento, para além dos produtos de cross selling seguros e leasing. Particular empenho foi colocado no reforço do Banif@st e na venda da conta BanifTriplus e Banifuturo. Tendo como segmentos alvo os particulares, os profissionais liberais, empresários em nome individual e as pequenas empresas, acentuou-se durante 2002 a estratégia na abordagem dos Clientes: o papel do Gerente está valorizado, o cross-selling entre as empresas do Grupo foi potenciado e a filosofia da banca de relação foi reforçada. Nos recursos verificou-se um crescimento de 125 milhões de Euros, correspondendo a uma taxa anualizada de 15%, atingindo-se um saldo no final do ano de 975 milhões de Euros.

No crédito, o crescimento registado foi de 209 milhões de Euros, correspondendo a uma taxa anualizada de quase 20%, com particular incidência no crédito aos pequenos negócios (crescimento de 27%), crédito imobiliário (21%) e crédito a cartões (16%). O total de crédito ascendia a 1252 milhões de Euros no final de 2002. Desenvolveu-se, em 2002, um grande esforço de captação de Clientes, tendo o respectivo número atingido os 155.000, o que traduz um aumento, no ano, de 32.000 novos Clientes. Durante o período em apreciação manteve-se o objectivo de reforço da rede de agências no Continente, em locais seleccionados para o efeito, tendo-se procedido à abertura de 9 agências: Guarda, Rio Maior, Portalegre, Tomar, Armação de Pêra, Sacavém, Laranjeiro, Felgueiras e Estarreja, passando a rede no Continente a dispor de 111 Agências. Prosseguiu, também, o reforço da aposta na rede de canais agenciados, fornecedora de negócio para as agências, desenvolvendo-se, igualmente, o projecto Banif@st. Este projecto de ligação dos Clientes à banca electrónica e Internet pretende contribuir para a fidelização dos Clientes, para a diminuição dos custos de transação e melhoria da qualidade do serviço. Actualmente a taxa de penetração já ultrapassa os 33%, com um elevado número de utilizadores. Em síntese, a evolução verificada nas grandes rubricas, em 2002, foi como segue: Variação 2002 / 2001 Crédito +20 % Recursos + 15% Base de Clientes +26% 2.4 Crédito Imobiliário Durante o ano de 2002 assistiu-se a uma evolução positiva no negócio de crédito imobiliário do Banif, apesar do fim da contratação de novos créditos bonificados a partir de 1 de Outubro de 2002. Durante o corrente ano, o Banco contratou 5.271 novos contratos (Continente: 4.550 e Madeira: 721), que acrescentaram à carteira 286,7 milhões de Euros (Continente: 241,2 e Madeira: 45,5), tendo sido liquidados 1.530 empréstimos (Continente: 1260 e Madeira: 270) no valor total de 71,2 milhões de Euros. A posição da carteira do Banif representava, no final do ano de 2002, cerca de 1.078 milhões de Euros (Continente: 897,3 milhões de Euros e Madeira: 180,7 milhões de Euros) que correspondem a cerca de 21.500 contratos, traduzindo-se num crescimento de 21% no volume total da carteira. Os resultados obtidos evidenciam, assim, uma boa performance, tendo sido superados os objectivos estabelecidos. Para este resultado, e para além da descida das taxas de juro ocorrida ao longo do 2º semestre, terão contribuído, por um lado, a aposta no desenvolvimento de outros canais destinados à comercialização do crédito imobiliário do Banco, nomeadamente os canais agenciados, e por outro, uma forte aposta na captação de crédito habitação a outras instituições de crédito, através da disponibilização aos mutuários de um produto com taxas e características atractivas e muito competitivas. No que se refere às transferências de crédito, o Banif regista um saldo francamente positivo, o que demonstra a competitividade do produto disponibilizado pelo Banco e o empenho na captação de negócio a outras instituições de crédito.

Aspecto relevante que continuou a caracterizar este negócio, foi a concorrência entre os Bancos que operam no mercado de crédito imobiliário, tendo sido evidente o esforço de todos os grupos financeiros em apresentar produtos competitivos a nível de preço, celeridade processual e inovação na cobertura das necessidades dos Clientes. Neste contexto o Banif lançou, já perto do final do ano, dois novos produtos com características inovadoras (o Crédito Habitação Jovem e o Crédito Habitação Sénior), nomeadamente no que respeita ao prazo e limite de idade, o que permitirá, respectivamente, compensar o fim dos regimes bonificados e conquistar negócio junto de um segmento etário mais avançado (até aos 80 anos de idade). Igualmente no final do ano foi revisto o produto Banif Crédito Habitação - Regime Geral, tendo sido alargado o prazo máximo dos empréstimos de 30 para 40 anos e o limite de idade de 70 para 75 anos. Para 2003 é esperado um novo crescimento dos valores de contratação, embora, face à conjuntura económica actual, seja previsível que o incremento do volume total da carteira não seja da mesma proporção do verificado no ano transacto. 2.5 Crédito a Particulares e Negócios Cartões e outros Meios Electrónicos de Pagamento O ano de 2002 foi, sem dúvida, um ano positivo para o negócio de pagamentos electrónicos do Banif, nas suas vertentes de cartões, terminais de pagamento automático e caixas automáticos. Na área de cartões registou-se um crescimento do número total de cartões emitidos - débito e crédito - de 11% face a 2001, o que permitiu ao Banif conseguir um novo ganho de quota de mercado. O número total de cartões emitidos elevava-se no final de 2002 a cerca de 155.000. O Cartão Excellence - cartão de crédito Visa Gold - merece particular destaque, com um crescimento de 28% em relação ao ano anterior. Nos principais indicadores do negócio, destacaram-se ainda os crescimentos obtidos no crédito gerador de juros, que subiu 27%, e nos proveitos líquidos, que aumentaram 47%. No decorrer do ano o Banco procedeu a várias acções de direct marketing - via telefone e mailing - de venda de cartões de crédito, de aumento da utilização e facturação e de incentivo ao recurso ao crédito por parte dos Clientes. Uma das acções de maior significado foi a inovadora campanha de aumento temporário de limites de crédito no período do Natal Compre em Dezembro e Pague até Maio. O Banco participou ainda activamente na campanha promocional da Visa em Portugal, subordinada ao tema Pague com Visa e Pode Ganhar Umas Férias Fantásticas Para 4 Pessoas. Assinale-se que dos 22 prémios atribuídos pela Visa a nível nacional, 3 foram atribuídos a Clientes Banif. Um dos marcos mais importantes de 2002 para o negócio de cartões do Banif foi a entrada em funcionamento de uma nova operativa de cartões de débito em que já se vinha trabalhando há anos, designada de On Line to Issuer. Esta iniciativa permitiu a obtenção de grandes melhorias quer na qualidade do serviço prestado a Clientes, quer na redução da exposição do Banco a riscos de fraude. No ano agora terminado foram disponibilizados aos titulares de cartões de débito novas transacções Multibanco, designadamente o Pagamento de Compras e Requisição de Cheques. Durante o ano procedeu-se, também, à completa remodelação dos conteúdos da área de cartões no Portal Banif www.banif.pt.