www.pwc.com/pt : Um hub para o Investimento Directo Estrangeiro? Angola e Brasil Jaime Carvalho Esteves Universidade Católica Portuguesa - Lisboa Agenda 1. Introdução 2. Investir em Angola e no Brasil Carga fiscal no país do IDE 3. como hub para o IDE em Angola, no Brasil e noutros países emergentes 4. Oportunidades 5. Notas finais 2 1
Introdução 1 3 Introdução Um mercado que não cresce. Uma balança desequilibrada. Uma necessidade acrescida de receitas fiscais, directas e induzidas. Um posicionamento geo-político invejável. Uma oportunidade. 4 2
Investir em Angola e no Brasil carga fiscal no país do IDE 2 5 Angola Overview da tributação local Imposto Taxa Imposto Industrial 35% Imposto de Consumo De 5% a 30% Direitos Aduaneiros Até 30% Imposto Predial Urbano 30% Sisa 10% Imposto de Selo De 0,5% a 1% Imposto sobre o Rendimento do Trabalho Até 17% Incentivos ao investimento em Angola Isenções temporárias 6 3
Angola Pagamentos a não residentes Rendimento Taxa * 10% Juro * 15% Serviços ** 5,25% Royalties * 10% * Imposto sobre a Aplicação de Capitais ** Lei sobre tributação das empreitadas 7 Brasil Overview da tributação local Imposto Taxa Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas 15% Sobretaxa (> 240.000 Reais) 10% Contribuição social sobre o lucro líquido 9% Imposto sobre Produtos Industrializados Imposto sobre as operações relativas à Circulação de Mercadorias Imposto de Importação Contribuição de Intervenção no Domínio Económico Imposto Predial e Territorial Urbano 10%-15% (tipicamente) 7%-25% (tipicamente) 10%-20% (tipicamente) 10% (royalties e assistência técnica) 1% - 1,5% (São Paulo) 8 4
Brasil Pagamentos a não residentes Rendimento Taxa 0% Juro 15% Serviços 15%-25% Royalties 15% (+ 10% CIDE) 9 Carga fiscal local Overview da tributação no país de localização do IDE Elevada tributação local em ambos os países: Quer ao nível dos lucros da subsidiária; Quer ao nível da repatriação de rendimentos. Uma realidade adicional: dupla tributação! 10 5
como hub para o IDE em Angola, no Brasil e noutros países emergentes Incentivos à internacionalização 3 11 como hub para o IDE em Angola, no Brasil e noutros países emergentes Incentivos à internacionalização Incentivo Benefícios fiscais ao investimento Art. 41.º EBF Código Fiscal do Investimento DL 250/2009 de 23/9 Características Investimento directo no Brasil / Angola Interesse estratégico para a internacionalização Investimento mínimo de 250.000 Euros Crédito de imposto (IRC) entre 10% a 20% do investimento relevante (criação de sociedades/sucursais, aquisição de partes sociais ) Benefício de natureza contratual: vigência até 5 anos Eliminação da dupla tributação económica sobre lucros distribuídos (10% / 1 ano / tributação efectiva) Convenção para evitar a Dupla Tributação Brasil Angola Sem retenção na fonte sobre dividendos distribuídos pelo Brasil (lei interna) Em, isenção de 95% dos dividendos recebidos CDT em negociação (expectável limitação de retenção na fonte sobre dividendos distribuídos por Angola) 12 6
como hub para o IDE em Angola, no Brasil e noutros países emergentes Incentivos à internacionalização Incentivo Mais-valias Crédito de imposto unilateral para eliminação de dupla tributação económica de PALOP Características Em, isenção de mais-valias realizadas por Período de detenção 1 ano (em regra) ou 3 anos Tributação pelo regime geral (até 29%) Reinvestimento do valor de realização (na aquisição de partes de capital, activos fixos tangíveis, activos biológicos ou propriedades de investimento) tributação de 50% da mais valia Em, dedução à colecta do menor dos montantes: Imposto sobre o rendimento pago no estrangeiro Fracção do IRC sobre os rendimentos tributados no estrangeiro, líquidos dos gastos directa ou indirectamente suportados para a sua obtenção. Em : Isenção de tributação sobre dividendos distribuído por entidades residentes nos PALOP para Período de detenção a 2 anos e participação a 25% 13 como hub para o IDE em Angola, no Brasil e noutros países emergentes Incentivos à internacionalização Negociação de Convenções para evitar a dupla tributação (CDT) com países emergentes CDT celebradas em 2010 e 2011 (ainda não em vigor) Uruguai Kuwait Panamá Colômbia Barbados San Marino Emirados Árabes Unidos Hong Kong 14 7
como hub para o IDE em Angola, no Brasil e noutros países emergentes Incentivos à internacionalização Negociação de Convenções para evitar a dupla tributação (CDT) com países emergentes Criadas condições para a celebração de CDT com: Namíbia Timor-Leste São Tomé e Princípe Negociações em curso Angola Incentivo ao investimento directo em países emergentes! 15 Oportunidades 4 16 8
Oportunidades Investir em Angola Rendimento Taxa Lucro em Angola: 0%/35% Retenção na fonte @ 10% Tributação em : o% ( 2 anos, 25%, tributação efectiva 10%) Se tributação em @ 26,5% ou 29%: crédito pelo imposto pago em Angola (10%) Angola Mais-valias (venda de acções) Não 0% ( 1 ou 3 anos) Caso contrário, taxa geral (até 29%) ou tributação de 50% da mais-valia em caso de reinvestimento Taxa geral (até 29%) ou tributação de 50% da mais-valia em caso de reinvestimento Mais valia Angola Não tributa 17 Oportunidades como hub para Angola (1/2) Angola Tributação sobre rendimento: 0% (concessão de benefícios fiscais em Angola) IRC: até 29% sobre dividendos Mais-valia: 0% (se detenção a 1 ou 3 anos) Mais-valias CINM IRC: 4% (2011 e 2102) 5% (2013 a 2020) Mais valia: 0% (se detenção a 1 ou 3 anos) Outras jurisdições UE: o% Outros: tributação de acordo com legislação nacional do Estado de residência 18 9
Oportunidades como hub para Angola (2/2) Angola Tributação sobre rendimento: 35% (sem benefícios fiscais em Angola) IRC: 0% sobre dividendos (2 anos + 25% + 10% tributação efectiva) Mais-valia: 0% (se detenção a 1 ou 3 anos) Mais-valias CINM IRC: 0% sobre dividendos (2 anos + 25% + 10% tributação efectiva) Mais-valia: 0% (se detenção a 1 ou 3 anos) Outras jurisdições UE: o% Outros: tributação de acordo com legislação nacional do Estado de residência 19 Oportunidades Investir no Brasil Rendimento Taxa Tributação de rendimento no Brasil: 36% Retenção na fonte: 0% Tributação em : até 29% sobre 5% dos dividendos ou 0% (benefícios fiscais à internacionalização) Brasil Mais-valias (venda de acções) Não 0% ( 1 ou 3 anos) Caso contrário, taxa geral (até 29%) ou tributação de 50% da mais-valia em caso de reinvestimento Taxa geral (até 29%) ou tributação de 50% da maisvalia em caso de reinvestimento Mais valia Brasil Regra geral, mais-valia tributada a 15% (CDT não afasta tributação); Em, crédito de imposto por dupla tributação internacional 20 10
Oportunidades como hub para o Brasil Brasil Tributação sobre rendimento: até 36% (eventualmente, concessão, no Brasil, de benefícios fiscais ao investimento) IRC: até 29% sobre 5% dos dividendos recebidos (CDT) e totalidade das mais-valias (0% nas mais-valias se ) RF sobre mais-valia no Brasil: 15% Mais-valias CINM CDT não aplicável IRC: 4%/5% sobre dividendos e mais-valias (0% nas mais-valias se ) RF sobre mais-valias no Brasil: 25% Outras jurisdições UE: o% Outros: tributação de acordo com legislação nacional do Estado de residência 21 Notas finais 5 22 11
Notas finais (1/2) As empresas nacionais precisam de se internacionalizar. carece de IDE. A ligação com os mercados emergentes merece ser potenciada. pode funcionar como hub entre a União Europeia e os países emergentes (sendo o inverso igualmente verdade e, eventualmente, com maior retorno). 23 Notas finais (2/2) O regime das não é particularmente atractivo; O regime da participation exemption não é particularmente útil; Um adequado regime de tax sparing unilateral não está equacionado. Porém, nos casos específicos de Angola e Brasil, bem como de outros mercados emergentes, pode funcionar como hub de saída e de entrada na União Europeia. Haveria vantagem no reforço da competitividade do regime: Regime jurídico das sociedades holding; Regime fiscal do investimento no estrangeiro; Net de ADT s; ASS s; API s; ATI s. 24 12
Obrigado! Jaime Carvalho Esteves Tax Lead Partner jaime.esteves@pt.pwc.com Tel: (351) 225 433 212 / (351) 213 599 601 Mobile. (351) 917 612 372 Esta comunicação é de natureza geral e meramente informativa, não se destinando a qualquer entidade ou situação particular, e não substitui aconselhamento profissional adequado ao caso concreto. A PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. não se responsabilizará por qualquer dano ou prejuízo emergente de decisão tomada com base na informação aqui descrita. PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda. 2011. Todos os direitos reservados. Neste documento, refere-se a PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores Oficiais de Contas, Lda, pertencente à network de entidades que são membros da PricewaterhouseCoopers International Limited, cada uma das quais é uma entidade legal autónoma e independente. 13