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4,80 5,22 5,35 5,12 3,40 3,36 9,75 11,08 50,82 0,50 1,00-26,25 46,00 70,00 5,50

Transcrição:

RESENHA SEMANAL E PERSPECTIVAS Na Europa, o BCE sinalizou que pode reavaliar as medidas de estímulos monetários nas próximas reuniões. No Brasil, o Copom considerou que não há espaço para flexibilizar a política monetária. Nos Estados Unidos, dados positivos no mercado de trabalho e no setor imobiliário reforçaram a nossa expectativa de alta de juros pelo FED ainda neste ano. Os pedidos de seguro desemprego totalizaram 253 mil em junho, abaixo da expectativa do mercado (263 mil), após 254 mil em maio. O número de pedidos registrados em junho foi o menor desde meados da década de 70. O baixo número de pedidos de seguro desemprego reforça nossa expectativa de que os últimos dados de criação de vagas (payroll) foram afetados por eventos pontuais. No setor imobiliário, a construção de novas casas e as vendas de casas existentes registraram altas em junho. A construção de novas casa acelerou para 1,19 milhão de unidades, em termos anualizados, de 1,13 milhão em maio, resultado acima da expectativa do mercado (1,16 milhão). As vendas de casas existentes avançaram para 5,57 milhões em julho de 5,51 milhões em maio, em termos anualizados, resultado também acima da expectativa do mercado (5,48 milhões). Com relação à confiança, o indicador PMI manufatura avançou para 52,9 pontos em julho de 51,3 pontos no mês anterior, atingindo assim o maior patamar desde outubro do ano passado (54,1 pontos). Acreditamos que o bom desempenho no mercado de trabalho somado à aceleração da inflação são elementos fundamentais para uma ação do FED nos próximos meses. Assim, mantemos nossa expectativa de alta de juros pelo FED na reunião de dezembro. Na Europa, a despeito do recuo da confiança, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu não ampliar as medidas de relaxamento monetário. Em linha com a expectativa do mercado, o BCE manteve as taxas de juros e de depósito em 0,0% e -0,4% ao ano, respectivamente. Ademais, o banco ainda deixou inalterado o seu programa de compra de títulos públicos e privados em 80 bilhões por mês. Na entrevista após a decisão, o presidente do BCE, Mario Draghi, relatou a preocupação do comitê com as incertezas causadas pelos desdobramentos da saída do Reino Unido da União Europeia. Assim, diante dessas incertezas, o presidente Mario Draghi sugeriu que o banco pode 1

reavaliar as suas políticas de estímulos nos próximos meses caso haja algum risco à sua projeção de inflação em decorrência do enfraquecimento da atividade econômica. Nesta direção, indicadores de confiança divulgados na semana apresentaram quedas e sinalizam moderação da atividade nos próximos trimestres. O indicador PMI composto apresentou ligeiro recuo em julho, para 52,9 pontos de 53,1 pontos no mês anterior, sugerindo avanço de 0,3% no PIB do terceiro trimestre, valor acima da nossa estimativa para o período (0,2%). No Reino Unido, o PMI composto registrou forte queda para 47,6 em julho de 52,3 em junho, o que sugere recessão no terceiro trimestre. Acreditamos que o PMI composto da Zona do Euro continuará apresentando moderação nos próximos meses, enquanto no Reino Unido o indicador deve permanecer no campo contracionista (abaixo de 50 pontos) ao longo do segundo semestre. Na Ásia, a confiança iniciou o terceiro trimestre em alta no Japão. O indicador de confiança (PMI) registrou alta para 49 pontos em julho de 48,1 pontos em junho. A atividade industrial iniciou o ano com crescimento, no entanto, perdeu força ao longo do segundo trimestre. Nesta mesma direção, o indicador PMI industrial recuou para média de 48 pontos no segundo trimestre frente média de 50,5 pontos no primeiro trimestre. Embora o indicador PMI tenha avançado em julho, segue sugerindo contração da atividade industrial. Portanto, diante do fraco desempenho industrial no Japão nos últimos meses, esperamos que o Banco Central do Japão (BoJ) adote novas medidas de estímulo monetário na reunião da próxima semana. Ainda no contexto externo, o relatório trimestral do FMI fez nova revisão para baixo nas projeções de crescimento global. A previsão de crescimento do PIB mundial em 2016 foi revisada de 3,2% para 3,1%. Nessa mesma direção, o crescimento para 2017 foi reduzido de 3,5% para 3,4%. Segundo o FMI, as economias avançadas devem crescer 1,8% em 2016, desempenho inferior ao do ano passado (1,9%). As revisões baixistas para Estados Unidos, Japão e Reino Unido explicam o recuo do crescimento nos desenvolvidos. Para 2017, o fundo projeta um novo avanço de 1,8% nas economias avançadas. Por outro lado, os emergentes devem registrar crescimento em 4,1% em 2016 e acelerar para 4,6% em 2017. Na avaliação do FMI o cenário global segue com incerteza sobre a política econômica, ao mesmo tempo em que houve melhora na atividade dos emergentes exportadores de matérias-primas graças aos maiores estímulos em infraestrutura na China. Quanto à economia brasileira, o fundo revisou as projeções de 2016 e 2017 para queda 3,3% e alta de 0,5%, respectivamente, de queda de 3,8% e estabilidade no próximo ano. Esta é a primeira vez em quatro anos que o FMI faz uma revisão altista para o desempenho da economia brasileira. 2

No Brasil, o Copom manteve a taxa de juros inalterada e realizou mudanças no comunicado após a reunião. Na primeira reunião com os novos diretores do banco central, em decisão unânime, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa Selic em 14,25% ao ano. O resultado ficou em linha com a nossa expectativa e do mercado. A grande novidade da reunião foi a alteração no formato do comunicado após a divulgação da decisão, uma clara tentativa de aprimorar a estratégia de comunicação do Copom com o mercado. O comunicado ficou mais longo e informativo que o usual, mais semelhante ao estilo do FED. Outras mudanças relevantes foram a hora da divulgação da decisão e o dia da publicação da ata. O comunicado foi publicado às seis horas e a ata será divulgada na próxima terça-feira, ao invés da quinta-feira como era o habitual. Com relação aos elementos do comunicado, o Copom destacou que: i) a inflação elevada de alimentos; ii) as incertezas quanto à aprovação das medidas de ajuste; iii) e os riscos da inércia para o processo de desinflação, são elementos que não permitem a flexibilização da taxa de juros no curto prazo. No entanto, esperamos que parte desses elementos se dissipem ao longo dos próximos meses. As nossas hipóteses para isso são: a elevada inflação de alimentos decorre de um choque que tende a se dissipar nos próximos meses, a elevada ociosidade da economia deve causar o recuo da inflação corrente e das expectativas de inflação nos próximos meses, processo já em curso, e por fim, a votação das medidas fiscais deve ser realizada em setembro ou outubro. Caso essas hipóteses se verifiquem, o Copom pode flexibilizar a política monetária nas próximas reuniões. Assim, acreditamos que o Copom realizará um corte na taxa Selic na reunião de outubro para 13,75% ao ano. 3

Com relação à inflação, a alta nos preços dos alimentos provocou aceleração no mês julho, no entanto, indicadores do núcleo da inflação seguem apresentado melhora. O IPCA-15 registrou alta de 0,54% após alta de 0,40% em junho. O resultado de julho ficou acima da nossa projeção (0,48%) e da do mercado (0,45%). A alta nos preços do grupo alimentação explica a aceleração da inflação em julho, que foi influenciado pela elevação nos preços dos cereais, leite e açúcar. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulou alta de 8,93% contra elevação de 8,98% em junho. Os indicadores de tendência subjacente apresentaram nova melhora em julho. A média móvel de três dos núcleos de inflação, dessazonalizada e anualizada, cedeu para 7,69% de 7,92% no mês anterior. O indicador de difusão, que mede o percentual dos itens que registrou alta, manteve trajetória baixista, recuando para 57,8%, abaixo da média para o mês de julho (61%). Na direção contrária, a inflação de serviços acelerou para 7,28% de 7,18% no mês anterior no acumulado em 12 meses. Para o fechamento do mês, esperamos alta de 0,50% para o IPCA, que caso se confirme, deve acumular alta de 8,71% em 12 meses. Para o restante do ano, esperamos gradual moderação da inflação para 7,5% no encerramento do ano. Na próxima semana, o destaque será as reuniões dos bancos centrais nos Estados Unidos e Japão. Nos Estados Unidos, além da reunião do comitê do FED na quarta-feira, para qual esperamos estabilidade na taxa de juros, haverá a divulgação da primeira leitura do PIB do segundo trimestre na sexta-feira. Na Europa, os principais dados serão publicados também na sexta-feira, com destaque o PIB do segundo trimestre, a taxa de inflação de julho e desemprego em junho. No Japão, o banco central (BOJ) fará a sua reunião na sexta-feira. Num contexto de moderação da atividade e inflação baixa a expectativa do mercado é de que o banco adote medidas mais agressivas de afrouxamento monetário. No Brasil, o principal evento da semana será a publicação da ata da reunião do Copom pelo Banco Central, agora na terça-feira. Além disso, o BCB ainda divulgará suas notas à imprensa sobre Setor Externo na terça-feira, Crédito na quarta-feira e de Política Fiscal na sexta-feira. O Tesouro Nacional ainda divulgará o resultado do governo central do mês de julho. 4

INDICADORES DE MERCADO 5

CALENDÁRIO E PROJEÇÕES 6

MARCELO CIRNE DE TOLEDO Economista Chefe marcelotoledo@bram.bradesco.com.br ANDRE NASCIMENTO NOGGERINI andrenoggerini@bram.bradesco.com.br DANIEL XAVIER FRANCISCO danielxavier@bram.bradesco.com.br HUGO RIBAS DA COSTA hugo@bram.bradesco.com.br JOSE LUCIANO DA SILVA COSTA lucianocosta@bram.bradesco.com.br THIAGO NEVES PEREIRA thiagopereira@bram.bradesco.com.br Tel.: 2178-6600 economia@bram.bradesco.com.br Material produzido em 22/07/2016 às 16h30 Outras edições estão disponíveis no Site: www.bradescoasset.com.br, item Informações aos Investidores / Nossa visão / Informativos de Macroeconomia. As opiniões, estimativas e previsões apresentadas neste relatório constituem o nosso julgamento e estão sujeitas a mudanças sem aviso prévio, assim como as perspectivas para os mercados financeiros, que são baseadas nas condições atuais de mercado. Acreditamos que as informações apresentadas aqui são confiáveis, mas não garantimos a sua exatidão e informamos que podem estar apresentadas de maneira resumida. Este material não tem intenção de ser uma oferta ou solicitação de compra ou venda de qualquer instrumento financeiro. BRAM - Bradesco Asset Management é a empresa responsável pela atividade de administração de recursos de terceiros do Banco Bradesco S.A. BRAM - Bradesco Asset Management - Todos os direitos reservados. 7