Professor André Martins
Definição Merchandise, do inglês significa mercadoria, e merchandiser significa negociante. Portanto, merchandising, em sua tradução literal, seria mercadização; mas, adaptando à nossa realidade, podemos traduzir como operação com mercadorias. Blessa (2005, p. 7) conceitua merchandising como um conjunto de técnicas responsáveis pela informação e apresentação destacada dos produtos na loja, de maneira tal que acelere sua rotatividade.
Segundo Zenone e Buairide (2005), destacamos 3 objetivos principais do merchandising: Vender mais e melhor: uma boa exposição valoriza a marca e os produtos, tornando a compra não apenas necessária, mas também prazerosa. Incrementar o número de consumidores: ampliar, permanentemente, o número de clientes, pois cada um tem uma capacidade limitada para a compra, seja definida pelo uso do produto seja pela capacidade econômica. Reduzir custos: quanto mais decisões intermediárias de compra (marca, quantidade, usos, características etc.) o consumidor tiver em mente, mais econômica será a ação de merchandising, reduzindo os principais custos de um ponto-devenda, como os relativos a espaço físico, estoques desnecessários e mão-de-obra dos auto-serviços.
Atração Qualquer marca gostaria de atrair o consumidor, fazê-lo optar, experimentar e se possível fidelizá-lo ao seu produto. Sabendo que é no ponto de venda que continuam a ser tomada a maioria das decisões, fabricantes têm vindo a repensar seu mix comunicacional. As ações de PDV, crescem a cada dia mais e ganham maior espaço dentro dos planos de comunicação de muitas marcas no mundo inteiro.
Quem Faz? As agências de promoção e outras especializadas em mídia indoor e as agências convencionais de propaganda. Segundo o instituto POPAI (Point Of Purchase Advertising International) 85% das decisões de escolha de produto, são tomadas na hora da compra, dentro do estabelecimento.
Processo de Compra Alguns dados importantes no processo de compra: a velocidade dos olhos percorrendo as gôndolas é de aproximadamente 100 Km/h; o tempo de atração que gera o impulso da compra é de aproximadamente 12 milésimos de segundo; a tomada de decisão é de aproximadamente 4 segundos; 70% dos consumidores afirmam que os displays fazem diferença na compra.
Impulso Conforme Ferracciù (2002), as categorias de produtos que mais sofrem compra por impulso são: roupas (87%), snacks (77%), cosméticos (69,2%), bebidas não-alcoólicas (66%), higiene (64%), livros e revistas (58%), remédios não-éticos (48%), cigarros (33%), bebidas alcoólicas (20%).
PDV O material usado no merchandising de PDV é bem variado, pode ser inventado e chamado muitas vezes de mídia alternativa. Os PDVs estão divididos em: de chão, de teto, na prateleira, no caixa, fixo ou móvel, executável por uma pessoa, interativo, digital e muitas outras características que despertem o interesse e curiosidade do consumidor no PDV.
O marketing olfativo é uma nova ferramenta de marketing, onde as mudanças são observadas no comportamento do consumidor através do olfato, aliada a mídia digital, uma das ferramentas mais eficientes de mídia no PDV. A técnica do marketing olfativo é mais uma entre as várias técnicas do marketing emocional, o ser humano é capaz de se lembrar de 35% dos odores que sente, 5% do que se vê, 2% do que ouvem e 1% daquilo que toca, ou seja, esse novo formato de mídia espera criar uma interação ainda maior entre consumidor / produto, aquecendo as vendas.
Vitrine De décadas atrás até os dias atuais, o vitrinismo (visual merchandising) ainda é uma técnica muito utilizada. Consiste em expor os produtos de maneira a chamar sobre eles a atenção dos consumidores, muito embora os produtos expostos sejam simples amostras ou sugestões de uso. Provocar! Renovar constantemente! A vitrine é que faz o consumidor entrar ou não em uma loja. Ele sente como é a loja por dentro.
Como deve ser Criatividade: criativo e bem dimensionado para o local onde será aplicado. Originalidade: concepção inédita, tema apropriado, texto curto e fácil, impacto visual. Funcionalidade: simplicidade, boa acomodação do produto, montagem, colocação e reposição fácil garantirão a aceitação e seu uso pelos lojistas.
No Brasil, colocar a indústria, as agências, os fornecedores e o varejo na mesma mesa para pensar as ações de merchandising é a única saída para promover projetos inovadores como o mega display criado para divulgar os vídeo-games de diversas marcas. Sim. Colocar os concorrentes lado a lado, mas de forma diferenciada, é uma boa isca para conquistar o consumidor. É preciso propor novas possibilidades de interação, afirma Wook Min.
PDV Demonstrador(a) Abordagem: ato realizado por um(a) demonstrador(a) para indução à compra de um produto. Normalmente, a abordagem é acompanhada por folheto, amostra ou brinde promocional.
PDV Floor Graphics Adesivos de chão: material plástico autocolante, contendo mensagens promocionais. Seu objetivo é criar uma marcação que leve o consumidor a um ponto desejado dentro do PDV. Os adesivos são bem aceitos em locais como bares, restaurantes e supermercados, podendo ser colados não apenas no chão, como também em objetos como freezer, balcão etc.
PDV - BANNER Sinalizadores de diversos tamanhos, confeccionados em papel, plástico ou tecido e esticados sobre roletes de madeira. Contém informações sobre o produto e sua função é muito importante, pois atuam, diretamente, no pontode-venda.
PDV- Balcão de Degustação Estande cujo objetivo é divulgar, de forma personalizada, um produto apresentado por um promotor. Pode ser colocado em qualquer lugar e deve ser fácil de carregar e montar / desmontar.
PDV - Bobina de Forração Plástico com imagem ou mensagem sobre o produto que se destina a decoração de pontos extras, terminais de gôndolas e qualquer outro local que permita a sua utilização.
PDV Cartazes e Cartazetes Utilizado em gôndolas, pontos extras e locais de fácil visualização na loja.
PDV Clip Strip Tira plástica cujo objetivo é aumentar a visibilidade dos produtos em diferentes pontos da loja, mediante exposições cruzadas com categorias afins, ou ainda, em locais de grande tráfego de consumidores, gerando aumento das vendas por meio de compras nãoplanejadas.
PDV - Display Muito atrativo, normalmente é utilizado para promover, expor, demonstrar e ajudar a vender o produto, podendo ser colocado diretamente no chão, na vitrine, no balcão ou na gôndola. A embalagemdisplay tem dupla função, podendo tanto ser utilizada como embalagem para transporte como servir de display no PDV.
PDV Faixa de Gôndola Demarca espaços e atrai os consumidores para o produto, decorando o ponto-devenda. A faixa de gôndola contém mensagens e/ou imagens e também pode ser chamada de aparador, canaleta ou cantoneira.
PDV - Gargaleira Peça fixada ao gargalo de embalagens no formato garrafa.
PDV - Inflável Peça de material plástico flexível que deve ser usada cheia de ar e ter mensagens impressas. O inflável pode ter o formato do produto.
PDV - Móbile Material aéreo, sustentado por fios, para fixação no teto do PDV. É usado em lojas de conveniência ou especializadas, em pequenos mercados e farmácias.
PDV - Stopper Peça que se sobressai perpendicularmente à prateleira ou gôndola.
PDV Take-one Folheto informativo. É utilizado por promotores em abordagem ou está em locais de fácil visualização, para que o consumidor possa apanhá-lo.
PDV - Urnas Caixas que têm a função de armazenar cupons promocionais e despertar no consumidor o interesse de participar da promoção. Para que isso aconteça, é preciso que a urna esteja em um local de boa visualização.
PDV Wobbler Também conhecido como pescador, é um material pequeno que possui uma haste com fita adesiva em sua extremidade. É colocado na gôndola, a fim de chamar a atenção do consumidor para um novo produto, promoção ou preço.
Referencia Bibliográfica BLESSA, Regina. Merchandising no ponto-de-venda. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2005. FERRACCIÙ, João De Simoni Soderini. Promoção de Vendas na Teoria e na Prática. 5. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2002. ZENONE, Luiz Cláudio; BUAIRIDE, Ana Maria Ramos. Marketing da Promoção e Merchandising conceitos e estratégias para ações bem sucedidas. São Paulo: Thomson, 2005. ZENONE, Luiz Cláudio; BUAIRIDE, Ana Maria Ramos. Marketing da Comunicação. São Paulo: Futura, 2003.